• A Rússia acusou as forças armadas ucranianas de estarem a planear um ataque à central nuclear de Zaporíjia na quarta-feira à noite. Kiev já veio negar publicamente as acusações;
• Volodymyr Zelensky afirmou que a Rússia é o único perigo à maior central nuclear da Europa, e acusou as forças do Kremlin de colocarem bombas na unidade em preparação de uma eventual “provocação”;
• O ex-Presidente russo Dmitry Medvedev alegou que 185.000 novos recrutas se juntaram às fileiras do exército russo desde o início do ano;
• As forças russas e sírias vão realizar exercícios a começar já na quarta-feira. Os treinos conjuntos vão decorrer na Síria, segundo noticiou a Sky News;
• A Ucrânia pediu hoje mais sistemas de defesa aérea, após novo ataque russo com “drones” no nordeste do país, enquanto se intensificam as batalhas no terreno, sobretudo em Bakhmut;
• Oficiais russos e norte-americanos discutiram uma potencial troca de prisioneiros que poderá incluir o jornalista do Wall Sreet Journal Evan Gershkovich, detido na Rússia desde março;
• O enviado de paz do Vaticano à Ucrânia e à Rússia está a trabalhar num mecanismo para ajudar a trazer de volta a casa as crianças que as autoridades ucranianas dizem ter sido raptadas e levadas para os territórios russos ou sob ocupação;
• O ministro dos Negócios Estrangeiros turco disse hoje que o falhanço das autoridades da Suécia em impedir os protestos e a queima de exemplares do Corão suscita preocupações sobre a capacidade do país para a eventual adesão à NATO;
• Um caça russo despenhou-se esta terça-feira na costa do Pacífico quando realizava uma missão de treino na península de Kamchatka. As autoridades russas garantiram, citadas pela agência Ria, que no MiG-31 não seguiam armas, mas não avançaram nenhuma possível explicação para a queda do equipamento.

O habitual discurso diário de Volodymyr Zelensky teve esta terça-feira um foco principal: a situação na central de Zaporíjia. Num dia em que Kiev e Moscovo trocaram acusações mútuas acerca de um iminente “ataque terrorista” na maior central nuclear da Europa, o Presidente ucraniano alertou para os perigos de uma presença russa continuada na estrutura.

“O mundo inteiro deve inteirar-se agora que a segurança comum depende inteiramente da atenção global prestada às ações dos ocupantes da central”, afirmou o Chefe de Estado no seu discurso, publicado ao final do dia no site da Presidência.

Os alertas de Zelensky seguiram-se às denúncias ucranianas de que Moscovo está a preparar um ataque contra Zaporíjia que, na teoria, serviriam para culpar o lado ucraniano por uma ação armada.

“Temos agora informação dos nossos serviços de espionagem de que as tropas russas colocaram objetos semelhantes a explosivos no telhado de várias unidades da central nuclear de Zaporíjia, possivelmente para simular um ataque”, sublinhou.

A Ucrânia acusou hoje a Rússia de preparar uma “provocação” na central nuclear de Zaporijia (sul), ocupada por tropas russas, enquanto a Rússia afirma, por seu lado, que Kiev prepara um ataque a esta unidade.

O Exército ucraniano alertou para “a possível preparação de uma provocação no território da central de Zaporijia num futuro próximo”.

A instituição militar afirma que “objetos semelhantes a artefactos explosivos foram colocados no teto externo dos reatores 3 e 4”.

“A sua detonação não deve danificar os geradores, mas dar a impressão de bombardeamentos do lado ucraniano”, segundo o Exército, avisando que Moscovo “usará a desinformação sobre este assunto”.

Em Moscovo, um assessor do grupo nuclear russo Rosatom, Renat Karchaa, acusou, por sua vez, Kiev de preparar um ataque à central.

“Hoje recebemos informações que estou autorizado a revelar. Em 05 de julho, durante a noite, em completa escuridão, o Exército ucraniano tentará atacar a central nuclear de Zaporijia”, disse Karchaa à televisão russa.

De acordo com o assessor da Rosatom, Kiev planeia usar “armas de precisão de longo alcance” e ‘drones’.

Caindo nas mãos do Exército de Moscovo em 04 de março de 2022, logo a seguir ao início da invasão russa, em 24 de fevereiro do ano passado, a maior central de energia atómica da Europa foi alvo de vários ataques, que ambas as partes negam a autoria, e teve a rede elétrica cortada em várias ocasiões.

De acordo com Kiev, a Rússia colocou tropas e armas no seu complexo.

O governador regional de Kharkiv, Oleh Syniehubov, revelou que o número de feridos no ataque russo a Pervomaysky subiu para 43. Entre os feridos estão 12 menores, nomeadamente um bebé com apenas 10 meses.

O procurador-geral ucraniano denunciou esta terça-feira que as forças russas disparam um míssil Iskander numa área residencial de Pervomaysky, garantindo que não existiam infraestruturas militares na área.

As forças russas e sírias vão realizar exercícios a começar já na quarta-feira. Os treinos conjuntos vão decorrer na Síria, segundo noticiou a Sky News.

É esperado que os exercícios da força aérea e de defesa área se prolonguem durante seis dias, revelou o almirante Oleg Gurinov, do Centro de Reconciliação da Rússia e Síria.

Um representante dos serviços de informação militares do Ministério da Defesa descreveu como mentiras as alegações russas sobre um eventual ataque ucraniano à central nuclear de Zaporíjia. Ao canal 24, Andrii Yusov disse que se tratam de “informações obviamente falsas”.

Renat Karchaa, da empresa nuclear russa Rosenergoatom, afirmou esta terça-feira que as Forças Armadas da Ucrânia estão a planear um ataque à central de Zaporíjia na noite de quarta-feira. O responsável afirmou, sem apresentar provas, que no ataque ucraniano serão usadas armas de precisão de longo alcance e drones kamikaze.

Esta terça-feira o Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia alertou a população para possíveis provocações russas na central. Alegou, numa publicação na conta de Facebook, que os russos colocaram objetos semelhantes a explosivos nos telhados de duas unidades energéticas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco disse hoje que o falhanço das autoridades da Suécia em impedir os protestos e a queima de exemplares do Corão suscita preocupações sobre a capacidade do país para a eventual adesão à NATO.

No entanto, Hakan Fidan admitiu que a Turquia poderá aprovar a adesão da Suécia à aliança militar, caso Estocolmo “termine o seu trabalho” e contemple as preocupações de Ancara.

“A Turquia desaprova o recurso à pressão. Atuamos segundo os nossos princípios”, afirmou o ministro turco.

Raisat Akipova, uma menina de oito anos da região do Daguestão, foi hoje recebida no Kremlin pelo Presidente Vladimir Putin. Esta é a mais recente numa série de aparições públicas do Presidente russo desde que, no mês passado, o chefe do grupo Wagner organizou um motim contra a liderança militar russa.

Durante o encontro, Putin permitiu que a criança falasse ao telefone com o ministro das Finanças para lhe pedir financiamento para a cidade natal, medida que Anton Siluanov aceitou prontamente. O próprio líder russo disse inclusivamente que 5 milhões de rublos estão destinados a Daguestão, região que visitou na semana passada e onde foi recebido por uma multidão efusiva.

O Kremlin descreveu o encontro como uma prova do apoio “surpreendente” do Presidente à população russa, cita a Sky News. No encontro Putin admitiu ter convidado Raisat por se ter sentido mal ao ver uma fotografia da menina em lágrimas por não o ter visto durante a visita ao Daguestão.

There’s a new chapter in the Kremlin's post-mutiny PR offensive

Today we’re told that apart from the young girl who got her selfie with Putin, another one was apparently left heartbroken after not meeting him

Putin was so upset when he heard that he invited her to the Kremlin https://t.co/1qyHbqngTo pic.twitter.com/47u4paM7eF

— Francis Scarr (@francis_scarr) July 4, 2023

A Ucrânia pediu hoje mais sistemas de defesa aérea, após novo ataque russo com “drones” no nordeste do país, enquanto se intensificam as batalhas no terreno, sobretudo em Bakhmut.

“Infelizmente, o nosso Estado ainda não possui sistemas de defesa aérea de qualidade suficiente para proteger todo o nosso território e abater todos os alvos inimigos”, disse Volodymyr Zelensky, referindo-se a um ataque que provocou três mortes.

O Presidente ucraniano sustentou que “o inimigo aproveita-se” de algumas áreas ainda estarem desprotegidas e prometeu fazer “todo o possível e o impossível” para que o sistema de defesa aérea da Ucrânia seja “mais forte”.

As Forças Armadas estão a planear um ataque à central nuclear de Zaporíjia na quarta-feira à noite, denunciou Renat Karchaa, da empresa nuclear russa Rosenergoatom. O responsável afirmou, sem apresentar provas, que no ataque ucraniano serão usadas armas de precisão de longo alcance e drones kamikaze.

Segundo a agência russa Ria, Karchaa revelou ainda que, simultaneamente, as forças ucranianas vão lançar munições com resíduos removidos das instalações da própria central.

Um novo balanço das autoridades ucranianas dá conta de 38 feridos na sequência de um bombardeamento russo em Pervomaysky, na região de Kharkiv. Entre os feridos estão 12 menores, nomeadamente um bebé com apenas 10 meses.

O major Maksym Zhorin, antigo comandante do batalhão, revelou que o ataque aconteceu enquanto a população se reunia para o funeral do soldado Oleh Fadeenko, que morreu em combate perto da cidade de Bakhmut.

O enviado de paz do Vaticano à Ucrânia e a Rússia está a trabalhar num mecanismo para ajudar a trazer de volta a casa as crianças que as autoridades ucranianas dizem ter sido raptadas e levadas para os territórios russos ou sob ocupação.

“Vamos ver como conseguimos começar o mecanismo e ajudar na frente humanitária, particularmente as crianças que temos de conseguir devolver à Ucrânia”, disse hoje o cardeal Matteo Zuppi, citado pela Sky News.

O cardeal, enviado do Papa Francisco numa missão de paz, falava na apresentação de um livro em Roma. Na mesma ocasião revelou que este tema foi discutido com o próprio Papa.

Oficiais russos e norte-americanos discutiram uma potencial troca de prisioneiros que poderá incluir o jornalista do Wall Sreet Journal Evan Gershkovich, detido na Rússia desde março. Foi o próprio porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que confirmou as negociações aos jornalistas.

Segundo o Washington Post, Peskov afirmou que as discussões devem decorrer em “completo silêncio”. As declarações acontecem um dia depois do embaixador norte-americano ter visitado o repórter na prisão de Lefortovo.

Pelo menos 31 pessoas, incluindo nove crianças, ficaram feridas numa ataque russo que atingiu a cidade de Pervomayskiy, na região de Kharkiv, denunciaram as autoridades ucranianas.

The occupants shelled the town of Pervomaiskyi in Kharkiv region. Thirty-one people were injured, including five children. pic.twitter.com/FCnD8DVRME

— NEXTA (@nexta_tv) July 4, 2023

Segundo o governador regional de Kharkiv, Oleh Synyehubov, entre os feridos estão um bebé de dez meses e outro de um ano. O ataque atingiu um estacionamento perto de uma área residencial em Pervomayskiy.

Um caça russo despenhou-se esta terça-feira na costa do Pacífico quando realizava uma missão de treino na península de Kamchatka. As autoridades russas garantiram, citadas pela agência Ria, que no MiG-31 não seguiam armas, mas não avançaram nenhuma possível explicação para a queda do equipamento.

Ainda não se sabe o que aconteceu aos dois pilotos que seguiam a bordo do caça. Para já estão a decorrer buscas para os encontrar.

O ex-Presidente russo Dmitry Medvedev alegou que 185.000 novos recrutas se juntaram às fileiras do exército russo desde o início do ano. A informação foi partilhada num vídeo divulgado na conta oficial de Telegram.

Os dados são revelados pouco depois de um motim encabeçado por Yevgeny Prigozhin, líder da companhia militar privada Wagner. Na sequência da insurreição, que Prigozhin interrompeu para “evitar derramar sangue”, parte de grupo juntou-se ao empresário na Bielorrússia e já terá começado treinos militares.

Moscovo deve continuar a usar combatentes do Grupo Wagner após rebelião