Histórico de atualizações
  • O nosso liveblog de hoje fica por aqui. Obrigada por nos ter acompanhado. Até amanhã!

  • O secretário-geral do PCP acusou, em Almada, o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa de ser “independente e distante, mas dos trabalhadores e dos explorados”, protagonizando uma campanha de “bolinhos e banalidades”.

    Perante cerca de um milhar de apoiantes na Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense, Jerónimo de Sousa visou o “candidato de PSD e CDS” que, disse, já foi “tudo e um par de botas” ao serviço dos sociais-democratas, de presidente a deputado e autarca e conselheiro de Estado de Cavaco Silva.

    “Se alguma vez foi independente ou distante foi dos trabalhadores e dos explorados, os que sofrem pelas políticas, os trabalhadores e o povo”, condenou o líder comunista, acusando Rebelo de Sousa de se propor ser um “falso árbitro”, até porque “a Constituição não precisa de árbitros, precisa de alguém que a defenda, a cumpra e a faça cumprir”.

    Lusa

  • Edgar Silva em campanha distribui beijinhos e confia na segunda volta. A Rita Dinis acompanhou o candidato do PCP e conta-lhe como ele seduz o eleitorado.

  • Carvalho da Silva: "Alguma vez Marcelo foi um homem sensato e honrado?"

    No dia em que Sampaio da Nóvoa fez o primeiro apelo direto ao voto (foi, aliás, a primeira vez que usou tal palavra na campanha), os ataques mais violentos a Marcelo Rebelo de Sousa começaram por vir do “mais conhecido sindicalista” português, Manuel Carvalho da Silva, coordenador nacional das grandes causas da candidatura de Nóvoa. Em Nogueira de Regedoura, concelho de Santa Maria da Feira, os cerca de 300 apoiantes da caravana ouviram o ex-líder da CGTP alertar para as manhas daquele que parece um “distribuidor exímio de afetos”, mas que não é nada disso. “A vida dele é outra coisa”, disse Carvalho da Silva, que já tinha feito uma série de referências implícitas a Marcelo antes de o nomear claramente.

    Alguma vez Marcelo foi um homem sensato e honrado? Um indivíduo que diz tudo e o seu contrário alguma vez pode ser considerado sensato? Isso é uma tonteria!”

    Para Carvalho da Silva, o candidato ex-comentador é “um dos mais exímios construtores de trapaças a partir de umas pinceladas iniciais de verdade” e fá-lo “interpretando os sentimentos do povo”. Ora, lembrou o sindicalista, “o Presidente da República é eleito para fazer política ao mais alto nível, não é para andar a fazer entretenimento pelo país”, pelo que alertou os apoiantes de Nóvoa para a necessidade de “desmontar a mentira deste candidato camaleão”.

    Pouco depois entraria Sampaio da Nóvoa em palco para tentar animar as hostes feirenses, que estiveram longe de ser o público mais caloroso da campanha. “Aqui me veem: mais alegre, mais descansado e mais enérgico do que no primeiro dia da campanha”, disse um entusiasmado candidato, disposto “a dar tudo por tudo” pela segunda volta. Nóvoa voltou a apresentar-se como a pessoa que está “em melhores condições para mobilizar este país”, contrariamente a outros, nomeadamente Marcelo, que tentam esquivar-se a uma campanha política. “Um dos candidatos faz tudo o que pode para nada discutir e nada debater”, acusou o ex-reitor da Universidade de Lisboa, para quem esta fuga se verifica até em coisas como os apoios partidários. “Tem sido assim com tudo. Tudo o que disse tem desmentido.

    Marcelo já negou nesta campanha mais vezes Pedro do que Pedro negou Cristo”

    Nóvoa voltou a trazer à baila a aprovação, na Assembleia da República, do Rendimento Social de Inserção, em 1996, era Marcelo líder do PSD. Na altura, os sociais-democratas votaram contra, mas Marcelo diz agora ser a favor da medida. Diz “que era presidente do partido mas não mandava, que foi vencido pela direção”, ironizou Sampaio da Nóvoa. Ele, que não esteve lá e não conhece os bastidores, sabe uma coisa: “Um presidente, seja ele de um partido ou da República, não culpa os seus soldados rasos.”

    Num dia em que o destaque foi a visita à fábrica de calçado da Fly London, em Guimarães, Nóvos fez questão de sublinhar a “revolução tranquila” ocorrida naquele setor, que considerou “um exemplo notável” de recuperação económica. “Como é que nos podem dizer que não podemos aspirar a mais?”, disse o candidato, referindo-se a este caso concreto e afirmando que veio a estas eleições para “mudar o discurso do que não podemos, não temos direito, não conseguimos”.

  • Nóvoa publica esclarecimento sobre percurso académico: "Tudo claro, transparente, público e escrutinado"

    Sampaio da Nóvoa publicou um extenso esclarecimento sobre o seu percurso académico, na sequência das dúvidas levantadas por Cândido Ferreira. Aqui está ele, na íntegra:

    NOTA A PROPÓSITO DAS NOTÍCIAS E BOATOS SOBRE A MINHA FORMAÇÃO ACADÉMICA

    Era suposto que a formação inicial de um professor catedrático, e que foi Reitor da maior universidade portuguesa, não fosse tema de conversa e baixa política numa campanha eleitoral. Era, mas não foi. Tenho estado calado por acreditar nos princípios republicanos da igualdade. Não me parece que faça qualquer sentido invocar os títulos académicos numa campanha, mas, perante a insistência, não me resta outra alternativa que não responder.

    Dei aulas e investiguei em universidades portuguesas e internacionais, como Wisconsin-Madison, Paris V, Oxford, Columbia University (Nova Iorque) e Brasília. Todas validaram as minhas competências académicas. O meu currículo serviu para estas Universidades, mas não convence um jornal e outro candidato. Lamento.

    1. O Correio da Manhã enviou-me ontem duas perguntas, a três horas da minha entrada num debate televisivo, para serem respondidas até hoje. Mas, antes de ter as respostas, publicou uma notícia falsa e caluniosa, carregada de má-fé, a quatro dias das eleições, dando eco a acusações difamatórias e sem qualquer sustentação, proferidas por outra candidatura.

    2. A minha vida académica foi escrutinada publicamente em muitos momentos. Em Portugal e no estrangeiro. Tenho dois doutoramentos (em Ciências da Educação na Universidade de Genebra, em 1986, e em História na Sorbonne, em 2006), realizei provas de agregação (em História da Educação na Universidade de Lisboa) e fiz toda a minha carreira académica através de provas públicas, que implicam a análise e a discussão científicas do curriculum vitae.

    3. Toda esta vida, que agora se pretende destruir, está documentada e todos os documentos apresentados para efeitos de carreira académica podem ser analisados e consultados. Em nenhum documento oficial, académico ou profissional, alguma vez se encontra uma referência errada ou falsa, como, por exemplo, a referência a uma qualquer “licenciatura em Teatro”, realidade que nem existia no momento em que terminei o meu Curso Superior de Teatro no Conservatório Nacional, em Lisboa.

    4. Tenho um diploma universitário em Ciências da Educação, de 1982, pela Universidade de Genebra, que foi reconhecido como licenciatura em Ciências da Educação por um júri nomeado pela Universidade de Aveiro, em 1984. É esta a única licenciatura que possuo. Aliás, é público e notório, que toda a minha carreira se fez nesta área científica, na qual sou Professor Catedrático.

    5. Quanto ao referido diploma universitário em Ciências da Educação (Diplôme d’études avancées), trata-se de um curso dirigido sobretudo a profissionais da Educação com formação e experiência na área pedagógica. A entrada para o curso depende de uma avaliação criteriosa do percurso académico e profissional anteriores. No meu caso foi considerada a frequência do curso de Matemática na Universidade de Coimbra e a conclusão do referido Curso Superior de Teatro do Conservatório Nacional, mas também a experiência profissional na formação de professores, realizada no Magistério Primário de Aveiro, a actividade pedagógica ao serviço do Ministério da Educação e a publicação de variadíssimos trabalhos académicos.

    6. Através da análise deste percurso, assente quer no Curso Superior de Teatro que tinha, quer na minha atividade docente e de investigação, e também da realização de provas e entrevistas, a Universidade de Genebra entendeu que eu estava em condições de entrar no referido curso. Nada mais natural. Sem quaisquer equivalências. Sem validações absurdas.

    7. O curso não tinha uma duração fixa. No meu caso, devido à dedicação total e exclusiva ao curso, consegui concluí-lo em dois anos. É esta, como referi, a minha única licenciatura, realizada sem qualquer equivalência, sendo que o mérito do meu trabalho nela realizado foi desde logo reconhecido de forma clara pela Universidade de Genebra ao convidar-me para assistente e, sobretudo, ao convidar-me para ali realizar o Doutoramento.

    8. É muito estranho para mim, que uma carreira académica, nacional e internacionalmente reconhecida, esteja agora a ser questionada e vilipendiada, pondo em causa o meu carácter e honradez, mas também as universidades por onde passei e onde fui sempre avaliado publicamente com as melhores classificações, desde Genebra à Sorbonne, passando por Lisboa, e por tantas outras no estrangeiro onde leccionei ou investiguei como Wisconsin-Madison, Paris V, Oxford, Columbia University (Nova Iorque) e Brasília.

    9. Tudo claro, transparente, público e escrutinado, fruto de trabalho académico, científico, de avaliação do mérito, nalgumas das melhores universidades do mundo.

    10. Um ataque infundado desta natureza não deveria merecer senão indiferença, e deveria apenas servir para envergonhar quem o profere, mas não quero deixar qualquer margem para dúvida perante as pessoas, não quero deixar qualquer margem para especulações assentes em factos falsos ou manipulados. A calúnia é a arma dos desesperados.

    11. Toda a prova documental, diplomas e certificados, está disponível para consulta pública nas plataformas oficiais da minha candidatura, sendo certo que estou e estarei sempre disponível para o escrutínio total sobre o meu percurso académico. Não posso é tolerar que se prolongue sobre esta matéria uma inqualificável e difamatória campanha, iludindo os portugueses e desrespeitando as regras mais elementares do debate democrático.

    CV 2009: http://issuu.com/snap…/…/3_cv_completo_sampaio_da_n__voa__20Documentação sobre o percurso académico: http://issuu.com/snap…/…/percurso_acad__mico_sampaio_da_n__v

  • Cândido Ferreira diz que Presidente deve aprofundar a Constituição

    Cândido Ferreira considerou que Presidente da República deve ser um árbitro, devendo não só cumprir a Constituição, mas também aprofundá-la, pois aponta o caminho que deve ser a preocupação constante dos portugueses. “O papel do Presidente da República é um papel de arbitragem e, portanto, estando acima das tendências políticas, tem de harmonizar a sociedade portuguesa. Há depois uma outra parte, não só de fazer cumprir a Constituição, mas de a aprofundar”, considerou o candidato.

    Cândido Ferreira falava aos jornalistas no final de uma reunião com a Associação Nacional de Famílias Numerosas, em Lisboa.

    “Não podemos andar a mudar os livros escolares todos os anos, não podemos andar uns anos com exames, outros anos sem, porque isto põe em causa a própria escola pública, isto põe em causa todos os planos de apoio às famílias numerosas e aos filhos dessas famílias”, concretizou.

  • Manuela Ferreira Leite e Assunção Esteves vieram esta tarde ate Santa Apolónia para apoiar Marcelo Rebelo de Sousa. Além das duas sociais-democratas, está também presente Dias Ferreira, advogado e irmão de Manuela Ferreira Leite e também Diogo Feio, dirigente centrista.

  • Mourinho apoia Marcelo, porque Portugal "precisa de carisma"

    O special one apoia Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais. José Mourinho diz que assume pela primeira vez em público uma decisão de voto, porque “Portugal precisa da escolha correcta mais do que nunca”.

    Mourinho diz que Marcelo é o candidato com “carisma” e que o país precisa de “carisma” neste momento.

  • Nóvoa aplaude "voz determinada" de Costa na Europa

    Sampaio da Nóvoa está confiante de que o Governo vai “chegar a bons resultados nestas negociações” sobre o Orçamento do Estado deste ano com a União Europeia.

    O candidato, que repetidas vezes tem salientado a importância de “ter uma voz mais crítica na Europa”, exortou António Costa a ser essa voz. “Não pode aceitar, em nenhuma circunstância, que Portugal, em matérias idênticas ou análogas, seja tratado de forma diferente” dos outros países, afirmou Nóvoa em Guimarães.

    “Apoiarei sempre que essa voz seja presente, seja determinada. Se António Costa tem essa voz hoje e essa determinação hoje, só posso aplaudir”, concluiu o candidato no fim de uma visita à fábrica da Fly London.

  • Marcelo acredita que Costa vai conseguir "equilíbrio talentoso" entre PCP, BE e Bruxelas

    As palavras são sempre na esperança e na expectativa. Marcelo não quer ser “apanhado desprevenido” e por isso tem acompanhado de perto as questões relativas ao orçamento. E apesar das pressões tanto do PCP e do BE como de Bruxelas, o candidato presidencial acredita que tudo vi correr bem.

    “Estou esperançado que não haja problemas com o Orçamento em relação a Bruxelas”, diz Marcelo.

    Mas mais do que responder a Bruxelas, Marcelo acredita que António Costa vai conseguir fazer a quadratura do círculo e arranjar um “equilíbrio talentoso” no Orçamento do Estado: “O equilíbrio que o Governo está a tentar fazer, é por um lado cumprir os compromissos eleitorais e os compromissos dos acordos com os três partidos no parlamento e por outro lado não se afastar da meta inferior a 3% e não se afastar das regras do euro. Esse equilíbrio, talentoso, que eu espero que seja atingido. Era bom para o país”, defendeu.

    Além disso, para o candidato, os partidos à esquerda também não estão interessados em provocar “crises”. “O Governo está preocupado com essas metas, como diz o primeiro-ministro, e eu tenho ouvido dizer da parte dos partidos que o apoiam parlamentarmente que não querem provocar crises. Ainda ontem se viu a candidata Marisa Matias uma preocupação da dizer que em relação aos orçamentos seguintes, haverá um esforço para garantir a estabilidade do Govenro Não vejo razão para não acreditar nisso”, acrescentou.

  • Nóvoa quer acabar com subvenção vitalícia também para o PR

    António Sampaio da Nóvoa defendeu esta tarde que “o Presidente da República não deve ter subvenção vitalícia”, pelo que, se for eleito, vai tentar que a lei seja alterada nesse sentido. “A lei deve ir mais longe”, sublinhou durante uma visita à fábrica de calçado da Fly London, em Guimarães.

    Caso isso não aconteça, Sampaio da Nóvoa comprometeu-se a abdicar da subvenção que a lei atualmente prevê para o chefe de Estado. À semelhança do que outros candidatos disseram no debate de ontem, também Nóvoa discorda da decisão do Tribunal Constitucional, embora tenha aproveitado para criticar adversários. “Compreendo mal que se respeite umas vezes e se ache que a Constituição é muito importante e que o Tribunal Constitucional é muito importante, e que outras vezes é uma vergonha a decisão do Tribunal Constitucional”, disse, referindo-se implicitamente a Marisa Matias, que no debate classificou o acórdão do TC como “uma vergonha”.

    Salientando a “confiança” que a Constituição e os juízes do Palácio Ratton lhe merecem, Nóvoa disse que sempre esteve “contra a existência de subvenções vitalícias, de algum tipo de privilégios ou prerrogativas que não sejam justificadas nem legítimas”.

    O candidato deixou ainda uma crítica implícita a Maria de Belém, que foi uma das deputadas que pediu a fiscalização da norma sobre as subvenções vitalícias a políticos. “Os portugueses devem ter em conta tudo. Tudo o que nós fazemos, tudo o que nós fizemos, tudo o que nós não fizemos”, declarou. “Se eu fosse deputado, jamais tomaria uma iniciativa destas”.

  • Marcelo: Decisão do TC é "difícil de compreender"

    O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa não percebe a decisão do Tribunal Constitucional de devolver parte dos cortes das subvenções vitalícias a ex-políticos. Aos jornalistas, o candidato disse que foi “muito crítico” desde sempre à existência das subvenções, mas, tendo e conta a intenção de fazer cortes como todos os portugueses, esta decisão do Tribunal Constitucional é “muito difícil de perceber”.

    “É muito difícil de perceber uma decisão que vai declarar inconstitucional a imposição de um sacrifício àqueles que tinham subvenções no passado e as recebiam quando todos os portugueses tiveram sacrifícios. Em relação a todos os portugueses houve sacrifcíios, em relação aos ex-políticos o que se impunha era um limite de acumulação. É muito difícil de perceber em termos de justiça, comparativa, porque é que em relação a uns os sacrifícios fazem sentido e em relação a outros não fazem”, disse.

    Marcelo Rebelo de Sousa comparou ainda esta situação aos cortes nos complementos de reforma dos trabalhadores de empresas de transporte público que foram cortados. Diz Marcelo, que também é professor catedrático de direito e constitucionalista, que estes trabalhadores “também tinham expetativas jurídicas e foi entendido que não se justificava proteger essas pessoas. Baralha muito as pessoas esse entendimento em relação a decisão do Tribunal Constitucional”, finalizou.

    Até onte dei o exemplo dos complemntos de reforma, por exemplo trabalhadores do metropolitano que é verdade que era por contrato e por lei tb tinham expetativas juridicas e foi entendido que nao se justificava proteger essas pessoas. Baralha muito as pessoas esse entendimento em relação a decisão do TC

  • O primeiro contacto de Marcelo com o boletim de voto

  • Depois, às 18h, haverá uma sessão pública em Santa Apolónia de onde o candidato partirá de comboio até ao Porto

  • Primeiro o bem maior, depois o mal menor. E, se for preciso, Edgar vai a nado à Madeira para votar

    Edgar Silva garante que vai levar a sua candidatura até ao fim. E que, se for preciso, vai “de lancha, de barco ou a nado” à Madeira para votar “Edgar Silva”. Questionado pelos jornalistas sobre se equacionava desistir para não haver dispersão de votos à esquerda, o candidato apoiado pelo PCP rejeitou completamente a ideia, insistindo que iria votar Edgar Silva na primeira volta. Na segunda, logo se vê. Para já é preciso “votar por um bem maior e não por um mal menor”, disse.

    A canção já não será bem a mesma no caso de haver uma segunda volta. Durante uma arruada no centro da Baixa da Banheira, o candidato presidencial tinha confessado a um transeunte que se houver uma segunda volta “a canção e a dança de abril já será outra”. “É preciso é que Marcelo não ganhe à primeira volta”, dizia um apoiante, com Edgar Silva a responder que “cada voto na candidatura de abril é um voto para impedir isso mesmo”. Mas isto, na primeira. Porque na segunda volta a música já é outra.

    O mote é claro: primeiro, votar no “bem maior”, na ideologia e nos valores em que “verdadeiramente se acredita”; depois, na segunda volta, então aí sim será para votar “no mal menor”. Tudo para derrotar Marcelo.

  • Edgar Silva: "Espero que os compromissos de Governo sejam cumpridos"

    Primeiro foi Jerónimo de Sousa, agora foi Edgar Silva. Os compromissos de Governo, assinados entre PCP e PS, são para ser “cumpridos”, independentemente das exigências que Bruxelas esteja ou não a fazer para a elaboração do Orçamento do Estado. “Espero que os compromissos sejam cumpridos”, disse esta quarta-feira aos jornalistas o candidato presidencial apoiado pelo PCP à margem de uma ação de campanha na Baixa da Banheira, Moita.

    Apesar das notícias que dão conta de que a troika está a impor mais medidas restritivas para negociar o Orçamento com António Costa, e que em causa poderá estar uma diferença de entre 600 a mil milhões de euros, Edgar Silva insistia que o compromisso de Portugal é com a “Constituição” e que as obrigações sociais do Estado tinham de ser a prioridade. “A saída da dívida social é um dever de honra”, dizia.

    Sem querer despir a pele de Presidente e, sobretudo, sem querer vestir a pele de governante, Edgar Silva respondeu esta quarta-feira às perguntas dos jornalistas, que insistiam em saber o que vale mais para o candidato – se os compromissos nacionais ou os compromissos de Governo. Os de Governo, foi a resposta subentendida. “Existirão sempre muitas outras saídas capazes de recuperar rendimentos e direitos que foram usurpados sem pôr em causa o equilíbrio das contas públicas”, dizia Edgar, ao mesmo tempo que acrescentava que “nada permitirá que Portugal vergue a espinha em nome de outros interesses” que não sejam os da defesa da “independência e soberania nacional”.

    Ontem tinha sido a vez do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ter posto pressão no Governo de António Costa, afirmando que o acordo de governação poderia estar em causa se o Governo cedesse às exigências da ‘troika’ na liquidação dos direitos dos trabalhadores. “Se existir uma destruição desses conteúdos de posição conjunta [firmado no acordo de Governo entre PCP e PS], naturalmente teremos um problema”, alertaava o líder comunista em Loulé, a propósito de mais medidas restritivas que a troika quer negociar com António Costa.

  • Neto apela aos abstencionistas

    O candidato presidencial Henrique Neto apelou hoje ao voto dos abstencionistas para acabar com o “sistema” composto pelos partidos e, num primeiro balanço da campanha eleitoral, apontou “desigualdades” no tratamento dado aos candidatos.

    “A minha candidatura apela aos abstencionistas, aos desiludidos com a vida em Portugal e com a política portuguesa, que já não votam. Apelo a esses para que, pelo menos desta vez, votem para mudar a situação que estamos a viver, porque se não o fizermos agora podemos ter a certeza que vamos ter mais quatro, oito ou dez anos da degradação da nossa vida politica, económica e social”, afirmou.

    Henrique Neto, que falava aos jornalistas depois de uma ação de campanha no Mercado de Cascais, acusou os restantes candidatos a Presidente da República de não quererem discutir os problemas do país. “E os candidatos da situação [associados a partidos] são os que têm mais tempo de antena e influenciam mais as pessoas. Defendem-se por todas as formas e uma das formas é o acesso à Comunicação Social”, disse.

    O candidato deu como exemplo o debate televisivo de terça-feira à noite, lamentando que tivesse tido muito menos tempo disponível para falar do que Marcelo Rebelo de Sousa. Por isso, num primeiro balanço da campanha eleitoral, Henrique Neto não tem dúvidas: “há uma desigualdade grande”. À semelhança do que havia dito na terça-feira à noite, no debate com todos os candidatos, Henrique Neto voltou a frisar que “existe mentira na política portuguesa”.

    Lusa

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