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  • Bom dia.

    Este liveblog vai ser arquivado, mas já abrimos um novo para acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia ao longo desta segunda-feira. Pode segui-lo aqui.

    Bucha. Rússia inverte acusações na ONU e imputa à Ucrânia execução de “pessoas inocentes”

  • Mapa da guerra. Ponto de situação: O que aconteceu durante a noite?

    Se chegou agora ao nosso liveblog, fica aqui um resumo do que se passou durante a noite deste 39.º dia de guerra, muito marcado pela violência em Bucha, que gerou grande reação internacional. Acompanhe aqui tudo o que se passa ao longo do dia.

    • O Presidente ucraniano convidou a antiga chanceler alemã Angela Merkel e o antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy a visitarem Bucha para verem “os ucranianos torturados com os seus próprios olhos”.
    • A ministra da Defesa da Alemanha defendeu que a União Europeia deve discutir a proibição da importação de gás da Rússia depois de as forças russas estarem a cometer crimes de guerra em Bucha e nos arredores de Kiev.
    • Imagens de satélite de Bucha capturadas em 31 de março e divulgadas pela empresa norte-americana Maxar Technologies mostram uma vala comum de aproximadamente 14 metros no terreno de uma igreja.
    • Moscovo pediu a realização de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir tentativas de Kiev interromper as negociações da paz e aumentar a violência em Bucha.

  • Rússia pede reunião do Conselho de Segurança da ONU

    Para discutir tentativas de Kiev interromper as negociações da paz e aumentar a violência em Bucha, Moscovo pediu hoje a realização de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

    A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, escreveu no Telegram que a reunião foi solicitada “em conexão com a provocação dos militares e radicais ucranianos na cidade de Bucha”.

    O jornal The Guardian revela que Dmitry Polyansky, vice-embaixador russo na ONU, disse também que o pedido foi feito “à luz da provocação flagrante dos radicais ucranianos”.

  • Rui Rio condena “barbárie” em Bucha

    O presidente do PSD, Rui Rio, classificou hoje como uma “barbárie” o alegado massacre de civis pelas tropas da Rússia em Bucha, perto de Kiev, na Ucrânia, afirmando não ver diferenças entre “os crimes nazis e estes dos russos”.

    “Não tenho palavras para classificar esta barbárie”, afirmou Rui Rio numa publicação na rede social Twitter.

    “Não vejo qualquer diferença entre os crimes nazis e estes dos russos. Se esta guerra durasse os mesmos seis anos da segunda guerra mundial, o balanço final dos assassínios do regime de Putin não andaria longe dos de Hitler”, sublinhou.

  • Imagens de satélite de Bucha mostram vala comum

    Imagens de satélite de Bucha capturadas em 31 de março e divulgadas pela empresa norte-americana Maxar Technologies mostram uma vala comum de aproximadamente 14 metros no terreno de uma igreja.

    A Maxar Technologies refere ainda que os sinais de escavações nos terrenos da igreja podem ser vistos em imagens tiradas em 10 de março na cidade ucraniana de Bucha.

    Valas comuns em Bucha

    Valas comuns em Bucha

    Valas comuns em Bucha

  • Alemanha diz que União Europeia deve discutir proibição da importação de gás russo

    A União Europeia deve discutir a proibição da importação de gás da Rússia depois de as forças russas estarem a cometer crimes de guerra em Bucha e nos arredores de Kiev, defendeu hoje a ministra da Defesa da Alemanha.

    Tem que haver uma resposta. Tais crimes não devem ficar sem resposta”, disse Christine Lambrecht, segundo a Reuters.

    Até agora, a Alemanha tinha resistido aos pedidos para impor um embargo às importações de energia da Rússia, defendendo que a sua economia dependia delas.

    O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que os aliados ocidentais discutiriam novas sanções à Rússia nos próximos dias e a ministra da Defesa pede agora que seja discutida a proibição da importação do gás russo.

  • Mariupol continua a resistir a "ataques intensos", diz Ministério da Defesa do Reino Unido

    O Ministério da Defesa do Reino Unido diz que a cidade de Mariupol continua a ser atingida por “ataques intensos”, com as forças ucranianas a manterem “uma resistência firme”.

    Em mais uma atualização sobre os desenvolvimentos no terreno, o ministério britânico revela que Mariupol é um “objetivo-chave” da invasão russa, uma vez que, poderá garantir a criação de uma ponte terrestre da Rússia para a Crimeia.

    Na atualização, o Ministério da Defesa britânico afirma também que os combates continuam em Mariupol, com as forças russas a tentarem controlar a cidade.

  • Mais de 2.500 pessoas retiradas hoje de Mariupol e Lugansk

    A vice-primeira ministra da Ucrânia anunciou que 2.694 pessoas foram hoje retiradas de Mariupol e de Lugansk.

    Iryna Vereshchuk, que é citada pelo jornal Independent, disse ainda que as autoridades da Ucrânia estão em conversações com a Rússia para permitir a entrada da Cruz Vermelha na cidade de Mariupol.

  • Donetsk. Governador recomenda que população saia da região

    O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, pediu hoje aos residentes para saírem da região devido a um possível aumento da atividade militar.

    As autoridades ucranianas “recomendam fortemente” que os moradores deixem Donetsk, garantindo que todo o apoio lhes será fornecido, anuncia o Kyiv Independent.

  • Zelensky convida Merkel e Sarkozy a visitarem Bucha

    O Presidente ucraniano convidou hoje a antiga chanceler alemã Angela Merkel e o antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy a visitarem Bucha para verem “os ucranianos torturados com os seus próprios olhos”.

    Zelensky referiu ainda que a situação que se vive em Bucha, com a morte de civis ucranianos, é o resultado de anos de uma política de concessões à Rússia, avança o Kyiv Independent.

  • Mapa da guerra. Ponto de situação: O que aconteceu durante a tarde?

    Se chegou agora ao nosso liveblog, fica aqui um resumo do que se passou durante a tarde deste 39.º dia de guerra. Acompanhe aqui tudo o que se passa ao longo do dia.

    • A Rússia negou que as suas tropas tenham matado civis na cidade de Bucha, na região de Kiev, e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma “provocação”. O Ministério da Defesa partilhou no Telegram uma mensagem em que dizia que os relatos de civis mortos em Bucha eram “falsos”.
    • A violência em Bucha continuou a merecer reações em todo o mundo. O Presidente da Ucrânia acusou as forças russas de “genocídio”. “Sim, é um genocídio. A eliminação de toda a nação. Nós temos mais de 100 nacionalidades. Trata-se de destruir e exterminar todas essas nacionalidades”, afirmou Zelensky, em declarações ao canal americano CBS.
    • O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se “profundamente chocado com as imagens de civis mortos em Bucha”, e Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que “os autores de crimes de guerra vão ser responsabilizados”.
    • O Presidente francês Emmanuel Macron classificou de “insuportáveis” as imagens de Bucha, e o chanceler alemão disse estar em choque com as “terríveis e horríveis filmagens” de civis mortos, defendendo que as organizações internacionais deveriam ter acesso ao local para recolher provas. Também o governo espanhol pediu uma investigação por “crimes de guerra” e Boris Johnson classificou os ataques em Bucha como “ataques desprezíveis”.
    • O ataque foi também condenado pelo primeiro-ministro português: António Costa classificou como “uma barbaridade inaceitável” as “atrocidades contra civis”. O Presidente da República subscreveu à mensagem.
    • O secretário-geral da NATO afirmou que os acontecimentos em Bucha são “uma brutalidade contra civis que não víamos na Europa há décadas”, e o secretário de Estado norte-americano classificou a violência “um murro no estômago” que “deve parar”.
    • O governador de Kharkiv diz que as forças russas bombardearam a cidade, a segunda maior da Ucrânia, e mataram 23 pessoas.
    • Os corpos de 410 civis foram encontrados em territórios da região de Kiev recentemente recuperados pelas forças ucranianas, anunciou a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova.
    • Há números atualizados sobre os refugiados de guerra: são já 4,17 milhões, de acordo com números da Agência das Nações Unidas para os Refugiados.
    • Novos dados indicam que a invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, já tirou a vida a oito jornalistas profissionais e a um cidadão-jornalista, sendo seis dos quais ucranianos.
    • As repúblicas bálticas da Estónia e Letónia anunciaram ter deixado de importar gás russo desde o inicio de abril.
    • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que tanto a Finlândia como a Suécia seriam bem vindas à aliança, caso decidam aderir.

  • Chernihiv 70% destruída, diz autarca

    A cidade de Chernihiv, no norte da Ucrânia, está 70% destruída, disse hoje o autarca Vladyslav Atroshenko, citado pela CNN.

    Depois de fortes bombardeamentos, seguidos da promessa das forças russas de reduzir ali a presença militar, Chernihiv está hoje a ter um dia mais calmo.

    “Os russos movem-se pela Ucrânia como se estivessem em casa. E o facto de se terem ido embora não quer dizer que não voltem amanhã. Demora cerca de uma hora e meia até cá chegarem… Hoje podemos dizer que está calmo, estamos em limpezas, retiram-se minas”, comentou Atroshenko.

  • Marcelo diz que acompanha “posição do Governo” sobre situação em Bucha

    O Presidente da República afirmou hoje que acompanha a “posição do Governo português” sobre a situação em Bucha, na região de Kiev, afirmando que a “orientação de política externa” do executivo é igual à do chefe de Estado.

    Falando aos jornalistas à saída do 24.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que decorreu hoje na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre a situação na cidade ucraniana de Bucha, onde muitos corpos, inclusivamente de crianças, foram encontrados em valas comuns após a retirada das forças russas.

    Marcelo diz que acompanha “posição do Governo” sobre situação em Bucha

  • Os residentes da cidade de Izium “trataram” dos russos com bolos envenenados

    Os residentes da cidade ucraniana de Izium, controlada pelas forças russas, “trataram” de dois soldados invasores com “bolos envenenados”.

    A revelação foi feita pelo Departamento de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia que refere que “dois ocupantes morreram de uma só vez e outros 28 foram levados para unidades de cuidados intensivos”.

    “Cerca de 500 militares russos estão em hospitais devido a intoxicação alcoólica de origem desconhecida”, refere ainda o departamento numa publicação no Twitter.

  • Zelensky: Culpados de "crimes de guerra" vão ser "encontrados e castigados"

    O Presidente da Ucrânia publicou mais um vídeo, em que fala sobre os acontecimentos em Bucha, onde pelo menos 280 corpos foram encontradas em valas comuns, e há imagens que mostram civis mortos na rua, com as mãos presas atrás das costas.

    “É tempo de fazermos tudo o que podemos para que os crimes de guerra do exército russo sejam a última manifestação deste tipo de mal na Terra”, diz Volodymyr Zelensky. O chefe de Estado ucraniano deixa uma promessa: os culpados vão ser”encontrados e castigados”.

  • Sobreviventes de Bucha descrevem cenário de terror durante a ocupação russa

    São imagens chocantes. Há corpos nas ruas, alguns com mãos atadas. Forças ucranianas falam em disparos arbitrários sobre a população, na cidade que esteve ocupada pelos russos durante um mês.

  • 23 mortos em Kharkiv, incluindo crianças, diz governador

    O governador de Kharkiv diz que as forças russas bombardearam a cidade, a segunda maior da Ucrânia, e mataram 23 pessoas.

    “Ao final do dia, os ocupantes bombardearam o bairro de Slobidsky, em Kharkiv. Infelizmente há mortos e feridos entre a população civil. Até agora há 23 mortos, incluindo crianças. Os números ainda estão a ser apurados”, escreveu Oleh Synyehubov na sua conta Telegram, citado pela Sky News.

    O jornal Kyiv Independent também cita Synyehubov, acrescentando que há crianças em “situação extremamente grave”.

  • António Costa condena “barbaridade inaceitável” de Bucha e pede punição

    O primeiro-ministro português, António Costa, classificou hoje como “uma barbaridade inaceitável” as “atrocidades contra civis” cometidas em Bucha, na região de Kiev, onde muitos corpos foram descobertos após a retirada do exército russo.

    “É chocante a brutalidade das imagens que nos chegam de Bucha. Condenamos veementemente estas atrocidades contra civis. Uma barbaridade inaceitável que tem de ser veementemente punida pela justiça internacional”, escreveu António Costa na sua conta oficial na rede social Twitter.

    António Costa condena “barbaridade inaceitável” em Bucha e pede punição

  • Mantas Kvedaravicius, o cineasta que morreu “com a câmara nas mãos” em Mariupol

    O cineasta lituano Mantas Kvedaravicius foi morto pelas forças russas enquanto “tentava deixar Mariupol”. O premiado cineasta ainda foi levado para o hospital, mas os médicos não o conseguiram salvar, avança o The New York Times.

    O diretor de cinema russo Vitaly Mansky afirma que Mantas Kvedaravicius morreu “com a câmara nas mãos” enquanto trabalhava para documentar “uma guerra do mal”.

    Em 2016, o lituano tinha estreado no Festival Internacional de Cinema de Berlim o documentário “Mariupolis”, onde oferecia um retrato da cidade portuária que lutou contra forças apoiadas pela Rússia em 2014.

    No filme, o cineasta pretendia capturar “como as pessoas comuns continuam com suas vidas quotidianas a poucos passos de uma zona de guerra, tiros, explosões e morte”.

    A agência Reuters refere também que Mantas Kvedaravicius recebeu o Prémio de Cinema da Amnistia Internacional por “Barzakh”, filme de 2011 gravado na Chechénia, onde a Rússia travou duas guerras entre 1994 e 2009.

    O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, reagiu à morte de Mantas Kvedaravicius dizendo que se perdeu um cineasta que “até o último momento, apesar do perigo, trabalhou na Ucrânia ocupada pela Rússia”.

  • NATO: Finlândia e Suécia seriam "muito bem acolhidas" na aliança

    O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje que tanto a Finlândia como a Suécia seriam bem vindas à aliança, caso decidam aderir.

    “Claro que eles é que decidem, mas se se candidatarem, antecipo que sejam muito bem acolhidos por todos os 30 aliados e acredito que vamos encontrar formas de fazer as coisas de forma relativamente rápida, de modo a acolhê-los na aliança”, disse Stoltenberg, em entrevista à CNN, depois de ter falado com o Presidente finlandês.

    Tanto a Finlândia como a Suécia são países neutros, não pertencendo, por isso, à NATO. Mas a possibilidade de adesão tem vindo a ser referida, com estes países a sentirem necessidade de maiores garantias de segurança desde que a guerra na Ucrânia começou. A Rússia já veio dizer que se opõe firmemente a essa ideia.

    “A Finlândia é que tem de decidir, essa é a mensagem da NATO. Respeitamos a soberania e a integridade territorial da Finlândia e o seu direito de decidir sobre o seu próprio futuro. É isso mesmo que a Rússia não respeita, tentaram intimidar e dizer que se a Finlândia decidir juntar-se à NATO vai haver consequências”, criticou Stoltenberg.

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