Devido à situação crítica no Médio Oriente, e com receio da escalada de conflito, a SWISS e o Lufthansa Group decidiram suspender os voos para Telavive, Amã, Teerão, Beirute e Erbil, como informam nos seus sites oficiais.

Esta suspensão irá durar até dia 21 de agosto, inclusive.

O ministro interino dos Negócios Estrangeiros do Irão, Ali Bagheri, disse ao homólogo chinês, Wang Yi, que o Irão tem o “direito a uma resposta adequada e dissuasora” contra Israel, na sequência do assassinato do líder do Hamas em Teerão. A informação está a ser veiculada pela Reuters, segundo o The Times of Israel.

O líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que começa hoje uma visita de três dias à Rússia, voltou a defender a solução dos dois Estados e a libertação de territórios palestinianos ocupados.

Em entrevista à Tass, Abbas defendeu que a “garantia para alcançar a estabilidade e a segurança no Médio Oriente é a implementação de uma decisão sobre a formação de dois Estados, com base no direito internacional, a retirada de Israel dos territórios palestinianos ocupados desde 1967, com a capital de Jerusalém Oriental aí”.

Abbas considera que o atual governo israelita “não acredita na paz e posiciona-se acima do direito internacional e conduz o Médio Oriente para uma situação mais tensa”.

A Air France e a sua filial Transavia France voltaram a prolongar a suspensão dos voos para Beirute, no Líbano, até quarta-feira, devido à tensão na região.

Os voos estão suspensos desde 29 de julho tendo em conta a “situação de segurança no Líbano”. A retoma das ligações será sujeita a nova avaliação à luz da situação no terreno.

Os meios de comunicação social do Líbano estão a avançar, segundo o The Times of Israel, que o Hezbollah retirou todas as suas operações de Beirute, incluindo a sua ala política. O ‘quartel-general’ estava localizado em Dahieh, em Beirute.

No início do mês, depois do assassinato do comandante militar supremo do Hezbollah e do líder do Hamas foi noticiado que o grupo afastou os quadros superiores da capital, em antecipação a potenciais ataques israelitas.

Agora, a agência de notícias Al Joumhouria indica que o Hezbollah transferiu todas as suas operações para fora de Beirute, numa altura em que sobe a tensão na região. O grupo terrorista estará a “preparar-se para o pior” caso Israel responda a uma eventual retaliação.

O Hezbollah indicou no Telegram, segundo a Al Jazeera, que atingiu uma instalação militar israelita perto da cidade de Metula, no norte de Israel, onde se encontrava equipamento de vigilância, que ficou danificado.

O Reino Unido, a França e a Alemanha divulgaram um comunicado conjunto em que apelam ao Irão que não ataque Israel e evite escalar o conflito na região.

“Estamos profundamente preocupados com o aumento das tensões na região e unidos no nosso empenho em evitar a escalada”, de acordo com a declaração, citada pelo The Times of Israel.

“Apelamos ao Irão e aos seus aliados para que se abstenham de ataques que possam aumentar ainda mais as tensões regionais e comprometer a oportunidade de chegar a um acordo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns”, lê-se.

E alertam que se o Irão atacar, o país “assumirá a responsabilidade por ações que ponham em risco esta oportunidade de paz e estabilidade”. “Nenhum país ou nação tem a ganhar com uma nova escalada no Médio Oriente”, concluem.

Dois mísseis foram lançados do Líbano em direção à cidade de Metula, no norte de Israel, mas não há feridos a registar, segundo o Haaretz.

As Forças de Defesa de Israel dizem estar a investigar.

O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou o envio de um submarino de mísseis guiados para o Médio Oriente e instruiu a frota liderada pelo USS Abraham Lincoln, que transporta caças F-35C, que se deslocasse mais rapidamente para aquela área, segundo informou o Departamento de Estado no domingo.

Num comunicado divulgado, o Pentágono indicou que Lloyd Austin falou com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, tendo reiterado o compromisso de os EUA tomarem “todas as medidas possíveis para defender Israel”.

Com Lusa

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, tem marcada uma visita à Rússia que começa esta segunda-feira e termina na quarta-feira. Na visita, deverá encontrar-se com o Presidente russo, Vladimir Putin. Mahmoud Abbas deverá chegar esta noite.

Além de Putin, vai reunir-se com “embaixadores árabes”, segundo revelou no domingo o embaixador palestiniano em Moscovo, Abdel Hafiz Nofal. O principal tema dos encontros será a situação em Gaza e o papel da Rússia.