Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    obrigado por nos ter acompanhado durante o dia de ontem. Todas as notícias relacionadas com a guerra estarão no novo liveblog.

    É preciso tempo e continuar a lutar, mas o terror russo vai tornar-se “impossível”, garante Zelensky

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a tarde e noite?

    O dia ficou marcado pelo ataque russo em Vinnytsya, que provocou 23 mortos. Para o Presidente ucraniano esta é mais uma prova de que a Rússia deve ser reconhecida como um Estado terrorista.

    Foi divulgado que a Rússia impôs três condições à Ucrânia para regressar à mesa de negociações: o estatuto ucraniano de país não alinhado e não nuclear, o reconhecimento da anexação da Crimeia e das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

    • Dmitry Medvedev, antigo Presidente russo e aliado de Putin, sugeriu que a renuncia do britânico Boris Johnson e o italiano Mario Draghi pode estar relacionada com a guerra na Ucrânia.

    • Em Kiev, registaram-se 8.289 casamentos e 4.906 nascimentos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.

    • Foram libertados mais de 40 assentamentos em Kherson, revela governador da região.
    • O governador da região de Lugansk revela que as forças russas estão a planear iniciar a atividade industrial na fábrica de Azot, algo que pode resultar em “catástrofe”.
    • Durante do dia, Putin promulgou mais de uma centena de leis, incluindo novas normas sobre “agentes estrangeiros”, economia e represálias por discriminação de meios russos.
    • Subiu para 23 o número de vítimas mortais na sequência do ataque russo em Vinnytsia. O secretário-geral da ONU e a Comissão Europeia já condenaram o ataque russo.
    • Vai avançar no outono um referendo na região Sul da Ucrânia, parcialmente sob controlo das forças russas, sobre uma possível adesão à Rússia, revelou o chefe da administração da região ocupada de Zaporíjia.
    • O Presidente do Brasil garantiu ter uma solução para acabar com a guerra na Ucrânia e que a vai partilhar com o homólogo ucraniano. Não adianta detalhes, mas lembra o caso da Guerra das Malvinas, em 1982, que acabou com a rendição da Argentina.

  • Zelensky: Rússia volta a provar que deve ser reconhecida como Estado terrorista

    A Rússia deve ser reconhecida como um Estado terrorista. É o apelo do Presidente ucraniano na sequência do ataque que matou 23 pessoas na cidade de Vinnytsya, que atingiu um centro médico.

    “O dia de hoje volta a provar que a Rússia deve ser reconhecida como Estado terrorista. Nenhum outro Estado no mundo representa uma ameaça terrorista como a Rússia”, afirmou Volodymyr Zelensky na comunicação habitual.

    Num discurso dirigido não aos homens e mulheres da Ucrânia – como habitual -, mas ao mundo democrático, Zelensky lembra os 23 civis que morreram no bombardeamento russo, incluindo Liza uma menina de quatro anos, uma dos três menores vítimas do ataque.

    “E se alguém lançasse um ataque a um centro médico em Dallas ou Dresden, Deus nos livre, como seria chamado? Não diríamos que é terrorismo?”

    Zelensky realça que o terror é um “vírus” e que se não for punido só vai encorajar outros.

  • Vídeo mostra últimos momentos de menina de quatro anos antes do ataque que matou 23 pessoas em Vinnytsia

    O ministério da Defesa da Ucrânia publicou no Twitter um vídeo que mostra os últimos momentos de Lisa Dmitrieva com a mãe, Iryna, que teve de ser levada para o hospital com ferimentos graves.

    Vídeo mostra últimos momentos de menina de quatro anos antes do ataque que matou 23 pessoas em Vinnytsia

  • Johnson já foi. Draghi também. Medvedev questiona: quem será o próximo?

    O que tem em comum o primeiro-ministro demissionário britânico Boris Johnson e o homólogo italiano Mario Draghi, que apresentou hoje a sua demissão? Dmitry Medvedev, antigo Presidente russo e aliado de Putin, sugere que a renuncia dos dois não pode ser separada da guerra na Ucrânia.

    O atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia publicou no Telegram uma foto de Johnson e Draghi ao lado de um rosto tapado por um ponto de interrogação. Lança, assim, a questão: quem será o próximo?

    Durante o seu tempo como primeiros-ministros, tanto Boris Johnson como Mario Draghi se opuseram abertamente à invasão russa da Ucrânia.

    Com as notícias da demissão de Johnson, Medvedev já tinha afirmado que “os melhores amigos da Ucrânia” estavam a abandonar.

    “A vitória está em perigo e o primeiro já se foi”, partilhou Medvedev numa publicação no Telegram. “Este é o resultado lógico da arrogância britânica e da sua política medíocre, especialmente no cenário internacional”, acrescentou.

  • Putin dá estatuto de ex-combatente a civis que participaram na invasão da Ucrânia

    O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que dá o estatuto de ‘veterano’ (ex-combatente) a civis que tenham participado na invasão da Ucrânia, incluindo jornalistas correspondentes de guerra.

    “Mostraram o seu heroísmo durante a operação militar especial e merecem o apoio do Estado”, disse o presidente da câmara baixa do parlamento russo (Duma), Viacheslav Volodin, quando a iniciativa foi apresentada.

    Volodin adiantou que até agora os civis, entre os quais motoristas, mecânicos, médicos e outros especialistas, só podiam receber este estatuto se tivessem sido feridos ou condecorados.

    Um dos autores da lei, o deputado Andrei Krasov, avançou que os jornalistas que cobrem a guerra também podem optar pelo estatuto de ex-combatente independentemente do tempo que tenham estado a cobrir o conflito.

    O estatuto permite aos seus possuidores vários benefícios, como isenções fiscais e preferência na aquisição de terrenos.

    Durante do dia de hoje, Putin promulgou mais de uma centena de leis, incluindo novas normas sobre “agentes estrangeiros”, economia e represálias por discriminação de meios russos.

  • Ucrânia. ONU e Comissão Europeia condenam ataque russo a cidade de Vinnytsya

    O secretário-geral da ONU e a Comissão Europeia condenaram hoje o ataque russo com mísseis contra a cidade ucraniana de Vinnytsya que causou a morte a pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças, e causou mais de 100 feridos.

    Numa mensagem transmitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral da ONU manifestou-se “chocado” com o ataque russo que atingiu edifícios civis.

    António Guterres “condena todos os ataques contra civis ou infraestruturas civis”, referiu o porta-voz, citado pela AFP.

    Em comunicado, a Comissão Europeia também condenou “nos termos mais fortes possíveis” os ataques da Rússia contra civis, incluindo o de hoje em Vinnytsya, que fica a 268 quilómetros da capital, Kiev.

  • Três condições russas para negociar paz na Ucrânia

    A Rússia impôs três condições à Ucrânia para regressar à mesa de negociações: o estatuto ucraniano de país não alinhado e não nuclear, o reconhecimento da anexação da Crimeia e das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

    A Reuters, que cita a agência russa Interfax, avança que as exigências russas foram divulgadas por Andrey Rudenko, um alto funcionário do Kremlin.

    Segundo Rudenko, Kiev deve dar uma resposta clara a estas propostas para ser possível alcançar-se um acordo.

  • "A vida continua" em Kiev com 8.289 casamentos e 4.906 nascimentos desde o início da guerra

    Em Kiev, registaram-se 8.289 casamentos e 4.906 nascimentos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Os dados foram hoje divulgados pelo vice-chefe da administração estatal da cidade, Mykola Povoroznyk.

    “Sim, a cidade vive sob lei marcial, mas a vida continua: as pessoas apaixonam-se e casam-se, e as crianças continuam a nascer”, afirmou Povoroznyk.

  • Libertados mais de 40 assentamentos in Kherson, revela governador da região

    O chefe da administração militar de Kherson, Dmytro Butriy, disse hoje que 40 assentamentos da região ocupada pelas forças russas já foram libertados.

    Segundo a CNN, em maio começou uma ofensiva ucraniana em Kherson e, desde então, foram recuperadas várias vilas, embora nenhuma cidade.

    No entanto, Butriy explica que ainda há assentamentos sob constantes bombardeamentos, apelando à retirada da população das zonas de perigo.

    “Os ocupantes russos não são humanos”, afirmou durante um briefing, acrescentando que há registos de civis descobertos com sinais de tortura.

  • Reino Unido vai perceber que não há hipóteses de vencer Rússia, declara embaixador russo

    Não há hipóteses de vencer a Rússia, disse hoje o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, em declarações à Sky News.

    “O conflito vai acabar e pode terminar em breve … porque o Reino Unido vai compreender que não há nenhuma possibilidade de vencer a Rússia “, afirmou.

    Para Kelin, o Reino Unido está a contribuir para o prolongamento da guerra na Ucrânia ao continuar a fornecer armas ao país.

  • Reinício da atividade industrial na fábrica de Azot pode resultar em "catástrofe"

    O governador da região de Lugansk, Serhiy Haidai, revelou que as forças russas estão a planear recomeçar a atividade na fábrica química de Azot, avança o Kyiv Independent.

    Haidai refere que a estrutura foi muito afetada pelos bombardeamentos russos. Caracteriza o reinício da atividade industrial na fábrica, em Severodonetsk, como “extremamente perigoso”, acrescentando que sem o apoio dos especialistas apropriados” pode levar a uma “catástrofe”.

  • Putin endurece medidas a "agentes estrangeiros" e assina lei que equipara deserção a alta traição

    O Presidente russo assinou uma lei que vai endurecer as medidas para indivíduos e entidades considerados pela Rússia como “agentes estrangeiros”.

    A nova lei, que entra em vigor a 1 de dezembro, alarga a definição de “agente estrangeiro” a todos os que estejam sob influência externa ou recebam apoio do exterior, incluindo, mas não só dinheiro.

    Segundo o The Guardian, o líder russo assinou ainda um documento que introduz uma pena de prisão até sete anos por ações contra a segurança nacional, e um outro que equipara a deserção a “alta traição”.

  • Novo balanço aponta para 23 mortos após ataque com míssil em Vinnytsia

    Subiu para 23 o número de vítimas mortais na sequência do ataque russo em Vinnytsia. O Serviço de Emergência Estatal ucraniano adianta, através do Facebook, que três crianças morreram no bombardeamento.

    Ataque russo em Vinnytsia, na Ucrânia

    Ataque russo em Vinnytsia, na Ucrânia

    Neste momento, há registo de 71 pessoas hospitalizadas, incluindo três crianças. Ainda há 29 civis desaparecidos. Pelo menos 117 pessoas pediram assistência médica.

    Atualizado às 22h11 com o número de hospitalizados, desaparecidos e pedidos de assistência

  • Região Sul da Ucrânia vai ter referendo sobre adesão à Rússia

    Vai avançar no outono um referendo na região Sul da Ucrânia, parcialmente sob controlo das forças russas, sobre uma possível adesão à Rússia.

    O anúncio foi feito pelo chefe da administração da região ocupada de Zaporíjia, Evgeny Balitsky, e marca um passo na aproximação a Moscovo.

    “O referendo vai determinar o que os habitantes de Zaporíjia querem e como querem viver”, afirmou Balitsky, citado pela Reuters.

  • Bolsonaro tem "solução" para acabar guerra na Ucrânia e vai partilhá-la com Zelensky

    Existe uma solução para acabar com a guerra na Ucrânia. Quem o diz é o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que refere que vai conversar com o homólogo ucraniano em breve para lhe dar a sua opinião sobre como chegar ao fim do conflito. Não adianta detalhes, mas deixa uma pista: o caminho a seguir é o mesmo que a Argentina tomou na Guerra das Malvinas, em 1982.

    “Eu sei qual seria a solução do caso. Mas não vou adiantar. A solução do caso … Como acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido em 1982? É por aí”, afirmou em entrevista à CNN Brasil.

    A guerra das Malvinas, como é conhecida na Argentina, decorreu entre abril e junho de 1982. Na origem estava uma disputa pela ilha, com o mesmo nome, a que os britânicos chamam Falklands. O conflito terminou com a rendição da Argentina.

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante a manhã e início da tarde?

    A manhã ficou marcada por um ataque russo na cidade de Vinnytsia, no centro da Ucrânia. Três mísseis atingiram uma zona residencial, alegadamente perto de uma maternidade. Pelo menos 21 pessoas morreram no ataque e há registo de 42 desaparecidos e 34 feridos graves.

    Na sequência do bombardeamento, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de ser um “país assassino e terrorista”.

    • O ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou um novo pacote de apoio à Ucrânia no valor de cerca de 2,9 milhões de euros para os procuradores ucranianos que estão a investigar os crimes de guerra.
    • O conselho de Ministros confirmou apoio de Portugal à adesão da Suécia e da Finlândia à NATO.
    • O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que a “guerra de Putin deve ser um fracasso”, garantindo a continuação do apoio dos EUA.
    • Um dos principais propagandistas da Rússia quer Zelensky a “rastejar” para “assinar a capitulação”. Igor Korotchenko critica também a ida de líderes ocidentais a Kiev, que devem “sentir medo físico” de estar na capital.
    • Os ministros europeus estão reunidos em Haia, nos Países Baixos, para discutir os crimes de guerra na Ucrânia pelas forças russas. Durante uma intervenção, o Presidente ucraniano pediu a criação de um “tribunal especial” para julgar a invasão russa.
    • A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa está “seriamente preocupada” com os campos de filtração russos, onde há registo de inúmeros desaparecimentos.
    • A guerra na Ucrânia já matou pelo menos 349 crianças e feriu 652 desde que a Rússia invadiu o país, a 24 de Fevereiro.
    • Não se registaram “avanços significativos” russos nas últimas 72 horas, avançou o ministério da Defesa britânico, adiantando que a Rússia está “em risco de perder o momentum” após a captura de Lysychansk.
    • A Lituânia diz que vai cumprir as diretrizes de Bruxelas e levantar o bloqueio do enclave de Kaliningrado. Contudo, o ministério dos Negócios Estrangeiros criticou a decisão, referindo que a anterior política era “mais aceitável”.
    • A Comissão Europeia reiterou o seu apoio à Ucrânia nos tribunais internacionais, criticando as alegações das autoridades russas de que está a ser levado a cabo um genocídio em Donbass.
    • Um bombardeamento russo atingiu a cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia. O autarca da cidade, Oleksandr Sienkevych, revela que as explosões foram ouvidas antes das 6 da manhã (hora local).
    • A Rússia bombardeou a Ilha da Serpente durante a madrugada, um território estratégico que havia sido reconquistado recentemente pelas forças ucranianas.

  • Reino Unido anuncia novo pacote de 2,9 milhões de euros à Ucrânia

    O ministério dos Negócios Estrangeiros britânico revelou que vai ser enviado um novo pacote de apoio à Ucrânia no valor de 2,5 milhões de libras (cerca de 2,9 milhões de euros) para os procuradores ucranianos que estão a investigar os crimes de guerra cometidos pelas forças russas.

    O The Guardian refere que o pacote inclui o reforço de profissionais no terreno, a formação de até 90 magistrados e peritos em recolhas de provas, bem como o apoio de especialistas em violência sexual em contexto de guerra.

  • Zelensky pede “tribunal especial” para julgar invasão russa

    O Presidente ucraniano pediu hoje a criação de um “tribunal especial” para julgar a invasão russa da Ucrânia, numa intervenção durante uma conferência internacional em Haia sobre responsabilização dos crimes de guerra cometidos durante o conflito em curso.

    “As instituições judiciais atuais não podem levar todos os culpados à Justiça. Portanto, é necessário um tribunal especial para julgar os crimes da agressão russa à Ucrânia”, disse Volodymyr Zelensky, num vídeo exibido durante a conferência internacional, que contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

    O apelo foi feito pouco depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, ter apresentado uma proposta semelhante.

  • PJ e Instituto Medicina Legal apoiam investigação de crimes de guerra

    O ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou esta quinta-feira, numa conferência internacional em Haia sobre crimes de guerra na Ucrânia, a disponibilização de duas equipas portuguesas para trabalhar no terreno, uma do Instituto de Medicina Legal e outra da Polícia Judiciária.

    “Temos apoios concretos a dar e pude anunciar duas equipas — uma equipa forense do Instituto de Medicina Legal, e uma outra equipa vinda da Polícia Judiciaria, ambas disponíveis para irem para a Ucrânia para trabalhar com os procuradores internacionais e a procuradora-geral da Ucrânia, que também esteve presente nesta reunião”, disse João Gomes Cravinho, em declarações no final da conferência sobre responsabilização dos crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia.

1 de 2