Momentos-chave
- Zelensky diz que teve uma "boa e frutífera reunião" com Trump e Macron
- Rússia intensifica esforços para tomar ilhas no rio Dnieper
- Zelensky anuncia mais caças F-16 cedidos pela Dinamarca e critica outros países por não prestarem a mesma ajuda
- Ataques russos matam e ferem civis, incluindo crianças, em Kherson e em Dnipropetrovsk
- Soldado russo terá sido morto pelo próprio comandante por recusar combater em Kursk
Histórico de atualizações
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Rússia acusa Ucrânia de recusar negociar tendo em conta "as realidades no terreno"
Kremlin acusou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “recusar negociar” com Vladimir Putin o fim do conflito na Ucrânia, exigindo mais uma vez que Kiev tenha em conta “as realidades no terreno”.
“Foi o lado ucraniano que recusou e ainda se recusa a negociar. Além disso, Zelensky, por decreto, proibiu-se a si e à sua administração de qualquer contacto com os líderes russos, e esta posição não mudou”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
O Kremlin tomou nota do apelo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo imediato na Ucrânia e o início de negociações para pôr fim à guerra, mas não acredita que Kiev queira negociar, disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
“Lemos atentamente as declarações feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, após o seu encontro em Paris com [o Presidente de França, Emmanuel] Macron e [o Presidente da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky”, disse, segundo a agência noticiosa Interfax.
O representante do Kremlin sublinhou que a posição da Rússia em relação à Ucrânia “é bem conhecida” e as suas condições foram declaradas em meados do ano pelo Presidente russo, Vladimir Putin, mas “é precisamente a Ucrânia que rejeitou e continua a rejeitar as negociações”.
“Para seguir o caminho da paz, bastaria que Zelensky revogasse o seu decreto [que proíbe as negociações com a Rússia] e ordenasse o retomar do diálogo com base nos acordos de Istambul e tendo em conta a realidade no terreno”, disse.
Peskov questionou o número de vítimas ucranianas e russas declarado por Trump e observou que se trata de “uma interpretação ucraniana”, mas “os números reais são totalmente diferentes”.
“As baixas ucranianas excedem várias vezes as baixas do lado russo”, concluiu.
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Trump defende cessar-fogo imediato na Ucrânia. Zelensky quer negociar garantias efetivas de paz
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Zelensky diz que teve uma "boa e frutífera reunião" com Trump e Macron
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu hoje ter tido uma reunião “boa e frutífera” com o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e com o Presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris.
“Tive uma boa e frutífera reunião trilateral com o Presidente Donald Trump e com o Presidente Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu”, disse Volodymyr Zelensky numa mensagem nas redes sociais.
“Todos queremos que esta guerra termine o mais rapidamente possível e de uma forma justa”, acrescentou o líder ucraniano.
“Falámos sobre o nosso povo, a situação no terreno e defendendo uma paz justa”, escreveu Zelensky, acrescentando que os três líderes “concordaram em continuar a trabalhar juntos”.
A cimeira trilateral entre Emmanuel Macron, Volodymyr Zelensky e Donald Trump teve como tema dominante a atual situação da guerra na Ucrânia, de acordo com uma nota emitida pelo gabinete da presidência francesa.
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Cinco anos depois, reinauguração da Notre Dame acontece este sábado. Macron já está reunido com Trump e com Zelensky
Cerimónia de reabertura da catedral francesa que ficou destruída após incêndio em 2019 tem início às 18h com discurso de Macron.
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Rússia intensifica esforços para tomar ilhas no rio Dnieper
A Rússia intensifica esforços para tomar ilhas no curso inferior do rio Dnieper, e a Ucrânia assegura que o inimigo não tem capacidade para reconquistar os territórios da região de Kherson.
A Rússia retirou-se da região há dois anos e está a tentar reforçar a sua posição face a possíveis negociações de paz. Agora pode lançar uma tentativa de atravessar o rio Dniepre, antes da tomada de posse do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita o analista militar Oleksandr Kovalenko.
“Têm de impressionar Donald Trump e mostrar-lhe que não há outra forma de travar a Rússia senão fazer um acordo aceitando todas as suas exigências”, justificou hoje o especialista, na sua mais recente análise para o grupo Resistência Informativa.
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Zelensky anuncia mais caças F-16 cedidos pela Dinamarca e critica outros países por não prestarem a mesma ajuda
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que o país recebeu mais um conjunto de caças F-16 cedidos pela Dinamarca e, elogiando Copenhaga, deixou uma crítica implícita a outros países por, na sua leitura, não prestarem a mesma ajuda a Kiev.
Não foi especificado o número exato de caças recebidos pela Ucrânia, sendo que este é já o segundo lote de aviões cedidos por Copenhaga. Mas Zelensky indicou que estes equipamentos vêm “reforçar ainda mais as capacidades de defesa aérea do país” invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.
“A liderança decisiva da Dinamarca na defesa de vidas destaca-se”, escreveu Zelensky numa publicação nas redes sociais, acrescentando: “Com este reforço adicional, o nosso escudo aéreo está mais forte do que nunca”.
Zelensky acrescentou que o primeiro lote de caças F-16 fornecidos pela Dinamarca já foi colocado ao serviço das forças armadas e o segundo irá melhorar as capacidades de defesa aérea da Ucrânia contra os contínuos ataques de mísseis russos. O Presidente ucraniano terminou com um agradecimento à primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, à sua equipa e ao povo dinamarquês pelo seu apoio.
Se todos os parceiros internacionais demonstrassem o mesmo nível de compromisso, concluiu, então “já poderia ter sido possível tornar o terrorismo russo impossível”.
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Ataques russos matam e ferem civis, incluindo crianças, em Kherson e em Dnipropetrovsk
Vários bombardeamentos russos nas últimas horas mataram feriram três pessoas e feriram dezenas de civis, incluindo crianças, em Kherson e em Dnipropetrovsk.
Ao final da tarde de sexta-feira, as forças russas atacaram Kryvyi Rih, em Dnipropetrovsk, e mataram três pessoas. Ficaram, também, feridas 17, de acordo com os serviços de emergência ucranianos.
Entre esses feridos está um menino de seis anos. As vítimas resultaram da queda de um míssil balístico russo que atingiu um edifício público ucraniano.
Já neste sábado, os bombardeamentos russos a zonas residenciais provocaram 16 feridos em Kherson, incluindo uma criança.
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Soldado russo terá sido morto pelo próprio comandante por recusar combater em Kursk
Um jovem soldado russo terá sido alvejado e morto pelo seu próprio comandante por recusar combater em Kursk, noticia um portal noticioso independente russo, o IStories.
Segundo a mesma fonte, o jovem soldado, que se chamava Artem Antonov, recusou assinar um contrato para ir combater em Kursk – há vários meses um dos pontos mais intensos no conflito.
O incidente ocorreu no dia 21 de outubro, num campo de treino militar conhecido por Ilyinsky. O comandante terá disparado na direção de um ajuntamento de soldados e atingiu o jovem Artem Antonov na cabeça, matando-o de imediato.
Os familiares do soldado acusam os superiores hierárquicos de torturar e maltratar o jovem, nas semanas anteriores, devido à recusa por parte deste em ir para Kursk combater. O próprio jovem terá, aliás, publicado num grupo privado numa rede social alguns detalhes sobre os maus-tratos que estava a sofrer, em publicações que foram, entretanto, apagadas.
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Bom dia.
Vamos concentrar neste artigo liveblog todas as últimas notícias relacionadas com a guerra na Ucrânia, ao longo deste sábado.
Deixamos, aqui, a ligação para o liveblog de ontem, sexta-feira, que terminou com a informação de que a Casa Branca reiterou o compromisso em ajudar Kiev.
Muito obrigado por nos acompanhar.