As forças armadas de Israel dizem que cerca de 10 rockets foram disparados a partir do Líbano, nos últimos minutos. Os sistemas de defesa anti-aérea terão intercetado todos esses projéteis, o que produziu destroços que atingiram um homem de cerca de 60 anos.

O homem foi assistido no local e os ferimentos não são graves, segundo a imprensa israelita, que cita as forças de emergência locais.

O Departamento de Estado dos EUA pediu a todos os norte- americanos que estejam no Líbano que deixem o país – enquanto ainda existem voos comerciais para o fazer.

“Devido à natureza imprevisível do atual conflito entre o Hezbollah e Israel e às recentes explosões em todo o Líbano, incluindo Beirute, a Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que deixem o Líbano enquanto as opções comerciais ainda estão disponíveis”, indicou o Departamento de Estado num comunicado divulgado neste sábado.

“Neste momento, estão disponíveis voos comerciais, embora com capacidade reduzida”, dizem as autoridades norte-americanas. Porém, “se a situação de segurança piorar, as opções comerciais para sair do país podem ficar indisponíveis”, acrescenta-se.

Estão a ouvir-se, no norte de Israel, sirenes de alerta de bombardeamentos, o que a imprensa israelita associa a um perigo iminente de novos rockets disparados a partir do Líbano. Os sistemas de defesa anti-aérea de Israel estarão já a intercetar projéteis dirigidos ao norte do país, de acordo com imagens da fronteira.

Iron Dome interceptor missiles are seen over northern Israel. pic.twitter.com/8Owl7KtCFS

— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) September 21, 2024

Segundo o The Times of Israel, os alertas estão a ser ativados nas cidades de Afula, Yokneam, Nazaré, além de outras comunidades.

Uma reportagem do Channel 12, difundida neste sábado em Israel, avança que cada um dos “pagers” que foram detonados no Líbano na terça-feira, ferindo ou matando milhares de agentes do Hezbollah, foi ativado individualmente. Citando fontes israelitas e estrangeiras, a televisão afirma que quem detonou os aparelhos tinha informações sobre quem tinha na sua posse os “pagers” (e “walkie-talkies”), onde estava essa pessoa e se estava ou não acompanhada.

Explosão de pagers causa onze mortos e quase quatro mil feridos no Líbano. Hezbollah acusa Israel e garante retaliação

“Cada pager tinha os seus próprios condicionamentos. Foi assim que foi possível controlar quem foi atingido e quem não foi”, cita uma fonte estrangeira não identificada pelo Channel 12.

“Eles sabiam com quem ele estava e onde ele estava, para que o vendedor de vegetais no supermercado não se magoasse” quando o seu pager explodisse. Esta é uma referência às filmagens das explosões do pager em que um homem é aparentemente ferido pela explosão do aparelho, quando estava rodeado de outras pessoas (que não sofreram ferimentos) num mercado de frutas e vegetais.

Este relato contrasta com aquilo que foi dito pelo Ministério da Saúde do Líbano, que garantiu que havia civis entre os mortos e feridos, incluindo uma menina de oito anos.

Um vídeo registado por cidadãos libaneses e colocado nas redes sociais mostra o impacto de uma das centenas de rockets que estão a ser disparados por Israel contra o sul do Líbano.

BREAKING: Lebanon hit with massive bomb, one of the largest Israel has ever sent.

Developing.

Shockwave felt many many miles away..pic.twitter.com/FIDAaURdvj

— Douglas Macgregor (@DougAMacgregor) September 21, 2024

O exército israelita diz ter atingido cerca de 400 lança-rockets do Hezbollah, na nova vaga de disparos feitos para território libanês neste sábado.

Esta nova vaga de disparos foi lançada por razões preventivas, afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF), que alegam ter tido informações de que o Hezbollah se preparava para bombardear de forma intensa o norte de Israel.

Dois homens que foram mortos pelas forças armadas de Israel eram operacionais do Hamas e terão matado seis reféns israelitas. De acordo com a informação oficial das forças leias a Netanyahu, os homens eliminados terão sido responsáveis pela morte dos reféns Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Ori Danino, Alex Lobanov, Carmel Gat e Almog Sarusi.

Os alegados operacionais do Hamas foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) num túnel no sul da Faixa de Gaza. “Um dia após o assassinato dos reféns, forças da 162ª Divisão identificaram dois terroristas a saírem de um túnel próximo, na zona de Tel Sultan, e mataram-nos durante uma troca de tiros”, afirmou Daniel Hagari, responsável pela comunicação do exército israelita, numa entrevista à imprensa daquele país.

“Depois de investigarmos as descobertas que foram feitas no túnel e no equipamento dos terroristas, encontrámos ADN e vários itens que pertenciam aos terroristas que matámos”, disse Hagari, acrescentando que essa análise revelou que os dois operacionais do Hamas estavam dentro do túnel onde os seis reféns foram mortos.

A força aérea israelita lançou uma nova vaga de bombardeamentos no Líbano neste sábado, depois de se terem identificado preparativos por parte do Hezbollah com vista a prováveis novos ataques contra Israel.

الاحتلال يشن غارات عنيفة مستمرة تستهدف عدة مناطق جنوب لبنان. pic.twitter.com/Fy2gcRkgMF

— فلسطين بوست (@PalpostN) September 21, 2024

De acordo com a informação partilhada com a imprensa israelita, as Forças de Defesa de Israel (IDF) dizem que os ataques no Líbano irão durar várias horas. Ainda neste sábado serão anunciadas restrições ao movimento de quem vive no norte de Israel, para a segurança destas pessoas perante o risco de ataques vindos do Líbano.

Líbano: a guerra inevitável ou um novo pântano?

O Ministério da Saúde do Líbano afirma que o número de mortos no ataque aéreo de ontem aos subúrbios do sul de Beirute subiu para 37, informa a Al Jazeera, entre as quais três são crianças. Até ao momento foram contabilizados 68 feridos.

No mesmo comunicado, acrescentou ainda que as buscas continuam, uma vez que ainda há pessoas presas sob os escombros.

O Hezbollah anunciou a morte de um membro, que morreu “a caminho de Jerusalém”, termo que utiliza para designar os operacionais mortos em ataques israelitas.

As circunstâncias da morte não foram divulgadas pelo Hezbollah.

Segundo as Forças de Defesa Israelitas (IDF) foram disparados cerca de 25 rockets do Líbano contra o norte de Israel, avança o Times of Israel.

A polícia diz ter recebido relatos de foguetes que causaram danos e provocaram incêndios. Não há, até ao momento, notícia de feridos no ataque.

Um vídeo publicado no X parece mostrar várias tentativas de interceção de mísseis.

כ-25 רקטות נורו מלבנון, שריפות פרצו בשלושה מוקדים, דווח על נפילות | תיעוד יירוטים בצפת@ItayBlumental @CBeyar
(צילום: יובל אפריאט) pic.twitter.com/rPBoXNhyVp

— כאן חדשות (@kann_news) September 21, 2024

O presidente da Turquia condenou os ataques de Israel no Líbano, afirmando que estes demonstram Israel quer alargar o conflito a toda a região.

Em declarações aos meios de comunicação social em Istambul, citado pela Al Jazeera, Erdogan afirmou que Israel está a fazer ataques como um grupo terrorista.

“Com este ataque [as explosões de pagers no Líbano], Israel demonstrou que não tem sensibilidade civil e que pode usar qualquer meio para alcançar as suas ambições odiosas”, disse, acrescentando que a região enfrenta agora uma “crise enorme”.

Ayatollah Ali Khamenei, Líder Supremo do Irão, acusou este sábado Israel de cometer “crimes vergonhosos” contra crianças, noticia a Reuters.

Os comentários do representante iraniano surgem um dia depois do ataque israelita que matou pelo menos 31 pessoas em Beirut. Este ataque foi o que provocou mais mortos num conflito que já dura há um ano entre Israel e o Hezbollah.

Pelo menos 22 deslocados morreram este sábado vítimas de um ataque israelita a uma escola em Gaza, segundo as autoridades de Gaza e a Reuters.

Rescuers say Israeli strike on school-turned-shelter kills 22 Palestinians in Gaza; the dead included '13 children and six women,' one of whom was pregnant, says agency spokesman Mahmud Bassal pic.twitter.com/85WuhiUSEM

— Gulf Today (@gulftoday) September 21, 2024

Num outro ataque lançado a uma escola no mesmo bairro de Gaza, há o registo de vários feridos.

O ataque israelita de sexta-feira a um bairro no sul de Beirute provocou 31 mortos, entre eles três crianças, e 68 feridos, segundo o mais recente balanço anunciado hoje pelo ministro da Saúde libanês, Firass Abiad.

“O balanço eleva-se a 31 mortos, entre eles três crianças”, sublinhou o ministro libanês, na sequência do ataque aéreo israelita que visou uma reunião numa cave do comando da força de elite do Hezbollah, a unidade al-Radwan, que matou 16 dos seus membros, entre eles Ibrahim Aqil, o chefe desta unidade, e outro comandante sénior.

O comandante era Ahmed Mahmoud Wahbi, que até ao início deste ano tinha liderado as operações militares da unidade de al-Radwan em apoio ao Hamas palestiniano, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, disse hoje o movimento xiita apoiado pelo Irão.

O exército israelita anunciou na sexta-feira que tinha efetuado um ataque “seletivo” e “eliminado” Ibrahim Aqil e “cerca de dez comandantes” do Hezbollah, “responsáveis pelos ataques diários com foguetes” contra Israel.

Ibrahim Aqil é o segundo comandante militar de alto nível do Hezbollah a ser eliminado por Israel desde que o movimento abriu a frente do sul do Líbano contra o exército israelita, há quase um ano.