A Coreia do Sul disse hoje que cerca de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos e que Pyongyang está a preparar-se para enviar mais tropas e armas para a Rússia.

“Estimamos que as tropas norte-coreanas, que entraram recentemente em combate contra as forças ucranianas, tenham sofrido aproximadamente 1.100 baixas”, um número que inclui mortos e feridos, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS, na sigla em inglês).

Num comunicado, o JCS disse ainda que a Coreia do Norte se está a preparar para enviar mais tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatem.

As informações recolhidas pela Coreia do Sul indicam que o Norte “está a produzir e a entregar drones suicidas” à Rússia, acrescentou o Estado-Maior.

Dos 72 drones russos lançados durante a noite, a força aérea ucraniana anuncia ter abatido 47 em várias regiões do país. No Telegram, confirmam que os restantes 25 não atingiram os seus alvos.

“O ataque foi repelido por mísseis antiaéreos, unidades de guerra eletrónica e grupos de fogo móveis da força aérea e das forças de defesa da Ucrânia”, escrevem no comunicado, acrescentando que as dezenas de drones Shahed passaram pelas regiões de Kiev, Kharkiv, Sumy, Chernihiv, Poltava, Odessa, Cherkasy, Zhytomyr e Khmelnytskyi.

Com a primeira visita do primeiro-ministro da Eslováquia a Moscovo para se reunir com o Presidente da Rússia, Robert Fico diz que o objetivo da sua reunião com Vladimir Putin foi discutir o trânsito de gás natural, a guerra na Ucrânia e normalizar as “relações mútuas” entre os dois países.

Numa publicação no Facebook, Fico afirma que este encontro com Putin foi em resposta à posição defendida por Volodymyr Zelensky, que se manifestou contra a passagem de gás natural russo pelo território ucraniano, de modo a chegar à Eslováquia.

“O Presidente ucraniano é também a favor de sanções contra o programa nuclear russo. Com estas posições, prejudica financeiramente a Eslováquia e ameaça a produção de eletricidade em centrais nucleares na Eslováquia, o que é inaceitável”, escreve também Fico, que menciona a “prontidão” da Rússia em continuar a fornecer gás a Bratislava e a outros países ocidentais.

Adicionalmente o governante eslovaco refere uma “troca de pontos de vista sobre a situação militar na Ucrânia” e “as possibilidades de se atingir uma resolução pacífica do conflito”.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, acredita que as críticas apresentadas por Volodymyr Zelensky a decisões tomadas por Olaf Scholz são “injustas”, avança a agência alemã DPA, citada pela Reuters.

“Já disse muitas vezes a Zelensky que devia deixar de criticar Olaf Scholz, porque acho que é injusto”, afirma Rutte, apesar de discordar com a posição do chanceler alemão sobre o fornecimento de mísseis Taurus para Kiev. “De um modo geral, sabemos que essas capacidades são muito importantes para a Ucrânia”, defende o antigo primeiro-ministro dos Países Baixos, referindo que se estivesse na posição de Scholz, disponibilizaria este tipo de armamento à Ucrânia.

Depois de uma chamada entre Scholz e Vladimir Putin em novembro, o Presidente ucraniano tem tecido algumas críticas ao chanceler, por ter aberto a “caixa de Pandora” e ter dado um passo a trás nos esforços para isolar o Chefe de Estado russo.

As forças russas anunciaram esta segunda-feira a ocupação do microdistrito de Sjeverne, perto de Chasiv Yar no norte da região de Donetsk. De acordo com o governador russo da região, a Rússia vê “um trabalho bem sucedido” em território ucraniano, embora “não tão rápido” quanto gostariam, cita a agência estatal russa TASS.

Do outro lado, em esforços de recuperação territorial, a imprensa russa avança que a Ucrânia lançou “pelo menos seis” mísseis de longo alcance ocidentais contra a cidade de Donetsk. As autoridades locais adiantam que os alvos aéreos foram intercetados antes de chegar ao seu destino.