Histórico de atualizações
  • Nas últimas duas horas falaram os senadores: Paulo Paim (PT), José Aníbal (PSDB), Garibaldi Alves (PMDB), Paulo Bauer (PSDB), Eunício Oliveira (PMDB), Armando Monteiro (PTB), Cidinho Santos (PR), Flexa Ribeiro (PSDB), Randolfe Rodrigues (Rede), Ricardo Ferraço (PSDB), Benedito de Lira (PP), Zezé Perrella (PTB), Lindbergh Farias (PT), Wilder Morais (PP), Sérgio Petecão (PSD), Hélio José (PMDB), Rose de Freitas (PMDB) e Ana Amélia (PP).

    De acordo com a estimativa do jornal Folha de São Paulo, 29 parlamentares declaram nos seus discursos ao Senado, esta terça-feira, que vão votar favoralmente ao processo, enquando 14 disseram-se contrários e dois não declararam voto. Já para o El País Brasil, as contas indicam 30 senadores a favor, 14 contra e um que não declarou voto. Ainda faltam 22 parlamentares inscritos para falar.

    É de salientar que o Senado brasileiro é formado por 81 parlamentares e que o impeachment é aprovado se tiver o apoio de 54 senadores.

  • Aconteceram esta noite, em São Paulo, algumas manifestações contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff. Na Avenida Paulista, cerca de 200 pessoas participaram do ato e uma parte deste grupo dirigiu-se à sede do jornal Folha de S. Paulo, que é considerado uma publicação anti-Dilma Rousseff. Segundo o site G1, o protesto terminou com o confronto entre manifestantes e a polícia.

    https://twitter.com/ViVe_Guarico/status/770804863332655109

  • Senadores alternam-se entre discursos a favor e contra o impeachment de Dilma Rousseff. Os petistas José Pimentel e Paulo Paim defenderam a Presidente afastada, enquanto Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP) declararam que vão votar “sim” no processo de destituição de Dilma.

  • Impeachment e Bíblia. "A Presidente vai ser cassada por Salomão"

    Coube ao senador Magno Malta (PR) fazer o discurso mais exaltado da noite, ao citar Deus e passagens bíblicas para justificar o processo de impeachment de Dilma Rousseff. O parlamentar é pastor evangélico, conhecido pelo seu estilo mais informal e pelas “brincadeiras” que faz com outros senadores.

    Malta iniciou o seu discurso a dizer que “a Presidente afastada não será cassada por mim ou por nenhum desses senadores, mas por Salomão. Salomão escreveu que a arrogância precede a ruína”, sentenciou.

    O senador afirmou ainda que, “de acordo com a Bíblia, tudo que é feito no escuro virá a luz” em referência à corrupção. Malta afirmou que, de acordo com a Bíblia, “tudo que é feito no escuro virá a luz”, referindo-se aos escândalos de corrupção revelados no governo de Dilma Rousseff.

    “No conjunto da obra houve inclusão social? Houve. Mas só houve porque o Fernando Henrique [Cardoso, ex-Presidente do Brasil entre 1995-2002] estabeleceu os fundamentos da economia. Nem sou do PSDB, e tenho grandes diferenças com ele nessa questão da maconha [o ex-Presidente é favorável a descriminalização da droga no Brasil], mas tenho que reconhecer isso”, assegurou.

  • Aécio Neves: “Não foi a oposição que tirou o prato de comida dos brasileiros”

    O senador Aécio Neves (PSDB) relembrou o tom crítico e os “maneirismos” utilizados durante a campanha eleitoral de 2014, quando foi derrotado por Dilma Rousseff, para fazer o seu discurso no Senado. O parlamentar cumprimentou os senadores e os espetadores que estão a acompanhar a sessão e, diversas vezes, olhou para a câmara da TV Senado como se estivesse a participar de um debate televisivo.

    Aécio disse que, durante a campanha presidencial, alertou a Presidenta afastada sobre o perigo das “pedaladas fiscais”. “Pois bem, o tempo passou e a resposta está ai, foram os brasileiros sim que nas ruas disseram que este governo que aí está não tem legitimidade para governar”, afirmou.

    Aécio mencionou ainda João Santana, responsável pelo marketing da petista durante a corrida eleitoral, ao relembrar uma peça publicitária em que o partido acusava a oposição de “tirar o prato de comida dos brasileiros”, caso ganhasse as eleições. “Não foi a oposição que tirou o prato de comida dos brasileiros”, ironizou, em referência à crise económica no Brasil.

  • A senadora Regina Sousa (PT) questionou aos parlamentares por que Dilma Rousseff tem sido perseguida desde o início do seu segundo mandato: “Que atire a primeira pedra quem não carrega nos ombros nenhum culpa”, afirma. “Se o resultado [da votação] for o afastamento da presidente, esse dia vai passar para a história como o dia em que a democracia no Brasil foi golpeada mais uma vez”, concluiu.

    Já o senador Eduardo Amorim (PSC) optou por “normalizar” o processo de impeachment ao dizer que o processo “segue todas as regras constitucionais”. “A aprovação do impeachment não é ponto de chegada, mas sim ponto de partida”, sentenciou.

  • Reiniciada sessão de debate do impeachment

    Ricardo Lewandowski reinicia a sessão de debate do impeachment de Dilma Rousseff. A primeira senadora a falar é Regina Sousa (PT).

  • A vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko, foi exonerada do cargo a pedido, após ser vista a participar de um protesto contra o Presidente interino do Brasil, Michel Temer, que aconteceu em junho, em Portugal, numa cidade não identificada pela assessoria da Procuradoria-Geral da República.

    Num vídeo publicado pela revista Veja, Wiecko aparece de óculos de sol, em segundo plano, a segurar uma faixa onde se lê “Fora Temer” e “Contra o golpe”, frases utilizadas frequentemente pelos opositores do Presidente interino.

  • Senadores pró-Dilma entram com ação contra procurador e auditor do Tribunal de Contas da União

    O senador Randolfe Rodrigues (Rede) anunciou que o conjunto de partidos minoritários do Congresso, contrários ao processo de impeachment, vão entrar com uma ação contra o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e contra o auditor da TCU, Antônio Carlos Costa D’ávila.

    Oliveira e D’ávila foram os responsáveis por elaborar a representação apresentada ao TCU para a investigação das “pedaladas fiscais”, um dos argumentos que sustentam o pedido de impeachment.

    De acordo com os parlamentares denunciantes, não houve a devida “independência funcional” no exercício das atividades de Oliveira e D’ávila e devem ser aplicadas sanções admnistrativas.

    Oliveira foi convocado pela acusação para falar como testemunha na sessão de julgamento final de Dilma Rousseff no Senado, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal “rebaixou” o procurador para o estatuto de informante, ou seja, o seu depoimento não poderia ser usado como prova no processo. A decisão foi tomada após a denúncia do José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma Rousseff, que indicou que Oliveira incentivou a participação de pessoas num evento contra as contas da Presidente afastada, através das redes sociais.

  • Intervalo na sessão de debate do impeachment

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, interrompe a sessão de debate do impeachment de Dilma Rousseff. Os senadores voltam a reunir-se às 23h10 (horário de Lisboa).

  • Mais duas lideranças antagónicas falam no Senado. O senador Humberto Costa (PT) diz que julgar Dilma Rousseff como “criminosa é uma verdadeira aberração”.

    O Congresso Nacional nunca engoliu a presidenta Dilma. Não aceitava a sua falta de gosto de fazer a corte àqueles que ficam encantados com os corredores e gabinetes do Palácio do Planalto. Tinha pouco tato para negociar cargos em torno de apoio político. Mas ela é assim”, assegurou.

    Por outro lado, Cássio Cunha Lima (PSDB) assegura que “Dilma se elegeu mentindo para o povo brasileiro”.

    Foi a maior fraude da história do Brasil, feita para enganar e iludir nosso povo diante de uma campanha mentirosa”, defendeu.

  • Acabam de discursar duas da maiores defensoras de Dilma Rousseff no Senado. Gleisi Hoffmann (PT) afirmou que a Presidente afastada sofre “com o machismo e a misoginia da classe política brasileira”.

    Não é expressivo e revelador um ministério 100% masculino do interino Michel Temer? Me aperta o coração o retrocesso que esse país terá. É impressionante a capacidade das nossas classes dominantes de fazer a roda da história voltar para trás”.

    Já para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) o impeachment tem como objetivo “encerrar as investigações da Lava Jato”. “Eu voto não porque sou contra golpe parlamentar. Voto não à usurpação da soberania popular. O que está acontecendo aqui é uma disputa política daqueles que perderam as últimas quatro eleições”, disse, em referência ao PSDB, segundo maior partido de oposição ao governo do PT, que terminou em segundo lugar as últimas quatro eleições presidenciais.

    Entre as duas senadoras, esteve José Medeiros (PSD), que comparou o julgamento final de Dilma Rousseff a uma “final do Mundial”. Para o parlamentar, o “PT fez muito, mas que não pode ser ingrato com quem já passou – como Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e outros”, citando o nome de outros ex-Presidentes e senadores.

  • Ex-Presidente do Brasil destituído por impeachment critica Dilma Rousseff, mas não revela voto

    O senador e ex-Presidente do Brasil Fernando Collor (PTC), alvo do processo de impeachment em 1992, afirmou no Senado que a destituição de um Presidente “é o remédio constitucional de urgência no presidencialismo quando o governo, além de cometer crime de responsabilidade, perde as rédeas do comando político e da direção económica do país”, afirmou.

    Para o ex-Presidente, “a real política leva inescapavelmente ao uso do impeachment como solução de crises”. O senador compara o seu processo de destituição com o de Dilma Rousseff ao dizer que “hoje, a situação é completamente diversa”.

    Forjaram uma instabilidade económica que não existia e transformaram hipotética infração comum de um agente privado em crime de responsabilidade do presidente”, defende.

    E argumenta: “O governo afastado transformou sua gestão numa tragédia anunciada. É o desfecho típico de governo que faz, da cegueira econômica o seu calvário, e da surdez política o seu cadafalso”.

    Collor terminou o seu discurso ambíguo com uma mensagem ambígua sobre o seu sentido de voto, que poderia fazer a diferença nas contas de aliados e opositores de Dilma Rousseff: “Ontem, senhor presidente, eram inúmeras as simulações. Hoje, são inúmeras as dissimulações”, concluiu.

  • A senadora Lídice da Mata (PSB) acredita que o impeachment é um “oportunismo político” e disse apoiar a proposta de realização de novas eleições presidenciais como forma de solucionar a crise política no Brasil. Já Dário Berger (PMDB) acredita que é “impossível haver progresso sem mudanças” e que o governo de Dilma Rousseff “não possui mais as mínimas condições de governabilidade” e, por isso, defende a saída definitiva da petista.

  • Folha de S. Paulo: já há 54 votos necessários para a aprovação do impeachment

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, já há os 54 votos necessários para aprovar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência do Brasil.

    Segundo descreve a publicação, o 54º voto foi dado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB) durante o seu discurso no Congresso, quando afirmou que Dilma Rousseff “agiu com abuso de poder político, violando a lei orçamentária”. Valadares ainda não havia declarado publicamente o seu voto.

    Desde o início da fase final do processo de impeachment, a Folha de S. Paulo mantêm um placar em que mostra a tendência de voto dos 81 senadores. A equipa de Michel Temer acredita que pode aprovar a destituição da Presidente afastada com 58 a 61 votos, conforme relata o jornal.

  • Duas vozes antagónicas sobre o impeachment de Dilma Rousseff, que se apropriaram da palavra “golpe” para realizar os seus argumentos:

    A defesa da Presidente tem afirmado que está havendo um golpe. Mas há vozes importantes tanto de um lado como do outro sobre o assunto, o que prova que o que estamos julgando aqui não é apenas um pretexto para tirar Dilma do poder”, António Carlos Valadares (PSB).

    Esse é um golpe de classe, um golpe das elites, um golpe principalmente contra o povo mais pobre do país. (…) Me nego a ser coautora desse crime. Prefiro escrever minha história com a tinta da verdade e com a caligrafia da justiça. Não, não, mil vezes não ao golpe, e sim à democracia”, Fátima Bezerra (PT).

  • Os donos do poder vão tentar nos convencer de que é bom trocar saúde pública por planos de saúde. Que é bom se aposentar aos 70 anos. Vão tentar nos fazer acreditar que cada um de nós deve cuidar da própria vida. Mas os brasileiros entenderão isso no bolso”.

    O recado para o governo interino de Michel Temer é da senadora Ângela Portela (PT). O seu partido concordou com a frase no Twitter:

  • O senador Ronaldo Caiado (DEM), uma das vozes mais críticas ao governo de Dilma Rousseff, comparou o Brasil a Venezuela ao dizer que “se instalou o regime populista” e que o impeachment seria a solução para “interromper o maior desastre político-administrativo da história do país”.

    Caiado disse ainda que “Dilma Rousseff” desrespeitou os senadores”, pois “não respondeu a nenhuma pergunta” na sessão da segunda-feira. “Em vez de vir aqui como ré, ela [Dilma Rousseff] quis se vestir ontem na condição de juíza dos juízes”.

    O senador Álvaro Dias (PV) veio a seguir e qualificou a defesa da Presidente afastada de “patética, com as costas voltadas à realidade vivida no país”.

  • O senador Acir Gurgacz (PDT), que se declarou “indeciso” quanto ao impeachment, declarou que o Brasil está “parado numa crise política, que interessa muito mais aos políticos do que aos brasileiros”. O parlamentar faz uma sugestão:

    Se quisermos avançar, precisamos nos unir, fazer um governo de notáveis. Acabar com as nomeações políticas e colocar técnicos e notáveis nos lugares certos, como não aconteceu nem no governo Dilma, nem no governo interino de Michel Temer.”

  • O senador Ataídes Oliveira (PSDB) elogiou as medidas económicas tomadas pelo governo interino de Michel Temer e disse que a volta de Dilma Rousseff “provocaria um verdadeiro terremoto na economia”.

    Lúcia Vânia (PSB) falou a seguir e disse ter “certeza sobre a culpa de Dilma Rousseff” no processo de impeachment.

    Lasier Martins (PDT) manteve o tom crítico a Dilma Rousseff ao afirmar que surgiram “fartas provas” de que a eleição de 2014 estava “viciada”, a partir das revelações divulgadas no âmbito da Operação Lava Jato.

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