Atualizações em direto
  • Maduro responde aos EUA e pede que "tirem o nariz" da Venezuela

    O Presidente da Venezuela disse aos Estados Unidos para “tirarem o nariz” do país, depois de Washington ter admitido a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, nas presidenciais de domingo.

    “Os Estados Unidos deviam tirar o nariz da Venezuela porque é o povo soberano que governa na Venezuela, que põe, que escolhe, que diz, que decide”, afirmou Nicolás Maduro, em declarações transmitidas pelo canal estatal de televisão VTV.

  • Diplomatas argentinos deixam Caracas rumo a Lisboa e entregam Embaixada ao Brasil

    Os cinco diplomatas argentinos e as famílias expulsos pelo Presidente venezuelano partiram esta quinta-feira de Caracas no voo da TAP178 rumo a Lisboa, abandonando a Embaixada Argentina e a residência oficial, que ficam a cargo do Brasil.

    “Há instantes [às 15h20 locais e 20h20 em Lisboa], o pessoal diplomático, adidos militares e o adido administrativo que prestavam funções na Embaixada da Argentina na Venezuela abandonaram esse país junto com as suas famílias. A partida foi ordenada pelo Presidente [venezuelano], Nicolás Maduro, como consequência do desconhecimento e rechaço do nosso país ao fraudulento resultado da eleição presidencial de 28 de julho”, indicou, em nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina.

    “O Ministério faz votos de que muito brevemente possa retornar a cumprir com as suas funções numa Venezuela livre e democrática”, acrescenta-se.

  • Missão da ONU “extremamente preocupada” com nova onda repressiva na Venezuela

    A Missão internacional independente da ONU para a Venezuela está “extremamente preocupada” com a nova onda de repressão de manifestações populares a contestar os resultados das eleições presidenciais de domingo, assumiu a presidente do organismo em entrevista à Lusa.

    “Como missão de investigação das Nações Unidas, nós estamos extremamente preocupados com a situação atual na Venezuela”, ainda que aquilo a que se assiste hoje “em termos de manifestações populares espontâneas e nível da repressão por parte das forças públicas do Estado” seja algo que “infelizmente não é novo”, diz Marta Valiñas, que preside à comissão tripartida criada em 2019 para investigar as violações dos direitos humanos cometidas desde 2014 no país.

    Assinalando que o mandato da missão independente de inquérito à qual preside e que opera sob a égide do Conselho de Direitos Humanos da ONU permitiu investigar “aquilo que se passou já nas manifestações de 2014, 2017, 2019, entre outras em menor escala”, incluindo algumas que tiveram lugar no ano passado já “devido à insatisfação de grande parte da população” com o regime de Nicolás Maduro, Marta Valiñas afirma que está a repetir-se “um ‘modus operandi’ que já se viu no passado”.

    “Ou seja, [assistimos a] intervenção das forças de segurança públicas, incluindo não só a polícia, que tem um mandato mais direto de manter a ordem pública, mas também da Guarda Nacional Bolivariana, que pertence às Forças Armadas, e, além destas, a participação daquilo que se chamam os ‘colectivos’, que são civis armados, ideologicamente pró-governo atual, pró-Maduro, e que atuam quase como que a ajudar as forças de segurança do Estado”, indica.

    “Portanto, o que vemos são níveis de repressão que incluem não só as mortes que já foram registadas, mas também um elevadíssimo número de detenções de manifestantes e várias pessoas feridas. E é isto que nos preocupa: preocupa-nos ver mais uma vez este mesmo modo de atuação”, lamenta a jurista especializada em direitos humanos, particularmente preocupada por a repressão sistemática, incluindo a detenção de ativistas de direitos humanos, acabar por ser “uma estratégia muito eficaz por parte das autoridades para silenciar aqueles que se atrevem a denunciar ou relatar o que lhes aconteceu”.

  • EUA declaram Edmundo González como vencedor das eleições venezuelanas e apelam à "transição" de poder

    Os Estados Unidos da América não aceitam os resultados publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano e declaram Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais do país da América do Sul.

    Numa publicação no X, o secretário de Estado Antony Blinken refere que os dados eleitorais “demonstram de forma esmagadora” que a vontade do “povo venezuelano” foi escolher Edmundo González enquanto vencedor destas eleições e não Nicolás Maduro.

    “Edmundo González teve mais votos nas eleições de domingo”, disse Antony Blinken, acrescentando: “Os venezuelanos votaram e o seu voto deve contar”.

    Além disso, num comunicado publicado esta noite no site do Departamento do Estado, os EUA dão os parabéns a Edmundo González.

    [Já saiu o primeiro episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor.]

    “Agora é o tempo dos partidos venezuelanos para começar as discussões numa transição pacífica e respeitosa, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”, lê-se no comunicado.

    Os EUA apoiam “totalmente o processo de restabelecer as normas democráticas” na Venezuela. E avisam: estão “prontos” para encontrar formas de o fazer com os “parceiros internacionais”.

    Washington torna assim oficial o que o vice chefe da diplomacia Brian Nichols já tinha dito na véspera, na reunião da Organização dos Estados Americanos: as provas de que Edmundo Gonzalez tinha vencido eram “irrefutáveis”.

    EUA declaram Edmundo González como vencedor das eleições venezuelanas e apelam à “transição” de poder

  • Bom dia, vamos continuar a seguir neste artigo em direto a situação política da Venezuela que tem vivido um clima de forte tensão desde as eleições de domingo em que o regime chavista diz que Nicolás Maduro venceu e a oposição diz que foi sim o seu candidato, Edmundo Urrutia.

    Pode ler o que se passou ontem aqui nesta outra ligação.

    EUA declaram Edmundo González como vencedor das eleições venezuelanas e apelam à “transição” de poder

    Obrigada por nos seguir. Até já.

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