A professora Catarina Costa passou 12 dias em coma induzido e quase um mês no hospital com Covid-19. Decidiu contar tudo o que passou nas redes sociais para incentivar outros a aderir à vacinação.

Após quase um mês internada com Covid-19, conta a sua história no Facebook para apelar à vacinação

As autoridades angolanas manifestaram esta quarta-feira preocupação com o aumento exponencial de casos de Covid-19, nos últimos cinco dias, admitindo a possibilidade de se estar em presença de uma nova estirpe ou da variante Ómicron.

Numa declaração sobre o aumento dos casos de Covid-19, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, disse que o país vem registando um agravamento da situação epidemiológica da Covid-19.

“Regista-se uma tendência crescente de casos positivos no país, o que nos dá a sensação de que estamos perante uma nova estirpe da Covid-19”, disse Francisco Furtado.

O governante angolano salientou que a situação que se vive no país “inspira cuidados”, não restando dúvidas de que se está perante a quarta vaga da pandemia Covid-19 em Angola.

“Existe uma forte probabilidade de estarmos perante a presença de uma nova variante do vírus, podendo ser o Ómicron, que não podemos afirmá-la ainda em virtude de não termos resultados laboratoriais dos testes enviados para laboratórios especializados no exterior do país”, disse.

A ministra da Saúde assegurou que, devido aos centros de vacinação encerrarem cinco dias no Natal e no Ano Novo, assistir-se-á a um “reforço de vacinação” nos restantes dias da semana.

Marta Temido justificou o encerramento dos centros de vacinação por ocorrerem numa altura “em que as pessoas tendem em ficar com a família” e assegurou que existe uma “grande racionalidade dos recursos humanos”, que são “o mais valioso deste processo”.

Marta Temido indicou que o Governo sempre se mostrou disponível para fazer a avaliação sobre o uso de máscara na via pública, tendo mesmo um “quadro legal” para operacionalizar a medida.

Contudo, a ministra sinalizou que “há outras coisas mais importantes” e que há que equilibrar os “esforços individuais”. Para Marta Temido, há um vírus que é pior que doença, que é “o vírus da falta de adesão”.

Marta Temido admitiu que os próximos tempos serão difíceis, avisando que os portugueses têm de estar preparados para “uma subida de casos” e um “congestionamento” dos serviços de saúde, que estarão, contudo, “apetrechados com os melhores profissionais de saúde a fazer o seu melhor”.

Questionado sobre a contratação de mais profissionais de saúde, a ministra foi categórica: “Estão pensadas todas as contratações que podermos fazer”. Além disso, Marta Temido disse que estão preparados acordos com o setor privado, social e uma articulação com o setor militar. “Estão contratualizadas mais de 400 camas para reforços de hospitais”, avançou.

“Aquilo que prometemos smpre fazer é o melhor possível num contexto cheio de incertezas e com os meios sempre limitados”, frisou.

A vacinação de reforço para as pessoas entre os 50 e os 59 anos deverá começar na primeira semana de janeiro, divulgou Marta Temido, apelando também a que estas faixas etárias se vacinem.

Questionada sobre a vacinação das crianças, Marta Temido afirmou que o fim de semana “correu muito bem”, mas que gostaria de ter “visto mais crianças” a serem vacinadas. “Estávamos prontos.”

A ministra justificou ainda que os dedicados às crianças se deveram ao facto de tentar criança um ambiente pediátrico e um “ambiente assistencial”.

Marta Temido confirma que a variante Ómicron deverá representar cerca de 90% dos casos em Portugal até o final do ano. “Tudo acontece muito depressa, quase como mudar de um canal para o outro.”

A ministra da Saúde revela que não há dados que permitam aferir se há mais internados ou óbitos resultantes da Ómicron. “Ainda não dispomos de dados”, disse, acrescentando que dar uma estimativa concreta sobre o número de casos num futuro próximo é “artificial”.

Justificando esta incerteza como a razão pela qual foram adotadas novas medidas, Marta Temido reconhece que o “Governo tem tomado decisões contraditórias” ao longo da pandemia, mas que todas têm um “contexto específico”.

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje que Portugal está “naturalmente numa situação complexa e muita incerteza associadas”

Em declarações ao Telejornal na RTP, a ministra afirmou que Portugal poderá atingir novos máximos na pandemia. “É estimado que Portugal passe o recorde de infeções”, reiterando que “podemos ultrapassar os recordes que tivemos até agora.”

A Câmara de Lisboa pretende alargar a mais laboratórios os protocolos para testes gratuitos à Covid-19, disse est aquarta-feira o vice-presidente da autarquia, em resposta a críticas da oposição por causa das mudanças no programa municipal de testagem.

PS e BE criticaram esta quarta-feira, numa reunião do executivo da câmara, as novas regras para aceder a testes gratuitos na cidade, em vigor desde sábado, considerando que limitam o acesso à testagem, quando antes, no limite, qualquer pessoa poderia fazer, se assim o entendesse, um rastreio todos os dias, como assinalou a vereadora socialista Inês Drummond.

Com as novas regras, o município passou a pagar rastreios nas farmácias só depois de o utente ter esgotados aqueles a que tem direito mensalmente por via do SNS (seis) e, depois disso, apenas paga testes feitos com intervalos mínimos de três dias, tanto nas farmácias como nos centros fixos instalados pela câmara.

Face à instabilidade da variante Ómicron, Lacerda Sales não negou que possam ser tomadas novas medidas a partir de 9 de janeiro. “O Conselho de Ministros está preparado para planos b e c”, assegurou.

O secretário de Estado referiu que o Governo “tem os pés bem assentes” e equilibra a “crise sanitária” com a económica.

Lacerda Sales considera que as medidas tomadas pelo primeiro-ministro ontem foram “adequadas, proporcionais e tomadas no momento certo e oportuno”.

Em resposta a alguns partidos que consideram as medidas exageradas, Lacerda Sales indicou que ninguém “vive numa ilha isolada”, referindo que, nos restantes países da Europa, a incidência está a aumentar e há “grandes constrangimentos nos serviços de saúde”, algo que ainda não está a acontecer em Portugal.

“Quanto mais cedo tomarmos as medidas, mais cedo vemos os resultados”, afirmou, destacando a diferença nos números de internamentos e de mortes face ao ano passado, sendo que na base desses dados está a “nossa melhor arma”, que é “a vacina”.

Lacerda Sales também recusou a ideia de que haja “qualquer atraso” no processo de vacinação. “Pelo contrário, estamos bastante à frente do calendário previsto.”

Adiantando que hoje sairá uma norma da Direção-Geral de Saúde sobre a dose de reforço, o secretário de Estado garantiu aos portugueses que existe “todo o planeamento estratégico e logístico” para a administração destas tomas.

Os Açores detetaram, até ao momento, 45 casos de infeção por SARS-CoV-2 da variante Ómicron, menos de 10% dos casos ativos na região, revelou esta quarta-feira o secretário regional da Saúde, admitindo que o número venha a aumentar.

“Ainda não é prevalente, mas a tendência é que seja conforme aconteceu com todas as outras variantes”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Segundo o secretário regional, os Açores têm atualmente 479 casos ativos de infeção, “dos quais 45 da nova variante”, e a ilha de São Miguel “representa cerca de 80% dos novos casos”.

“Desde o início do mês, tivemos nos Açores 724 novos casos confirmados, sendo o maior aumento na última semana, em que se verificou a ocorrência de 378 casos”, revelou.