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    Zelensky acusa Rússia de estar a bloquear um dos portos abrangidos pelos acordo dos cereais do Mar Negro

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    • Ainda sem indícios claros de que o ataque a Moscovo foi da autoria da Ucrânia, os EUA demarcaram-se de uma eventual ação ofensiva por parte de Kiev, deixando claro que não apoia “ataques dentro da Rússia”;
    • Posição diferente teve o Reino Unido, que defendeu a alegada ação ucraniana, sustentando que Kiev tem o “direito legítimo” de atacar a Rússia para lá das suas próprias fronteiras como método de defesa do seu próprio território;
    • Horas depois do ataque, o Ministério do Interior russo colocou dois importantes oficiais ucranianos na sua lista de procurados pela justiça, diz a CNN Internacional;
    • Quatro pessoas morreram na Ucrânia nas últimas horas após mais uma vaga de bombardeamentos russos um pouco por todo o país;
    • Registaram-se uma série de explosões em Melitopol, com um membro da administração russa a acusar a Ucrânia de ter lançado “um ataque com mísseis” sobre a cidade ocupada. O responsável acrescentou, no entanto, que os sistemas de defesa aérea russos preveniram que tal acontecesse;
    • O governador de Belgorod relatou mais um ataque ucraniano na região, que nos últimos dias tem sido particularmente atingida por incursões das forças de Kiev. Pelo menos uma pessoa terá morrido;
    • Ao lado do primeiro-ministro sueco, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apelou à Turquia para viabilizar a entrada da Suécia na NATO, entendendo que “não há razão para não se avançar”;
    • O líder da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) voltou a lançar um apelo à Rússia e à Ucrânia para que tomem medidas que garantam a segurança da central nuclear de Zaporíjia. “Um dia a nossa sorte vai esgotar-se”, advertiu Rafael Grossi;
    • A Geórgia, país candidato à União Europeia, confirmou que não irá impor sanções à Rússia, contrariando assim a posição de Bruxelas;
    • A Comissão Europeia defendeu hoje o prolongamento até pelo menos final de outubro do veto às importações de cereais da Ucrânia concedido a Polónia, Hungria, Bulgária, Roménia e Eslováquia devido a perturbações no seu mercado.

  • Zelensky: resultado do conflito “vai ser decidido por nós, em conjunto com os EUA e com a Europa"

    Como é habitual, o Presidente ucraniano falou ao país no final da noite desta terça-feira. Num dia marcado pelas acusações russas de que a Ucrânia teria atacado a Rússia com drones, Zelensky optou por não mencionar o incidente (horas antes já tinha negado qualquer envolvimento de Kiev), e concentrou a sua declaração nos bombardeamentos contra Kiev e no já habitual apelo à união entre a Ucrânia e os aliados ocidentais.

    O caminho da Ucrânia, frisou, continua a ser traçado lado a lado com os parceiros do Ocidente, que ajudam o país numa guerra que vai para lá do seu próprio território. “Agora, na Ucrânia, na nossa terra e nos nossos ares, está a ser decidido se a liberdade e a civilização vão manter a supremacia global este século”, salientou.

    Para travar essa luta, Zelensky chamou a responsabilidade à Ucrânia, mas não só: “Vai ser decidido por nós, em conjunto com os EUA, em conjunto com a Europa, e em conjunto com os nossos aliados e parceiros”.

  • NATO. Stoltenberg acredita na adesão da Suécia antes de cimeira de julho

    O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que a adesão da Suécia à organização é “perfeitamente possível” antes da cimeira de líderes da Aliança Atlântica em Vilnius, Lituânia, em julho.

    Dois dias depois da reeleição do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que se opôs à entrada da Suécia na organização, Stoltenberg disse estar confiante de que haverá uma saída para as dificuldades encontradas.

    “Não há garantias. Mas é perfeitamente possível chegar a uma solução que permita a decisão sobre a adesão plena da Suécia” até à cimeira, disse Stoltenberg, durante uma conferência de imprensa em Oslo, Noruega, cidade que vai receber uma reunião informal de chefes de diplomacia dos países da NATO entre quarta e quinta-feira.

  • Líder da AIEA volta a lançar alerta sobre Zaporíjia: “Um dia a nossa sorte vai esgotar-se”

    O líder da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) voltou a lançar um apelo à Rússia e à Ucrânia para que tomem medidas que garantam a segurança da central nuclear de Zaporíjia.

    Num encontro com o Conselho de Segurança das Nações Unidas – e no mesmo dia em que se encontrou com o embaixador russo na ONU – Rafael Grossi disse que a comunidade internacional está “a lançar os dados” da sorte de cada vez que há um corte de energia na central, ficando esta dependente de geradores de emergência para impedir a catástrofe.

    No total, já ocorreram sete destas falhas desde o início da invasão, e o líder da AIEA não tem dúvidas: se continuarem a acontecer, “um dia a nossa sorte vai esgotar-se”.

  • UE defende extensão de veto à importação de cereais até fim de outubro

    A Comissão Europeia defendeu hoje o prolongamento até pelo menos final de outubro do veto às importações de cereais da Ucrânia concedido a Polónia, Hungria, Bulgária, Roménia e Eslováquia devido a perturbações no seu mercado.

    O veto atualmente em vigor expira a 05 de junho e a sua extensão até ao fim de outubro, quando terminam as colheitas, visa garantir que aqueles cinco países europeus na linha da frente têm suficiente capacidade de armazenamento.

    A informação, hoje confirmada após a reunião de ministros da Agricultura da União Europeia (UE) em Bruxelas, vai contra o pedido do ministro da tutela ucraniano, Mykola Solskyi, que instou ao não-prolongamento dessa restrição – que só permite a importação de cereais ucranianos pelos restantes Estados-membros da UE — além de 05 de junho, por considerar que “não é maneira” de resolver a questão.

  • Filipe Nyusi recebe Sergei Lavrov para “reforço das relações bilaterais” esta quarta-feira

    O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, visita Moçambique esta quarta-feira. Será recebido pelo Presidente Filipe Nyusi, “no quadro do reforço das relações bilaterais”, anunciou a Presidência da República.

    “Os governantes abordarão o reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação, assim como a situação política, social, económica e de segurança dos dois países. Irão, igualmente, trocar impressões sobre a guerra na Ucrânia”, lê-se em comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

  • EUA apelam à Turquia para deixar Suécia aderir à NATO

    Ao lado do primeiro-ministro sueco, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apelou à Turquia para viabilizar a entrada da Suécia na NATO, entendendo que “não há razão para não se avançar”.

    Numa conferência de imprensa conjunta com o chefe de governo sueco, Blinken defendeu que Estocolmo fez progressos significativos para construir pontes com Ancara e resolver as divergências existentes.

    “A Turquia levantou preocupações importantes e legítimas; a Suécia e a Finlândia responderam a essas preocupações”, disse, acrescentando que espera ver o processo de adesão concluído muito em breve. “Aguardamos com expectativa que este processo se conclua nas próximas semanas. Não temos dúvidas de que pode ser, deve ser, e esperamos que o seja”, frisou.

  • Grupo Wagner incentiva novos recrutas através das redes sociais

    O Grupo Wagner está a recorrer ao Twitter e Facebook e à comunicação social para contratar novos mercenários face ao número elevado de baixas que está a sofrer no conflito na Ucrânia, reporta o Politico.

    O grupo paramilitar russo está a recrutar, entre outros, médicos, operadores de “drones” (aparelhos aéreos não tripulados) e até psicólogos para apoiar as operações militares no terreno, inclusivamente na Ucrânia.

    Uma mensagem publicada em francês nas redes sociais afirmava que os operacionais do Grupo Wagner têm “férias pagas, cuidados de saúde, empregos bem remunerados e a oportunidade de trabalhar em todo o mundo”.

    O salário é de 240 mil rublos (2.800 euros) e haverá um “bom bónus por resultados”, referia a mesma.

  • Ucrânia. Explosões ouvidas a sul, em Melitopol

    No seu canal de Telegram, Vladimir Rogov, que é membro do concelho da administração civil russa da cidade, referiu que, “de acordo com informação preliminar, a causa das explosões em Melitopol foi uma tentativa das Forças Armadas Ucranianas de lançarem um ataque com mísseis sobre a cidade”. O responsável acrescentou, no entanto, que os sistemas de defesa aérea russos preveniram que tal acontecesse.

    Uma testemunha anónima disse ainda à CNN Internacional que um avião foi abatido na área ao final do dia de ontem. “É a primeira vez em todos estes dias de guerra em larga escala que um avião é abatido sobre nós”, relatou.

    Melitopol tem funcionado como um importante centro de operações do exército russo, à medida que o Kremlin reforça as suas defesas para combater a esperada contraofensiva ucraniana.

  • Drones ucranianos contra Rússia? "Não favorece Kiev"

    Rússia acusa Ucrânia de ataques com drones em Moscovo. Kiev negou responsabilidades. “Incidente pretende equilibrar e justificar ataques russos em Kiev”.

    Ouça aqui a análise do major-general Arnaut Moreira, no Gabinete de Guerra.

    Drones ucranianos contra Rússia? “Não favorece Kiev”

  • 4 mortos na Ucrânia na mais recente vaga de bombardeamentos russos

    Quatro pessoas morreram na Ucrânia nas últimas horas após mais uma vaga de bombardeamentos russos um pouco por todo o país.

    De acordo com a Sky News, que cita responsáveis ucranianos, os ataques provocaram ainda 34 feridos, incluindo duas crianças.

    Em resposta aos ataques, o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, disse que “a Rússia está a tentar quebrar-nos e quebrar o nosso espírito”.

  • "Mortos e feridos" em Belgorod após novo ataque ucraniano, diz governador

    O governador de Belgorod veio hoje relatar mais um ataque ucraniano na região, que nos últimos dias tem sido particularmente atingida por incursões das forças de Kiev.

    Num publicação no Telegram citada pela CNN Internacional, Vyacheslav Gladkov diz que este mais recente ataque atingiu um centro de alojamento temporário e provocou “mortos e feridos”, mas não adianta mais pormenores.

  • Geórgia confirma que não vai impor sanções à Rússia

    A Geórgia, país candidato à União Europeia, confirmou que não irá impor sanções à Rússia, contrariando assim a posição de Bruxelas.

    “A nossa posição sobre as sanções permanece inalterada: não vamos impor sanções à Federação Russa”, afirmou Irakli Kobakhidze, líder do Partido Sonho Georgiano, que está no poder, em declarações citadas pela Interfax.

    O país tem sido criticado pela aparente aproximação a Moscovo nos últimos tempos, tendo recentemente restabelecido os voos comerciais com a Rússia. Kobakhidze diz que a imposição de sanções contribuiria para o escalar das tensões na região e traria consequências negativas para a economia da Geórgia.

  • Reino Unido: Ucrânia tem "direito legítimo" de atacar o território russo

    O Reino Unido também já se pronunciou sobre os ataques a Moscovo das últimas horas. Londres defendeu a aparente ação ucraniana, e disse que Kiev tem o “direito legítimo” de atacar a Rússia para lá das suas próprias fronteiras.

    As declarações, feitas à Sky News pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, James Cleverly, contrasta com a dos EUA e da maioria dos aliados ocidentais, que têm insistido que a Ucrânia deve apenas travar uma guerra defensiva, não devendo usar o equipamento que lhe poderá ser enviado – como os caças F-16 – para atacar diretamente a Rússia.

    “[A Ucrânia] tem o direito legítimo de atacar a Rússia dentro das suas próprias fronteiras, como é óbvio. Mas também tem o direito de projetar as suas forças para lá da fronteira como forma de afetar a capacidade russa de projetar as suas forças para a Ucrânia”, sustentou o responsável numa conferência na Estónia.

    Para Cleverly, os “alvos militares legítimos” de Kiev podem, e devem, estender-se até ao próprio território russo como parte da defesa legítima da soberania ucraniana. “Devíamos reconhecer isso”, afirmou.

  • Rússia coloca dois importantes oficiais ucranianos na lista de procurados

    Horas depois do ataque a Moscovo, o Ministério do Interior russo colocou dois importantes oficiais ucranianos na sua lista de procurados pela justiça, diz a CNN Internacional.

    Tratam-se do comandante das forças armadas ucranianas, Valery Zalyzhny (que, na última semana, tinha sido alvo de rumores, entretanto desmentidos, por parte da Rússia de que estaria às portas da morte), e de Oleksandr Syrsky, comandante das forças terrestres.

    Além da alegada responsabilidade pelos ataques da última noite, o Kremlin diz ainda que os oficiais são suspeitos de terem participado no bombardeamento de “estruturas e pessoas civis” no Donbass.

  • Comentador da televisão russa pede que cidades ucranianas sejam "desmanteladas"

    O ataque com drones a Moscovo tem servido para fazer aumentar a retórica contra a Ucrânia nos media russos.

    No Twitter, Francis Scarr, jornalista da BBC que monitoriza a televisão russa, partilhou um excerto de um programa de televisão no qual se pode ouvir o comentador Vladimir Solovyov a pedir que várias cidades ucranianas, como Kiev, Odessa, Dnipri e Lviv, sejam “desmanteladas”.

    O comentador em questão diz ainda que a Rússia não está a lutar contra a Ucrânia, mas sim “contra a NATO” e que, quanto mais cedo a população russa se mentalizar disso, mais depressa o país sairá vencedor do conflito.

  • Ataque a Moscovo: pelo menos um dos drones utilizados seria ucraniano

    O jornal britânico The Guardian está a avançar que, ao que tudo indica, pelo menos um dos drones utilizados na última noite para atacar Moscovo será de fabrico ucraniano.

    O aparelho em causa, o drone UJ-22, tem um alcance de cerca 800km, sendo que a distância da fronteira ucraniana até à capital russa é de cerca de metade — 450km.

  • Acordo com FMI para desembolso de parte da ajuda à Ucrânia

    A Ucrânia cumpriu os critérios que permitem um novo desembolso pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de 900 milhões de dólares (823 milhões de euros) do programa de assistência para a reconstrução, anunciou hoje a instituição financeira.

    O programa tem um valor total de 15,6 mil milhões de dólares.

    “A atividade económica ucraniana no primeiro trimestre recuperou fortemente”, graças ao restabelecimento das infraestruturas energéticas e “todos os critérios foram cumpridos” por Kiev para receber esta tranche, segundo o comunicado publicado após uma semana de reuniões entre as duas partes em Viena, na Áustria.

  • EUA demarcam-se de eventual ataque ucraniano: “Não apoiamos ataques dentro da Rússia”

    Os EUA já reagiram aos ataques com drones esta noite em Moscovo, que o Kremlin diz terem sido perpetrados pela Ucrânia.

    Em comunicado citado pela Reuters, um porta-voz da Casa Branca disse que os responsáveis norte-americanos ainda estão a recolher informações. No entanto, Washington salientou que “como princípio geral, não apoiamos ataques dentro da Rússia”.

    A mesma fonte indicou que Washington está “focado em fornecer à Ucrânia todo o equipamento e treino necessário para que consigam reconquistar o seu território soberano”.

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