Elizabeth Warren recorreu à rede social X (antigo Twitter) para criticar a ofensiva israelita em Gaza e apelar ao cessar-fogo.

“Netanyahu e o seu gabinete de guerra de direita criaram uma catástrofe humanitária, matando milhares de civis palestinianos. Israel precisa de uma liderança que traga os reféns para casa, e não de meses de guerra. Parem de bombardear Gaza. Retomem o cessar-fogo. Trabalhem para uma paz permanente”, escreveu a política.

Netanyahu & his right-wing war cabinet have created a humanitarian catastrophe, killing thousands of Palestinian civilians. Israel needs leadership that will bring the hostages home, not wage months of war.

Stop bombing Gaza. Resume the cease-fire. Work toward a permanent peace. https://t.co/KRfaq5dLfk

— Elizabeth Warren (@SenWarren) January 2, 2024

As forças israelita terão invadido, esta noite, a cidade de Tulkarem, na Cisjordânia.

De acordo com a Al Jazeera, as tropas de Israel cercaram hospitais cidade e terão chegado até ao campo de refugiados de Nur Shams.

O grupo terrorista do Líbano afirmou esta noite ter sido responsável por 10 ataques no norte de Israel, quatro deles na última hora, já depois de o vice líder do Hamas ter sido assassinado.

Em declarações a que o The Times of Israel teve acesso, o Hezbollah disse ter lançado drones e mísseis ao longo da fronteira entre os dois países.

Até ao momento não há relatos de feridos, mas os projéteis terão atingido comunidades israelitas. Apesar de o grupo ter prometido responder à morte de al-Arouri, os ataques diários no norte de Israel registam-se desde outubro.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou hoje que um ataque israelita ao Hospital al-Amal, em Khan Yunis, danificou gravemente o centro de treinamento do Crescente Vermelho Palestiniano.

Citado pela Al Jazeera, o líder disse que os funcionários da OMS já estiveram no terreno e “testemunharam grandes danos e deslocamento de civis”.

I deplore today’s strikes on the @PalestineRCS-run Al-Amal hospital in the southern #Gaza city of Khan Younis, which severely damaged the Palestine Red Crescent Society training centre located within the hospital complex.

My @WHO and @UNOCHA colleagues today undertook a mission… pic.twitter.com/qZ8srhqDwf

— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) January 2, 2024

O Hezbollah afirmou, esta noite, ter atacado uma unidade de soldados israelitas “com as armas apropriadas”, matando e ferindo aqueles que ali se encontravam.

De acordo com a Al Jazeera, o ataque aconteceu perto da fronteira entre o Líbano e Israel e trata-se do primeiro golpe movido pelo grupo depois do assassinato do vice líder do Hamas.

A informação foi avançada por Nicolas de Rivière, embaixador de França na ONU, que, aos jornalistas, disse que “é provável que o conselho se reúna sobre o assunto mais cedo, provavelmente até amanhã”.

Quanto aos ataques recorrentes dos Houthis a navios no Mar Vermelho, Rivière afirmou que “a situação é má” e “há uma repetição de violações e ações militares” naquela área.

O senador norte-americano voltou a criticar o financiamento dos EUA a Israel no conflito em Gaza, apelidando-o de “imoral” e de “violação do direito internacional”.

Em comunicado, Bernie Sanders afirmou que “a guerra de Israel contra o povo palestiniano tem sido significativamente travada com bombas, bombas de artilharia e outras formas de armamento dos EUA”.

Quanto ao novo financiamento de 10 mil milhões de dólares proposto por Biden, o senador rejeitou-o porque considera que os apoios dados anteriormente são “suficientes”.

O Congresso deve rejeitar esse financiamento. Os contribuintes dos Estados Unidos não devem mais ser cúmplices na destruição das vidas de homens, mulheres e crianças inocentes em Gaza”, concluiu.

As 90 toneladas de ajuda humanitária do Chipre e do Reino Unido com destino a Gaza chegaram hoje ao Egito, abrindo um canal de ajuda por via marítima, anunciou o presidente cipriota, Nikos Jristodulidis.

“A comunidade internacional tem agora uma opção viável de enviar mais ajuda humanitária ao povo de Gaza”, afirmou, a propósito do carregamento que foi entregue em Port Said, no Egito, e que será enviado para a Faixa de Gaza.

Esta é a primeira entrega de ajuda humanitária a Gaza por via marítima, desde o começo da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro.

De acordo com o Reino Unido, entre as 90 toneladas de ajuda humanitária estão 10.770 mantas térmicas, 4.805 tendas de campanha e material médico.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro, massacrando 1.140 pessoas, na maioria civis e incluindo cerca de 400 militares, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 22.000 pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e feridas mais de 57 mil, na maioria civis.

A maioria das infraestruturas do território está destruída e cerca de 1,9 milhões de pessoas, de acordo com a ONU, estão deslocadas, enfrentando uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Um navio porta-contentores da Ambrey, empresa britânica de segurança marítima, afirmou hoje ter avistado três explosões a sudoeste de Mocha, no Iémen.

De acordo com a Al Jazeera, os mísseis foram disparados da direção de Taiz, no Iémen.

O grupo do Líbano falou, em comunicado, sobre a morte de Saleh al-Arouri, elogiando o militar e frisando que esta perda não vai parar os combatentes “na frente de apoio”.

Consideramos o crime de matar Saleh al-Arouri e os os seus companheiros no coração de Dahiyeh, em Beirute, uma agressão perigosa contra o Líbano e o seu povo, a segurança, a soberania e a resistência”, lê-se no comunicado, citado pela Al Jazeera.

O grupo acrescentou que esta morte é um “desenvolvimento perigoso no conflito e avisou que “não passará sem resposta ou punição”.

O primeiro-ministro do Governo da Autoridade Nacional Palestiniana, Mohamed Shtayeh, condenou hoje “o assassínio” do número dois do movimento Hamas, Saleh al-Arouri, e acusou implicitamente Israel da sua autoria.

O líder palestiniano descreveu a morte de al-Arouri num ataque com um ‘drone’ em Beirute “como um crime que carrega a identidade dos seus perpetradores”, numa referência implícita a Israel, embora não o tenha mencionado diretamente.

Shtayeh alertou para “os riscos e repercussões que podem surgir deste crime” e transmitiu as suas “mais profundas condolências ao povo palestiniano, ao movimento Hamas e à família do mártir” do movimento islamita que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Ismail Haniyeh, líder do Hamas, deu uma conferência de imprensa durante a noite desta terça-feira e confirmou a morte de sete membros do Hamas em Beirute, garantindo que o Hamas está “mais forte”.

De acordo com Haniyeh, o ataque vitimou Saleh al-Arouri (vice líder), Samir Findi e Azzam al-Aqraa (comandantes das Brigadas Qassam) e Mahmoud Zaki Shahin, Mohammad Bashasha, Mohammad al-Rayes e Mohammad Hamoud (membros do grupo).

Para o líder do Hamas, estas mortes resultam de um “ato terrorista”, de um assassinato cobarde” e de um “crime flagrante” que evidencia a “brutalidade que é levada a cabo pela ocupação” israelita.

Haniyeh responsabilizou Israel pelo ataque e eventuais “repercussões”, garantindo que a soberania do Líbano foi violada. “Todos estes assassinatos e ataques tornam-nos mais fortes e determinados do que nunca”, concluiu o líder.

O secretário de Estados dos Estados Unidos da América tinha a viagem a Israel marcada para o final desta semana, mas teve de a adiar para o início da próxima semana.

A informação foi confirmada ao The Times of Israel por uma fonte da Casa Branca, que adiantou que o motivo não se prende com o assassinato de Saleh al-Arouri, vice líder do Hamas, no Líbano.

Para além da morte do vice líder, a Al-Aqsa TV, canal administrado pelo Hamas, dá também conta das mortes de mais dois altos oficiais militares do grupo em Beirute.

Samir Findi Abu Amer e Azzam Al-Aqraa Abu Ammar, líderes das Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, foram mortos no alegado ataque israelita a Beirute. Esta informação também está a ser avançada pela Reuters.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) falaram ao início da noite sobre a situação do conflito no Médio Oriente e recusaram-se a comentar a morte do vice líder em Beirute, dizendo apenas que as tropas estão num “nível muito alto de prontidão”.

De acordo com o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz da (IDF), os militares estão “num elevado estado de preparação para qualquer cenário, focado no combate ao Hamas”.

Sem mencionar diretamente o vice líder do Hamas, Hagari concluiu a conferência de imprensa a frisar que “a coisa mais importante a dizer esta noite é que estamos focados e continuamos focados na luta contra o Hamas”, cita o Times of Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou hoje a familiares dos reféns israelitas mantidos em Gaza que prosseguem os contactos para a sua libertação, após o grupo islamita Hamas ter “suavizado” um “ultimato”.

Netanyahu reuniu-se em Telavive com familiares dos reféns, informando que “os contactos prosseguem, não foram interrompidos”, segundo um comunicado do seu gabinete.

“Houve um ultimato do Hamas” mas “agora foi suavizado”, acrescentou o breve comunicado.

Nasser Kanaani, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, condenou o ataque ocorrido em Beirute, apelidando-o de “assassinato pelo regime sionista (Israel)”.

Para Kanaani, esta morte resulta da “pesada e insubstituível derrota de Israel contra as fações da resistência”, realçando que “o sangue do mártir acenderá, sem dúvida, outra onda nas veias de resistência e motivação para lutar” contra Israel, escrevem a Sky News e a Al Jazeera.