As forças armadas ucranianas negam que a Rússia tenha tomado o controlo da cidade de Maryinka, a apenas cinco quilómetros de Donetsk.

“Não é correto falar sobre a tomada de Maryinka”, disse o porta-voz militar Oleksandr Shtupun à televisão nacional ucraniana. “As nossas forças estão dentro da cidade”, disse o mesmo responsável.

Maryinka foi tomada pelas forças separatistas pró-russas em 2014, mas passou depois a ser controlada pela Ucrânia, sendo um dos principais redutos das forças de Kiev na região de Donbass, e importante para travar os avanços russos em direção a oeste e ao território da região de Donetsk que ainda se mantém nas mãos da Ucrânia.

O Exército russo assumiu o controlo da cidade de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, disse o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, permitindo a Moscovo continuar a sua ofensiva contra o ocidente nesta região.

“A cidade de Marinka, localizada a cinco quilómetros a sudoeste de Donetsk, foi completamente libertada hoje”, disse Sergei Shoigu, numa entrevista televisiva com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Marinka foi transformada pelo exército ucraniano num reduto desde 2014. O início de um conflito com os separatistas pró-Rússia liderados por Moscovo fez com que os russos passassem a controlar o território, nomeadamente a cidade de Donetsk.

De acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Marinka é “uma poderosa área fortificada conectada por passagens subterrâneas” que a protegem de artilharia e ataques aéreos. “Graças às ações decisivas dos nossos soldados, a fortaleza foi destruída”, disse Sergei Shoigu.

“A libertação da cidade reduz naturalmente as capacidades de defesa das Forças Armadas da Ucrânia e dá-nos mais oportunidades para continuar a nossa ação neste sentido”, acrescentou.

Vladimir Putin congratulou-se com o facto de o controlo de Marinka manter as tropas ucranianas afastadas de Donetsk, a capital regional sob controlo russo, que tem sido regularmente alvo de bombardeamentos ucranianos desde 2014.

O Presidente ucraniano publicou uma mensagem na rede social X, antigo Twitter, onde deseja um feliz Natal ao povo ucraniano e agradece a “todos os guerreiros pela sua precisão e força”.

Durante a noite, os soldados abateram 28 dos 31 mísseis lançados pela Rússia. De acordo com Zelensky, a Rússia “perdeu cinco aeronaves numa semana”.

“Agradeço a todos os que asseguram a defesa do nosso país, tanto no Natal como nos dias de semana, que resistem aos ataques inimigos e mostram firmeza onde quer que estejam”.

Ukrainian Christmas Eve during wartime: our warriors shot down not only about 30 "Shahed" drones and several missiles, but also two more Russian "Su" aircraft.
 
Russian terrorists lost five aircraft in a week. This Christmas sets the right mood for the entire year ahead—the mood… pic.twitter.com/djCTsXTBPn

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 25, 2023

As pessoas próximas de Alexei Navalny já conhecem o paradeiro do principal opositor russo, que estava desaparecido há algumas semanas.

Kira Yarmysh, a porta-voz de Navalny, indicou que está detido numa colónia penal na região de Yamal-Nenets, a mais de 3.600 quilómetros de distância de Moscovo.

O advogado de Navalny conseguiu vê-lo esta segunda-feira, indicando que está bem de saúde.

We have found Alexey @navalny. He is now in IK-3 in the settlement of Kharp in the Yamal-Nenets Autonomous District. His lawyer visited him today. Alexey is doing well.

— Кира Ярмыш (@Kira_Yarmysh) December 25, 2023

James Stavridis, antigo comandante supremo da NATO, pede ao aliados que disponibilizem mais ajuda à Ucrânia, nomeadamente a nível militar.

“É uma situação muito perigosa e a ação real não está realmente a acontecer em Kiev. A ação real está em Washington”, disse Stavridis, durante um programa de rádio transmitido a 24 de dezembro e citado pelo Kyiv Independent. “Temos de disponibilizar ajuda militar à Ucrânia. A causa deles é justa.”

Os EUA já enviaram 111 mil milhões de dólares em armamento, equipamento e ajuda humanitária para a Ucrânia desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

O incêndio que começou este domingo num navio cargueiro russo, movido a energia nuclear, foi extinto pelos serviços de emergência da Rússia.

O incêndio teve início numa das cabinas do navio do navio Sevmorput, que ainda é da era Soviética. A embarcação estava na região norte da Rússia, em Murmansk.

De acordo com o Guardian, o fogo chegou a cobrir uma área de 30 metros quadrados. Não há registo de feridos.

A Rússia lançou um ataque contra a Ucrânia na noite de Natal, recorrendo a 31 drones e a dois mísseis.

De acordo com informação das forças ucranianas, os sistemas de defesa aérea destruíram 28 drones e os dois mísseis.

Numa mensagem de Telegram, citada pelo Guardian, os drones foram abatidos quando sobrevoavam Odesa, Kherson, Mykolaiv, Donetsk, Kirovohrad e Khmelnytskyi.

É dito que os drones foram lançados a partir da Crimeia, que está sob ocupação russa.

Os destroços dos drones abatidos causaram danos em algumas estruturas no porto de Odessa. Já em Kherson, os destroços causaram um incêndio num armazém. Não há registo de feridos.