A Human Rights Watch (HRW) disse hoje que o trabalho desenvolvido pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) é “vital” para “evitar uma catástrofe humanitária e o risco de fome” em Gaza.

A organização referiu ainda que a decisão de suspender o financiamento à UNRWA aconteceu meses depois de “as autoridades israelitas terem cortado serviços essenciais, incluindo água e eletricidade” em Gaza.

No comunicado citado pela Al Jazeera, a HRW frisou que as tropas israelitas estão a “bloquear deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo deliberadamente a assistência humanitária (e) aparentemente arrasando áreas agrícolas”.

“Apesar dos riscos crescentes de fome e de uma ordem vinculativa do (Tribunal Internacional de Justiça) num caso sobre genocídio, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel anunciou agora que liderará um esforço descarado para encerrar a agência da ONU mais responsável pela prestação de ajuda que salva vidas”, acrescentou Akshaya Kumar, diretor de apoio de crises da HRW.

Ami Ayalon, antigo chefe do serviço de segurança interna israelita, Shin Bet, disse esta quarta-feira que “a maior derrota do Hamas é o futuro de dois Estados”.

Em entrevista à CNN internacional, Ayalon afirmou que a única “forma de derrotar o Hamas e criar um horizonte político melhor para os palestinianos e para os israelitas” é discutir “o futuro de dois Estados”.

Os houthis afirmaram esta quarta-feira que as suas tropas navais realizaram um ataque contra um navio mercante norte-americano, noticia a Sky News.

Segundo Yahya Sarea, porta-voz militar do grupo, os houthis atacaram o navio dos Estados Unidos “com vários mísseis navais”.

O primeiro-ministro israelita avisou que um acordo para uma pausa na guerra em Gaza não acontecerá “a qualquer custo” e que Telavive tem em mente “linhas vermelhas” que não irá aceitar.

Numa mensagem em vídeo partilhada nas redes sociais, Benjamin Netanyahu descreveu-as: “não vamos acabar com a guerra, não vamos retirar as nossas tropas da Faixa e não vamos libertar milhares de terroristas”

Além da libertação dos reféns israelitas, Netanyahu disse ainda que o seu governo continua a trabalhar no sentido de cumprir o seu principal objetivo para o conflito — “a eliminação do Hamas e garantir que Gaza nunca mais representa uma ameaça” para Israel.

אנחנו פועלים להשיג מתווה נוסף לשחרור חטופינו, אבל לא בכל מחיר: pic.twitter.com/uGyVga9ND8

— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) January 31, 2024

O ministro dos Negócios Estrangeiros inglês, David Cameron, esteve hoje reunido com príncipe herdeiro saudita para uma discussão em torno da situação no Médio Oriente.

Nas redes sociais, Cameron disse que a estabilidade regional é uma das “prioridades comuns” do Reino Unido e da Arábia Saudita, e que o encontro com Mohammed bin Salman explorou opções para uma “pausa humanitária” imediata e um cessar-fogo “sustentável”.

Regional stability is at the top of the UK and Saudi Arabia’s shared priorities.

I met HRH Crown Prince Mohammed bin Salman to discuss the UK’s goal of an immediate humanitarian pause in Gaza, followed by a sustainable ceasefire, without a return to fighting. pic.twitter.com/igdbjo3cox

— David Cameron (@David_Cameron) January 31, 2024

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje aos embaixadores da ONU em Jerusalém que a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) foi “totalmente infiltrada” pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

“A UNRWA está totalmente infiltrada pelo Hamas, [e] precisamos de outras agências das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias” em seu lugar, afirmou Netanyahu, numa altura em que a agência está a ser posta em causa por Israel pelo alegado envolvimento de alguns dos seus funcionários no atentado de 07 de outubro, o que desencadeou a suspensão do seu financiamento por alguns dos principais países doadores.

Hoje, o chefe do executivo israelita assegurou aos familiares dos mais de 100 reféns que continuam em poder do Hamas na Faixa de Gaza que está a ser preparado um plano para resgatá-los, no meio de intensas negociações para um novo cessar-fogo na guerra.

“Ainda é demasiado cedo para dizer como será, o plano está a ser feito neste mesmo momento”, disse Netanyahu a 26 representantes de 18 famílias, numa reunião realizada em Jerusalém, segundo um comunicado do seu gabinete.

“Estamos a fazer tudo o que é possível” para resgatar os reféns, garantiu o primeiro-ministro, escusando-se a fornecer pormenores sobre um eventual acordo com o Hamas.

“Quanto mais discreta for [a negociação], maiores são as hipóteses de êxito”, argumentou, asseverando que a sua vontade de recuperar os reféns é “genuína”.

O chefe dos serviços secretos israelitas apresentou ao gabinete de guerra de Netanyahu a estrutura daquele que poderá ser o acordo de cessar-fogo temporário com o Hamas.

De acordo com o Canal 12 de Israel, citado pelo Times of Israel, a trégua pode prever a libertação de 35 reféns israelitas por um cessar-fogo de 35 dias em Gaza. De acordo com o relato do canal televisivo, a primeira fase da troca de prisioneiros daria prioridade a mulheres, idosos e reféns feridos e doentes.

Neste momento permanecem em Gaza 136 reféns, sob custódia do Hamas desde o ataque de 7 de outubro.

Itamar Ben-Gvir pediu a Benjamin Netanyahu que impeça os camiões de entregarem ajuda humanitária em Gaza. Segundo o ministro da segurança nacional, a entrada de ajuda em Gaza prejudica a unidade israelita.

De acordo com a Al Jazeera, Ben-Gvir enviou uma carta ao primeiro-ministro esta quarta-feira, onde disse que a ajuda “prejudica a unidade do povo, a coesão social e o esforço de guerra”.

“Diante do exposto, exijo a suspensão imediata da passagem dos camiões pelos postos de fronteira”, concluiu o ministro.

O Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS) recorreu esta quarta-feira à rede social X (antigo Twitter) para dizer que o hospital de Khan Younis recebeu sete mortos, entre eles um membro da sua equipa, e nove feridos.

????Despite ongoing bombardment and gunfire, the medical teams at PRCS Al-Amal Hospital in #KhanYunis persist in treating the wounded and patients.
????Today, the hospital received seven martyrs, including a PRCS employee, and attended to nine injuries. The siege and targeting have… pic.twitter.com/KAdz7HxCyj

— PRCS (@PalestineRCS) January 31, 2024

“Apesar dos contínuos bombardeamentos e tiros, as equipas médicas do hospital PRCS Al-Amal em Khan Younis persistem no tratamento dos feridos e dos pacientes”, lê-se no comunicado.

O Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS) recorreu esta quarta-feira à rede social X (antigo Twitter) para dizer que o hospital de Khan Younis recebeu sete mortos, entre eles um membro da sua equipa, e nove feridos.

????Despite ongoing bombardment and gunfire, the medical teams at PRCS Al-Amal Hospital in #KhanYunis persist in treating the wounded and patients.
????Today, the hospital received seven martyrs, including a PRCS employee, and attended to nine injuries. The siege and targeting have… pic.twitter.com/KAdz7HxCyj

— PRCS (@PalestineRCS) January 31, 2024

“Apesar dos contínuos bombardeamentos e tiros, as equipas médicas do hospital PRCS Al-Amal em Khan Younis persistem no tratamento dos feridos e dos pacientes”, lê-se no comunicado.

Em conferência de imprensa realizada na Casa Branca, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos disse que o seu país está a “considerar uma pausa prolongada (nos combates) como meta”, reiterando que esta deve ser “mais longa do que em novembro”.

O objetivo da pausa prolongada é permitir que sejam retirados “o máximo de reféns”, acrescentou John Kirby. “As conversações que estamos a ter sobre a pausa e os reféns são construtivas e acreditamos que estão a avançar na direção certa”, concluiu.

Questionado sobre o ataque na Jordânia, Kirby referiu que o mesmo foi “desencadeado pela Resistência Islâmica no Iraque” e garantiu que os EUA vão fazer “o que for necessário para responsabilizar os responsáveis”.

A Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) indicou hoje que suspendeu as operações no oeste da cidade de Khan Yunis, sul de Gaza, devido a contínuos ataques israelitas que provocam o colapso total dos hospitais.

O diretor da UNRWA em Gaza, Thomas White, indicou que agência “foi obrigada a fugir” da cidade e “transferir todas as suas operações para fora de Khan Yunis”, quando o sistema de saúde se degrada nesta cidade e os hospitais estão repletos de feridos.

“A UNRWA, juntamente com a população da cidade, teve de abandonar o oeste da cidade e fugir para os arredores, para perto da costa, para aí restabelecer as suas operações”, disse White num vídeo difundido na conta da agência nas redes sociais.

O primeiro-ministro de Israel esteve esta quarta-feira reunido com os embaixadores de Malta, Bulgária, República Checa, Hungria, Roménia, Ucrânia, Eslovénia e Serra Leoa na ONU, numa reunião que aconteceu em Jerusalém.

De acordo com o Ynet, Benjamin Netanyahu disse nesta reunião que se “deve substituir a UNRWA por outras agências da ONU e outras agências de ajuda”, de modo a “resolver o problema de Gaza”.

Segundo o primeiro-ministro, “o Hamas infiltrou-se nas fileiras da UNRWA e a organização trabalha ao seu serviço”.

Jake Sullivan esteve esta quarta-feira reunido com Ron Dermer em Washington, para discutir o fluxo de ajuda humanitária para Gaza.

Nesta reunião, o conselheiro de segurança da Casa Branca e o alto funcionário israelita também discutiram o andamento dos esforços relativos à libertação de reféns, disse John Kirby, porta-voz da Casa Branca, citado pela Sky News.

As forças israelitas terão atacado esta quarta-feira a aldeia de Blida, no sul do Líbano, com recurso a drones, reporta a Al Jazeera.

De acordo com a mesma fonte, a associação libanesa Al-Risala ficou com uma ambulância destruída neste ataque.

تعرضت سيارة الإسعاف التابعة لجمعية #كشافة_الرسالة_الاسلامية لأضرار مباشرة جراء استهداف ساحة بلدة #بليدا بغارة جوية عبر طائرة مسيّرة مساء اليوم، من دون وقوع اصابات بشرية.. pic.twitter.com/8NbWNgtxzz

— Mhd Zahreddine (@mhd_zahreddine) January 31, 2024

Os Estados Unidos terão destruído um míssil dos houthis que estava prestes a ser lançado desde o Iémen. Segundo o comando central norte-americano, citado pela Sky News, o míssil deveria atingir aeronaves.

As forças norte-americanas acrescentaram que o míssil foi identificado numa área do Iémen controlada pelos houthis, pelo que representava uma “ameaça iminente” às aeronaves dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos acusaram esta segunda-feira o grupo Resistência Islâmica no Iraque de estar envolvido no ataque de drone que matou três soldados norte-americanos na Jordânia, relata a Sky News.

De acordo com um relatório da Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (Cnuced) serão necessários dezenas de milhares de milhões de dólares para que a estreita faixa de terra se torne de novo viável.

Os investigadores da Cnuced basearam-se em imagens de satélite de alta definição para estabelecer a amplitude da devastação, comparando as imagens anteriores a 7 de outubro com as atuais, após Israel iniciar o bombardeamento incessante de Gaza em resposta a uma operação sem precedentes da ala militar do Hamas palestiniano em território israelita.

“Os novos dados indicam que 50% das estruturas de Gaza estão danificadas ou destruídas”, declarou Rami Alazzeh, coautor do estudo, à agência noticiosa AFP.

“Atualmente, Gaza é inabitável”, sublinhou.