Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Fechamos aqui este liveblog em que acompanhamos as eleições do PS. Pode continuar a seguir os acontecimentos políticos no novo liveblog que agora abrimos.

    “Não sou o líder do PS que a direita gostava de ter”, provoca Pedro Nuno após reunião com Costa que garante que não fazer sombra a ninguém

    Obrigada por ter estado desse lado. Continue connosco.

  • Eurodeputados socialistas saúdam eleição de Pedro Nuno Santos

    A delegação socialista portuguesa no Parlamento Europeu saudou a eleição de Pedro Nuno Santos como secretário-geral do PS, manifestando-se preparada para trabalhar com o novo líder.

    “A Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu está preparada para trabalhar com a nova liderança do Partido Socialista de modo a continuar a defender com toda a determinação o projeto europeu e os interesses de Portugal na Europa”, escrevem os eurodeputados do PS num comunicado enviado à agência Lusa.

    No texto, consideram que “após um processo eleitoral inesperado, o Partido Socialista foi capaz de se mobilizar e demonstrar a sua capacidade de resposta, com uma campanha interna muito participada e onde os candidatos souberam apresentar as suas ideias para o futuro do partido e do país”.

    “A nível europeu, os socialistas portugueses têm desempenhado um papel fundamental na definição de políticas progressistas e no aprofundamento da União Europeia. Estamos certos de que o novo Secretário-Geral do Partido Socialista continuará esse caminho, na defesa de uma Europa mais justa, próspera e solidária”, lê-se ainda no comunicado dos eurodeputados socialistas.

  • Não contam com o PCP para alimentar as ilusões do PS, diz Paulo Raimundo 

    O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse para não contarem com o partido para “alimentar ilusões do PS”, sublinhando que a estratégia da vitimização, da chantagem e da ilusão, que funcionou há dois anos, “agora já não pega”.

    Discursando num jantar de fim de ano perante dezenas de apoiantes, em Braga, Raimundo afirmou que as eleições legislativas antecipadas de 10 de março são uma oportunidade única e têm tão grande importância, que, segundo o próprio, “aí estão os do costume a tentar, mais uma vez, a abrir caminho à mentira, à mistificação, às ilusões, a armadilhar o caminho”.

    “Desde logo, a armadilha do PS, que fala agora num novo ciclo, multiplicando-se de promessas atrás de promessas, e dizendo que agora é que é, agora é que vai ser, agora ninguém nos para. Não há passado, não há responsabilidades, não há nenhuma experiência da sua maioria absoluta, é como se não tivesse passado nada”, acusou o secretário-geral do PCP.

    Raimundo frisou que também “não vale a pena” o Partido Socialista tentar recuperar para as eleições de 10 de março “a estratégia e a tática da vitimização, ou da chantagem, ou da ilusão, porque isso funcionou há dois anos [quando venceu com maioria absoluta], mas agora já não pega”.

    “Não contam com o PCP para alimentar ilusões que o PS, que é só um, com as suas proclamações, por um lado, e depois com a sua prática real, a sua política, por outra”, assumiu o líder comunista, quando ainda não se sabia quem seria o futuro secretário-geral do PS, se Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro.

    Paulo Raimundo refutou igualmente a ideia de que dar força ao PS é combater a direita.

    “Também não vale a pena virem com a conversa de que dar força ao Partido Socialista é combater a direita. Porque, quem quer combater a direita, há duas coisas que não pode fazer: primeiro alimenta-la e segundo, fazer a política de direita”, salientou o secretário-geral do PCP.

    Paulo Raimundo criticou os dois últimos anos de governação de maioria absoluta socialista, dizendo que a política seguida não serve o povo e não serve o país, garantindo que o PCP “não vai alimentar esse guião”.

    “Depois destes últimos dois anos em que a maioria absoluta não só não resolveu os problemas como foi umas mãos largas para os grupos económicos, os que se sentem justamente desiludidos e traídos vão dar um sinal claro, não voltarão a cair na conversa da sereia do PS e darão o seu apoio e voto à CDU”, afirmou o líder comunista.

    Segundo Raimundo, “a questão decisiva e determinante, aquilo que vai abrir um caminho novo, é o reforço do PCP, é o reforço da CDU, com mais votos, com mais deputados, com mais percentagem, independente do resultado dos outros”.

  • Pedro Nuno vai "aproveitar a experiência, inteligência e a sagacidade de António Costa"

    Pedro Nuno é questionado sobre se falou com António Costa e se este lhe deu conselhos mas recusa responder: “Nisso sou como António Costa e não partilho conversas privadas”.

    Mas reconhece que continuará a “aproveitar a experiência, inteligência e a sagacidade de António Costa”.

    Responde ainda a uma resposta sobre o atual Orçamento do Estado, defendendo que “deve ser executado” — o que já tinha dito ao Observador. “A nossa concentração deve estar na execução deste OE e na preparação do próximo”, afirma.

    Quando questionado sobre episódios como o do novo aeroporto e a indemnização de Alexandra Reis, Pedro Nuno Santos responde: “Os episódios não marcam a nossa vida fazem parte dela. O trabalho na TAP não foi uma indemnização, foi salvar uma empresa”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Esquerda e direita: "Não é assim que os portugueses olham para a política"

    Fala agora no norte do país dizendo que “é uma grande região e um grande exemplo para todo o território nacional”. E fala “na falta de um nível de poder” em Portugal, defendendo a “capacidade das regiões tomarem o seu destino nas suas mãos”..

    O líder eleito diz ainda que quer “continuar e proteger e preservar o trabalho que foi feito em Portugal e ao mesmo tempo dar um novo impulso”. “Somos a única plataforma política que concilia progresso social com o progresso económico”, argumenta, afastando a ideia da esquerda e direita: “Não é assim que os portugueses olham para a política”. Diz que essa dicotomia é assunto da “bolha mediática”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • "De geringonça não teve nada porque funcionou mesmo bem"

    Ainda questionado sobre a geringonça e se a pré-disposição para um acordo à esquerda condiciona o apelo ao voto ao centro, Pedro Nuno Santos diz que “de geringonça não teve nada porque funcionou mesmo bem, foi estável”, E repete que o objetivo é ter “uma grande maioria” para ter estabilidade que “depende de um PS forte”.

    Nesta resposta ainda atira ao PSD e diz que “não inventamos grupos de trabalho em cima de comissões, nós decidimos” — atirando a Luís Montenegro que quer fazer um grupo de trabalho para avaliar o relatório da comissão técnica para o novo aeroporto.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • "É óbvio que queremos António Costa na campanha e José Luís Carneiro", assume

    Mais uma pergunta e Pedro Nuno aproveita para dizer que “Portugal é um país de emigração” e que o PS terá sempre “respeito total pelo outro”. “Vivemos também tempo de pressão migratória no país com pressão para os próprios”, sublinha falando também da pressão provocando nos serviços sociais. “É preciso que nenhum cidadão sinta que a sua vida se degradou porque há mais pessoas a viver cá”, diz.

    “É óbvio que queremos António Costa na campanha e José Luís Carneiro, queremos que ele esteja na campanha como é óbvio”, assume ainda noutra resposta.

  • Pedro Nuno: "A melhor maneira de garantir estabilidade política é ter o PS com um grande resultado"

    Agora a fase das respostas aos jornalistas, com Pedro Nuno a ser confrontado com o que tenciona fazer com o seu adversário José Luís Carneiro e prometendo integrá-lo no futuro do partido.

    Outra pergunta, também sobre Carneiro e se terá um lugar num governo seu, mas Pedro Nuno Santos não responde: “Acho que não estamos no momento de fazer um Governo e muito menos em conferência de imprensa”. Quando o formar pensará “nos melhores e nas melhores”.

    “A melhor maneira de garantir estabilidade política é ter o PS com um grande resultado”, diz quando a pergunta é sobre a geringonça. Quando o jornalista insiste e pergunta pelo insucesso da maioria absoluta, Pedro Nuno atira: “E então”.

    Depois admite que negociará no Parlamento, mas primeiro quer ir a votos para perceber a força de cada partido.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno atira-se à direita e recorda que "em nome da dívida pública cortaram salários e pensões"

    Agora a dívida pública, com Pedro Nuno Santos a começar por louvar as contas certas e depois lembrar que “em nome da dívida pública cortaram salários e pensões deixaram a dívida pública elevada” — dirigindo-se à direita.

    E contrapõe: “A nossa estratégia funcionou, produziu resultados e conseguimos reduzir a dívida pública porque a riqueza nacional aumentou com o PS a governar”.

    Nesta parte do discurso promete ainda: “Seremos sempre europeístas”.

  • "A nossa solução não é desistir do SNS, nem privatizá-lo"

    Fala agora dos salários e também da valorização dos que “arriscaram” e criaram empresas. “O PS quer um país que valoriza os trabalhadores e os empresários”, afirma dizendo que “Portugal Inteiro não deixa ninguém esquecido e para depois. Portugal só é forte quando for capaz de congregar toda a gente”.

    Volta agora ao SNS para dizer que sua “solução não é desistir dele, nem privatizá-lo ou, como dizem alguns, complementá-lo com o privado, queremos mesmo salvar o SNS”. “Não renegamos o papel de nenhum sector, nem do privado, mas queremos cuidar do SNS público, universal e tendencialmente gratuito”, afirma. “Não queremos o país a arrastar os pés”, diz.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno diz que o seu PS "vai continuar o que tem feito" com os mais velhos e promete-lhes "carinho e amor"

    O novo líder eleito destaca agora o seu lema, “Portugal Inteiro” e que “todas as regiões do país são importantes” e não apenas o que se passa em Lisboa, refere ainda.

    Pedro Nuno Santos faz ainda a defesa do Estado Social e diz que o seu projeto “valoriza toda a gente”, nomeadamente os mais jovens, mas também os mais velhos. “O PS respeita e sempre que é possível contribui para melhorar os rendimentos” dos mais velhos.

    Diz mesmo que o PS, perante os pensionistas, que “vai continuar o que o PS tem feito”. “Respeitamos quem trabalhou uma vida inteira, queremos continuar este trabalho para melhorar os rendimentos dos nossos mais velhos, mas para combater o isolamento e a solidão de milhares de idosos”, afirma ainda. Promete estar ao lado dos mais velhos “com carinho e amor”.

    Fala também das mulheres, referindo que “não é aceitável que as mulheres que dedicam as suas vida a cuidar do outro sejam tão mal pagas em Portugal”. “Não seremos nunca um país decente se continuarmos a tratar com desigualdade as mulheres”, afirma opondo-se ao “gargalo” na progressão na carreira das mulheres.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno diz ter "orgulho imenso" em António Costa

    Fala na “estabilidade das lideranças do PS”, que teve nove líderes contra 19 do adversário PSD. E fala do “ainda primeiro-ministro e secretário-geral do PS” António Costa. A sala aplaude longamente.

    Sobre Costa, Pedro Nuno diz que o PS tem “orgulho imenso no trabalho dele” e ele em particular tem “orgulho de ter estado com ele desde a primeira hora”. E fala nos “resultados” dos últimos oito anos, enumerando o crescimento económico, o aumento do salário mínimo nacional, ou as pensões. “Não vou continuar, isto chega, para já, para percebermos a importância do que foram os último oito anos”, atira ainda.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Para Carneiro e Adrião: "Contamos obviamente com eles. É um partido inteiro que queremos"

    “Somos todos herdeiros de todos os fundadores e secretários-gerais do PS”, diz agora Pedro Nuno Santos que evoca Mário Soares, o “eterno militante número um”. A sala responde gritando o slogan “Soares é fixe”.

    E cumprimenta José Luís Carneiro e Daniel Arião, agradecendo o “contributo para o debate interno” que conta “obviamente com eles”. “É um partido inteiro que nós queremos”, garante — usando o seu slogan de campanha “Portugal Inteiro”.

  • Pedro Nuno agradece a militantes "que mostraram que PS é e continuará a ser o maior partido político"

    O novo líder do PS eleito nestas diretas começa a sua intervenção dirigindo-se em primeiro lugar “aos milhares de militantes que participaram neste acto eleitoral que mostraram que o PS foi, é e continuará a ser o maior partido político de Portugal”.

    “Este partido popular que representa o nosso povo e mostrou estar à altura das circunstâncias”, diz agradecendo também ao diretor de campanha nesta primeira leva, bem como a Alexandra Leitão, que preparou a sua moção de estratégia global.

  • Miguel Prata Roque: "Portugal não quer um bloco central, quer clareza"

    Carlos Zorrinho mostra-se feliz com a adesão dos militantes do PS. Miguel Prata Roque destaca que vitória de Pedro Nuno mostra que Portugal “não quer uma aliança entre os dois partidos de centro”.

    Ouça aqui a análise na íntegra.

    Miguel Prata Roque: “Portugal não quer um bloco central, quer clareza”

  • Pedro Nuno Santos já chegou à sede nacional do PS para o discurso de vitória. Com ele vinha Duarte Cordeiro, líder do PS-Lisboa, e também o seu diretor de campanha Francisco César.

    Na sala da música, cheia de militantes, já se grita PS.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Pedro Nuno Santos ganha eleições com 62% contra 36% de Carneiro

    O presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Pedro do Carmo anuncia que votaram 40 mil eleitores (de 60 mil que estavam em condições de votar nestas diretas do PS).

    Quanto à votação, Pedro Nuno Santos ficou com 62% dos votos (cerca de 24 mil), José Luís Carneiro com 36% (quase 15 mil votos) e Daniel Adrião com 1% (382 votos).

    Quanto a delegados ao congresso eleitos nestas diretas, Pedro Nuno Santos conseguiu 909, José Luís Carneiro 407 e Daniel Adrião 5.

  • Augusto Santos Silva saúda Pedro Nuno Santos e deseja-lhe um "bom mandato"

    Augusto Santos Silva, apoiante de José Luís Carneiro, saudou Pedro Nuno Santos enquanto o novo secretário-geral do PS. “Desejo-lhe um bom mandato, à frente de um partido fundamental no Parlamento português”, escreveu o ainda presidente da Assembleia da República.

  • "As maiores felicidades pessoais e políticas.” António Costa felicita Pedro Nuno pela vitória nas eleições do PS

    O líder cessante dos socialistas e primeiro-ministro, António Costa, felicitou Pedro Nuno Santos pela sua vitória nas eleições para o cargo de secretário-geral do PS, que se realizaram sexta-feira e hoje, desejando-lhe “as maiores felicidades”.

    “Nesta hora de passagem de testemunho, felicito o nosso camarada Pedro Nuno Santos, a quem desejo as maiores felicidades pessoais e políticas”, escreveu António Costa, numa mensagem que enviou a todos os militantes deste partido.

    Depois, nesta mesma mensagem, António Costa referiu-se ao período em que liderou o PS.

    “Quero agradecer, do fundo do coração, a todos os militantes, a enorme honra de ter sido secretário-geral do PS e o apoio que sempre me deram, ao longo destes nove anos”, acrescentou.

  • Ana Gomes votou em Pedro Nuno Santos com “esperança na regeneração”

    Numa altura em que Pedro Nuno Santos ainda não está no Largo do Rato o discurso de vitória, já começam a surgir as primeiras reações nas redes sociais.

    Ana Gomes, ex-candidata à Presidência da República, confirmou que votou no recém-eleito secretário-geral do PS “com esperança pela regeneração” e “segura” de que o novo líder “fará unir o PS”. Na rede social X (antigo Twitter), a socialista enaltece ainda o “auspicioso sinal” dado por José Luís Carneiro ao ter ido à sede do PS no Largo do Rato fazer a declaração de derrotado das eleições internas.

1 de 3