Momentos-chave
- Ucrânia diz que exigências russas "soam particularmente cínicas, vindas do próprio Estado terrorista"
- Moscovo acusa Kiev de terrorismo e exige entrega de supostos implicados em atentado
- Bombardeamento ucraniano matou uma mulher em Belgorod
- Milhares de pessoas sem eletricidade em Odessa devido a ataque russo
- Ucrânia lança ataque à região russa de Belgorod com mísseis checos
- Jovem de 19 anos morreu em Izyum depois de míssil atingir bomba de combustível
- Ataques russos visaram infraestruturas essenciais. Pelo menos uma pessoa morreu
- França vai enviar blindados antigos e mísseis novos para a Ucrânia
- Zelensky denuncia novos ataques russos durante a noite e pede "que todas as preces de proteção contra o mal sejam ouvidas hoje"
- Centrais elétricas da maior empresa privada da Ucrânia perderam 80% da capacidade de produção
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, domingo.
Rússia relaciona ataque em Moscovo com ataques fronteiriços ucranianos
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Ucrânia diz que exigências russas "soam particularmente cínicas, vindas do próprio Estado terrorista"
Os Serviços de Segurança (SBU) da Ucrânia consideram que as exigências russas “soam particularmente cínicas, vindas do próprio Estado terrorista. Por conseguinte, quaisquer palavras do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo são inúteis”.
Escreve a agência Reuters que o SBU rejeitou imediatamente a exigência russa e afirmou que o ministério russo se tinha “esquecido” que o líder do Kremlin, Vladimir Putin, era objeto de um mandado de captura internacional.
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Moscovo acusa Kiev de terrorismo e exige entrega de supostos implicados em atentado
A Rússia responsabilizou hoje a Ucrânia pelo atentado terrorista de 22 de março em Moscovo, entre outros ataques, e exigiu a Kiev a detenção e a entrega do chefe dos Serviços de Segurança (SBU) e de outros supostos implicados.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela agência espanhola EFE, Moscovo “entregou às autoridades da Ucrânia a exigência, no marco da convenção dos atentados terroristas cometidos com bombas e da convenção sobre o financiamento do terrorismo, a detenção e a entrega imediata de todas as pessoas implicadas nos atentados”.
“Na lista das exigências está a detenção do chefe do SBU, Vassili Maliuk, que reconheceu cinicamente em 25 de março a implicação da Ucrânia na explosão da ponte da Crimeia em outubro de 2022 e revelou detalhes dos preparativos de outros atentados terroristas na Rússia”, indicou a diplomacia russa.
Na mesma nota informativa, Moscovo afirmou que o atentado de 22 de março à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores da capital russa, que causou 144 mortos, “não é o primeiro ataque terrorista” contra a Federação Russa “nos últimos tempos”, e assinalou que as investigações apontam para um envolvimento da Ucrânia.
O ministério liderado por Serguei Lavrov recordou outros ataques com explosivos no território russo, como os que mataram a jornalista Daria Dugina e o ‘blogger’ Vladen Tatarski, e feriram com gravidade o escritor Yevgeni Prilepin e o seu motorista.
Moscovo recordou ainda a morte de cinco pessoas durante a explosão na ponte da Crimeia, os 42 feridos na explosão em São Petersburgo que matou o ‘blogger’ Tatarski e as vítimas das incursões fronteiriças do Corpo de Voluntários Russos, organização que combate do lado ucraniano.
“A luta contra o terrorismo internacional é uma responsabilidade de todos os Estados. A Rússia exige ao regime de Kiev o cessar imediato de qualquer apoio a ações terroristas, a entrega dos culpados e a reparação de danos às vítimas”, acrescentou o ministério.
Para a diplomacia russa, “o incumprimento, por parte da Ucrânia, dos seus compromissos relativamente às convenções antiterroristas levará a uma responsabilidade penal internacional”.
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Bombardeamento ucraniano matou uma mulher em Belgorod
Uma mulher morreu na sequência dos bombardeamentos ucranianos em Belgorod, que noticiamos esta manhã. A informação atualizada é reportada no jornal The Guardian, citando a AFP.
“A aldeia de Dunayka, no distrito urbano de Graivoron, foi alvo de fogo ucraniano. Para grande tristeza, um civil foi morto”, disse o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, nas redes sociais.
“Morreu dos ferimentos no local, antes da chegada da equipa da ambulância. Expresso as minhas sinceras condolências à família e aos amigos do falecido”, acrescentou.
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Milhares de pessoas sem eletricidade em Odessa devido a ataque russo
Cerca de 170 mil casas estão sem energia elétrica na região de Odessa, depois de destroços de um drone russo terem atingido uma infraestrutura elétrica, causando um incêndio, segundo o governador de Odessa, Oleh Kiper, citado pela Associated Press.
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Ucrânia lança ataque à região russa de Belgorod com mísseis checos
A Ucrânia voltou a visar, neste domingo de Páscoa, a região de Belgorod, na Rússia. Segundo a Associated Press, que cita o Ministério da Defesa russo, pelo menos 10 rockets de fabrico checo foram lançados para território russo.
Em resultado de um incêndio provocado por um dos projéteis, uma mulher ficou ficou ferida, de acordo com o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.
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Jovem de 19 anos morreu em Izyum depois de míssil atingir bomba de combustível
Um jovem de 19 anos morreu esta madrugada quando um míssil russo atingiu uma bomba de combustível, em Borova, uma localidade perto de Izyum, na região de Kharkiv, e próxima da linha da frente, avança a televisão ucraniana Espreso, citando informação do procurador regional de Kharkiv.
Um outro homem, de 27 anos, ficou ferido com gravidade na sequência do ataque, que as primeiras informações dizem poder ter sido realizado com recurso a um sistema de lançamento múltiplo Uragan MLRS.
A vila de Soroka fica a cerca de 25 km a oeste da linha da frente da guerra.
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Papa apela à "troca de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia"
Na mensagem pascal, Papa recordou “vítimas de tantos conflitos em curso no mundo, a começar pelos de Israel e da Palestina, e da Ucrânia” e pediu “respeito pelos princípios do direito internacional”.
Papa apela à “troca de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia”
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Ataques russos visaram infraestruturas essenciais. Pelo menos uma pessoa morreu
A imprensa ucraniana dá conta de ataques russos durante a noite com drones e mísseis, que danificaram infraestruturas e provocaram a morte de, pelo menos, uma pessoa.
Segundo a Força Aérea do país, citada pelo The Kyiv Independent, foram usados 11 drones Shahed, 14 mísseis de cruzeiro, um míssil guiado Kh-59 e um míssil balístico Iskander-M. No total, foram abatidos nove mísseis de cruzeiro e nove drones.
Foram visadas infraestruturas essenciais em Lviv que já tinham sido atingidas em ataques a 24 e 29 de março. Um edifício público ficou em ruínas, de acordo com o governador de Lviv, Maksym Kozytskyi, citado pelo The Kyiv Independent. Uma pessoa morreu, mas as operações de resgate continuam pelo que o número de mortos pode aumentar entretanto.
Na região de Odessa, um ataque visou uma infraestrutura de energia, tendo causado danos e apagões programados de emergência.
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França vai enviar blindados antigos e mísseis novos para a Ucrânia
A França vai entregar centenas de veículos blindados e novos mísseis à Ucrânia, disse o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu, segundo a Reuters.
Numa entrevista com o La Tribune Dimanche, Lecornu disse que o Presidente Emmanuel Macron lhe pediu que preparasse um novo pacote de ajuda. Entre o material que será enviado estão veículos antigos, mas ainda funcionais, garante.
“O exército ucraniano precisa de defender uma linha da frente longa, o que requer veículos blindados. Isto é absolutamente crucial para a mobilidade e faz parte dos pedidos da Ucrânia”, afirmou.
“Centenas” de carros blindados serão enviados para a linha da frente em 2024 e 2025, antevê, numa altura em que França está, gradualmente, a substituir a sua frota que data da década de 1970.
França vai, também, enviar mísseis Aster 30, que conseguem intercetar drones e mísseis de cruzeiro num raio de 120 quilómetros. E está a acelerar o desenvolvimento de munições operadas remotamente para serem entregues à Ucrânia já no próximo verão.
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Zelensky denuncia novos ataques russos durante a noite e pede "que todas as preces de proteção contra o mal sejam ouvidas hoje"
Numa mensagem de Páscoa publicada na rede social X, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sublinhou a resistência do povo da Ucrânia, denunciou novos ataques russos durante a noite passada e pediu que “todas as preces de proteção contra o mal sejam ouvidas hoje”.
Zelensky começa por saudar os ucranianos e todos os cristãos que celebram a Páscoa e diz que esta é uma data que nos “recorda o poder do espírito que não permitirá que a escuridão prevaleça”. “Não permitirá que a vontade seja ofuscada. Une famílias, nações e continentes”, acrescenta.
My greetings to Ukrainians and all Christians celebrating Easter today.
It is a holiday that reminds us of the power of the spirit that will not allow darkness to prevail. It will not allow the will to be overshadowed. It unites families, nations, and continents.
Now there is… pic.twitter.com/kshpW71W34
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 31, 2024
Lembrando a guerra que se arrasta há dois anos, refere que “atualmente, não há noite ou dia em que o terror russo não tente destruir as nossas vidas”.
“Ontem [sábado] à noite, voltaram a disparar mísseis e drones contra as pessoas. Mas nós defendemo-nos, resistimos, o nosso espírito não desiste e sabe que é possível evitar a morte. A vida pode prevalecer”, escreveu.
Pede que “todas as preces de proteção contra o mal sejam ouvidas hoje” e que a fé “una todos os corações bons e fortaleça aqueles que defendem os seus lares”. E que “a verdadeira paz se aproxime de toda a nossa Ucrânia e de todas as nações que sofrem com as guerras”. Zelensky ermina desejando uma “Páscoa de paz”.
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Centrais elétricas da maior empresa privada da Ucrânia perderam 80% da capacidade de produção
Os consequências dos ataques russos ao sistema de produção de energia da Ucrânia são já conhecidas com maior detalhe. Segundo a empresa privada DTEK, a maior do país, 80% da capacidade das suas centrais elétricas foi destruída pelos ataques russos feito ao longo da última duas semanas.
E mais: reparar os estragos é uma tarefa que não deverá estar concluída nos próximos 18 meses (ano e meio), avisa o diretor executivo da empresa, Dmytro Sakharuk.
Cinco das seis centrais elétricas da DTEK foram danificadas ou mesmo destruídas. Entre os dias 22 e 29 de março, as forças russas lançaram mísseis e drones contra estas centrais — de produção hidro e termo elétrica — no centro e oeste da Ucrânia.
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Putin assina decreto para recrutar 150 mil russos entre os 18 e os 30 anos
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje o decreto da primeira campanha de recrutamento militar de 2024, que alarga a idade para os 30 anos, mais três do que na anterior, e abrangerá 150 mil russos.
“Realizar, entre 01 de abril e 15 de julho de 2024, a convocação para o serviço militar dos cidadãos russos com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos”, diz o documento publicado no portal de informação jurídica do Governo russo e citado pela agência espanhola EFE.
O decreto não abrange os russos que tenham completado 27 anos antes do final de 2023 e os reservistas com 28 e 29 anos.
Prevê ainda uma moratória de serviço para os cidadãos que trabalham em empresas informáticas e a libertação de soldados, marinheiros, sargentos e cabos que já cumpriram o seu serviço.
O contra-almirante Vladimir Tsimliansky, chefe de Organização e Mobilização do Estado-Maior russo, disse na semana passada que os novos recrutas não participariam na guerra com a Ucrânia e não seriam enviados para as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporiyia, que foram anexadas em 2022.
Esta nova mobilização segue-se à campanha do outono, em que foram convocados 130.000 novos recrutas, e deverá ultrapassar a campanha da primavera do ano passado, que registou cerca de 147.000 mobilizações.
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Bom dia.
Vamos acompanhar neste liveblog o que de mais importante acontecer na guerra na Ucrânia este domingo.
Pode recordar os acontecimento de ontem neste outro liveblog.
Rússia consegue mobilizar 30 mil efetivos por mês, o que lhe permite “absorver perdas”