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E é tudo de Marvila. Mas o dia futebolístico não se fica por aqui. Mais à noite, em Portimão, o Portimonense local recebe o Sporting. E nós vamos contar-lhe tudo o que houve para contar desse jogo, em LiveBlog. Até lá, obrigado pela sua preferência!
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O resumo do jogo: "O relvado foi traiçoeiro para todos, mas amigo de Talisca"
Joga-se à tardinha, o que é coisa rara de se ver em Portugal. O relvado é mau, algo lamacento, mais cor-de-terra que verde, irregular de de ponta a ponta, as pernas correm, a bola não. Estão reunidos todos os ingredientes para uma viagem no tempo, até ao Portugal futebolístico das décadas de 1980 e 90, sobretudo no Inverno e nas deslocações dos “grandes” a Santo Tirso, ao Tirsense do baixinho Caetano, ou ao estádio S. Luís, para discutir até ao derradeiro minuto o resultado com o Farense de Paco Fortes e Hassan.
Não é mais assim na I Liga. Há nevoeiro, há chuva diluviana, mas os relvados vão-se aguentando e há lugar nas bancadas para mais de quatro mil espetadores — o que não quer dizer (e não quer) que os estádios estejam à pinha ao fim-de-semana. Hoje foi um dia à antiga, na freguesia lisboeta de Marvila. O penúltimo da II Liga, o Oriental, recebeu para a Taça da Liga o primo-divisionário (e 2.º classifica da I Liga) Benfica. E perdeu — nunca em dezanove jogos venceu o Benfica e o melhor que conseguiu foi um par de empates. Mas vendeu cara, bem cara a derrota.
Nunca o Benfica foi superior ao Oriental. É verdade que Rui Vitória mesclou no onze suplentes e titulares, é verdade que o relvado não permitiu que o Benfica jogasse como gosta, com a bola no pé, em transições rápidas. Mas também é verdade que um titular do Benfica hoje, de Mitroglou a Samaris, vale mais ao fim do mês (entenda-se: no saldo da conta bancária) do que os titulares todos do Oriental. E quem sabe do que os suplentes somados aos titulares. Exigia-se mais ao Benfica. O Oriental, por três vezes e não fosse um atento Ederson na baliza, quase chegou a vantagem ou, do mal o menos, ao empate.
Valeu que Talisca, inteligente, numa bola que lhe sobrou à entrada da área, não encheu o pé como é habitual, deixou que a bola viesse rasteirinha ter com ele, rematou também rasteiro, a bola ressaltou no relvado e traiu Tiago Mota — o guarda-redes do Oriental, do pouco trabalho que se lhe viu, mostrou-se sempre à altura do recado. Entre um bocejo e outro, pouco mais há a o que contar. Contas feitas, o resultado é curto, foi arrancado a ferros, mas vale a segunda vitória ao Benfica no Grupo B da Taça da Liga, que é líder e tem as meias-finais à mão de semear.
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Um, dois, três sopros no apito. Acabou o jogo em Marvila.
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Há mais três minutos para jogar até final…
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À trave! Mitrolgou tem pés de futsalista, desmarcou Talisca no meio, à entrada da área, com um toque curto e veloz, o brasileiro encheu a canhota, bateu na bola com o interior do pé, Mota ainda saltou, mas o remate foi de tal maneira forte que nem com asas lhe chegava. Valeu-lhe, a Tiago Mota, que o ferro deu uma ajudinha.
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Peter Caraballo viu-se com a bola de frente para a baliza, Sílvio não o pressionou e Caraballo chutou mesmo. O remate desviou-se nas costas de Lisandro e quase traia Ederson entre os postes. Valeu a estirada do brasileiro, a sujar o equipamento de verde e lama, mas a defender.
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GOLO! Talisca faz o 1-0
Pizzi cruzou, largo, para a área, encontrou Mitroglou a saltar com Diego Tavares na molhada, o central do Oriental cortou para trás e Talisca, à entrada da área, encheu o pé para o primeiro golo do jogo. O mau estado do relvado, que tanto tem prejudicado o espetáculo esta tarde, deu uma ajudinha ao brasileiro e traiu Tiago Mota na baliza.
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Rui Vitória esgota as substituições: sai Djuricic (o jogo de Marvila não é para; um jogadores de bola no pé, de a transportar, vê-se de candeias às avessas num relvado em tão mau estado) e entre Renato Sanches. Renato, de quem se diz hoje na imprensa inglesa que é pretendido pelo Manchester United. O Daily Mail fala de uma proposta de 65 milhões de euros.
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O relvado não ajuda, é verdade, está demasiado irregular e seco, mas erram-se demasiados passes (de um e de outro lado) a meio-campo. Assim, o jogo não flui até às áreas. Remates, nem vê-los.
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Jimenéz tentou isolar Pizzi de calcanhar, errou o passe, Tom saiu disparou em direção à baliza de Ederson e Samaris ceifou-se autenticamente pelas pernas. Uma falta útil. O primeiro cartão amarelo tinha sido aos 51′ para o central Diego Tavares, do Oriental.
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Rui Vitória tira Carcela, lesionado, e faz entrar Jimenéz. Ao intervalo, mas por opção, já tinha trocado Gonçalo Guedes por Pizzi.
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Quase, quase! João Amorim subiu pela direita, cruzou rasteiro para a área, Nélson Semedo falhou o corte ao primeiro poste, Tom também não conseguiu desviar, mas a bola foi ter com Fernando no centro da área, sem ninguém que o marcasse. E o brasileiro rematou. Não fosse uma tremenda defesa de Ederson, com a bota esquerda, e o Oriental colocar-se-ia na frente.
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É o primeiro remate da 2.ª parte. O livre era frontal, ligeiramente descaído para a esquerda e pedir um pé direito que rematasse em jeito. Foi Samaris que segurou na bola, que a colocou rendondinha no relvado e chutou. Tiago Mota saltou para a fotografia, mas nem era preciso: o remate saiu por cima.
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Aí está o recomeço…
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O resumo da 1.ª parte
Há duas ópticas distintas pelas quais olhar o jogo: a ótica do Oriental e a do Benfica.
Se se olhar à do Benfica, o jogo está a ser aborrecido, sem ponta por onde se lhe pegue. É que o Benfica é 2.º classificado da Liga principal e o Oriental da secundária. É que mesmo utilizando sobretudo suplentes (Lisandro, Samaris, Guedes ou Mitroglou são tudo menos suplentes na época do Benfica), pedia-se (mais: exigia-se) ao Benfica que tomasse para si o jogo, que rematasse mais do que rematou, que combinasse melhor do que combinou, que estivesse na frente do resultado ao intervalo. Sim, o relvado, irregular e seco, não ajuda nada ao estilo de jogo mais veloz, mais apoiado do Benfica, mas quando se é campeão em título — e mesmo que jogando em Marvila para a Taça da Liga às 3 da tarde –, espera-se mais e melhor.
Por outro lado, se se olhar para o jogo na ótica do Oriental, que em quase duas dezenas de jogos contra o Benfica nunca venceu um sequer, o jogo está a ser bem conseguido. Não há uma defensa em bloco, qual “autocarro”, atacasse quando é hora de atacar, é-se sereno na circulação. Os homens-mais do Oriental são claramente o guarda-redes Tiago Mota, que não só defendeu o pouco que teve para defender, como é uma voz de comando desde trás. A meio-campo o experiente Bruno Aguiar não dá veleidades aos criativos do Benfica, Djuricic e Talisca, pelo que o Benfica simplesmente não cria nada que se veja. Enquanto na frente, o brasileiro Fernando, irrequieto na ala, tem sido uma dor de cabeça para o regressado Nélson Semedo.
Aguardemos por uma 2.ª parte melhor.
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Prii, priiiiiii! Apitou duas vezes o árbitro Tiago Antunes, acabou a 1.ª parte. Nem mais um minuto se jogou de tempo extra — também não houve razão para isso.
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Ao fim de longos (muitos longos) minutos de pasmaceira, com bocejos à mistura nas bancadas, finalmente assistiu-se a um remate. Gonçalo Guedes cruzou da esquerda para o primeiro poste, Mitroglou antecipou-se ao central Hugo Grilo e cabeceou. A direção, errou-a. O cabecemento foi ao centro da baliza, onde estava Tiago Mota para segurar. A força, errou-a também. Foi frouxo o cabeceamento.
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É o melhor Benfica da época: seis vitórias de seguida, oito jogos sem conhecer o saber à derrota. E nunca o Sporting esteve tão à mão de semear: somente a dois pontos. O Oriental, por sua vez, penúltimo que é da II Liga, vive dias de sufoco. Ou não.
É verdade que sofre golos há 12 jogos consecutivos, mas também é verdade que tem o 6.º melhor ataque da II Liga, com 32 golos em 25 jogos. Mais: o Oriental não perde há três jogos, o que é, até ver, a melhor fase da época em Marvila.
Uma coisa é certa, mesmo que opostos numa e noutra tabela, mesmo que o historial de Oriental e Benfica seja incomparável, o clube da casa tem feito pela vida e equilibrado o jogo. Só é pena que, ainda que disputado, o jogo se veja sobretudo a meio-campo e longe, muito longe das balizas.
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Responde o Benfica, por Mitroglou. Carcela arrancou em dribles pela esquerda, passou por um, depois por outro e assistiu o grego. Mitroglou rematou de primeira, com a canhota, mas o guarda-redes Tiago Mota defendeu simples e com serenidade.
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Aí está o primeiro remate do jogo. E é do Oriental. João Amorim, o lateral-direito da casa, desmarcou o extremo Fernando no flanco oposto, Fernando tirou as medidas à baliza e procurou colocar a bola no canto superior direito da baliza hoje defendida por Ederson. Mas tanto procurou colocá-la, que errou o alvo por um par de metros.