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  • Com protestos à porta, Costa prometeu "nervos de aço" e tentou matar fantasma das eleições antecipadas

    Na festa pelos 50 anos do PS, Costa ouviu elogios dos colegas europeus e avisos do histórico Alegre. Entrou em modo de combate
    sobre eleições antecipadas, enquanto se ouviam protestos na rua.

    Com protestos à porta, Costa prometeu “nervos de aço” e tentou matar fantasma das eleições antecipadas

  • Montenegro reage a entrevista de Costa: "Tanta preocupação com o PSD mostra medo"

    O presidente do PSD, Luís Montenegro, reagiu através de uma mensagem no Twitter à entrevista de António Costa, acusando de não responder “às preocupações dos portugueses” e de ter “medo” da oposição dos sociais-democratas.

    Um PM que não responde às preocupações dos portugueses, mostra que está fora de prazo. Não dizer nada sobre as trapalhadas dos ministros e fazer de conta que a TAP não é nada com ele, mostra arrogância e desprezo pelo dinheiro das pessoas”, escreveu Montenegro.

    “Tanta preocupação com o PSD mostra medo”, rematou.

  • Costa diz que democracia inclui "liberdade sindical"

    A entrevista termina com uma pergunta sobre se Costa considera que o povo português está do seu lado, tendo em conta o conjunto de manifestações e protestos que se têm verificado nos últimos dias.

    Costa responde que é preciso compreender que Portugal é uma “democracia madura” e que a democracia “não se esgota no ato eleitoral”.

    “A democracia é um ato diário” e inclui, diz Costa, a “liberdade sindical”.

  • Declarações de Lula da Silva sobre Ucrânia. Costa garante que Portugal e Brasil estão alinhados no essencial

    António Costa é questionado sobre as controversas declarações de Lula da Silva sobre a guerra na Ucrânia e garante que, no essencial, Portugal e o Brasil estão alinhados.

    “A declaração conjunta que ontem assinámos é inequívoca”, diz Costa, referindo-se ao texto em que os dois líderes condenam a violação da integridade territorial ucraniana por parte da Rússia.

    Costa diz também que as declarações de Lula da Silva nos últimos dias foram “inequívocas”.

  • "Pedro Nuno Santos é indiscutivelmente um dos grandes quadros políticos do PS", diz António Costa

    António Costa é agora questionado sobre Pedro Nuno Santos, longamente apontado como seu sucessor, mas agora manchado pela questão da TAP e pela saída do Governo.

    “O Pedro Nuno Santos é indiscutivelmente um dos grandes quadros políticos do PS”, diz Costa.

    Questionado sobre se continua a ser, Costa garante que isso é um “dado objetivo” e afirma que a atividade política “obviamente tem momentos de sucessos, de insucessos, momentos bons, momentos negativos”.

    “A vida de um político não é uma corrida de 100 metros, é uma vida”, diz ainda Costa, sublinhando que ao longo dessa vida um político “vai sendo sucessivamente avaliado”.

  • António Costa escuda-se em "postura institucional" para evitar questão da TAP — e atira a Montenegro

    Surge agora o tema da comissão de inquérito à TAP e a questão do parecer para o despedimento da ex-CEO que, afinal, não existia — e as críticas de que o PS tem sido alvo por parte do PSD.

    Evitando responder à pergunta, mesmo perante a insistência do jornalista da RTP, António Costa acusa o PSD de não apresentar propostas alternativas para os problemas, incluindo a TAP.

    Sobre, concretamente, o parecer em questão na comissão de inquérito, António Costa recorre ao argumento que tem usado: o de que é preciso apurar a verdade “doa a quem doer”, mas que o Governo tem de respeitar as instituições e manter uma “postura institucional”.

    Por isso, diz Costa, o Governo não comenta documentos ou audições de uma comissão de inquérito cujos resultados serão submetidos ao Parlamento.

    Costa aponta ainda que fica “perplexo” por Luís Montenegro, que tem a ambição de ser primeiro-ministro, não manter uma postura institucional e comentar os desenvolvimentos de uma comissão parlamentar de inquérito em curso.

  • Costa acusa Montenegro de não dizer claramente que "não haverá nenhum acordo com o Chega"

    António Costa aponta também o dedo ao crescimento do populismo em Portugal e deixa críticas ao Chega — mas acusa ao PSD de não se distanciar do partido de Ventura.

    O primeiro-ministro foi questionado sobre se Luís Montenegro não tinha sido suficientemente claro quando disse à CNN que não faz acordos com “políticas ou políticos racistas ou xenófobos, oportunistas ou populistas”.

    Costa disse que Montenegro “não disse o que não diz: que não haverá nenhum acordo com o Chega”.

    O primeiro-ministro sublinha também que ao PS “ninguém pergunta” se faz acordos com partidos xenófobos ou racistas — e acusa o PSD de ter um vocabulário em temas como as migrações e o funcionamento das instituições que procura aproximar-se aos eleitores do Chega.

    Para Costa, o populismo é um “vírus que se vai transmitindo” e é preciso “usar as máscaras e vacinarmo-nos”.

  • A festa já terminou no Pavilhão Rosa Mota, onde as decorações dos 50 anos do PS estão a ser retiradas e os balões que ainda há minutos enchiam o espaço estão quase todos rebentados. Os socialistas também já dispersaram.

  • Costa rejeita cenário de dissolução e novas eleições: "As pessoas não estão nem aí"

    Questionado sobre a possibilidade de uma dissolução do Parlamento e sobre os cenários eleitorais, António Costa sublinha que os portugueses “não estão nem aí” para novas eleições.

    “Tenho visto aí sondagens em que para terem 600 e tal respostas têm de fazer 2 mil e tal contactos”, disse. “As pessoas não estão nem aí.”

    “Os portugueses não querem dissolução nenhuma”, acrescentou ainda. “Querem que os políticos resolvam problemas.”

    Costa reitera ainda que, nas últimas eleições, os cidadãos disseram que “queriam estabilidade para quatro anos”.

  • Costa: "As oposições criticam o Governo quando o Governo faz e quando não faz"

    António Costa está a dar uma entrevista na RTP, na qualidade de secretário-geral do PS.

    Depois de numa fase inicial da entrevista ter reiterado muito do que já disse este domingo, incluindo o “muito orgulho” que tem no que o PS representa para o país e o modo como a pandemia e a guerra afetaram o país.

    Costa fala também sobre as recentes medidas relativas às pensões e recusa ser eleitoralista.

    “As oposições criticam o Governo quando o Governo faz e quando não faz”, diz. “Quando fomos prudentes, fomos criticados por ser prudentes”, acrescentou. Agora, “somos eleitoralistas”.

    “É a oposição que temos. Exerce mal o seu papel, mas é a oposição que temos”, afirmou.

  • Costa cita conselho de Guterres para tempos difíceis: "Nervos de aço"

    Costa diz que o PS sempre foi o partido da concórdia, mas nunca do conformismo.

    “Sempre que nos desafiaram fomos à luta e sempre que fomos à luta soubemos ganhá-la”, frisa. E cita Guterres para os momentos mais difíceis — “dizia-nos: nervos de aço”. E isso não era pôr as mãos nos bolsos e esperar que o problema passasse, mas para criar uma solução.

    “Os políticos não servem para criar problemas ao país, mas para os resolver”.

    Costa diz que é preciso responder com verdade à mentira e com serenidade à agitação. “Com persistência às dificuldades. Juntos iremos vencer!”. Volta a lembrar o pós-25 de Abril e o papel do PS na integração europeia, assim como o papel das bases. “Aqui estou a travar a batalha, porque é a nossa batalha”, remata, com a sala já de pé a aplaudir.

  • Costa diz que direita tem "pressa" de se livrar do PS para ficar com PRR. "Nós chegaremos para eles"

    Costa puxa agora dos galões por manter as “contas certas” depois de ter “virado a austeridade”. Diz ter a prudência de nunca dar um passo maior do que a perna e a consciência de que ainda há um caminho a percorrer — “mas não podemos tropeçar pelo caminho”.

    “Não haverá dois passos atrás e iremos chegar à nossa meta”, garante.

    “A agenda do dia a dia tem sido muito exigente e pesada”, reconhece. Tanto para as pessoas que pagam contas como para quem decide as contas públicas, diz. Sobre o SNS, lembra que este governo criou a direção executiva, contando com o aplauso satisfeito do ministro Manuel Pizarro. Sobre os professores, escolhe lembrar as mudanças no modelo de contratação para acabar com a modalidade da “casa às costas” — ignorando as mudanças que os professores pedem para a contagem do tempo de serviço, sendo que alguns estão hoje a manifestar-se perto do Pavilhão Rosa Mota.

    Costa lembra também o acordo para a descentralização e admite que há um problema estrutural para a Habitação, mas diz que só aprovando e implementando a política do Governo se poderá avançar.

    “Que não se iluda a direita: sabemos bem que Roma e Pavia não se fazem num dia e que o PRR não se executa num ano. Mas cá estaremos os quatro anos para executar até ao último ano e liderar a maior oportunidade que temos tido nos últimos anos. Acho que é por isso que eles têm bastante pressa de se verem livres de nós. Tentam tudo… Já tentaram com o diabo, agora até tentam com o Chega, mas não chegam para nós e nós chegaremos para eles porque connosco eles não passam!”

  • Costa: "Verdadeiramente não sei porque é que a direita mente sobre as pensões"

    Este ano, diz Costa, o PS tem conseguido “evitar que a crise venha aí” e as perspetivas económicas são hoje melhores. “É por isso que temos razões para dizer que estamos a cumprir e temos condições para continuar a cumprir”.

    Depois fala das dificuldades específicas trazidas pela guerra, nomeadamente a inflação. “Há preocupações efetivas no dia a dia dos portugueses”, assume. E cabe a quem governa olhar para esses problemas e “não se distrair com o que não é verdadeiramente relevante”. E isso é garantir que as pessoas se alimentam, têm habitação condigna ou podem ter os filhos na escola: “Para isso temos de saber governar”.

    Costa recorda que na semana passada entrou em vigor a redução do IVA e foi conhecida a medida de atualização das pensões. Diz que a evolução da economia e das contribuições para a Segurança Social permitiram esta medida, a aplicar a partir de julho. “Não só não vamos cortar pensões como fizemos atualização para garantir que ninguém perde poder de compra”, atira.

    “Eu às vezes verdadeiramente não sei porque é que a direita mente sobre as pensões. Se mente por mentir ou porque verdadeiramente não tem outra receita quando aparece uma crise que não cortar pensões, salários e direitos”. “Nós sabemos que há sempre outra solução para as crises”.

  • Costa: "Quando se põe em causa os mandatos conferidos pelo povo, está a pôr-se em causa a democracia"

    Costa atira a matar contra o fantasma da dissolução do Parlamento, de que Marcelo Rebelo de Sousa falou ainda esta sexta-feira: “Em democracia temos o dever de honrar os nossos mandatos e cumprir os compromissos. Quando se põe em causa os mandatos conferidos pelo povo, está a pôr-se em causa a democracia. Quem quer democracia forte respeita os mandatos”.

    E diz que fala com a “humildade” de quem andou a pedir o voto e o recebeu.

    A agenda do PS, prossegue, não é a mediática, mas antes a do dia a dia dos portugueses. E lembra as dificuldades trazidas pela pandemia e pela guerra. “Todas as oposições diziam: o mundo mudou e têm de mudar o vosso programa, se não agora é que vem aí o diabo. O país não entrou em recessão e foi o terceiro que mais cresceu na UE”, contrapõe.

  • Costa cita Alegre para garantir que os portugueses querem "estabilidade": "É preciso respeitar a vontade popular"

    O speaker apresenta agora António Costa como uma voz influente e respeitada na Europa e alguém que “fala por nós”. E o primeiro-ministro sobe ao palco, elogiando PS por se mostrar “mobilizado, unido, forte, vivo”, a mostrar que “quanto mais a luta aquece mais força tem o PS” — “não temos medo da luta”.

    Costa aproveita o nome do pavilhão Rosa Mota para dizer que a maratona é a “forma como PS percorre cada um dos seus anos de vida”. Recorda que foi aqui que aconteceram vários momentos históricos, como a decisão de apoiar a candidatura de Jorge Sampaio a Belém e a última vez que Mário Soares se dirigiu ao PS. E lembra também duas memórias pessoais: “Foi aqui que há pouco mais de um ano exerci o meu direito de voto nas legislativas e foi aqui que encerrei a campanha dessas eleições” — as que deram ao PS a maioria.

    “É preciso respeitar a vontade popular” — a citação é de Alegre e Costa usa-a, lembrando que eram usadas para “pôr em causa” o rumo de “liberdade e progresso” do PS apesar da vitória para a Assembleia Constituinte. Hoje, reforça, continua a ser um princípio fundamental.

    E o que os portugueses disseram nas últimas eleições foi “muito simples”: “Queremos estabilidade política e estabilidade das políticas”.

  • Manuel Alegre: "Sem o PS e contra o PS não há soluções de esquerda em Portugal"

    Uma solução “feita a martelo” em que não se sabe se o Chega entraria num Governo não faz sentido, diz. “Com Costa é claro: o Chega não passará pelo PS”.

    “Sem o PS e contra o PS não há soluções de esquerda em Portugal”, alerta Alegre. Nem há “estabilidade política”. “Não venham dizer que não há estratégia” — Costa bateu-se pelo PRR e essa estratégia está sufragada, avisa.

    “Muitos falam de reformas estruturais, mas nem todos no mesmo sentido. Certos mantêm orientação neoliberal”, critica. E frisa que o programa que há para cumprir em Portugal é mesmo o do PS, da “maioria”.

    Avisa depois que é preciso aplicar bem os fundos estruturais ao mesmo tempo que se responde a emergências na Saúde ou na Educação, e ter tolerância zero para a corrupção. Tudo sem “descurar o equilíbrio das contas públicas”.

    O histórico socialista deixa ainda uma saudação à Ucrânia. E acaba com mais avisos: “Não há futuro estável sem o PS, não há futuro de esquerda sem o PS, nem marginalizando o PS”.

  • Manuel Alegre avisa PS: "Devemos manter um espírito crítico e vigilante, por vezes em relação a nós próprios"

    É a vez do histórico Manuel Alegre. “Vim ajudado, tenho 86 anos mas não estou cansado. Nem preciso de ser recauchutado!”, graceja, depois de ter ajuda para subir as escadas. E diz que o PS se vai renovando com as novas gerações.

    Frisa que os socialistas não se podem esquecer dos “pioneiros” que fundaram a primeira versão do PS, ainda no século XIX, e que sempre houve socialistas em Portugal, mesmo sem partido. O regime esteve depois bloqueado quando os fundadores decidiram criar o PS para “derrubar o fascismo”. “Criaram alternativa não para instalar nova ditadura de sinal contrário, mas para instaurar a democracia em Portugal”.

    “O PS transformou-se rapidamente no grande partido nacional”, resistindo tanto a derivas direitistas como ao “vanguardismo político militar” e aos que queriam um regime tipo soviético, recorda, saudando a memória de Mário Soares e dos capitães de Abril. “Portugal mostrou ao mundo que era possível passar da ditadura à democracia sem cair em nova ditadura. É uma vitória histórica”.

    “Ninguém em Portugal dá lições de democracia ao PS”, atira, recebendo um aplauso expressivo e lembrando depois os créditos do PS em vários momentos, da criação da Constituição à do SNS, passando pelo modelo de Segurança Social pública ou criação do Rendimento Social de Inserção.

    Não há lugar para “conformismo nem sobranceria”, avisa. “Devemos manter um espírito crítico e vigilante em relação ao que se passa à nossa volta e por vezes em relação a nós próprios”.

    O percurso que o PS está a fazer com Costa é motivo de “orgulho”, pelo equilíbrio das contas públicas que permite que haja apoios, e pelas negociações europeias que correm melhor graças ao “prestígio” de Costa. Agora é preciso fazer “melhor” no acesso ao SNS, à escola pública, na Habitação — “o radicalismo e o populismo nasce da incerteza e do medo. Só há uma maneira de os combater: mais e melhor democracia e estabilidade política, sem experimentalismos aventureiros”.

  • PSP justifica interdição de circulação de camião de protestos com razões de segurança

    A proibição da circulação de um camião entre a rotunda da Boavista, no Porto, e o Palácio de Cristal, num protesto do movimento Juntos por Portugal deveu-se a questões de segurança, disse à Lusa fonte da PSP.

    Um camião com sistema de som e material de propaganda alusiva à manifestação que hoje está a decorrer no Porto e a juntar vários setores chegou à rotunda da Boavista cerca das 13:30 para encabeçar a marcha que seguiria para o Palácio de Cristal onde, às 16:00, era esperada a chegada do secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, mas foi parado e proibido de circular.

    “Deveu-se a questões de segurança. Esta decisão é uma medida de segurança própria destas situações porque é preciso assegurar que temos corredores de emergência sempre livres”, disse à agência Lusa fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto.

    Antes, no início do protesto, o representante do movimento Juntos Por Portugal, o professor Joaquim Sampaio, acusou a PSP do Porto de estar a ceder “a pressões externas” e garantiu que o pedido para a circulação do camião “foi feito no prazo estipulado por lei”.

    O camião acabou por ficar estacionado na rotunda da Boavista, local de onde partiu uma coluna de manifestantes com milhares de pessoas desde professores a outros profissionais da educação, representantes do Alojamento Local, oficiais de Justiça, entre outros.

  • Presidente dos socialistas europeus diz que PS é "modelo" para ganhar europeias contra direita e extrema-direita. "Só nós podemos detê-los"

    Terminada a atuação dos GNR, sobe ao palco para intervir Stefan Lofven, presidente do Partido Socialista Europeu.

    “Do PS saíram figuras inspiradoras como Mário Soares, Jorge Sampaio, António Guterres e agora, o meu caro amigo, António Costa”, elogia.

    Na mesma linha de Sánchez, Lofven garante que o legado do PS “continua a inspirar todos os movimentos socialistas na Europa” e dá os parabéns a Costa pelo terceiro mandato — “é uma conquista e tanto!”.

    “Este feito raro é um farol de esperança na paisagem política europeia, cada vez mais ameaçada por movimentos retrógrados e antidemocráticos. E, camaradas, esperança e coragem é o que mais precisamos”.

    Sobre a proximidade das eleições europeias, diz que a “experiência e liderança” do PS são “extremamente importantes”: “Todos os movimentos socialistas e sociais-democratas na Europa olham para vós como um modelo de sucesso e contamos com a vossa experiência para desenvolvermos uma boa campanha”.

    “Mas não será tarefa fácil. Este mandato europeu foi extremamente difícil”, assume. Ainda assim, considera que o projeto europeu conseguiu, também por causa de Costa e Sánchez, “afastar-se das soluções de austeridade e do passado recente” e “graças a líderes progressistas como Costa” foi possível combater os impactos da pandemia. O mesmo para as respostas dadas à guerra e o apoio à Ucrânia.

    “Estes dois acontecimentos terão um efeito prolongado na política europeia e nacional e terão, sem dúvida, um forte impacto na campanha eleitoral para as europeias de 2024”, avisa. “A direita política – a extrema direita e a direita tradicional – já estão a usar estas duas questões para promoverem uma agenda assente no medo, na exclusão, no individualismo e, nos casos mais extremos, no nacionalismo”.

    E dá o guião: até às europeias, os socialistas devem ser os representantes do emprego, do estado-providência, dos direitos fundamentais e da democracia, do combate às alterações climáticas, da igualdade de género e do multilateralismo.

    “Caros amigos, o Partido dos Socialistas Europeus sabe que pode contar convosco para cumprir estes objetivos no próximo ano. Porque, permitam-me que seja muito franco: temos de ganhar as eleições europeias em 2024, pois nunca foi tão importante para a Europa e para a própria democracia ter uma liderança socialista e social-democrata”, avisa.

    “Estamos a assistir a sinais em toda a Europa de uma aproximação entre a extrema direita e a direita tradicional. Mesmo em Portugal, um país muitas vezes considerado imune à extrema-direita, os principais partidos de centro-direita já fizeram essa aproximação nos Açores e no parlamento português. Ninguém está imune a movimentos regressivos, e só nós, socialistas, podemos detê-los. Por isso, caros camaradas, gostaria de sublinhar uma vez mais o quão inspiradoras são as origens do PS Portugal”, remata.

  • Sobem agora ao palco os GNR, que farão a última atuação musical do dia, antes de Manuel Alegre e António Costa discursarem (começam por “Vídeo Maria”).

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