Nas últimas horas, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou que as forças de Kiev estão a resistir a “novos ataques ainda mais violentos” em Soledar, cidade perto de Bakhmut que Moscovo tenta conquistar há meses. O Reino Unido está a considerar o envio de tanques Challenger 2 para a Ucrânia pela primeira vez.

• O Presidente polaco, Andrzej Duda, reuniu-se com o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, e alguns ministros para discutir questões de segurança. Um dos temas na agenda foi a possibilidade de enviar para a Ucrânia tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que a Polónia tem em stock. Segundo o Politico, a Polónia e a França estão a pressionar a Alemanha a enviar tanques de batalha modernos a Kiev.

• O recém nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Quin Gang, falou com o homólogo russo, Sergei Lavrov. Durante o telefonema, a guerra na Ucrânia foi um dos temas abordados. Os diplomatas trocaram opiniões sobre a “crise ucraniana”.

• A Rússia continua esforços para capturar Soledar, , na região de Donetsk, indicaram as autoridades ucranianas. A cidade, perto de Bakhmut, tem sido marcada por intensos combates nos últimos meses. “Depois de uma tentativa infrutífera para capturar Soledar e retirar, o inimigo reagrupou, recuperou das baixas e mobilizou unidades adicionais”, revelou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.

• A Comissão Europeia condenou a atribuição de uma medalha ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, por parte do presidente da entidade sérvia da Bósnia-Herzegovina, Milorad Dodik, e alertou para as consequências de associações ao Kremlin.

• As tropas russas disseram ter tomado uma localidade na região de Donetsk. “Desde 9 de janeiro de 2023, a localidade de Bakhmuts’ke, no território da autoproclamada república de Donetsk, foi libertada pelas Forças Armadas Russas”, confirmaram as autoridades separatistas, citadas pela CNN.

• O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu em Kiev o vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta do clima, Frans Timmermans. O encontro serviu para discutir a situação do sistema de energia na Ucrânia, que tem sido alvo de vários bombardeamentos russos nos últimos meses.

• Os comissários de direitos humanos da Rússia e Ucrânia vão reunir-se esta semana, possivelmente para discutir futuras trocas de prisioneiros. A comissária russa, Tatiana Moskalkova, divulgou que se vai encontrar com o homólogo ucraniano, Dmytro Lubinets, durante um fórum internacional na Turquia, entre sábado e domingo.

• Não há uma decisão final, mas o Reino Unido está a considerar a hipótese de fornecer tanques à Ucrânia para ajudar a combater as forças russas. Fontes ouvidas pela Sky News revelaram que há “várias semanas” que os oficiais britânicos discutem o envio dos Challenger 2 do exército britânico. Se tiver luz verde, esta será a primeira vez que um país ocidental providencia à Ucrânia tanques de batalha modernos desde o início da invasão.

• O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que chegou o momento da Suécia garantir o acesso à aliança militar, uma vez que já cumpriu os critérios necessários para que a Turquia aprove a sua entrada. “Já referi que chegou o momento para terminar com o processo de ratificação da Suécia”, sublinhou Stoltenberg em entrevista ao jornal sueco Aftonbladet.

Na semana passada a Alemanha aceitou, finalmente, fornecer à Ucrânia os veículos de combate Marder. Agora, a França e a Polónia aumentam a pressão para que Berlim suba a fasquia e envie tanques de batalha modernos.

Um oficial francês confirmou ao Politico que o país está a pressionar a Alemanha a enviar os tanques Leopard 2. A Polónia já se mostrou disponível a fornecer tanques, mas apenas enquanto coligação.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou esta segunda-feira que as forças de Kiev estão a resistir a “novos ataques ainda mais violentos” em Soledar, perto de Bakhmut, cidade no leste da Ucrânia que Moscovo tenta conquistar há meses.

“Agradeço a todos os nossos soldados que estão a proteger Bakhmut (…) e aos combatentes em Soledar que estão a resistir a novos ataques ainda mais violentos dos invasores”, destacou o chefe de Estado ucraniano na mensagem noturna diária dirigida à população.

Zelensky sublinhou que a resistência das forças de Kiev está a permitir “ganhar mais tempo (…) à Ucrânia”, apesar de apontar para um cenário onde “quase não restam paredes inteiras”.

O chefe de Estado ucraniano questionou ainda qual o objetivo da Rússia naquela região onde “tudo está completamente destruído” e “quase não resta vida”.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, reuniu-se esta segunda-feira com o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, e alguns ministros para discutir questões de segurança.

Segundo a Sky News, um dos temas na agenda foi a possibilidade de enviar para a Ucrânia tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que a Polónia tem em stock.

A Estónia poderá tornar-se o primeiro país europeu a transferir ativos russos para a Ucrânia, avança a Bloomberg. Até ao fim de janeiro, as autoridades querem criar um precedente legal que lhes permita usar os bens de oligarcas russos congelados para apoiar a Ucrânia.

Bloomberg: #Estonia is ready to be the first #EU country to transfer Russian assets to #Kyiv

By the end of January, the country's authorities intend to create a legal framework that would allow the use of frozen #Russian assets in #Tallinn.
1/3 pic.twitter.com/RuVy2CoCP1

— NEXTA (@nexta_tv) January 9, 2023

As autoridades russas anunciaram nesta segunda-feira dois processos criminais contra dissidentes, visando um ator crítico da guerra na Ucrânia e um filantropo que apoia a oposição na Rússia

O Comité de Investigação da Rússia indicou em comunicado que o seu chefe, Alexander Bastrykin, ordenou um inquérito criminal contra Artur Smolyaninov, um conhecido ator de cinema e teatro que deixou o país após a invasão da Ucrânia pelo Exército russo e que se tem pronunciado contra a guerra.

A relação entre a Rússia e a Bielorrússia tem lançado receios sobre um eventual mobilização das tropas de Misnk. Os Estados Unidos, porém, não viram até agora indicações que apontem nesse sentido.

Um oficial norte-americano disse à Voice of America que, apesar das forças russas continuarem treinos conjuntos com os militares bielorrussos, os EUA não viram provas de uma mobilização.

Dois cidadãos britânicos desapareceram na região ucraniana Donetsk, onde estavam como voluntários. Andrew Bagshaw, de 48 anos, e Christopher Parry, de 28, foram vistos pela última vez em direção a Soledar, cidade que tem sido palco de intensos combates.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido garantiu que estão a apoiar as famílias dos dois britânicas.

Parte diretamente da República Checa para a Ucrânia com uma mensagem do primeiro-ministro. Petr Fiala assinou um tanque T-72, de fabrico soviético, que será enviado para Kiev.

“Escrevi uma breve mensagem para os corajosos defensores ucranianos”, revelou através de uma publicação no Twitter.

Na tank T-72, který poputuje na Ukrajinu, jsem napsal statečným ukrajinským obráncům krátký vzkaz.

Věřím, že Ukrajinci zvítězí v jejich boji s ruským agresorem. pic.twitter.com/XtM4NdaMDX

— Petr Fiala (@P_Fiala) January 9, 2023

Até agora, os aliados da Ucrânia recusaram enviar tanques produzidos no ocidente, mas já forneceram tanques da época soviética.

O recém nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Quin Gang, falou com o homólogo russo, Sergei Lavrov. Durante o telefonema, a guerra na Ucrânia foi um dos temas abordados.

“Ambos os lados trocaram opiniões sobre a crise ucraniana”, pode ler-se num comunicado divulgado pelo ministério chinês, citado pelo The Guardian.

As tropas russas renovaram as tentativas para tomar Soledar, na região de Donetsk. A cidade, perto de Bakhmut, tem sido marcada por intensos combates.

“Depois de uma tentativa infrutífera para capturar Soledar e retirar, o inimigo reagrupou, recuperou das baixas e mobilizou unidades adicionais. Mudou de táticas e lançou uma ofensiva poderosa”, adiantou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.

Numa publicação no Telegram, Maliar refere que foi convocado um grande número de unidades compostas pelos melhores reservas do Grupo Wagner, que estão a combater na região de Donetsk.

“O inimigo está literalmente a pisar nos corpos dos próprios soldados e a lançar ataques de artilharia massivos, denunciou Maliar.

A Comissão Europeia condenou hoje a atribuição de uma medalha ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, por parte do presidente da entidade sérvia da Bósnia-Herzegovina, Milorad Dodik, e alertou para as consequências de associações ao Kremlin.

“A União Europeia (UE) e os seus Estados-membros estão atentos a isto e tomarão decisões apropriadas. Hoje todo o mundo sabe quem é Putin, por isso, a União Europeia condena a decisão da República Srpska [RS, a entidade sérvia da Bósnia-Herzegovina]”, assegurou o porta-voz da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, em Bruxelas.

O Presidente russo foi distinguido no domingo com esta medalha pela “preocupação patriótica particular e pelo amor em relação à República Srpska”, assim como pelo mérito no fomento e fortalecimento das relações políticas entre a república separatista e a Federação Russa.

As tropas russas alegam ter tomado esta segunda-feira uma localidade na região de Donetsk. “Desde 9 de janeiro de 2023, a localidade de Bakhmuts’ke, no território da autoproclamada república de Donetsk, foi libertada pelas Forças Armadas Russas”, confirmaram as autoridades separatistas, citadas pela CNN.

A localidade é situada perto das cidades de Soledar e Bakhmut, que têm sido palco de intensos combates nos últimos meses. No fim de semana, o Presidente ucraniano descreveu essa zona como “um dos lugares mais sangrentos da linha da frente”.

Denys Shmyhal, primeiro-ministro da Ucrânia, diz que a Rússia criou o maior campo minado do mundo na Ucrânia, com 250 mil quilômetros quadrados. Ainda os bombardeamentos russos depois do cessar-fogo.

Ouça aqui o mais recente episódio de A Guerra Traduzida, com destaque para a imprensa ucraniana

“A Rússia criou o maior campo minado do mundo na Ucrânia”

Putin enviou para a Duma estatal um projeto-lei com o objetivo de retirar a Rússia da Convenção Penal sobre a Corrupção. Ainda a resposta aos rumores de nova mobilização militar na Rússia.

Ouça aqui o episódio de hoje de A Guerra Traduzida com análise à imprensa russa

Rússia deixa a Convenção Penal sobre a Corrupção

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu em Kiev o vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta do clima, Frans Timmermans.

O encontro serviu para discutir a situação do sistema de energia na Ucrânia, que tem sido alvo de vários bombardeamentos russos nos últimos meses.

O líder ucraniano adiantou que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da comissão europeia, Ursula von der Leyen, e os países europeus prometeram ajudar o país ao providenciar geradores e transformadores.

Os comissários de direitos humanos da Rússia e Ucrânia vão reunir-se esta semana, possivelmente para discutir futuras trocas de prisioneiros.

Segundo a Al Jazeera, a comissária russa, Tatiana Moskalkova, divulgou que vai encontrar-se com o homólogo ucraniano, Dmytro Lubinets, durante um fórum internacional na Turquia, entre sábado e domingo.

Desde o início da guerra, a Turquia tem agido como mediador entre Moscovo e Kiev. Juntamente com as Nações Unidas, foi responsável por intermediar o acordo para retomar as exportações de cereais ucranianos, retidos no país devido à guerra.

Não há uma decisão final, mas o Reino Unido está a considerar a hipótese de fornecer tanques à Ucrânia para ajudar a combater as forças russas. Fontes ouvidas pela Sky News revelaram que há “várias semanas” que os oficiais britânicos discutem o envio dos Challenger 2 do exército britânico.

Se tiver luz verde, esta será a primeira vez que um país ocidental providencia à Ucrânia tanques de batalha modernos desde o início da invasão. Nos últimos meses, os aliados europeus já entregaram tanques fabricados pelos soviéticos, mas nunca construídos no Ocidente.

A notícia é divulgada numa altura em que os aliados da Ucrânia parecem estar dispostos a aumentar o apoio face à invasão russa. Na semana passada, a França, a Alemanha e os Estados Unidos anunciaram o envio de veículos blindados, que Kiev tinha vindo a pedir.

No fim de semana, a Finlândia sinalizou a disponibilidade para fornecer tanques a Kiv, mas apenas se outros países europeus começarem a avançar nesse sentido. “Se a Europa começar a fornecer tanques à Ucrânia, a Finlândia deve estar envolvida”, sublinhou o presidente do Comité de Defesa do país, Antti Hakkianen.