Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bashar al-Assad e família estão em Moscovo

    Bashar al-Assad e a sua família estão em Moscovo, diz a agência Tass citando fonte do Kremlin.

    De acordo com aquela agência, a Rússia concedeu asilo ao presidente sírio deposto e à sua família.

    A agência russa detalha que Moscovo concedeu asilo à família Assad “por razões humanitárias”.

    Havia grande especulação sobre o paradeiro de Assad, que abandonou Damasco depois de os rebeldes terem tomado a capital síria e deposto o regime que controlava o país há cinco décadas.

  • Bom dia.

    Este liveblog fica por aqui. Pode continuar a acompanhar os mais importantes desenvolvimentos da situação no Médio Oriente aqui.

    Oficiais próximos de Bashar al-Assad terão fugido para Beirute com proteção do Hezbollah

  • Bashar al-Assad terá ficado "chocado" com "falta de motivação" do exército sírio, revela MNE do Irão

    O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, diz ter ficado surpreendido com a “incapacidade” do exército sírio para conter os avanços dos rebeldes — e revela que o próprio Bashar al-Assad estava “chocado” com a “falta de motivação” do seu exército.

    “O que foi surpreendente foi a incapacidade do exército sírio e a velocidade dos desenvolvimentos na Síria, que foram inesperados, não apenas para o Irão, mas para muitos países na região”, disse Abbas Araghchi numa entrevista à televisão estatal iraniana.

    “Tínhamos noção de que o golpe estava a ser planeado, até sabíamos quantas tropas estavam treinadas e organizadas”, disse ainda.

    Além disso, Araghchi revelou que a liderança iraniana se reuniu na semana passada com Bashar al-Assad e que o próprio líder sírio estava chocado com a falta de motivação do seu exército — que não ofereceu resistência aos rebeldes.

    “A semana passada, debatemos a informação com o senhor Bashar al-Assad e ele próprio estava chocado com o estado do seu exército e com a falta de motivação dos militares”, afirmou.

    Relatos na imprensa internacional dão conta do descontentamento dos militares sírios, jovens a cumprir serviço militar obrigatório cada vez menos dispostos a lutar pelo regime de Assad.

  • Fronteira entre Líbano e Síria cheia com milhares de refugiados sírios que começam a regressar após queda de Bashar al-Assad

    Só no Líbano vivem cerca de 1,5 milhões de refugiados sírios, que festejaram efusivamente a queda do regime de Assad. Muitos começaram já este domingo a regressar à Síria após anos de guerra civil.

    Fronteira entre Líbano e Síria cheia com milhares de refugiados sírios que começam a regressar após queda de Bashar al-Assad

  • Do pai ditador ao filho oftalmologista que tentou seguir as suas pisadas. A ascensão e a queda do regime dos Assad

    Foram 54 anos de ditadura na Síria, pela mão de um pai e do seu filho, que não era para chegar a Presidente. Depois de 13 anos de guerra civil, os rebeldes fizeram cair o regime em menos de 2 semanas.

    Do pai ditador ao filho oftalmologista que tentou seguir as suas pisadas. A ascensão e a queda do regime dos Assad

  • Rússia pede reunião de emergência à porta fechada do Conselho de Segurança da ONU

    A Rússia pediu uma reunião de emergência à porta fechada do Conselho de Segurança da ONU na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria.

    A informação foi anunciada através do Telegram pelo representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Dmitry Polyansky.

    “Devido aos recentes desenvolvimentos na Síria, cuja profundidade e consequências para o país e para toda a região ainda não são inteiramente compreendidos, a Rússia pediu uma consulta fechada urgente do Conselho de Segurança da ONU”, diz Polyansky.

    O responsável russo diz que uma das prioridades é perceber o que se vai passar agora nos Montes Golã, território sírio ocupado por Israel, onde a ONU mantém uma força de observação.

    A reunião deverá acontecer na tarde de segunda-feira em Nova Iorque.

  • Estados Unidos confirmam ataque a mais de 75 alvos na Síria

    As forças armadas norte-americanas confirmaram ter levado a cabo este domingo “dezenas de ataques aéreos” no território da Síria com o objetivo de “eliminar campos do Estado Islâmico”.

    Num comunicado divulgado no Twitter, o Comando Central dos EUA — comando militar norte-americano responsável pela atuação no Médio Oriente — confirma que os ataques foram lançados contra “líderes, operacionais e campos” do Estado Islâmico, como parte da “missão contínua para disromper, degradar e derrotar o Estado Islâmico”.

    Os EUA confirmam ainda que querem assegurar que o Estado Islâmico não procura “aproveitar-se da atual situação para se reconstituir no centro da Síria”.

    Foram atacados mais de 75 alvos, confirma ainda aquela força.

  • Vídeo. O dia em que o regime sírio de Bashar al-Assad caiu

    Rebeldes sírios entraram em Damasco e o Presidente fugiu deixando ruir um regime que durava há 50 anos. Foi assim o dia em que caiu Bashar al-Assad.

  • Estados Unidos em contacto com rebeldes através da Turquia

    Os Estados Unidos têm estado em contacto indireto com os rebeldes que depuseram o regime sírio através da intermediação do governo da Turquia, que tem ligações aos grupos rebeldes.

    A informação é avançada pelo The New York Times, que cita elementos das autoridades norte-americanas que falaram sob anonimato.

    De acordo com aquele jornal, as comunicações entre Washington e os rebeldes começaram há alguns dias e focaram-se, numa primeira fase, em mensagens enviadas pelos Estados Unidos via Turquia com o objetivo de colocar limites aos grupos rebeldes.

    Uma das principais mensagens enviadas por Washington foi um aviso aos grupos rebeldes para que não aceitassem nas suas fileiras elementos do Estado Islâmico. Os rebeldes terão respondido, também via governo turco, com a garantia de que não pretendem permitir a entrada de membros do Estado Islâmico no movimento.

    Agora que os rebeldes depuseram Bashar al-Assad e assumiram o poder, diz ainda o The New York Times, os Estados Unidos estão a tentar perceber de que modo e a que nível vão manter as ligações com os rebeldes, unidos em torno do grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), liderado por Abu Mohammad al-Jolani — um grupo anteriormente classificado como terrorista por Washington.

  • Biden diz que Estado Islâmico vai tentar aproveitar vazio de poder na Síria para avançar e revela ataques americanos contra terroristas

    Ainda durante a sua intervenção a partir da Casa Branca, o Presidente dos EUA, Joe Biden, alertou para a grande probabilidade de o Estado Islâmico tentar “aproveitar-se de qualquer vácuo [de poder na Síria] para restabelecer as suas capacidades e criar um refúgio seguro”.

    “Não vamos deixar que isso aconteça”, afirmou ainda Biden, revelando que neste domingo as forças americanas levaram a cabo “uma dezena de ataques aéreos de precisão dentro do território da Síria, visando campos e operacionais do Estado Islâmico”.

    Joe Biden não deu detalhes sobre estas ações militares na Síria, mas, na prática, acabou por assumir parcialmente os louros pelos desenvolvimentos no Médio Oriente, sublinhando que a presença das tropas americanas na Síria para combater o Estado Islâmico, o apoio às ações israelitas contra grupos apoiados pelo Irão e um conjunto de sanções contra Rússia e Irão permitiram mudar a relação de forças no Médio Oriente.

    “Pela primeira vez, nem a Rússia, nem o Irão nem o Hezbollah conseguiram defender este regime abominável na Síria”, disse Joe Biden.

  • Joe Biden avisa que rebeldes estão a dizer "as coisas certas" agora, mas também têm historial de terrorismo

    Na sua intervenção na Casa Branca, o Presidente dos EUA deixou também um alerta em relação aos rebeldes que tomaram o poder em Damasco, sublinhando que também eles têm um historial de atos terroristas.

    “Não se enganem: alguns dos grupos rebeldes que depuseram Assad têm o seu próprio historial sombrio de terrorismo e de abusos dos direitos humanos”, afirmou Biden. “Tomámos nota das declarações dos líderes destes grupos rebeldes nos últimos dias e eles estão atualmente a dizer as coisas certas, mas agora que vão assumir maior responsabilidade, vamos avaliar não apenas as suas palavras, mas também as suas ações.”

    Biden avisou que seria um “desperdício desta oportunidade histórica se um tirano fosse derrubado apenas para ver um novo a ficar com o seu lugar”.

  • Joe Biden: queda do regime de Assad é "ato de justiça"

    O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez há minutos uma curta declaração a partir da Casa Branca, depois de ter estado reunido esta tarde com a sua equipa de segurança nacional.

    “Finalmente, o regime de Assad caiu”, declarou Joe Biden na declaração. “Este regime tratou com brutalidade, torturou e matou literalmente centenas de milhares de sírios inocentes”, acrescentou, classificando a queda do regime como um “ato de justiça”.

    Na linha de vários outros líderes mundiais, Joe Biden considerou este momento como uma “oportunidade histórica” para o povo sírio construir um “futuro melhor”, embora seja um momento marcado pelo “risco” e pela “incerteza”.

    Na intervenção, Biden garantiu ainda que os Estados Unidos vão manter a sua presença militar no Médio Oriente e estão empenhados em ajudar os países da região, designadamente a Jordânia, o Líbano, o Iraque e Israel, durante a transição de poder.

  • Comandante do Hamas e militantes palestinianos entre os presos libertados na Síria

    Vários militantes palestinianos e um comandante do Hamas estarão entre os presos libertados das prisões sírias na sequência da tomada do poder pelos rebeldes, que abriram a maioria das prisões do país libertando os reclusos.

    A notícia está a ser divulgada pelo jornal britânico The Telegraph, que dá conta de que mais de 630 palestinianos, incluindo 67 membros das brigadas Al-Qassam, foram libertados pelos rebeldes sírios.

    Entre os libertados encontrar-se-á também o comandante do Hamas Abu Judat al Jaloudi. Contudo, àquele jornal, um porta-voz do Hamas não confirmou a informação.

    “Ele (Assad) caiu. Não tenham medo”. Rebeldes abrem as portas das prisões sírias

  • Guterres fala em "oportunidade histórica" para o povo sírio e pede respeito pelo direito internacional no período de transição

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, diz que o povo sírio tem pela frente uma “oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico”, cabendo aos sírios escolher o caminho a seguir “depois de 14 anos de guerra brutal e da queda do regime ditatorial”.

    “Há muito trabalho para ser feito para garantir uma transição política ordeira para instituições renovadas”, diz Guterres em comunicado. “Reitero o meu apelo à calma e para que se evite a violência neste momento sensível, ao mesmo tempo que são protegidos os direitos de todos os sírios, sem distinção.”

    O diplomata português sublinha ainda que “a inviolabilidade das instalações e pessoal diplomático e consular tem de ser respeitada em todos os casos, de acordo com o direito internacional” — uma referência relevante no dia em que a embaixada do Irão foi destruída.

  • Líder dos rebeldes diz que queda de Assad "marca um novo capítulo na história da região" e celebra uma Síria livre das "ambições iranianas"

    O líder do movimento Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammad al-Jolani, principal rosto da oposição que depôs o regime sírio, classificou a queda de Bashar al-Assad como uma “vitória para toda a nação islâmica”.

    Na já citada declaração feita este domingo no interior de uma importante mesquita em Damasco, que a CNN Internacional divulgou entretanto com maior detalhe, Jolani diz mesmo que esta revolução “marca um novo capítulo na história da região”.

    Lembrando que a Síria esteve durante anos à mercê das “ambições iranianas”, com Teerão a promover o sectarismo e a corrupção”, Jolani assegurou que “a Síria está a ser purificada pela graça de Deus Todo-Poderoso e através dos esforços dos mujahideen heroicos”.

    “Esta é uma nação que, se os seus direitos lhe são tirados, continua a exigi-los até serem restaurados”, assinalou. “Meus irmãos, deixei esta terra há mais de 20 anos e o meu coração ansiava por este momento.”

  • Amnistia Internacional pede "julgamentos justos" para elementos do antigo regime sírio que cometeram crimes contra a humanidade

    A secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, diz que a queda do regime de Bashar al-Assad é uma “oportunidade histórica” que tem de ser “aproveitada” com vista a compensar os sírios por “décadas de graves violações dos direitos humanos”.

    “Após mais de cinco décadas de brutalidade e repressão, o povo da Síria poderá finalmente ter uma oportunidade de viver livre do medo, com os seus direitos respeitados”, diz Agnès Callamard em comunicado.

    “Sob o regime de Bashar al-Assad, e antes dele com o seu pai Hafez al-Assad, os sírios foram submetidos a um horrível catálogo de violações de direitos humanos, que causaram um sofrimento humano indescritível a uma grande escala”, acrescentou, dando como exemplos o recurso a armas químicas e a outras armas de destruição maciça.

    A Amnistia internacional pede ainda às forças da oposição que deixem a violência de lado, dando prioridade à “justiça” e não à “retribuição”. A líder da organização pede que os “suspeitos de terem cometidos crimes ao abrigo do direito internacional e outras graves violações dos direitos humanos” sejam “investigados” e sujeitos a “julgamentos justos sem a possibilidade da pena de morte”.

  • Quem são os rebeldes que colocaram um ponto final ao regime de Assad — e o líder que outrora operava na sombra?

    Entraram em Damasco e anunciaram o fim do regime de Bashar al-Assad. Quem são os rebeldes que ambicionam liderar a Síria? E quem é Abu Mohammad al-Jolani, o homem que os comanda?

    Quem são os rebeldes que colocaram um ponto final ao regime de Assad — e o líder que outrora operava na sombra?

  • Ursula von der Leyen: "A ditadura cruel de Assad colapsou"

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou este domingo que a Europa está preparada para ajudar a Síria no processo de reconstrução do estado após a queda da ditadura “cruel” de Bashar al-Assad.

    “A ditadura cruel de Assad colapsou”, escreveu a líder do executivo comunitário no Twitter. “Esta mudança histórica na região oferece oportunidades, mas não sem riscos. A Europa está preparada para apoiar no processo de garantia da unidade nacional e na reconstrução de um estado sírio que proteja todas as minorias.”

    “Estamos em contacto com os líderes europeus e regionais e a monitorizar os desenvolvimentos”, acrescentou ainda Von der Leyen.

  • Bashar al-Assad terá procurado ajuda de Biden e Trump antes de fugir

    O Presidente deposto Bashar al-Assad terá procurado, indiretamente, a ajuda de Joe Biden e de Donald Trump antes de fugir. Segundo a agência Bloomberg, o líder sírio terá prometido aos EUA que iria cortar todas as ligações com as organizações apoiadas pelo Irão, incluindo o Hezbollah, e também distanciar-se da Rússia.

    Al-Assad também terá dito aos EUA que, caso o seu regime caísse, o poder no país seria tomado por jiadistas adversários dos norte-americanos. Mas a resposta transmitida pelo atual e pelo próximo Presidentes dos EUA, também indiretamente, foi negativa, o que deixou Bashar Al-Assad ainda mais isolado, precipitando a sua queda e fuga do país, já confirmada pela Rússia.

  • Israel cria "zona-tampão" na fronteira com Síria e pede a habitantes que fiquem em casa

    As forças armadas de Israel criaram uma “zona-tampão” na fronteira com a Síria e pediram aos habitantes que fiquem em casa.

    “Os combates que estão a decorrer na região obrigam as Forças de Defesa de Israel (IDF) a agir”, pode ler-se em comunicado “urgente” emitido neste domingo.

    As IDF garantem que “o objetivo não é fazer mal” às pessoas que vivem naquela zona fronteiriça. “Para vossa segurança, devem permanecer em casa e não sair até que seja emitida nova informação”.

    Em concreto, o aviso dirige-se às populações de Ofaniya, Quneitra, al-Hamidiyah, Samdaniya al-Gharbiyya e al-Qahtaniyah.

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