Momentos-chave
- Marcelo critica "o sonho e a utopia" do estado liberal. "Os países que eram contra o estado de emergência acabaram todos a adotá-lo"
- Marcelo rejeita mover-se pela popularidade. “É-me indiferente a popularidade"
- "O mandato de Marcelo é um falhanço"
- Marcelo diz que nunca houve motivos para interromper legislatura (nem nos incêndios de 2017)
Histórico de atualizações
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Mayan acaba a elogiar Ramalho Eanes
O candidato apoiado pela IL acaba o debate elegendo Ramalho Eanes como o melhor Presidente da República da história do país pelo “referencial ético” que representa.
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Marcelo elogia resposta de Cavaco à crise da troika
O que é que diferenciou Marcelo do seu antecessor? É a pergunta final.
“A situação que encontrei. A situação desta pandemia, a crise dos fogos, a crise bancária que se agravou. Essa realidade obriga a respostas diferentes das que foram dadas pelo meu antecessor. O meu antecessor deu respostas que considero muito positivas à crise da troika, a crise que vamos enfrentar é mais complicada, a pandemia é uma realidade muito complicada e pelo meio houve a crise dos fogos e a crise bancária”, disse Marcelo elogiando Cavaco.
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Marcelo critica "o sonho e a utopia" do estado liberal. "Os países que eram contra o estado de emergência acabaram todos a adotá-lo"
Marcelo está ao ataque: “A Iniciativa Liberal votou quase sempre contra a declaração do estado de emergência, e eu pergunto: o que seria o saldo em termos de mortes não havendo estado de emergência e a mobilização de meios que isso permitiu, e a prevenção dos portugueses?”, questiona Marcelo.
Para depois ir ao ponto: “É muito fácil avançar com ideias do estado liberal, o sonho, a utopia, e depois votar contra o estado de emergência. Os países que eram contra o estado de emergência acabaram todos a adotá-lo”, diz ainda.
Sobre a situação pandémica no mundo, Marcelo diz que é “muito preocupante de galope no Reino Unido”, também por causa da nova estirpe que já chegou a Portugal continental.
“Há uma pressão outra vez sobre os internamentos e os cuidados intensivos que é preocupante, que justifica a preocupação de renovar o estado de emergência por 8 dias, para depois haver uma análise dos números em relação ao Natal e Ano Novo, porque eu acho que houve algum laxismo nesse período, e depois então votar uma nova renovação do estado de emergência”, diz Marcelo, mostrando preocupação com a situação, nomeadamente nos lares, e não rejeitando medidas mais restritivas (embora diga que novos confinamentos sempre se quiseram evitar).
E perante as críticas de Mayan Gonçalves, Marcelo insiste: “É melhor não haver estado de emergência, é isso?”, questiona.
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Mayan Gonçalves responsabiliza Marcelo pela "destruição social"
Mayan não desarma: “Este Estado de Emergência do senhor Presidente é do país que está a enfrentar a enfrentar a destruição social.”
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal acusa Marcelo de passar “um cheque em branco” ao Governo.
E termina com uma provocação: “Andou a partilhar ‘minis’ e bolas de Berlim e a arranja esquemas para ir para a praia.”
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"Acha que a mera liberdade económica resolve a pobreza?", atira Marcelo
Marcelo não se fica e questiona diretamente Tiago Mayan Gonçalves sobre em que é que as políticas liberais ajudariam um estado num contexto de pandemia.
“Os países mais liberais, quando chegou a pandemia, o que é que fizeram? Injetaram dinheiro na economia, nas políticas sociais. Como é que se resolve a pobreza e a crise sem políticas sociais? Acha que a mera liberdade económica resolve a pobreza?”, atira Marcelo.
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"Eu fui autarca 20 anos", diz Marcelo a Mayan
“Já viu que é tão vago quando se trata das suas ideias: Descentralização, sim ou não?”, diz Marcelo. Tiago Mayan diz que é autarca, que sabe do que fala, e Marcelo responde: “É? Eu fui autarca 20 anos. Estive no terreno de uma das autarquias mais pobres do país, não é Lisboa nem Porto, é Celorico de Basto” diz.
Na resposta, Tiago Mayan diz que se Marcelo for releito vai “terminar o mandato como o PR do país mais pobre da Europa”.
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"Um liberal não defende um Estado mínimo"
Tiago Mayan Gonçalves é confrontado com o programa da IL e sobre o que isso significaria na Saúde em contexto de pandemia. “Um liberal não defende um Estado mínimo. Defende um Estado forte nas funções que tem de ter.
“O que um liberal defende é um acesso efetivo e universal aos cuidados de saúde”. O moderador insiste sobre se não seria problemático se o SNS existe à luz do que defende a IL. “Não tenho preconceito nenhum em relação ao dono dos hospitais”.
O candidato fala de outros aspetos ainda. “Gastámos 21 mil milhões na banca desde 2008”. Mayan Gonçalves garante que a IL não injetaria dinheiro para salvar a TAP nem na banca.
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Marcelo insiste com a pergunta sobre uma lei que Tiago Mayan Gonaçalves teria vetado que Marcelo não vetou, dizendo que a lei sobre a eleição do presidente das CCDR apenas permitiu pôr a questão na mão dos autarcas. “Acha que são todos marionetas do governo?”, atira.
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"O senhor é o candidato dos Donos Disto Tudo"
Marcelo desafia Tiago Mayan Gonçalves a escolher uma lei que tivesse vetado se estivesse no lugar do Presidente. O candidato fala da lei que permite que enquadrou as eleições para as CCDR, um “simulacro de democracia”.
E devolve a Marcelo: “O senhor é o candidato dos Donos Disto Tudo.”
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Marcelo não faria diferente do que fez em relação a cidadão ucraniano morto no SEF
Questionado sobre o SEF, Marcelo volta a dizer que falou sobre o caso logo em abril. E volta a explicar que só não falou com a viúva de Ihor Homeniuk por duas razões: “Estando a decorrer um processo criminal, eu não iria antecipar um juízo do Estado português falando com a viúva”.
Mas mantém que o que fez é “criticável”, porque um Presidente pode ser atacado “por 3 mil razões”. “Essa é a limitação de um Presidente, enquanto um candidato que aqui chega de novo pode ser livre de prometer tudo”.
Sobre o caso do cidadão ucraniano, Marcelo diz que “não faria diferente” hoje do que fez na altura.
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Mayan critica Ventura por andar a "saltar" de candidatura em candidatura
À pergunta sobre se não deveria ser o líder da Inciativa Liberal a avançar, até pela ameaça de Ventura, Mayan dispara:
“João Cotrim Figueiredo assumiu um compromisso e vai cumpri-lo até ao fim. Não é para andar a saltar de candidatura em candidatura. Eu estou aqui porque avancei.”
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal insiste nas críticas a Marcelo e diz que não vai ser um Presidente de um Governo. “Marcelo foi um Presidente de um Governo”.
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Marcelo rejeita mover-se pela popularidade. “É-me indiferente a popularidade"
Marcelo rejeita que seja movido pela popularidade. “Se há coisa é que é muito evidente para mim é que me é indiferente a popularidade: totalmente indiferente”, diz, e dá o exemplo de que vetou a lei de financiamento dos partidos contra “o Parlamento todo”.
“O maior número dos meus vetos foi até 2019, não foi em 2020”, diz ainda, rejeitando que se trate de uma questão de popularidade e de campanha eleitoral.
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"O que move o senhor Presidente é a sua popularidade"
Mayan Gonçalves insiste na crítica. “O que move o senhor Presidente é a sua popularidade. É isso que o põe sempre ao lado do Governo exceto quando sente a sua popularidade ameaçada.”
O candidato liberar acusa Marcelo de se comportar como um “mero espectador” em casos como o do procurador europeu e o da morte do cidadão ucraniano às mãos dos agentes do SEF. “Aderiu a este pacto de silêncio”, criticou.
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Marcelo diz que foi Joana Marques Vidal que "assumiu" desde o início que mandato seria único
Em resposta às críticas, Marcelo começa pelo mandato da PGR. Diz que é um mandato único, e que quem o disse foi a procuradora Joana Marques Vidal logo no início do seu mandato. “Ela disse-o, ela assumiu que decorria da Constituição. Arrancou com essas regras do jogo”. Marcelo diz que não foi pela saída de Joana Marques Vidal que os processos de combate à corrupção não arrancaram e não se concretizaram.
Sobre as vacinas, Marcelo diz que sempre assumiu que a máxima responsabilidade pela gestão da pandemia era sua. “Não encontro muitos chefes de Estado que o façam”, disse.
Questionado sobre os casos do MAI, ministra da Justiça e ministra da Saúde, Marcelo diz que se trata de “haver razões ou não para intervir”. No caso da ministra da Justiça (sobre o caso do procurador europeu), Marcelo diz que pediu que se apurasse os contornos da questão porque havia um claro “desleixo”.
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"O mandato de Marcelo é um falhanço"
Tiago Mayan Gonçalves, da Iniciativa Liberal, vai a jogo e mostrra ao que vem:
“O mandato de Marcelo é um falhanço até pelas suas próprias palavras. O desempenho do seu mandato revela-se como apresentar-se como ministro da propaganda quando fala da vacina para a gripe, não reconduz Joana Marques Vidal, quando anuncia com o primeiro-ministro, ministros… a final da Liga das Campeões para Portugal. Continuamente tem-se apresentado na posição de propagandista do Governo. A única coisa que o move é a sua busca de popularidade. 1/3 dos seus vetos acontece no Verão, quando sentiu a sua popularidade em queda.”
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Marcelo diz que nunca houve motivos para interromper legislatura (nem nos incêndios de 2017)
Começa agora o debate. É Marcelo Rebelo de Sousa a começar. Começa por cumprimentar o adversário, “um defensor do espírito liberal que vem do Porto, uma cidade lutadora pela liberdade”.
Sobre as críticas recentes que Mayan Gonçalves lhe tem feito (“propagandista do governo” ou “seguidista”), Marcelo diz que “a democracia é assim”. “Todos estão sujeitos a escrutínio, se Tiago Mayan Gonçalves entende isso, se o exprime, é porque acredita nisso, e eu aceito”, diz.
Mas sobre a crítica em si, de ser seguidista do Governo, Marcelo diz que disse em várias ocasiões que discordava do Governo, e quando concordava, concordava.
“Fui o Presidente que mais vetou diplomas do Governo”, disse. Mas a “estabilidade” é importante. “A estabilidade é feita disto: fazer para que as legislaturas cheguem ao fim, e no caso de haver crises que o justifiquem é preciso haver indicadores que apontem para soluções diferentes, alternativas àquelas que são as existentes — e nunca aconteceu isso, nem no caso mais flagrante que foi o caso dos incêndios de 2017”, disse.
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Este sábado, a estreia esteve a cargo de Marcelo Rebelo de Sousa e Marisa Matias (também na RTP), seguindo-se depois uma “guerra quente” entre João Ferreira e André Ventura, na TVI.
Este domingo, excecionalmente só há um debate, e não dois como vai ser daqui para a frente.
Terrorismo, mentiras e vídeo. A guerra quente onde os candidatos gritaram até deixarem de se ouvir
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Boa noite. Vamos acompanhar aqui o debate presidencial entre Marcelo Rebelo de Sousa e Tiago Mayan Gonçalves, o candidato apoiado pelo Iniciativa Liberal.
O debate é às 21h, na RTP1.