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  • Equador e Costa Rica reconhecem Edmundo González como vencedor das eleições venezuelanas

    A Presidência do Equador e o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Costa Rica anunciaram na rede social X que reconhecem Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais da Venezuela.

    “Esta lógica do Equador baseia-se no respeito pela vontade legítima do povo venezuelano, expressa com força nas urnas e sustentada pela manifestação nas ruas durante os últimos dias. Nestes momentos cruciais e decisivos, temos a obrigação moral, sem espaço para hesitações ou tibiezas, de dizer em voz alta de que lado estamos”, lê-se no comunicado do Equador.

    Na mesma linha, o comunicado da Costa Rica avança: “Refutamos a proclamação fraudulenta de que Maduro ganhou as eleições, sendo indiscutível que Edmundo González recebeu o apoio maioritário do povo venezuelano”.

    Já ontem os EUA não aceitaram os resultados publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano e declararam Edmundo González como o vencedor das eleições. Numa publicação no X, o secretário de Estado Antony Blinken refere que os dados eleitorais “demonstram de forma esmagadora” que a vontade do “povo venezuelano” foi escolher Edmundo González enquanto vencedor destas eleições e não Nicolás Maduro.

    [Já saiu o primeiro episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Ouça aqui.]

  • Bom dia. Terminamos aqui a cobertura da situação política na Venezuela.

    Pode acompanhar os novos desenvolvimentos deste sábado no liveblog que agora abrimos.

    Obrigada por estar connosco.

    Maria Corina Machado discursa em Caracas: “Não temos medo”

  • Guterres pede que disputas eleitorais na Venezuela sejam resolvidas “por meios pacíficos”

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou hoje a todas as partes na Venezuela para resolverem qualquer disputa eleitoral “por meios pacíficos” e criticou as detenções arbitrárias de cidadãos, que contestam o anúncio da vitória de Nicolás Maduro.

    O diplomata português pediu “novamente total transparência e lembra que todos os cidadãos têm o direito de participar nos assuntos públicos e ninguém deve ser sujeito a prisão ou detenção arbitrária”, realçou o porta-voz de Guterres, Farhan Haq, na sua conferência de imprensa diária.

    Haq reagiu desta forma depois de ter sido questionado sobre a reação da ONU ao reconhecimento pelos Estados Unidos do candidato da oposição Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições do passado domingo na Venezuela, pergunta à qual não deu resposta.

    “Não temos comentários sobre as decisões tomadas bilateralmente por outros países”, explicou o porta-voz, sem fazer referência direta a este reconhecimento ou aos protestos pelos resultados eleitorais convocados para sábado em todo o país pelo movimento anti-chavista na Venezuela.

  • "O CNE deve agir de acordo com a lei": Enrique Marquéz explica por que não assinou ata da audiência no Supremo

    Enrique Marquéz, apoiado pelo PCV, foi o único de nove candidatos presentes na audiência convocada pelo Supremo Tribunal venezuelano que se recusou a assinar a ata do mesmo. Em declarações no final da audiência, Marquéz explicou que recusou assinar por que “não se sente notificado”. “A notificação deve vir acompanhada de um recurso, com os motivos pelos quais está incluída a convocatória”, esclareceu.

    “Saio como cheguei, sem saber exatamente do que se trata. Ratifico o meu compromisso com a vontade popular e aproveito esta oportunidade para exortar o CNE a agir de acordo com a lei”, criticou. “Espero que este assunto não sirva para o CNE se esconder debaixo da toga dos magistrados. As atas são fundamentais para a transparência e a paz“, acrescentou, citado pelo El Nacional.

  • Putin convida Maduro para cimeira dos BRICS em outubro

    O governo da Venezuela anunciou hoje que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, convidou o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, para a cimeira dos BRICS que se realiza em outubro na cidade russa de Kazan.

    Estou certo de que a sua participação pessoal enriquecerá a próxima discussão, ajudará a identificar áreas promissoras de cooperação multilateral para o benefício da maioria mundial e, sem dúvida, contribuirá para o desenvolvimento progressivo das relações russo-venezuelanas”, referiu Putin numa carta enviada a Maduro, a propósito do convite para o encontro que irá juntar os líderes dos países que integram o grupo de economias emergentes BRICS.

    Na missiva, divulgada na rede social X pelo chefe da diplomacia da Venezuela, Yvan Gil, o líder russo mostra-se seguro de que a cimeira, que se realiza nos dias 23 e 24 de outubro, “dará um impulso construtivo para resolver os problemas atuais da agenda regional e global”.

  • Candidatos devem entregar todos os documentos legais relevantes, afirma Supremo

    A presidente do Supremo procedeu à leitura da sentença, depois de uma afirmação das tarefas constitucionais do Tribunal e lembrando que a audiência foi convocada em resposta ao pedido de proteção de Nicolás Maduro dos resultados eleitorais. “Entendendo que sem justiça, não há paz, foi solicitada a verificação, para certificar de maneira inequívoca os resultados”, declarou Caryslia Rodríguez.

    A mais alta instância da Venezuela decidiu que os candidatos “devem entregar todos os documentos legais de relevância jurídica que lhes sejam requeridos”. Sublinhando que as decisões do Supremo Tribunal são vinculativas, a presidente acrescentou: “Insta-se a todos os cidadãos, candidatos e partidos políticos a acatar e respeitar a sentença”.

    O documento foi assinado por oito dos dez candidatos. Para além de Edmundo González, que não marcou presença na audiência, o candidato Enrique Marquéz também se recusou a assinar. A candidatura de Marquéz contou com o apoio do PCV e obteve 29.611 votos (0,24% dos votos totais, segundo dados da CNE).

  • Edmundo González não comparece à audiência do Supremo Tribunal

    A sala eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela está cheia de figuras políticas, advogados e jornalistas. Mas os olhares convergem no lugar vazio na fila da frente. Os dez candidatos presidenciais foram convocados hoje a comparecer perante a mais alta instância da justiça venezuelana, mas Edmundo González, o candidato da oposição, não respondeu à convocatória.

  • Conselho Nacional Eleitoral apresenta resultados, mas não dá explicações

    O Presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela apresentou hoje uma sessão informativa sobre as eleições, depois da denúncia de fraude por parte da oposição.

    Segundo Elvis Amoroso foram apurados votos de 15797 centros de votação e os resultados confirmam os 6.408.844 votos em Nicolás Maduro, o que representa 51,95% dos eleitores. Já Edmundo González teve 5.326.104 votos, que representam 43,18%. Depois de apresentar os restantes candidatos e os votos nulos, o Presidente da CNE saiu da sala sem responder às questões dos jornalistas.

  • Portugal insiste na divulgação dos originais das atas eleitorais

    Portugal mantém-se sem reconhecer a vitória anunciada do Presidente Nicolas Maduro na Venezuela e insiste na necessidade do acesso aos originais das atas eleitorais, para uma “verificação imparcial dos resultados”, adiantou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

    “Portugal reitera a necessidade de uma verificação imparcial dos resultados e do acesso aos originais – sublinha-se aos originais – das atas eleitorais. Daí que – em linha com a UE – não tenha reconhecido a vitória oficialmente anunciada”, referiu à agência Lusa o ministério liderado por Paulo Rangel, no dia em que Estados Unidos, Argentina e Uruguai reconheceram a vitória do candidato da oposição.

    A diplomacia portuguesa garantiu que “acompanha de perto e permanentemente a situação na Venezuela, sempre em contacto com múltiplos interlocutores, designadamente os parceiros da União Europeia e Estados iberoamericanos”.

    “Nem de outro modo poderia ser, atenta a importância da nossa comunidade portuguesa e luso-descendente na Venezuela”, frisou.

  • Luso-venezuelana sob observação médica após ser atropelada em manifestação

    Uma jovem luso-venezuelana está sob observação médica em casa após ter sido atropelada durante uma manifestação, em Los Sálias, San António de Los Altos, no estado venezuelano de Miranda, 20 quilómetros a sul de Caracas, disseram fontes familiares.

    Fontes familiares disseram à agência Lusa que a jovem, de 19 anos, de nacionalidade portuguesa e venezuelana, foi atropelada por um indivíduo que conduzia a alta velocidade e que estaria embriagado.

    O atropelamento ocorreu pela 16:00 de terça-feira passada, quando o homem, de 51 anos, que conduzia sob o efeito do álcool, ao ver a estrada bloqueada, acelerou a viatura causando ferimentos em pelo menos dez pessoas.

    A jovem foi socorrida por funcionários dos serviços locais dos Bombeiros e da Proteção Civil, que a levaram para o Hospital Vitorino Santaella de Los Teques, de onde foi transferida horas mais tarde, a pedido dos familiares, para uma clínica privada.

  • Governo venezuelano tem ações "criminosas e inconstitucionais", acusa oposição

    A representante legal dos opositores políticos venezuelanos classificou as ações do regime como “criminosas e inconstitucionais”. “O Estado tem a obrigação de nos proteger, de assegurar a vida e a proteção dos venezuelanos e não temos visto isto”, acusou ainda Delsa Solórzano em declarações aos jornalistas.

    “O que temos visto foi um ataque terrorista contra a sede de campanha”, concluiu a advogada, criticando o governo por ter permitido e até inspirado estes ataques à oposição.

  • Oposição venezuelana condena invasão à sua sede

    Os opositores políticos de Nicolás Maduro reagiram ao ataque desta manhã à sede de campanha do Comando ConVzla, liderado por María Corina Machado. Partilhando imagens do gabinete, cujas paredes foram grafitadas pelos invasores, Edmundo González disse condenar o ataque contra as instalações.

    Aumenta a repressão contra o povo venezuelano que se expressou nas urnas a 28 de julho e a perseguição das nossas equipas. A verdade é o caminho para a paz”, acrescentou o candidato presidencial, numa publicação nas redes sociais.

    Apesar de não ter comentado diretamente o ataque, María Corina Machado partilhou no X a publicação da chefe da sua campanha, em que esta diz que “o regime perdeu o controlo do país”. Magalli Meda relata ainda que os “homens encapuzados saltaram a vedação, apontaram armas, amordaçaram e atiraram as pessoas ao chão“.

    Ontem à noite, Corina Machado assinou um artigo de opinião em que admitiu estar “escondida, a temer pela vida”, com medo de represálias do regime.

    “Estou escondida e a temer pela minha vida e a minha liberdade”: Machado deixa apelo à comunidade internacional

  • Edmundo González agradece apoio dos Estados Unidos

    O candidato presidencial venezuelano que concorreu contra Nicolás Maduro respondeu à mensagem de Antony Blinken, em que o Secretário de Estado norte-americano reconhece Edmundo González como o vencedor das eleições.

    “Agradecemos aos Estados Unidos por reconhecerem a vontade do povo venezuelano, refletida na nossa vitória eleitoral e por apoiarem o processo de restauro das normas democráticas na Venezuela”, escreveu González, numa mensagem em inglês publicada na rede social X.

  • Grupo armado invade sede da oposição venezuelana e leva equipamento informático e documentos

    Um grupo de encapuzados armados assaltou a sede da oposição venezuelana e o escritório de María Corina Machado, na madrugada desta sexta-feira, em Bejucal, Caracas. Roubaram equipamento informático e documentos.

    O Vente, partido liderado por Corina Machado, partilhou imagens que mostram as pichagens e estragos feitos pelo grupo no interior do edifício. “Denunciamos a investida e a insegurança a que estamos sujeitos por razões políticas e alertamos o mundo para a proteção dos nossos membros”, lê-se na publicação.

    Segundo o El Mundo, por volta das 3h00 da manhã, seis homens encapuzados chegaram ao local, onde também fica o escritório de María Corina Machado, subjugaram os seguranças e ameaçaram-nos com armas de fogo.

  • Edmundo González partilha mensagem curta em que garante estar "firmemente ao lado do povo"

    O candidato presidencial de maioria anti-chavista, Edmundo González Urrutia, divulgou uma mensagem curta esta quinta-feira em que garante estar “firmemente ao lado do povo” da Venezuela.

    “Nunca os deixarei sozinhos e defenderei sempre a sua vontade! Viva a Venezuela. Glória ao povo valente”, escreveu no X.

    González em conjunto com os restantes nove políticos que participaram das eleições do último domingo, foi intimado a comparecer nesta sexta-feira, às 14h, perante a Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) – presidida pela juíza chavista Caryslia Rodríguez- , que anunciou uma investigação para “certificar, de forma irrestrita, os resultados” das eleições, em resposta a um apelo apresentado por Maduro.

    Nem o principal opositor de Maduro nem María Corina Machado mencionaram, até ao momento, a convocatória do Supremo aos candidatos que participaram nas últimas eleições, destaca o El Nacional.

  • Supremo da Venezuela convoca todos os candidatos das últimas eleições para uma reunião esta tarde

    O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela convocou os candidatos às últimas eleições presidenciais, consideradas fraudulentas pela oposição e por vários países, após aceitar o recurso de Nicolás Maduro, para que o tribunal certifique o processo eleitoral. A convocatória é para uma reunião que vai decorrer na tarde desta sexta-feira, às 14H00, na Venezuela (19h00 em Portugal).

    Segundo o El Nacional, a Câmara Eleitoral do tribunal convocou Maduro e seu principal rival, Edmundo González. Foram também convocados outros oito candidatos minoritários. O Presidente venezuelano deu ordem para a prisão do seu opositor, reconhecido pelos EUA como vencedor das eleições.

    “Esta câmara eleitoral assume o compromisso com a paz, a democracia e a prossecução da ordem constitucional (…), garantindo que a vontade dos eleitores recebe uma proteção judicial eficaz e atempada”, garante o órgão judicial num comunicado divulgado esta quinta-feira.

    Num comício que decorreu ontem, Maduro já tinha confirmado a sua presença e afirmou: “Espero que todos os candidatos compareçam.”

  • "Vamos apanhá-los todos". Maduro revela que mil pessoas estão a ser procuradas e promete enviá-los para prisões de alta segurança

    O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, voltou a afirmar que 1200 pessoas foram detidas em protestos pós-eleitorais na Venezuela e revelou que outras mil estão a ser procuradas por destruírem esquadras policiais no país e outros locais públicos.

    No X, publicou um vídeo de um discurso perante dezenas de pessoas em que prometeu: “Vamos apanhá-los todos. Todos os criminosos fascistas vão ser enviados para Tocorón e Tocuyito, as prisões de máxima segurança, para que paguem pelos seus crimes perante o povo”.

  • "O mundo verá a nossa força e determinação". Corina Machado convoca manifestação pacífica para este sábado em todo o país

    “Firmes, organizados e mobilizados, agora vamos carregar!”. Através do X, María Corina Machado apela aos venezuelanos para se mobilizarem este sábado, 3 de agosto, numa manifestação pacífica contra o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral nas eleições de domingo.

    “Vamos reunir-nos todos em família, com os nossos filhos, netos, avós, em todas as cidades da Venezuela, porque vamos prestar homenagem a cada um desses heróis que afirmaram e defenderam a vontade do povo venezuelano no dia 28 de julho e que agora estão a ser perseguidos pelo regime”, afirma num vídeo partilhado na publicação, citada pelo El Nacional.

    “O mundo verá a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade”, acrescenta.

  • Maduro responde aos EUA e pede que "tirem o nariz" da Venezuela

    O Presidente da Venezuela disse aos Estados Unidos para “tirarem o nariz” do país, depois de Washington ter admitido a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, nas presidenciais de domingo.

    “Os Estados Unidos deviam tirar o nariz da Venezuela porque é o povo soberano que governa na Venezuela, que põe, que escolhe, que diz, que decide”, afirmou Nicolás Maduro, em declarações transmitidas pelo canal estatal de televisão VTV.

  • Diplomatas argentinos deixam Caracas rumo a Lisboa e entregam Embaixada ao Brasil

    Os cinco diplomatas argentinos e as famílias expulsos pelo Presidente venezuelano partiram esta quinta-feira de Caracas no voo da TAP178 rumo a Lisboa, abandonando a Embaixada Argentina e a residência oficial, que ficam a cargo do Brasil.

    “Há instantes [às 15h20 locais e 20h20 em Lisboa], o pessoal diplomático, adidos militares e o adido administrativo que prestavam funções na Embaixada da Argentina na Venezuela abandonaram esse país junto com as suas famílias. A partida foi ordenada pelo Presidente [venezuelano], Nicolás Maduro, como consequência do desconhecimento e rechaço do nosso país ao fraudulento resultado da eleição presidencial de 28 de julho”, indicou, em nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina.

    “O Ministério faz votos de que muito brevemente possa retornar a cumprir com as suas funções numa Venezuela livre e democrática”, acrescenta-se.

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