O Conselho da União Europeia aprovou hoje um novo pacote de sanções contra a Bielorrússia, tendo por objetivo evitar que a Rússia contorne as medidas restritivas através de Minsk.

Entre as sanções aprovadas está a proibição da importação de carvão, petróleo bruto e quaisquer produtos minerais, ouro, diamantes ou hélio da Bielorrússia.

Por outro lado, Bruxelas proibiu os países de exportarem para Minsk bens e tecnologias de dupla utilização, ou seja, que possa ser adequados aos domínios militar e civil, bem como produtos para refinar petróleo.

A UE travou igualmente a prestação de determinados serviços à Bielorrússia, da contabilidade à publicidade, quer se destinem ao Governo, aos organismos públicos ou a qualquer pessoa ou empresa que atue sob as ordens do país.

Conforme detalhou, em comunicado, o veto abrange também serviços de auditoria, assessoria jurídica, consultoria financeira, empresarial e de tecnologias de informação, arquitetura, engenharia, publicidade e relações públicas, análises de mercado e testes de produtos e serviços de inspeção técnica.

Em matéria de transportes, as sanções preveem a proibição de utilização de reboques e semirreboques, registados na Bielorrússia, para o transporte rodoviário de mercadorias dentro da UE.

As novas sanções obrigam as empresas da UE que exportam armas de fogo, munições e tecnologias sensíveis para fora do mercado comunitário a incluírem nos seus contratos a denominada como “cláusula não à Bielorrússia”.

Esta cláusula exclui a possibilidade de reexportação dos bens em causa para a Bielorrússia.

A UE também cancelou o trânsito de bens e tecnologias de dupla utilização através do território bielorrusso.

O Papa Francisco expressou hoje a sua alegria pela libertação de dois padres greco-católicos ucranianos que foram feitos prisioneiros por militares da Federação Russa.

“Agradeço a Deus pela libertação de dois padres greco-católicos”, disse o pontífice a centenas de fiéis no final da oração do Angelus, por ocasião da festa de São Pedro e São Paulo, padroeiros de Roma.

Segundo a agência de notícias EFE, o Papa reiterou o desejo de que “todos os prisioneiros” da guerra entre Rússia e Ucrânia “possam voltar para casa”.

“Rezemos juntos, para que todos os prisioneiros voltem para casa. Penso com tristeza nos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra” e em todas as populações feridas e ameaçadas pelos combates”, afirmou.

“Que Deus os liberte e os sustente na luta pela paz”, sublinhou o pontífice, que semana após semana apela ao fim das guerras e conflitos armados que têm sido travados por todo o mundo.

As declarações do Papa foram feitas pouco depois de ser anunciado que 10 civis ucranianos foram libertados do cativeiro russo e bielorrusso, numa troca de prisioneiros assistida pelo Vaticano.

Entre os prisioneiros libertados está um dos líderes da minoria tártara da Crimeia e dois padres da Igreja Greco-Católica ucraniana.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o país já perdeu cerca de 80% da sua produção de energia térmica e um terço da hídrica devido aos ataques russos.

Segundo Volodymyr Zelensky, citado pelo The Guardian, a Ucrânia precisa de mais sistemas de defesa aérea para conseguir ripostar com os seus próprios ataques aéreos.

“É por isso que recordamos constantemente a todos os nossos parceiros: só uma quantidade suficiente de sistemas de defesa aérea de alta qualidade, só uma quantidade suficiente de determinação do mundo em geral pode travar o terror russo“, afirmou o presidente ucraniano.

A afirmação surgiu na sequência de um ataque em Dnipro na sexta-feira à noite que matou uma pessoa e fez 12 feridos, destruindo os últimos quatro andares de um edifício de apartamentos.

A Rússia tem vindo a intensificar os ataques aéreos, que visam frequentemente instalações de energia e outras infraestruturas vitais, com o objetivo de reduzir os recursos ucranianos, avançou a Associated Press.

A agência de notícias estatal russa Ria noticiou esta manhã, com base em informações do Ministério da Defesa, que o exército russo terá tomado o controlo da vila de Shumy perto da cidade de Toretsk, na região de Donetsk.

De acordo com agência, as forças ucranianas perderam 360 militares e dois veículos de combate blindados.

Os Estados Unidos vão entregar à Ucrânia armamento avaliado em 150 milhões de dólares. O equipamento a entregar ao país em guerra inclui intercetores para defesa aérea e munições, segundo avançou a Reuters.

A entrega deverá acontecer na próxima segunda-feira.

O primeiro-ministro da República Checa, Petr Fiala, anunciou, na rede X, que vai assinar um acordo de segurança com a Ucrânia na cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE), em Londres, a 18 de julho.

“Vamos concluir as negociações sobre o texto do acordo de segurança entre a República Checa e a Ucrânia antes da cimeira da NATO em Washington”, escreveu.

President @ZelenskyyUa and I agreed yesterday that we will conclude negotiations on the text of the Czech-Ukrainian security agreement before the NATO summit in Washington.

We will then sign it at the European Political Community summit in London on July 18.

— Petr Fiala (@P_Fiala) June 28, 2024

Os edifícios de uma fábrica de materiais detida pelos irmãos dos ex-deputados ucranianos, Viktor Medvedchuk e Taras Kozak (alegadamente pró-russos), foi oficialmente transferida para o Estado da Ucrânia na sexta-feira, anunciaram os serviços secretos (SBU), citado pelo Kyiv Independent.

A fábrica era detida por Serhii Medvedchuk e Bohdan Kozak e está localizada na região de Lviv. Está avaliada em 4,9 milhões de dólares, pelos 10 hectares que ocupa e uma instalação fabril de 31 mil metros quadrados.

Foi tomada pela Agência para a Investigação e Gestão de Ativos (ARMA), tendo também sido confiscados quatro automóveis SUV e equipamento especializado.

Os dois ex-deputados foram acusados de fraude fiscal de 1,8 milhões de dólares a 10 de junho. O julgamento foi à revelia.

Zelensky revoga cidadania ucraniana a Viktor Medvedchuk, aliado de Putin

A Ucrânia diz ter abatido 10 drones russos durante a noite, avançou o Kyiv Independent.

⚡️Air Force: Ukraine downs all 10 Russian drones launched overnight.

Ukrainian air defense shot down all 10 of the Shahed-type attack drones that were launched by Russia overnight on June 29, the Air Force reported.https://t.co/dj8X2qVrc0

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) June 29, 2024