Histórico de atualizações
  • Bom dia,

    Encerramos por aqui este liveblog sobre o Afeganistão.

  • EUA investigam alegado tráfico de mulheres menores nas evacuações de Cabul

    Os EUA estão a investigar relatos de que homens mais velhos que, na retirada de Cabul, terão levado mulheres menores que poderão ser as suas noivas. Casamento infantil não é comum no Afeganistão.

    EUA investigam alegado tráfico de mulheres menores nas evacuações de Cabul

  • Panjshir: resistentes entram em confronto com os talibãs

    A região de Panjshir, no norte do Afeganistão — o único território não controlado pelos talibãs — está em jogo enquanto os confrontos continuam. Fontes dos talibãs disseram à agência de notícias Reuters que conquistaram a área, mas os combatentes da resistência negaram essa afirmação.

    Um dos líderes da resistência, Amrullah Saleh, rejeitou as alegações de que tinha fugido, mas admitiu que a situação era “difícil”, já que os combates em Panjshir deixaram centenas de mortos.

    Numa mensagem de vídeo enviada à BBC, Saleh, ex-vice-presidente do Afeganistão, disse que houve vítimas em ambos os lados. “Não há dúvida de que estamos numa situação difícil. Estamos sob invasão dos talibãs”, disse. “Não nos vamos render, estamos a defender o Afeganistão.”

    Saleh disse que estava a partilhar o vídeo para assegurar às pessoas de que os relatos que sugerem que ele tinha saído do país são falsos. No entanto, a BBC não foi capaz de confirmar a sua localização de forma independente.

  • Alto Comissariado para as Migrações assinala disponibilidade para acolher 550 refugiados afegãos

    “Dispomos da confirmação de disponibilidade de acolhimento de mais de 550 cidadãos, espalhados pelo país”, afirmou o ACM sublinhando que existem 31 respostas de organizações de acolhimento.

    Alto Comissariado para as Migrações assinala disponibilidade para acolher 550 refugiados afegãos

  • Portugal apoia “a 100%” plano da UE para concluir operação de evacuação no Afeganistão

    Portugal apoiou “a 100%” as propostas apresentadas pelo chefe da diplomacia europeia e hoje acordadas entre os 27 para a conclusão das operações de evacuação e apoio à saída do Afeganistão, disse à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.

    Em declarações no final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, dominada pela crise no Afeganistão face à tomada de poder pelos talibãs — tema que se prolongou e condicionou mesmo a restante agenda -, Santos Silva saudou os três “acordos” alcançados entre os 27 em torno de “questões imediatamente práticas”, entre os quais a constituição de uma equipa do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) que coordenará as operações de evacuação, se possível a partir de Cabul.

  • Com a chegada dos talibãs, calou-se a orquestra feminina e não só: "Se as coisas continuarem assim, não haverá música no Afeganistão"

    Formada em 2014, foi um símbolo de liberdade para dezenas de raparigas — que nem sempre o setor mais conservador do Afeganistão tolerou. Com a chegada dos talibãs as músicas da Zohra calaram-se de vez

    Com a chegada dos talibãs, calou-se a orquestra feminina e não só: “Se as coisas continuarem assim, não haverá música no Afeganistão”

  • Putin espera que talibãs se portem de forma "civilizada"

    Vladimir Putin afirmou que espera que os talibãs entrem na “família dos povos civilizados, porque vai ser mais fácil manter os contactos e comunicar”, referindo-se à situação em Cabul.

    Putin espera que talibãs se portem de forma “civilizada”

  • Sondagem revela que a maioria dos americanos concorda com saída do Afeganistão — mas não com a forma como processo foi conduzido por Biden

    Pela primeira vez desde o início da presidência, Joe Biden tem uma taxa de aprovação global negativa — e a forma como os Estados Unidos saíram do Afeganistão tem tudo a ver com isso.

    As conclusões resultam de uma sondagem feita para o Washington Post e para a ABC entre 29 de agosto e 1 de setembro: 44% dos inquiridos disseram aprovar a forma como o presidente está a assegurar as suas funções, contra 51% que responderam estar em desacordo com as opções tomadas por Biden. Em junho, era ao contrário: 42% contra 50%.

    A taxa de aprovação entre os democratas também caiu: de 94% em junho para 86% agora. Entre os republicanos fará mais sentido falar em taxa de desaprovação — e também não está a melhorar. Em junho, 88% dos inquiridos desaprovavam o desempenho do presidente, agora 89% acham o mesmo.

    Estes resultados gerais serão consequência da forma como o país saiu do Afeganistão: quando questionados diretamente sobre o processo, 52% dos inquiridos disseram estar de acordo com a saída, mas não com a forma como ela foi executada por Biden; enquanto 26% aprovaram ambos, ato e método. Só 17% da amostra, composta por 1.006 adultos, se manifestaram contra a saída das tropas americanas do território afegão.

  • Cazaquistão mostra preocupação com arsenal no poder dos talibãs

    O Presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, disse que as ameaças constantes do Afeganistão acontecem, em grande parte, pelo armamento moderno deixado para trás pelo exército americano — avaliado em mais de 70 mil milhões de euros.

    “Creio que as ameaças e os riscos desse país (Afeganistão), que sofreu durante muito tempo, são óbvios. Após a saída dos norte-americanos, uma grande quantidade de armas ficou no país, incluindo as mais modernas, num valor de 85 mil milhões de dólares [71,5 mil milhões de euros]”, disse o chefe de Estado.

    Referiu também que receia a entrada de “radicais e terroristas” nos países da Ásia Central pelo fluxo de refugiados afegãos. “A situação no Afeganistão e o aumento da tensão global põe-nos perante uma situação em que nos leva a adequar a indústria de defesa e a doutrina militar”, disse Tokayev.

  • UE quer manter "presença conjunta" em Cabul para prosseguir com evacuação

    Durante a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da zona Euro, foi também reforçado a necessidade de fazer “um esforço coordenado para prosseguir com a evacuação”, designadamente dos cidadãos afegãos que colaboraram com as forças internacionais e que receiam represálias.

    Para esse efeito, e por ser forçosa a colaboração das novas autoridades afegãs, a UE conta manter uma “presença conjunta” em Cabul “desde que as condições de segurança o permitam”, explicou Borrell.

    “Vamos julgar o comportamento deles [talibãs] de acordo com estes cinco critérios. Muitos dirão que não vão cumpri-los. Mas vamos ver”, comentou.

    Com Lusa

  • Ministros definem critérios para avaliar comportamento do governo talibã

    Borrell prosseguiu, dizendo que para avaliar o comportamento do novo governo do Afeganistão e para decidir como a relação deste com a UE deve avançar é necessário definir “critérios”, que foram discutidos durante a reunião.

    Segundo explicou, o relacionamento com as novas autoridades afegãs dependerá de:

    1. “O compromisso para que o Afeganistão não sirva como base para exportação de terrorismo para outros países”;
    2. “O respeito pelos direitos humanos, em particular os direitos das mulheres, o Estado de direito e liberdade de imprensa”;
    3. “O estabelecimento de um governo de transição inclusivo e representativo através de negociações entre forças políticas”;
    4. “O livre acesso a ajuda humanitária” em respeito pelos procedimentos e condições determinadas pela UE para a sua entrega;
    5. E o cumprimento “do seu compromisso” de deixar sair do país todos aqueles que assim o desejarem, tal como decidido pela recente resolução do Conselho de Segurança da ONU.

    Com Lusa

  • Ministros dos Negócios Estrangeiros reconhecem importância de continuar a apoiar população afegã

    Josep Borrell disse que ficou claro durante a reunião que o futuro do Afeganistão permanece um “assunto chave” para a UE e que é importante continuar a apoiar a população afegã.

    “O futuro do Afeganistão permanece um assunto chave para nós. Afeta-nos — afeta a região, a estabilidade internacional e tem um impacto direto na segurança europeia. Ao mesmo tempo, os ministros [dos Negócios Estrangeiros] insistiram fortemente na ideia de que devemos continuar comprometidos em apoiar a população afegã”, afirmou o chefe da diplomacia europeia.

    Esse compromisso tem obrigatoriamente de passar pelo contacto com o governo afegão. Mas isso “não significa reconhecimento” da parte da UE. “É um relacionamento operacional”, que “irá aumentar dependendo do comportamento deste governo”, explicou Borrell.

  • Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE discutem novo governo afegão

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros da zona Euro estiveram reunidos informalmente durante a manhã desta sexta-feira na Eslovénia.

    À saída do encontro, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, fez um resumo da discussão, focada na situação atual afegã e no novo governo talibã.

    Borrell lembrou que existem muitas outras questões que devem ser tidas em conta, mas frisou que a reunião desta sexta-feira foi apenas centrada neste ponto de uma “agenda complexa”.

    O Alto Representante da UE para a Política Externa apontou também que a reunião foi “informal” e que por isso não foram tomadas decisões.

  • Talibãs autorizam voos domésticos já a partir desta sexta-feira

    Os voos domésticos vão ser retomados já esta sexta-feira no Afeganistão, com o aval das forças talibãs, disse à France Presse fonte da Ariana Afghan Airlines.

    “Recebemos luz verde das autoridades talibãs e aeronáuticas e planeamos iniciar hoje os voos”, explicou à agência de notícias Tamim Ahmadi, um responsável da companhia de bandeira afegã.

  • Mullá Abdul Ghani Baradar vai liderar governo talibã, avança Reuters

    O mullá Abdul Ghani Baradar, co-fundador do movimento na década de 1990, será o líder do novo governo talibã, está a avançar esta sexta-feira de manhã a Reuters, citando várias fontes do grupo islamista e revelando que o anúncio oficial estará por horas.

    “Todos os principais líderes chegaram já a Cabul, onde os preparativos estão na fase final para anunciar o novo governo”, disse à agência um oficial talibã, sob anonimato.

    Para além de Abdul Ghani Baradar, que já era tido como o principal candidato ao cargo, avançaram várias fontes, deverão também fazer parte da cúpula do novo governo o mulá Mohammad Yaqoob, filho de Mohammad Omar, o líder talibã que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, morto em 2013; e Sher Mohammad Abbas Stanekzai, o vice-chefe do gabinete político dos talibãs no Qatar, que já esta quinta-feira tinha dado a entender que o mais certo é que pudesse “não haver” no novo governo mulheres em cargos de relevância.

    Ainda segundo as fontes ouvidas pela Reuters, Haibatullah Akhunzada, o líder supremo dos talibãs, “concentrar-se-á em questões religiosas e de governação, no quadro do Islão”.

  • Grupo de militares portugueses parte para o Kosovo

    Partem esta sexta-feira 11 militares portugueses dos três ramos das Forças Armadas para o Kosovo, onde vão integrar uma missão da NATO para atender às necessidades primárias dos refugiados afegãos, que esperam ser direcionados para os países de acolhimento.

    Trata-se de uma operação da ‘task force’ da NATO que vai durar 90 dias no campo Bechtel, no Kosovo, um alojamento temporário onde estão estes refugiados. Segundo o Tenente-General Marcos Serronha, que falou à Rádio Observador, a missão consiste em “dar condições de acolhimento, já na Europa, aos refugiados, desde a fase de apoio [atual] até à distribuição pelos países de acolhimento.”

    [Pode ouvir aqui as declarações do Tenente-General Marcos Serronha à Rádio Observador ]

    “Missão deve durar no máximo 90 dias”. Militares portugueses ajudam a recolocar afegãos

    Os 11 militares partem desde a base aérea número seis do Montijo, até às 8h. Nos próximos dias, irão juntar-se à equipa dois médicos e dois enfermeiros. Está prevista uma cerimónia simbólica antes da partida, que vai ser presidida pelo Tenente-General Marco Serronha, Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares.

    Para já, ainda não está prevista a chegada de mais cidadãos afegãos, no âmbito desta missão. Estimam-se que mais de 100 mil afegãos e estrangeiros tenham sido retirados do Afeganistão nas operações dos últimos dias.

  • MNE da UE concluem reuniões informais na Eslovénia dominadas pela crise no Afeganistão

    Conclui-se esta sexta-feira, na localidade eslovena de Kraj, uma reunião informal com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia pautada pela crise no Afeganistão. Este tema foi também o pano de fundo da reunião de ministros da Defesa dos 27, segundo a Agência Lusa.

    Os debates centraram-se nas lições a retirar da saída precipitada do país face à rápida tomada de poder pelos talibãs. Os ministros da Defesa focaram-se na necessidade de a EU reforçar as suas capacidades para a autonomia estratégica, enquanto os chefes da diplomacia abordaram as futuras ligações com os talibãs e o papel da EU na prevenção de uma crise humanitária e migratória.

    A agenda da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros contempla também as relações da União Europeia com os países do Golfo e com a China. Portugal está representado por Augusto Santos Silva.

  • Talibãs intensificam bombardeamentos no Vale de Panjshir, último bastião da resistência no país. Novo governo deverá ser anunciado à tarde

    As forças talibãs intensificaram esta sexta-feira de manhã os bombardeamentos em Panjshir, a única das 34 províncias do Afeganistão que não está ainda sob o seu domínio e o último bastião da resistência liderada por Ahmad Massoud.

    De acordo com o repórter da Al Jazeera em Golbahar, cidade junto à única estrada que dá acesso ao Vale de Panjshir, na última hora os ataques subiram de tom, causando o pânico entre os civis. “Quando chegámos, havia muito fumo, havia muita artilharia a ser disparada contra esta cidade”, observou o jornalista Charles Stratford.

    Esta ofensiva acontece justamente à hora a que se esperava que fosse anunciado o novo governo do Afeganistão. De acordo com duas fontes talibãs, citadas pela AFP, o anúncio continua a estar previsto para esta sexta-feira, mas agora para a tarde, logo após as orações.

    Nas últimas horas as Nações Unidas anunciaram que retomaram os voos humanitários para aquele país — mas não para a capital, Cabul, cujo aeroporto permanece fechado. Os voos estão a sair de Islamabad, no Paquistão, para Mazar-i-Sharif, no norte do país, e Kandahar, no sul.

  • Bom dia. A partir de agora, vamos acompanhar neste liveblog todas as notícias sobre a situação no Afeganistão, onde se espera que ainda esta sexta-feira à tarde seja anunciada a composição do novo governo talibã. As notícias desta quinta-feira ficam disponíveis aqui:

    Talibãs devem anunciar governo na sexta-feira

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