Momentos-chave
- Zelensky descarta baixar idade de recruta, reforça pedido por apoio militar
- Zelensky: "Se a Ucrânia cair, Putin volta para a Síria, África e muitos outros países"
- Zelensky e Michal discutem futuro da Ucrânia na NATO e na UE
- Zelensky afirma que "solução diplomática" à guerra pode "salvar mais vidas"
- Trump: Ucrânia "possivelmente" receberá menos ajuda militar dos EUA
- Presidente da Ucrânia vai ligar a Biden para discutir adesão à NATO
- Zelensky abre porta à presença de tropas estrangeiras na Ucrânia antes da adesão à NATO
- Rússia usa os ciberataques como arma contra a UE
- Rússia atinge rede ferroviária ucraniana
- Comissário europeu propõe multiplicar por 10 orçamento para Defesa
- Primeiro-ministro da Geórgia anuncia lei para proibir tapar a cara em protestos
- Rússia gastou 200 mil milhões de dólares e teve 700.000 baixas desde o início da guerra, segundo EUA
- Kremlin afirma não ter tido qualquer contacto com Trump
- Um morto e nove feridos em ataques russos na Ucrânia
- Líder da oposição da Alemanha chega a Kiev
- Rússia está a negociar com Ucrânia regresso de moradores de Kursk que continuavam desaparecidos
Histórico de atualizações
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Vamos encerrar por aqui este artigo liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com a guerra na Ucrânia ao longo do dia de ontem, segunda-feira.
Continue, por favor, a acompanhar-nos nesta nova ligação. Muito obrigado!
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Zelensky descarta baixar idade de recruta, reforça pedido por apoio militar
“Há muita discussão nos meios de comunicação social sobre a redução da idade de recrutamento para os ucranianos irem para a linha da frente. Temos de nos concentrar em equipar as brigadas existentes e em formar pessoal para utilizar esse equipamento. Não devemos compensar a falta de equipamento e de formação com a juventude dos soldados”, escreve Volodymyr Zelensky na rede social X.
Para o Presidente da Ucrânia, a prioridade não deve ser aumentar o número de militares no terreno, mas sim o armamento e o potencial militar de Kiev. “O objetivo deve ser preservar o maior número de vidas, não preservar armas em armazéns”, sublinha.
There’s a lot of discussion in the media about lowering the draft age for Ukrainians to go to the frontlines. We must focus on equipping existing brigades and training personnel to use this equipment. We must not compensate the lack of equipment and training with the youth of…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 9, 2024
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Ex-líder russo de uma prisão violenta do Donbass morto num ataque à bomba em Donetsk
Sergei Yevsyukov, o russo de 49 anos que liderou a infame prisão de Olenivka, alvo de um ataque em 2022 que matou 53 prisioneiros de guerra ucranianos, morreu com uma bomba debaixo do seu SUV.
Ex-líder russo de uma prisão violenta do Donbass morto num ataque à bomba em Donetsk
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Zelensky: "Se a Ucrânia cair, Putin volta para a Síria, África e muitos outros países"
Para justificar os seus pedidos insistentes ao Ocidente por apoio militar adicional, Volodymyr Zelensky reflete sobre a queda do regime de Bashar al-Assad e como o envolvimento russo na situação atual da Síria poderá influenciar o decorrer da guerra na Ucrânia.
“Nós vemos que o regime de Assad caiu porque não há tropas russas muito fortes na Síria. Vamos ser sinceros, foram todos deslocados para a Ucrânia; quase todos os 800 mil militares russos estão em território ucraniano”, afirmou Zelensky, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Estónia, citado pela Ukrinform.
De um forma sucinta, o chefe de Estado ucraniano defende que “se a Ucrânia cair, Putin volta para a Síria, África e muitos outros países”. Segundo Zelensky, a única forma de impedir este cenário é com o “apoio e a confiança” dos aliados ocidentais.
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Diretor de Segurança da Polónia exclui presença de militares polacos na Ucrânia
O diretor de Segurança Nacional da Polónia, Jacek Siewiera, defende que a presença de militares polacos na Ucrânia deve ser excluída, revela em entrevista à TVN24.
Durante o seu tempo de comentário político, onde também abordou outros conflitos e situações globais, Siewiera admite que a Ucrânia não irá conseguir recapturar os territórios cedidos à Rússia no cenário proposto por Volodymyr Zelensky.
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Zelensky e Michal discutem futuro da Ucrânia na NATO e na UE
Na primeira visita do primeiro-ministro da Estónia a Kiev, Kristian Michal convidou a Volodymyr Zelensky a participar na cimeira da Força Expedicionária Conjunta, em Talin, ainda este mês.
O chefe do governo estónio reiterou o seu apoio pela Ucrânia no conflito com a Rússia, referindo que Moscovo é um “inimigo comum” e que, “se quiserem ter uma paz justa e duradoura”, então a Ucrânia “tem de pertencer à NATO”.
Na rede social X, o Chefe de Estado ucraniano agradece a posição defendida por Michal e afirma continuar a contar com o apoio militar prestado pela Estónia desde o início da guerra.
I had a meeting with the Prime Minister of Estonia @KristenMichalPM, which marks his first visit to Ukraine. I am grateful to Estonia, the Estonian government, and the entire Estonian people for their steadfast support of our country and our people since the very beginning of the… pic.twitter.com/ezz2azaAkJ
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 9, 2024
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Caças dos Países Baixos intercetaram aviões russos no Mar Báltico
Caças F-35 dos Países Baixos intercetaram três aviões da Rússia sobre o Mar Báltico na passada sexta-feira, tendo acabado por escoltar as forças russas para fora do espaço aéreo que confere a países da NATO, revela o Ministério da Defesa dos Países Baixos, citado pela Reuters.
“É por isso que temos lá pessoas: para proteger o espaço aéreo coletivo contra ameaças da Rússia”, afirma o ministro da Defesa Ruben Brekelmans, reforçando que “as forças russas estão ativas de várias formas no espaço aéreo da NATO”.
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Portugal tem de deter tanto Putin como Netanyahu se vierem a Portugal, diz Raimundo
Ao lado de outros ex-líderes comunistas, o secretário-geral do PCP afirma que Portugal tem “de cumprir aquilo a que está obrigado” enquanto membro e subscritor do Tribunal Penal Internacional.
Portugal tem de deter tanto Putin como Netanyahu se vierem a Portugal, diz Raimundo
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União Europeia aprova novo pagamento de 4,2 mil milhões de euros para estabilidade financeira para a Ucrânia
O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje um pagamento de 4,2 mil milhões de euros ao abrigo da Mecanismo para a Ucrânia para apoiar a estabilidade macrofinanceira, por considerar que o país “satisfez condições e reformas necessárias”.
“A Ucrânia receberá em breve mais de 4,2 mil milhões de euros em fundos, depois de o Conselho ter dado luz verde ao segundo pagamento regular de subvenções e empréstimos ao abrigo do Mecanismo da UE para a Ucrânia, destinado a apoiar a estabilidade macrofinanceira do país e o funcionamento da sua administração pública”, indica em comunicado a estrutura que junta os Estados-membros.
O Conselho da UE explica ter verificado “que a Ucrânia satisfez as condições e reformas necessárias previstas para receber os fundos, que serão desembolsados a partir do Mecanismo para a Ucrânia”.
Ainda assim, na nota, a instituição vinca a “importância de afetar o dinheiro o mais rapidamente possível, dada a difícil situação orçamental da Ucrânia”.
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Zelensky afirma que "solução diplomática" à guerra pode "salvar mais vidas"
Na conferência de imprensa conjunta organizada após o encontro em Kiev com Friedrich Merz, líder da oposição alemã, o Presidente da Ucrânia, voltou a sugerir uma alternativa à resolução militar no terreno.
“A Ucrânia quer que esta guerra termine mais do que qualquer outra pessoa. Sem dúvida, uma resolução diplomática salvaria mais vidas. Nós estarmos a procurar isso”, afirmou Volodymyr Zelensky aos jornalistas, citado aqui pela Reuters.
No entanto, o líder ucraniano afirma que uma posição forte no campo diplomático só será possível se o país também for apoiado a nível militar, com mais armas e garantias de segurança.
“Só se pode exercer a força se a Ucrânia for forte. Uma Ucrânia forte antes de qualquer diplomacia significa que seja forte no campo de batalha”, advertiu.
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Líder conservador alemão admite fornecimento de mísseis Taurus a Kiev
O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, admitiu hoje que Berlim poderá fornecer à Ucrânia mísseis Taurus de longo alcance, após uma reunião em Kiev com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
“O Presidente Zelensky conhece a nossa posição relativamente aos mísseis Taurus. Nada mudou a este respeito. A situação atual, no início de dezembro de 2024, continua a ser a mesma”, disse Merz.
“Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para permitir que a Ucrânia exerça o direito à autodefesa sem restrições”, acrescentou.
O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, favorito nas próximas eleições da Alemanha, visita hoje Kiev, uma semana depois de o adversário, o chanceler social-democrata Olaf Scholz, ter visitado a Ucrânia.
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Trump: Ucrânia "possivelmente" receberá menos ajuda militar dos EUA
O Presidente recém-eleito Donald Trump assumiu, numa entrevista à NBC, que “possivelmente” a Ucrânia receberá menos ajuda militar dos Estados Unidos da América, a partir do momento em que a sua administração tomar posse.
“Nós investimos 350 mil milhões de euros e a Europa investiu 100 mil milhões. Por que é que a Europa não está a investir o mesmo que nós?”, perguntou Trump, referindo-se ao total da ajuda militar enviada desde a invasão russa. “Aquilo que devia acontecer é que a Europa…devia equilibrar”, propôs.
A “guerra com a Rússia é mais importante para a Europa do que para nós”, afirmou o republicano. “Nós temos uma pequena coisa chamada oceano entre nós”, acrescentou.
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Presidente da Ucrânia vai ligar a Biden para discutir adesão à NATO
O Presidente Volodomyr Zelensky disse, numa conferência de imprensa, que vai ligar a Joe Biden para discutir a adesão da Ucrânia à NATO.
“Ele é o presidente atualmente e muita coisa depende da opinião dele. Discutir a questão com Trump antes de ele tomar posse não faz tanto sentido”, disse Zelensky, em declarações aos jornalistas.
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Zelensky abre porta à presença de tropas estrangeiras na Ucrânia antes da adesão à NATO
O Presidente Volodomyr Zelensky sugeriu, numa conferência de imprensa, que tropas “de um ou outro país” podem vir a ser mobilizadas para terreno ucraniano, antes de a Ucrânia fazer parte da NATO, de acordo com a Reuters.
Para que tal aconteça, Zelensky exige um “claro entendimento sobre quando a Ucrânia se torna um membro da UE e quando se torna membro da NATO”.
“Mesmo se formos convidados, o que acontece depois? Quem garante a nossa segurança? Podemos pensar nisso e trabalhar na proposta de Macron”, disse, após um encontro com o líder da oposição alemã.
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Rússia usa os ciberataques como arma contra a UE
O ex-comissário Europeu para a Justiça e Assuntos Internos, António Vitorino, afirmou hoje que decorre uma “guerra híbrida”, acrescentando que “é claro que a Rússia usa os ciberataques como arma contra a União Europeia”.
O antigo responsável europeu falava na conferência do Diário de Notícias (DN) “Novo Regime Jurídico da Cibersegurança em Portugal”, organizada pelo jornal, a Ordem dos Economistas e a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, que decorre na Fundação Oriente, em Lisboa.
Relativamente à guerra na Ucrânia, o ex-comissário europeu fez alusão aos ataques russos às centrais elétricas ucranianas, dizendo que “não há cibersegurança que sobreviva à destruição física”.
Na mesma conferência, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, alertou que “há de facto cada vez mais ataques graves com atores estatais e com atores privados” e acrescentou que “não é só na terra, não é só o mar, não é só no ar onde a guerra hoje se faz”.
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Rússia atinge rede ferroviária ucraniana
A Rússia atingiu 147 alvos na rede ferroviária ucraniana utilizados na entrega de armamento militar do Ocidente à Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa russo, citado pela TASS.
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Comissário europeu propõe multiplicar por 10 orçamento para Defesa
O Comissário europeu da Defesa e Espaço Andrius Kubilius propôs que o próximo orçamento a sete anos da União Europeia dedique 100 mil milhões de euros à Defesa, numa entrevista ao Politico.
Esta quantia corresponderia a um aumento — “ambicioso”, nas palavras de Kubilius — de 90 mil milhões, após o último orçamento europeu de longo prazo ter dedicado apenas 10 mil milhões à Defesa comunitária. Esse valor era pouco significativo, tendo em conta que o orçamento total da UE para o período de 2021-2027 foi de mais de um bilião de euros.
“Se falharmos na Ucrânia, claro que a possibilidade de uma agressão militar da Rússia contra membros da UE pode aumentar”, avisou Andrius Kubilius.
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Primeiro-ministro da Geórgia anuncia lei para proibir tapar a cara em protestos
O primeiro-ministro da Geórgia anunciou uma lei que irá impedir participantes de protestos de taparem a cara, a entrar em vigor até ao final do mês.
“Toda a gente está a usar máscaras, sendo difícil para os polícias responder apropriadamente, levando à violência. É impossível distinguir entre quem é um manifestante e quem não é”, disse Irakli Kobakhidze, citado pelo JAM news.
A lei deverá ser aplicada a partir de dezembro, num esforço para conter ataques às forças policias, durante as manifestações contra a suspensão do acordo que prevê a entrada da Geórgia na União Europeia.
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Rússia gastou 200 mil milhões de dólares e teve 700.000 baixas desde o início da guerra, segundo EUA
A Rússia teve 700.000 baixas e gastou, pelo menos, 200 mil milhões de dólares (190 mil milhões de euros) desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com o secretário da Defesa dos Estados Unidos Lloyd Austin.
“A Rússia tem pago um preço impressionante pela loucura de Putin”, disse Austin, numa conferência de imprensa, no sábado, citada pelo Kyiv Independent.
Segundo os dados apresentados, Moscovo perdeu mais soldados no primeiro ano de guerra na Ucrânia do que no total de todos os conflitos em que participou desde a 2ª Guerra Mundial.
Os números de baixas totais comunicados pelo governo norte-americano são semelhantes aos dos militares ucranianos que alegam que o exército russo perdeu 750.000 mil soldados, até hoje. A Rússia não publica números relativos às suas baixas, contudo, afirmam que são menores do que as da Ucrânia.
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Kremlin afirma não ter tido qualquer contacto com Trump
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu que a Rússia não teve, até ao momento, qualquer contacto com Donald Trump depois de ontem ter afirmado que o seu país estava aberto a conversações sobre a Ucrânia.
Ontem, Donald Trump disse que Zelensky e a Ucrânia gostariam de negociar um acordo, defendendo um cessar-fogo imediato.