Histórico de atualizações
  • Obrigada por nos ter acompanhado. A partir de agora, vamos continuar a dar-lhe todas as notícias sobre a situação no Afeganistão neste novo liveblog:

    Talibãs anunciam novo líder do governo afegão: Mullá Abdul Ghani Baradar.

  • União Europeia deve refletir sobre capacidade de reformar outras sociedades, defende Santos Silva

    “Há muitas lições a aprender sobre o que se passou no Afeganistão”, referiu o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, sublinhando que a UE deve repensar a sua capacidade de reformar sociedades.

    União Europeia deve refletir sobre capacidade de reformar outras sociedades, defende Santos Silva

  • Portugal coloca militares no Kosovo para apoiar campo de refugiados afegãos

    Missão de quinze militares vai durar três meses. Objetivo é recolocar refugiados vindos do Afeganistão em países de acolhimento, incluindo Portugal.

    Portugal coloca militares no Kosovo para apoiar campo de refugiados afegãos

  • Human Rights Watch pede à ONU que reforce defesa dos direitos humanos

    A organização Human Rights Watch (HRW) apelou esta quinta-feira ao Conselho de Segurança para reforçar a capacidade da missão das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) para “monitorizar, investigar e informar sobre violações dos direitos humanos” naquele país.

    A HRW lançou o apelo antes da reunião do órgão máximo da ONU em 17 de setembro para renovar a sua missão no país.

  • África do Sul diz ser "incapaz" de receber refugiados afegãos

    Porta-voz do Governo sul-africano diz que o país “já acolhe um número substancial de refugiados” e está “empenhado em atender às suas necessidades”.

    África do Sul diz ser “incapaz” de receber refugiados afegãos

  • França negoceia com talibãs em Doha para a retirada de civis do país

    O porta-voz do Governo francês diz que esta negociação “não significa que haverá reconhecimento [diplomático] futuro” e nem que se dará “o benefício da dúvida” em relação à atitude dos talibãs.

    França negoceia com talibãs em Doha para a retirada de civis do país

  • Talibãs devem anunciar governo na sexta-feira

    Os talibãs deverão anunciar o novo governo no Afeganistão já esta sexta-feira, depois das orações da manhã. O anúncio deverá ser feito no palácio presidencial em Cabul, disse Ahmadullah Muttaqui, um dos responsáveis do grupo islamista.

    Após a saída das tropas norte-americanas do Afeganistão, na passada terça-feira, os talibãs disseram que seria uma questão de dias até que o novo executivo fosse anunciado. Incerto é, no entanto, se o governo dos extremistas islâmicos será reconhecido por outros países, nomeadamente no Ocidente, numa altura em que a situação económica e humanitária se agrava no país.

    De acordo com o The Guardian, Haibatullah Akhundzada, líder supremo dos talibã, deverá ter a última palavra nas decisões do próximo executivo. O chefe do governo deverá ser Abdul Ghani Baradar, cofundador dos talibãs e responsável pelas negociações com os Estados Unidos durante a Administração Trump no Qatar.

    No novo governo é expectável que conste Mohammad Yaqoob, filho do fundador dos talibãs, Muamad Omar, que morreu em 2013. As mulheres, no entanto, deverão ficar excluídas do novo executivo.

  • "Não temos medo." Mulheres saem às ruas de Herat para protestar contra os talibãs

    Dezenas de mulheres afegãs desafiaram os talibãs e organizaram uma manifestação esta quinta-feira, na cidade de Herat, para reivindicar o direito à educação e ao trabalho.

    De acordo com a BBC, pelo menos 50 mulheres estavam nas ruas de Herat, onde se ouviram palavras de ordem contra os talibãs. “Temos direito à educação, ao trabalho e à segurança”, “Não temos medo, estamos juntas”, foram alguns dos slogans entoados pelas manifestantes.

    Basira Taheri, uma das organizadoras da manifestação, disse à AFP que as mulheres querem estar representadas no próximo governo talibã. “Queremos que os talibã nos consultem. Não vamos mulheres nas suas reuniões”, afirmou.

    No mesmo sentido, Mariam Ebram, uma manifestante de 24 anos, disse à Al Jazeera que decidiu sair à por estar frustrada com a falta de resposta da liderança talibã, que tem dado sinais contraditórios: apesar de prometerem que as mulheres vão poder trabalhar, tem pedido para estas ficarem em casa até a situação estabilizar.

    “Depois de semanas a tentar falar com os talibãs em todos os níveis, as mulheres decidiram fazer com que as suas vozes fossem ouvidas publicamente”, disse Ebram.

  • Aeroporto de Cabul poderá reabrir em breve, com apoio do Qatar

    O Qatar está a cooperar com os talibã para reabrir o aeroporto de Cabul “o mais rapidamente possível”. A garantia foi dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed bin Adbulrahman Al Thani, em conferência de imprensa ao lado do seu homólogo britânico, Dominic Raab.

    “Estamos a trabalhar intensamente e esperamos poder conseguir pôr [o aeroporto] a funcionar o mais rapidamente possível. Esperamos ter boas notícias nos próximos dias”, afirmou

    A Al Jazeera, por seu lado, refere que os voos domésticos no Afeganistão poderão ser retomados já nos próximos dias, enquanto os voos internacionais deverão demorar cerca de uma semana. A prioridade, diz a emissora árabe, serão voos de resgate e com ajuda humanitária.

  • Reino Unido não pretende reconhecer talibãs “num futuro próximo”

    O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, disse que o Reino Unido não pretende reconhecer um governo talibã “num futuro próximo”, mas admitiu que será necessário manter as conversações com os fundamentalistas islâmicos para retirar civis do Afeganistão.

    Numa conferência de imprensa em Doha, no Qatar, Dominic Raab garantiu que o governo do Reino Unido “não reconhecerá os talibãs num futuro próximo”, mas acrescentou a necessidade de um “envolvimento direto” com os islamistas.

    Dominic Raab admitiu que o Reino Unido tem de se “ajustar a uma nova realidade” e que a prioridade é resgatar os cidadãos britânicos e os afegãos aliados que ainda estão no Afeganistão.

    “A nossa prioridade é garantir a passagem secura para os cidadãos britânicos, mas também para os afegãos que trabalharam para o Reino Unido, assim como de outros que ainda estão em grande risco”, acrescentou Raab, citado pela BBC.

    O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico garantiu ainda que o Reino Unido pretende construir uma coligação regional para “exercer a máxima influência moderada” nos talibãs. Nesse sentido, defendeu Raab, o Qatar poderá ser um “ator influente”.

  • África do Sul diz ser "incapaz" de receber refugiados afegãos

    O Governo sul-africano declarou-se esta quinta-feira “incapaz” de receber refugiados afegãos que procuraram refúgio no Paquistão após a chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão.

    “Infelizmente, o Governo sul-africano não está em posição de atender a esse pedido”, referiu, em comunicado, o porta-voz do Ministério das Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO, na sigla em inglês), Clayson Monyela.

    “A África do Sul já acolhe um número substancial de refugiados e está empenhada em atender às suas necessidades. A maioria já beneficia da assistência social e de assistência médica de saúde gratuita oferecida pelo nosso país”, adiantou.

  • Cravinho espera que experiência no Afeganistão aumente ambição da UE na Defesa

    O ministro da Defesa disse esta quinta-feira esperar que a recente experiência no Afeganistão leve a União Europeia (UE) a adotar uma estratégia mais ambiciosa, considerando fundamental reforçar “muito significativamente” a capacidade de comando e controlo.

    “As reuniões de ministros da Defesa da UE têm uma cadência rotineira porque há sempre muita matéria para discutir, mas é evidente que nestas circunstâncias excecionais, em que tivemos a experiência que acabámos de ter no Afeganistão, é um momento muito pertinente para refletirmos sobre o futuro da identidade europeia de defesa”, começou por observar.

    O ministro da Defesa manifestou-se convicto de que o sucedido no Afeganistão, onde ficou mais uma vez evidente a dependência dos Estados-membros da UE relativamente aos Estados Unidos, “vai refletir-se também no trabalho de elaboração da Bússola Estratégica que está em curso”, o documento que visa a definição de orientações e de objetivos da União na área da Segurança e Defesa, que deverá ser finalizado até final do ano com vista à sua adoção em 2022.

    “Eu creio que o impacto que [o ocorrido no Afeganistão] terá é que haverá um reconhecimento de que esse documento terá de ser muito ambicioso. Realista, mas ambicioso”, disse.

  • França negoceia com talibãs em Doha para a retirada de civis do país

    A França quer negociar com os talibãs em Doha, com a mediação do Catar, para retirar mais pessoas do Afeganistão, explicou hoje o porta-voz do Governo francês.

    “É claro que estamos a conversar com os talibãs, principalmente em Doha”, disse Gabriel Attal numa entrevista à rádio France Info, indicando que outros países estão em conversações com o grupo extremista.

    O porta-voz insistiu que as discussões ocorrem num contexto em que há pessoas que o governo francês quer retirar e proteger, no Afeganistão.

    De acordo com o porta-voz do executivo do Presidente francês, Emmanuel Macron, esta negociação “não significa que haverá reconhecimento [diplomático] futuro” e nem que se vá dar “o benefício da dúvida” em relação às atitudes do grupo extremista.

  • Talibãs dizem que líder da resistência fez “exigências irracionais"

    Das 34 províncias do Afeganistão, apenas uma — Vale de Panshir — não está sob domínio dos talibãs. A resistência, liderada por Ahmad Massoud, mantém-se firme na oposição aos islamistas, com combates esporádicos entre os dois grupos.

    As negociações entre as forças de Massoud e os talibãs, no entanto, estão longe de chegar a um bom porto. De acordo com a Al Jazeera, que cita fonte talibã, o movimento de resistência fez “exigências irracionais” nas conversações, nomeadamente a manutenção de todas as armas e 30% de representação no novo governo afegão, que deverá ser anunciado em breve, o que foi rejeitado pelos talibãs.

    O Vale de Panshir tem sido um bastião de resistência no Afeganistão, quer durante a ocupação soviética (1979-1989), quer durante o primeiro regime talibã (1996-2001). Nesses anos, a resistencia foi liderada pelo mujahideen Ahmad Shah Massoud, assassinado pela Al-Qaeda dias antes do 11 de Setembro de 2001.

    Agora, a resistência naquela província afegã é liderada pelo filho do “Leão de Panshir”, que tem garantido que não pretende desistir.

  • Afeganistão pode enfrentar crise alimentar dentro de um mês, avisa ONU

    As Nações Unidas alertaram que os stocks de comida no Afeganistão estão a acabar e o por isso o país pode enfrentar uma crise alimentar dentro de um mês, numa altura em que uma em cada três pessoas não tem acesso a comida suficiente.

    “A situação, de uma perspetiva humanitária, continua extremamente tensa”, afirmou na quarta-feira Ramiz Alakbarov, coordenador humanitário das Nações Unidas no Afeganistão. “É extremamente importante evitarmos que o Afeganistão passe por uma nova catástrofe humanitária, tomando as medidas necessárias para providencias os bens essenciais que o país necessita neste momento”, acrescentou Alakbarov.

    De acordo com as Nações Unidas mais de metade da crianças afegãs com menos de cinco anos sofrem de má nutrição extrema e que mais de um terço dos afegãos não têm acesso a comida suficiente.

    As condições de vida no Afeganistão agravaram-se desde que os talibã tomaram o poder, no passado dia 15 de agosto. A Al Jazeera refere que o preço da comida aumentou cerca de 50% desde então, enquanto a gasolina aumentou 75%.

    Para tornar tudo mais difícil, a maior parte da ajuda humanitária internacional deixou de chegar ao país, e os serviços governamentais não estão a funcionar em pleno, com muitos funcionários sem receber salários.

    Os talibãs ainda não anunciaram oficialmente um governo e o reconhecimento internacional é ainda uma incógnita. Sem esse reconhecimento, será mais difícil que a ajuda internacional seja retomada.

  • Ministros da UE reúnem-se para discutir Afeganistão

    Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia reúnem informalmente esta quinta-feira, na Eslovénia. Em cima da mesa, estará uma possível criação de uma força militar da UE, e também o tema das futuras relações diplomáticas com o Afeganistão. Portugal está representado nestas reuniões pelos ministros João Gomes Cravinho e Augusto Santos Silva.

    Os ministros da Defesa voltam a discutir a possibilidade de criar uma força militar da UE, de intervenção rápida. A questão já tinha sido debatida em maio, mas voltou a ter relevância com os últimos acontecimentos no Afeganistão, e a retirada das forças militares do país.

    Já os ministros dos Negócios Estrangeiros, por seu lado, reúnem-se ao final da tarde, e esta reunião continuará até sexta-feira, na qual os chefes de diplomacia se deverão focar no futuro relacionamento com os talibãs, os novos líderes afegãos.

  • EUA dizem que é “possível” cooperar com os talibãs

    O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas, Mark Milley, admitiu que é “possível” que os Estados Unidos colaborem com os talibãs no futuro em operações de contraterrorismo no Afeganistão. O inimigo em comum que norte-americanos e islamistas é o ISIS-K.

    “Na guerra, faz-se o que se tem de fazer para reduzir o risco da missão, não necessariamente aquilo que queremos”, afirmou o general Mark Milley, citado pela Associated Press, numa conferência de imprensa do Pentágono, ao lado do secretário da Defesa, Lloyd Austin.

    Mark Milley fez estas declarações para justificar a aliança entre os talibãs e as forças norte-americanas nas últimas semanas, sobretudo quando, nos últimos dias, os extremistas islâmicos escoltaram norte-americanos até ao aeroporto para ajudar as operações de resgate conduzidas pelo exército dos EUA que, 20 anos depois da intervenção militar com a NATO, abandonou o Afeganistão na passada segunda-feira.

    Os Estados Unidos retiraram todo o seu pessoal do Afeganistão e mantêm os contactos com o país através da presença diplomática em Doha, no Qatar. Agora que se consumou a retirada das tropas norte-americanas, uma das grandes incógnitas e como será a relação entre Washington e o regime talibã, numa altura em que ambos têm um inimigo em comum: o ISIS-K, o grupo jihadista mais radical com presença no Afeganistão, responsável pelo atentado da semana passada que causou mais de 160 mortos em Cabul.

    Quanto à possibilidade de os talibãs de 2021 serem mais moderados do que os que governaram o Afeganistão entre 1996 e 2001, Mark Milley disse que os extremistas islâmicos continuam a ser “implacáveis”. “Se mudaram ou não, ainda teremos de esperar para ver”, acrescentou.

  • Bom dia!

    Vamos acompanhar neste liveblog as informações mais importantes do dia no que diz respeito ao Afeganistão, numa altura em que os talibãs consolidam o poder após a retirada das norte-americanas.

    Neste link, pode ver as notícias que marcaram esta quarta-feira. Fique connosco!

    Talibãs dão por encerradas negociações e anunciam Governo em breve

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