Histórico de atualizações
  • Sopraram-se as velas ao PS e cortou-se o bolo

    O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, ao lado de Carlos César, presidente do partido, e de João Torres, secretário-geral adjunto, cantaram os ‘Parabéns’ e cortaram o bolo de comemoração pelo 50º aniversário.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Scholz elogia "liderança progressista" de Costa, que "não vê mudança como ameaça"

    Já Olaf Scholz, o chanceler alemão que também esteve neste jantar socialista, diz que se está a “assistir a uma mudança de marés”, apontando para um mundo “multipolar, com novos poderes a emergirem ou reemergirem e, ao mesmo tempo, com uma transformação para um mundo digital e climaticamente neutro.”

    Neste contexto, elogiou a liderança de António Costa por ser “progressista” e que os resultados económicos alcançados são o resultado disso mesmo. Diz que uma liderança como a de Costa “não vê a mudança como uma ameaça, mas sim como uma oportunidade para melhorar o estado das coisas e para crescer.”

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  • Gama diz a PS para ficar "do lado de Mozart, para não cair no lado de Salieri"

    Antes de Costa tinha falado Jaime Gama, que afirmou não existir “partido político sem uma ideia política, não há partido político sem ideias políticas. A questão principal num partido político é definir a linha política, é congregar, é sintetizar, traçar a estratégia e seguir em frente”.

    O histórico socialista convidado para intervir nesta noite disse que depois dos momentos de “felizes” ou “mais dramáticos”, no “final de qualquer política democrática” é sempre testada “a capacidade no voto, porque o voto é o que define ao final qual é o grau da nossa capacidade de comunicar, convencer, levar as pessoas para as nossas causas”.

    Acabou a aconselhar o PS a ficar sempre “do lado do Mozart, para não cair no lado de Salieri” — numa referência à inveja que pautou a relação de Salieri com Mozart.

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  • Costa atira à "inveja" que "está no ADN da direita"

    Já perto do final da intervenção. Costa diz que a direita, que tem a inveja no seu ADN, só se preocupa com os que estão menos desenvolvidos se aproximam. Nós não temos inveja, temos satisfação”. “Sabemos que quando todos enriquecem, todos ficamos mais ricos”, atira.

    “A nossa meta não é estar a olhar para trás”, diz apontado para Rosa Mota que também está na sala. “O nosso objetivo não é que os que estão menos desenvolvidos continuem assim, mas chegar à meta, mais prósperos”.

  • Costa avisa que "hoje há populismo que ameaça a democracia. Temos de combater esse populismo"

    Agora fala da adesão à União Europeia, o tratado assinado por Soares e Jaime Gama, e também do Tratado de Lisboa, em 2007, como José Sócrates. “Sim a Europa está connosco e nós estamos com a Europa”, garante o líder socialista.

    Depois continua com a “modernização da administração”, do “plano tecnológico”. “Foi a visão e a ousadia contra o grande ataque da direita que apostámos há mais de 15 anos nas energias renováveis”. Todas estas foram apostas de José Sócrates durante os seus anos de governação.

    Sobre o futuro, Costa atira: “Não estamos aqui a celebrar os 50 anos que passaram, mas a recordar os 50 anos que passaram mas sobretudo para alargarmos o nosso horizonte com os olhos postos no futuro. Não podemos estar a olhar para o chão.”

    O líder socialista avisa que “há uma certeza”: “Hoje a guerra pode ser outra, podemos ter uma nova trincheira, mas vamos ter sempre uma guerra pela frente para travar. Hoje já não há uma ditadura que nos persegue mas há um populismo que ameaça a democracia e temos de combater esse populismo”.

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  • "Sempre que as contas não estão certas, o primeiro a sofrer é o Estado social", diz Costa

    Sobre a habitação, Costa diz que “não podemos ficar quietos” e que é para isso que defende “um Estado social forte”.

    “Não nos confundamos. Não há Estado social forte, sem finanças públicas sólidas”, refere introduzindo agora este tema. “Sempre que as contas não estão certas, o primeiro a sofrer é o Estado social e quem depende dele”, afirma.

    “Em 2015, muitos achavam que não era possível estar no euro sem austeridade”, recorda dizendo que o seu PS deu “contributo útil ao mostrar que é possível estar no euro sem austeridade e a poupar juros da dívida para investir na saúde, na habitação e nas reformas dos pensionistas”

  • Primeira referência ao ex-PM Sócrates com o complemento solidário para idosos

    “Para defender a democracia é essencial combater a corrupção”, continua Costa, apontando o exemplo de Almeida Santos na consagração da autonomia do Ministério Público. E o exemplo de António Guterres na aprovação “das mais importantes leis contra a corrupção”.

    Costa passa pelo “combate às desigualdades” e na criação do RSI, com Ferro como ministro, e do complemento solidário para idosos durante a governação de José Sócrates — é a primeira referência a este ex-líder que também foi primeiro-ministro durante seis anos. Passa para o seu Governo e a criação da prestação para a inclusão.

    Fala também da lei da nacionalidade: “Quem nasce entre nós é dos nossos qualquer que seja a origem, a cor de pele ou marca identitária”.

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  • Costa: "O PS não existe só quando está no Governo"

    António Costa continua os agradecimentos e segue com a história do PS que nasceu na Alemanha, mas “renasceu e cresceu nas ruas de Portugal quando a seguir ao 25 de abril foi necessário defender na rua a liberdade e assegurar que essa revolução não tinha nova deriva totalitária.”

    Coloca o PS como “o partido da social-democracia em Portugal e do socialismo em liberdade, que dizia que Portugal é do povo, Portugal não é de Moscovo”. Recorda o comício no mesmo Pavilhão que uniu no mesmo palco Alegre, Soares e Salgado Zenha.

    “O PS não existe só quando está no Governo”, garante Costa. E diz ter ouvido bem González sobre “ter os pés bem assentes nas estruturas da essência” do PS. E fala no reconhecimento do divórcio aos casais católicos, como exemplo do “amor do PS à liberdade individual”, tal como a aprovação pelo PS do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

  • Costa diz que a primeira maioria absoluta do PS foi obra de Ferro (e não de Sócrates)

    Depiois de Jaime Gama e de Olaf Scholz, fala agora o líder do PS. António Costa começa a intervenção e poucos minutos depois saúda “todos os antigos líderes, desde Mário Soares a António José Seguro”.

    Destaca, no entanto, os dois únicos presentes da sala: Vítor Constâncio e Eduardo Ferro Rodrigues. Elogia o esforço do primeiro na luta eleitoral de 1987 e o segundo pela “primeira maioria absoluta da sua história nas eleições Europeias de 2004”.

    A vitória eleitoral nesse momento foi expressiva, no entanto, o próprio partido destacou no vídeo de abertura que a primeira maioria absoluta foi a de 2005, com José Sócrates. costa preferiu concentrar-se no resultado eleitoral do PS anterior a essas legislativas, com ferro como líder.

    Destacou “uma vitória estrondosa, a primeira maioria absoluta do PS” de Ferro que “infligiu uma monumental derrota à direita em Portugal”. Nessas Europeias, o cabeça de lista era António Sousa Franco, que morreu em campanha. O número dois era António Costa.

  • "Hoje podem falar-nos Sócrates", diz González. Afinal era o filósofo

    A dada altura do discurso González congela a sala. Fala em Sócrates, mas afinal era o filósofo. Nas mesas do fundo da sala, onde estão muitos governantes, houve alguns risos quando se ouviu “hoje podem falar-nos Sócrates… e Séneca e tantos outros”. González falava na necessidade de preservar a “condição humana”, perante os avanços tecnológicos.

    “Asseguro que ela prevalecerá”, acredita o antigo líder do PSOE.

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  • González avisa Costa para manter "identidade" perante os perigos da "revolução tecnológica"

    Fala agora o antigo líder do PSOE, Felipe González, que exorta o Governo a continuar a “lutar contra a desigualdade”, “um caminho que não tem fim”.

    Numa intervenção em castelhano, o histórico dirigente espanhol defendeu os princípios do partido exortando os socialistas (através de uma citação de Willy Brandt) a “utilizarem novas ferramentas” para chegar aos objetivos perseguidos pelo PS.

    “Temos os mesmos objetivos, mas a caixa de ferramentas mudou. Ou percebemos que é preciso utilizar ferramentars novas para chegar ao objetivo, ou então perdemo-nos. Não vale a pena repetir o mesmo discurso nas diferentes circunstâncias, mas defender os princípios e os objetivos”.

    Elogia o Governo português e avisa Costa que tem de estar atento às mudanças na sociedade. “Para pensar no futuro com êxito, temos de governar com êxito no presente”, afirma virando-se para Costa: “Há que governar o presente se queremos ganhar o futuro”. Mantendo a “defesa da identidade”, mesmo perante as mudanças trazidas pela “revolução tecnológica” que “não tem regras”. “Temos de defender a condição humana”.

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  • César acusa PSD de "benevolência e cumplicidade" com o Chega

    Carlos César continua a intrevenção, agora virando-se para a direita, sobretudo para a extrema direita. Não refere o Chega pelo nome, mas diz que é o PS “o partido que mais pode e quer impedir a ascensão e a progressão da direita radical e da extrema direita” em Portugal. Refere, no entanto, que o Chega “ainda está abaixo da dimensão eleitoral da maior parte dos partidos congéneres na Europa”.

    E acusa o PSD, também sem o referir pelo nome, pela “benevolência e cumplicidade” com o Chega. César refere mesmo a “benevolência e cumplicidade dos seus amigos mais próximos, à direita do PS”.

    Termina a defender que o PS se concentre em “cuidar do país”, uma “missão” onde considera que “o PS tem de voltar a ser vencedor”.

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  • César: "Devemos continuar a ser o porto de abrigo da confiança dos portugueses"

    Arrancam agora as intervenções, com o presidente do partido a começar. Carlos César que começa por uma série de agradecimentos, nomeadamente as socialistas que já desapareceram e lutaram pela fundação do partido. Diz que o “tanto nos momentos tranquilos como nos mais trabalhosos com mais ou menos sucessos, o PS foi sempre decisivo”.

    “Somos e devemos continuar a ser um porto de abrigo da confiança dos portugueses”, avisa o presidente do partido.

  • Sócrates e Seguro são recordados em vídeo comemorativo

    Mesmo sem a maioria dos ex-líderes na sala, nomeadamente os que ganharam anticorpos com a atual direção, José Sócrates e António José Seguro são recordados no vídeo comemorativo do PS.

    Sócrates aparece como o conquistador da primeira maioria absoluta para o partido, em 2005.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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  • Apenas Ferro e Constâncio a representar ex-lídres

    A data é marcada com memórias históricas, mas sem a maioria dos ex-líderes do partido que poderiam estar presentes. José Sócrates, tal como foi noticiado em março, não foi convidado por se ter desfiliado do partido. Mas António José Seguro, o líder que antecedeu António Costa — e cuja liderança foi desafiada, a meio caminho, pelo atual líder –, também não está no Pavilhão Carlos Lopes.

    Com os discursos quase a começar, na sala, os únicos ex-líderes presentes são Eduardo Ferro Rodrigues e Vítor Constâncio. António Guterres, secretário-geral da ONU, também não está.

    PS celebra 50 anos com história do partido, mas sem José Sócrates

  • As intervenções, antes do jantar, serão abertas pelo presidente do PS, Carlos César, seguido do antigo líder do PSOE, Felipe González, o histórico socialista Jaime Gama, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz e , por fim, o secretário-geral do PS, António Costa.

  • Boa noite,

    O PS festeja hoje os 50 anos e está, nesta altura, reunido num jantar no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa. O Observador vai estar a acompanhar este evento político ao minuto neste liveblog. Fique connosco!

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