Momentos-chave
- Acordo de cessar-fogo entre curdos sírios e forças pró-turcas no norte da Síria
- Novo governo sírio: "Não aceitamos uma Síria dividida"
- Forças rebeldes confirmam ocupação de Deir ez-Zor, no leste da Síria
- Embaixada dos EUA na Síria aconselha cidadãos para saírem do país
- Turquia acusa Israel de atacar integridade territorial da Síria
- Hezbollah critica ações israelitas na Síria
- EUA não comentam ataques israelitas à Síria, mas desaconselham qualquer ação que prejudique transição de poder
- Tropas norte-americanas ficarão na Síria para lutar contra o Daesh
- EUA e Egito pressionam Israel para se retirar do Corredor da Filadélfia em troca de libertação de reféns
- União Europeia pede respeito pela integridade territorial da Síria
- Rússia garante que Bashar al-Assad está "seguro" no país
- "As pessoas estão exaustas." Líder do grupo que depôs Bashar al-Assad diz que não quer nova guerra na Síria
- Antiga refém encontra-se com Trump
- Netanyahu quer estabelecer relações com novo regime sírio, mas avisa Damasco que não vai permitir que Irão "ganhe terreno" na Síria
- Acordo para a libertação de reféns à vista? Líderes israelitas encontram-se no Cairo para discutir assunto
- Forças de Defesa de Israel lançaram 320 "ataques estratégicos" desde o fim de semana. Capacidade de ataque sírio baixa mais de 70%
- Após alegados avanços israelitas, forças pró-turcas estarão a avançar em cidade controlada por curdos na Síria
- EUA "apoiam transição política síria", mas avisam que Síria não se deve transformar numa "base para o terrorismo"
- Ministro da Defesa de Israel ordena estabelecimento de "zona de defesa estéril" no sul da Síria
- Costa falou com o rei da Jordânia e com o Presidente de Israel sobre a situação da Síria
- Primeiro-ministro israelita diz que está a testemunhar em tribunal enquanto lidera Israel em "sete frentes" de guerra
- Netanyahu ficou "estupefacto" quando soube que era acusado de corromper um meio de comunicação "sem importância"
- Diretor de agência de energia atómica afirma que diálogo com Irão continua
- Turquia acusa Israel de mostrar "mentalidade de ocupação" com presença de tropas na zona tampão
- Israel. Avanço das tropas para Damasco é "fake news"
- Papa vai encontrar-se com Presidente da Autoridade Palestiniana no Vaticano
- Al-Bashir será primeiro-ministro do governo de transição na Síria
- Zonas humanitárias de Gaza são tudo menos seguras, diz médico português
- Netanyahu: "Dois terços dos israelitas são de direita, mas 90% dos jornais são de esquerda"
- Saída de Assad foi "decisão pessoal" do ex-Presidente sírio, diz o Kremlin
- Qatar avisa que seria "inaceitável" se Israel se aproveitasse da indefinição na Síria
- Observatório Sírio registou 300 ataques aéreos israelitas desde domingo
- Primo e opositor de Assad desafia rebeldes a aprovar constituição democrática
- Netanyahu diz que acusações são "simplesmente rídículas". "Tomo as minhas refeições à secretária – e não é cordon bleu"
- Começa julgamento de Netanyahu, acusado de corrupção. Advogado diz que acusações têm "numerosas lacunas e aspetos invulgares"
- Líder rebelde da Síria quer perseguir criminosos de guerra do regime de Al-Assad
- Israel garante que incursão nos Montes Golã sírios é "limitada e temporária"
- Tropas israelitas na Síria já a 25km de Damasco. IDF garantem que não é verdade
Histórico de atualizações
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Bom dia.
Vamos encerrar este liveblog, que seguiu a atualidade relacionada com o conflito no Médio Oriente ao longo do dia de ontem, terça-feira. Continue a acompanhar-nos nesta nova ligação.
Fique connosco!
Nos primeiros contactos com os rebeldes sírios, EUA pedem uma transição política “inclusiva”
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Acordo de cessar-fogo entre curdos sírios e forças pró-turcas no norte da Síria
Mais de 200 pessoas morreram nos últimos três dias em confrontos entre as Forças Democráticas da Síria (SDF) e as forças pró-turcas na cidade de Manbij, no norte da Síria.
Hoje, o comandante das SDF anunciou que o grupo de curdos sírios apoiados pelos EUA chegou a um acordo de cessar-fogo com a fação financiada por Ankara, segundo a Al Jazeera.
“Os combatentes do Conselho Militar de Manbij, que têm resistido aos ataques desde 27 de novembro, vão retirar-se da zona o mais rapidamente possível”, afirma o comandante Mazloum Abdi.
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Novo governo sírio: "Não aceitamos uma Síria dividida"
“Não aceitamos uma Síria dividida, e toda a gente tem de se preparar para a mudança que aconteceu. Não vai haver espaço para carregar armas fora do país”, sublinha um porta-voz do novo departamento político de Damasco, citado pela Al Jazeera.
O porta-voz apela, desta forma, à união do país enquanto fazem a transição da administração de Assad para um novo governo, afirmando que a “Síria precisa dos esforços de todos os seus cidadãos” e que a “revolução tem muitos quadros”.
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Forças rebeldes confirmam ocupação de Deir ez-Zor, no leste da Síria
Hassan Abdul-Ghani, comandante do grupo Hayat Tharir al-Sham (HTS), confirma que as forças rebeldes ocuparam integralmente a cidade de Deir ez-Zor, no leste da Síria.
Esta notícia, avançada pela Reuters, vem quatro dias depois da confirmação feita pela frente liderada pelos curdos, apoiados pelos EUA, que também terão ocupado a cidade.
Deir ez-Zor é a principal cidade na região oriental do país, e uma das mais importantes no caminho para a fronteira com o Iraque.
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Embaixada dos EUA na Síria aconselha cidadãos para saírem do país
Alertando para uma situação “volátil e imprevisível” com “conflito armado e terrorismo em todo o país”, a Embaixada dos EUA na Síria aconselha os cidadãos norte-americanos a abandonarem o país.
Num comunicado publicado na rede social X, a embaixada, cujos serviços estão suspensos em Damasco desde 2012, refere que o governo norte-americano está “incapaz de prestar quaisquer serviços consulares de rotina ou de emergência aos cidadãos dos EUA na Síria”.
Adicionalmente, indica os procedimentos necessários para evacuar o país, tanto pelas fronteiras com a Turquia, como pela Jordânia, avisando que, caso decidam permanecer em território sírio, os cidadãos devem “estar preparados para se abrigarem caso a situação se deteriore”.
Subject: Security Alert – U.S. Department of State (December 10, 2024)
Event: The security situation in Syria continues to be volatile and unpredictable with armed conflict and terrorism throughout the country. U.S. citizens should depart Syria if possible. U.S. citizens who… pic.twitter.com/YfayAkxe7M— U.S. Embassy Syria (@USEmbassySyria) December 10, 2024
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Turquia acusa Israel de atacar integridade territorial da Síria
“Israel, que invadiu o território sírio, está a usurpar a soberania e a integridade territorial da Síria com a sua mentalidade de ocupação”, afirma Hakan Fidan, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia.
Durante o debate parlamentar sobre o orçamento de estado turco, Fidan reiterou que Ankara “vai sempre apoiar os seus irmãos e irmãs na Síria”, referindo que gostaria de ver uma nova governação em Damasco, num país estável onde todas as religiões e etnias possam viver em paz, cita a agência estatal russa TASS.
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Hezbollah critica ações israelitas na Síria
Líderes do grupo libanês pro-Irão Hezbollah criticaram as ações militares israelitas na Síria, considerando que Israel está a ocupar o país vizinho.
Citado pela AFP, o Hezbollah espera que a “situação na Síria estabilize” e que se tome uma “posição firme contra a ocupação israelita”, ao mesmo tempo que toma ações firmes para evitar “interferência estrangeira” na Síria.
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EUA não comentam ataques israelitas à Síria, mas desaconselham qualquer ação que prejudique transição de poder
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, decidiu não comentar os ataques israelitas à Síria.
Num briefing aos jornalistas, o porta-voz indicou que prefere discutir o assunto em privado com Israel, de modo a que Washington entenda os detalhes dos ataques.
No entanto, Matthew Miller desaconselhou qualquer ação que prejudique o processo de transição de poder na Síria.
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Tropas norte-americanas ficarão na Síria para lutar contra o Daesh
O vice-conselheiro de Segurança Nacional, Jon Finer, garantiu, numa conferência de Reuters, que as tropas norte-americanas ficarão na Síria, mesmo após a queda do regime de Bashar al-Assad.
“Essas tropas estão lá por uma razão muito específica e importante, não apenas como moeda de troca”, salientou Jon Finer.
As tropas norte-americanas estão na Síria “há mais de uma década para lutar contra o autoproclamado Estado Islâmico”: “Ainda estamos comprometidos com essa missão”.
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Novo primeiro-ministro da Síria promete "estabilidade" e "calma"
O novo primeiro-ministro responsável pela transição na Síria, Mohammad al-Bashir, prometeu hoje “estabilidade” e “calma” ao povo sírio, desgastado por mais de 13 anos de guerra civil, numa entrevista à estação televisiva do Qatar Al-Jazeera.
“Chegou o momento de este povo usufruir de estabilidade e de calma, de ser cuidado e de saber que o seu Governo está aqui para lhe prestar os serviços de que necessita”, afirmou o novo governante sírio.
Mohammad al-Bashir foi nomeado para o cargo pelos rebeldes islamitas que derrubaram o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, no poder havia 24 anos, numa ofensiva de 12 dias.
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EUA e Egito pressionam Israel para se retirar do Corredor da Filadélfia em troca de libertação de reféns
Os dois mediadores para um acordo de reféns na Faixa de Gaza, o Egito e os Estados Unidos, estão a pressionar Israel para ceder o controlo do Corredor de Filadélfia, uma faixa de 14 quilómetros entre território egípcio e Gaza.
Segundo apurou o canal estatal KAN, o facto de Israel manter-se no Corredor de Filadélfia está a complicar o avanço das negociações, sendo que os EUA e o Egito estão a persuadir Telavive para que deixe cair essa exigência.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o Hamas já entregou uma lista de reféns que ainda estão na Faixa de Gaza ao Egito.
Para o Hamas, se Israel saísse do Corredor de Filadélfia, seria a Autoridade Palestiniana a controlar a faixa de 14 quilómetros.
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União Europeia pede respeito pela integridade territorial da Síria
A alta-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros defendeu hoje respeito pela “integridade territorial” e soberania da Síria, mas sem referir bombardeamentos israelitas a infraestruturas militares e civis.
“É necessário evitar a repetição dos cenários horríveis no Iraque, Líbia e Afeganistão, preservar a integridade territorial da Síria e a sua soberania”, disse Kaja Kallas, durante uma audição no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
No entanto, a Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança não fez referência aos bombardeamentos israelitas durante a madrugada de terça-feira a várias posições militares, mas também aeroportos civis.
Kaja Kallas, ex-primeira-ministra da Estónia, considerou que a queda do regime de Bashar al-Assad, o último Presidente de uma família que controlou o país durante 50 anos, “é a oportunidade para abordar décadas de violações dos direitos humanos”.
“Vítimas do regime” que “pagaram um grande preço pela luta pela liberdade”, acrescentou a chefe da diplomacia europeia.
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Rússia garante que Bashar al-Assad está "seguro" no país
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, disse hoje que o antigo Presidente da Síria, Bashar al-Assad, está “seguro” em território russo.
Numa entrevista à NBC News, Sergei Ryabkov diz que o facto de o ex-Presidente estar seguro “mostra que a Rússia sabe agir em situações extraordinárias”.
“Não tenho ideia de como [Bashar al-Assad] está neste momento”, indicou ainda Sergei Ryabkov, que preferiu “não elaborar” da forma como “aconteceu” o exílio na Rússia e “como foi resolvido”.
Questionado sobre a possibilidade de Bashar al-Assad poder ser transferido para o Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia para ser julgado, o vice-ministro lembrou apenas que a Rússia não subscreveu o Estatuto de Roma e que, por isso, não pode receber essas ordens do TPI.
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"As pessoas estão exaustas." Líder do grupo que depôs Bashar al-Assad diz que não quer nova guerra na Síria
O líder grupo rebelde islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammed al Jolani, garantiu, numa entrevista à Sky News, que não está interessado numa nova guerra na Síria.
“Este país será reconstruido”, diz Mohammed al Jolani, indicando que o “medo” que se sentia na Síria se devia ao regime de Bashar al-Assad. “O país está a caminho do desenvolvimento e da reconstrução, está a ir a caminho da estabilidade.”
No mesmo sentido, Mohammed al Jolani nota que as pessoas “estão exaustas da guerra”.
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Antiga refém encontra-se com Trump
Judith Raanan, uma antiga refém levada para a Faixa de Gaza a 7 de outubro, encontrou-se hoje, an Florida, com o Presidente eleito norte-americano, Donald Trump.
Segundo o Times of Israel, Judith Raanan apelou ao Chefe de Estado eleito para que faça tudo para libertar os restantes reféns que estão na Faixa de Gaza.
Judith Raanan foi, juntamente com a filha, uma das primeiras reféns libertadas desde o início da guerra da Faixa de Gaza.
Esta terça-feira, também Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, também se encontrará com a família dos reféns.
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Netanyahu quer estabelecer relações com novo regime sírio, mas avisa Damasco que não vai permitir que Irão "ganhe terreno" na Síria
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, gravou hoje um vídeo em que assume disponibilidade para estabelecer relações diplomáticas com “o novo regime sírio”. Mas o chefe de executivo deixou vários avisos ao novo governo de Damasco.
Prime Minister Benjamin Netanyahu in Kirya in Tel Aviv: "If the new regime in Syria allows Iran to re-establish itself or supply weapons to Hezbollah, we will respond forcefully and demand a heavy price from it."*
Full speech by Prime Minister Benjamin Netanyahu:
"We have no… pic.twitter.com/WTym5xPWdo
— Shoshana Yisrael Aras (@aras_shoshana) December 10, 2024
Benjamin Netanyahu avisou que, se este regime “permitir que o Irão ganhe terreno na Síria, permita o abastecimento de armas ao Hezbollah ou ataque [Israel]”, Telavive vai “reagir intensamente” e o novo regime sírio “vai pagar um preço elevado”.
“O que aconteceu com o antigo regime vai acontecer também com este regime”, ameaça Benjamin Netanyahu, ressalvando, no entanto, que Israel “não tem intenção de interferir nos assuntos internos sírios”.
“Mas claramente procuramos fazer o necessário para garantir a nossa segurança”, afirmou.
Neste sentido, Benjamin Netanyahu confirmou que Israel atacou “capacidades militares estratégicas” sírias para que “não caiam nas mãos de jihadistas”. “É semelhante com o que acontece com a Força Aérea britânica, quando bombardeou o regime de Vichy que colaborou com os nazis”, comparou o primeiro-ministro de Israel.
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Acordo para a libertação de reféns à vista? Líderes israelitas encontram-se no Cairo para discutir assunto
O diretor do serviço de segurança interna israelita (Shin Bet) israelita, Ronen Bar, e o chefe da Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, deslocaram-se hoje à capital do Egito, Cairo, para se encontrarem com autoridades egípcias e discutirem um possível acordo para a libertação de reféns.
De acordo com o Times of Israel, o Hamas ainda não terá sinalizado nem dado qualquer resposta oficial se deseja um acordo para libertar os reféns.
Contudo, ao mesmo jornal, um alto dirigente israelita nota uma mudança de opinião do grupo islâmico, que estará mais disposto a aceitar um acordo com Israel.
“Há duas semanas, pensava que o Hamas não queria um acordo. Agora estou inclinado para pensar que mudou de ideias. Há uma chance de alcançar um acordo no próximo mês”, diz a mesma fonte.
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ONG denuncia que membros do Daesh executaram 54 soldados sírios
A Organização Não Governamental (ONG) Observatório para os Direitos Humanos, que funciona no Reino Unido mas que mantém fontes em território sírio, disse hoje que membros do autoproclamado Estado Islâmico mataram 54 soldados sírios.
Segundo a ONG, citada pela Agence France Presse, os jihadistas capturaram “soldados que estavam a desertar durante o colapso do regime” de Bashar al-Assad e executaram 54.
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"Nesta altura, Médio Oriente é barril de pólvora"
João Henriques, do Observatório do Mundo Islâmico, afirma que o novo primeiro-ministro sírio terá “tarefa hercúlea durante muito tempo”. Considera ainda que não vai ser possível manter união na Síria.
Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Forças de Defesa de Israel lançaram 320 "ataques estratégicos" desde o fim de semana. Capacidade de ataque sírio baixa mais de 70%
As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) divulgaram que, desde a queda do regime de Bashar al-Assad já levaram a cabo 320 ataques a “alvos estratégicos na Síria desde a queda do regime de Assad no fim de semana”.
As IDF indicaram, numa nota citada pelo Times of Israel, que destruíram “armamento” que Israel temia que “caísse nas mãos de elementos hostis, incluindo o Hezbollah”.
Além disso, as Forças de Defesa israelitas estimam ter destruído mais de 70% das capacidades militares sírias.
Entre os alvos israelitas, estão sistemas de defesa aéreos, depósitos de mísseis, fábricas de armamento, drone, helicópetros, caças, tanques, radares e navios.