Estreia da Semana
Um triângulo amoroso em pleno court de ténis
Em "Challengers", um filme em que amor e ténis se confundem, Luca Guadagnino segue a relação entre um trio de jovens e talentosos jogadores ao longo de 15 anos. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
"O Rapto": Marco Bellochio contra a Igreja
Em 1858, em Bolonha, o Vaticano tirou uma criança judia à família. Marco Bellochio recria a história em "O Rapto", entre a objetividade e o libelo anticlerical. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Uma Amy Winehouse convincente num filme limitado
A interpretação certeira de Marisa Abela como Amy Winehouse é o melhor do sincero, empático mas limitado "Back to Black", realizado por Sam Taylor-Johnson. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
A comédia negra falhada de Roman Polanski
Roman Polanski situa "O Hotel Palace" num hotel de luxo no último dia de 1999, mas a fita não está à altura das intenções satíricas e anarquizantes do cineasta. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Ryûsuke Hamaguchi perdeu-se na natureza
Após o merecido sucesso de "Drive My Car", o cineasta japonês quis, compreensivelmente, fazer um filme muito diferente, mas "O Mal Não Está Aqui" é uma deceção. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
"Caça-Fantasmas" com o termómetro abaixo de zero
Os novos voltam a juntar-se aos originais em "Caça-Fantasmas: O Império do Gelo" para salvar Nova Iorque — e o mundo, claro está — de um demónio do frio. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Um euro-western que vale por Madds Mikkelsen
"A Terra Prometida" passa-se na Dinamarca do século XVIII e é uma co-produção europeia feita sobre uma matriz narrativa americana. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas, que são para o protagonista.
A "Priscilla" de Sofia: uma ave na gaiola dourada
Sofia Coppola adapta o livro de Priscilla Presley sobre a vida com Elvis, filmando o desabrochar e o definhar de um insólito romance. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
"Duna" e a segunda parte de qualidades e defeitos
A parte 2 da adaptação do livro de Frank Herbert por Denis Villeneuve reitera o que a primeira tem de bom, mas insiste nos mesmos defeitos e junta-lhes outros. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
“Soares é Fixe!”: isto não se faz ao “Bochechas”
Sérgio Graciano recria a noite da segunda volta das presidenciais de 1986 em "Soares é Fixe!", mas o Mário Soares do filme não tem nada a ver com o verdadeiro. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
"Os Excluídos": dramático, melancólico e caloroso
O filme de Alexander Payne passa-se em 1970, num colégio particular, onde um professor, um aluno e uma cozinheira têm que passar o Natal sozinhos. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.
"O Pior Homem de Londres": meticuloso e bocejante
Em "O Pior Homem de Londres", Rodrigo Areias conta a história do anglo-português Charles Augustus Howell, negociante de arte venal na Londres da rainha Vitória. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Um cadáver na neve e o colapso de uma família
Vencedor do Festival de Cannes, "Anatomia de uma Queda", de Justine Triet, usa a estrutura do policial jurídico para radiografar um casamento deteriorado. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.
"Pobres Criaturas": mixórdia risível e enfadonha
Ridículo e disfarçado de "transgressor", "Pobres Criaturas", de Yorgo Lanthimos, consegue também dar a Emma Stone um papel embaraçoso. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
Terror português com tudo em família
O realizador e artista plástico Gabriel Abrantes assina "A Semente do Mal", um raríssimo filme de terror português, passado no interior do país. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Aki Kaurismaki e o amor entre os desamparados
Em "Folhas Caídas" o finlandês Aki Kaurismaki volta a pôr em cena, como só ele sabe, um romance cheio de obstáculos entre dois esquecidos da sociedade. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.
Godzilla volta a aterrorizar o Japão
A melhor estreia deste final de ano é “Godzilla Minus One”, de Takashi Yamazaki, onde o monstro mutante vindo do fundo do mar regressa ao Japão dos anos 50. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.
Um "thriller" sóbrio sobre o tráfico de crianças
Para lá da controvérsia e das campanhas negativas em seu redor, "Som da Liberdade", de Alejandro Monteverde, é um filme eficiente e que sabe defender o seu tema. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Wim Wenders fingido e paternalista em Tóquio
Em "Dias Perfeitos", Wim Wenders segue a rotina frugal de um homem que limpa sanitários públicos em Tóquio, mas o filme é uma pose bem estudada e construída. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
"Maestro": na intimidade de Leonard Bernstein
Bradley Cooper realiza "Maestro" e interpreta Leonard Bernstein, contando a história e a importância da sua relação com a mulher, Felicia (Carey Mulligan). Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Nem melodrama nem sátira, só ambiguidade a mais
“May December: Segredos de um Escândalo”, de Todd Haynes e com Julianne Moore e Natalie Portman, inspira-se num facto real e é demasiadamente dúbio e incerto. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Um pastelão histórico e um Napoleão sorumbático
O "Napoleão" de Ridley Scott falha como biografia, falha como drama, como evocação histórica e como espectáculo. Joaquin Phoenix não é um imperador convincente. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
Schrader não floresce no jardim do bem e do mal
O realizador americano repete-se em registo menor e anda em círculos em "O Mestre Jardineiro", interpretado por Joel Edgerton e Sigourney Weaver. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Um Miyazaki tão deslumbrante como intrigante
"O Rapaz e a Garça" poderá ser ou não o filme animado de despedida do mestre nipónico Hayao Miyazaki, mas é esplendoroso, arbitrário e muito metafórico. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Em Versalhes com Johnny Depp e a atriz errada
A atriz e cineasta Maïwenn realiza e escreve "Jeanne du Barry — A Favorita do Rei", interpretando também o papel do título. Uma decisão que prejudicou a fita. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Fassbender mata sob as ordens de Fincher
David Fincher adapta uma banda desenhada francesa em "O Assassino", com Michael Fassbender no papel da rigorosa, inflexível e amoral personagem do título. Eurico de Barros dá-lhe quatro estrelas.
A longa estopada anti-épica de Martin Scorsese
"Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese, é uma história real sobre o assassínio de índios ricos no século XX. Mas a fita é maçuda e longa de mais. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Os franceses estragaram "Os Três Mosqueteiros"
"Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan", de Martin Bourboulon, mostra que o cinema vai mal quando já nem os franceses conseguem fazer um bom filme de capa e espada. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
Woody Allen em Paris, com amor, adultério e crime
Rodado em França com um elenco todo francês, "Golpe de Sorte", de Woody Allen, volta a trabalhar as ideias de liberdade individual, acaso, sorte e coincidência. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
O ocaso cinematográfico de Nanni Moretti
Em "O Sol do Futuro", Nanni Moretti fala de si mesmo, de cinema e de política, repetindo-se à exaustão e repisando temas, obsessões e dispositivos narrativos. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
"Dumb Money": a revolta dos pequenos investidores
Em "Dumb Money", Craig Gillespie conta a história real do fenómeno da GameStop, o movimento de investidores populares que enfrentou e venceu Wall Street. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
Mais um atentado a Poirot e Agatha Christie
Kenneth Branagh adapta ao cinema um livro de Agatha Christie pela terceira vez em "Mistério em Veneza". Pela terceira vez o resultado é totalmente deplorável. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
A biblioteca de Eco e a memória da humanidade
Em “Umberto Eco — A Biblioteca do Mundo”, Davide Ferrario visita a colossal biblioteca do falecido autor para falar sobre livros, conhecimento e memória. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Assassínio e comédia na Paris dos anos 30
François Ozon cruza a comédia de "boulevard" francesa e a "screwball comedy" americana em "O Crime é Meu", adaptação de uma peça de teatro dos anos 30. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Luta pelo poder num bastião do mundo islâmico
Em "A Conspiração do Cairo", o realizador Tarik Saleh põe um caloiro de teologia no meio de uma batalha entre as elites político-militares e religiosas egípcias. Eurico de Barros dá-lhe três estrelas.
Um regresso falhado ao Afeganistão dos talibãs
Em “Operação Kandahar”, Ric Roman Waugh quer fazer mais do que um filme de acção pura e dura passado no Afeganistão após a debandada dos EUA, mas não consegue. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
Um vampiro à solta num barco que foge ao rumo
Em "Drácula: O Despertar do Mal", o norueguês André Ovredal recria a viagem do barco que transporta o vampiro no livro de Bram Stoker, mas abusa das liberdades. Eurico de Barros dá-lhe uma estrela.
Os Bourbon de Linhaça deviam ter ficado na TV
Depois da série, eis “Pôr do Sol — O Mistério do Colar de São Cajó”, o filme, e que é, basicamente, um episódio especial daquela metido à força no cinema. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
A repetição em “A Viagem do Papa Francisco”
O documentário de Gianfranco Rosi é composto por uma montagem de imagens das viagens do Sumo Pontífice nos últimos 10 anos. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
"Barbie": filmar para a boneca
Em "Barbie", Greta Gerwig começa por brincar com ironia com o mundo das Barbies, mas o filme perde graça e foco quando se torna "relevante" e sentencioso. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
"Oppenheimer": um filme de baixa potência
"Oppenheimer", de Christopher Nolan, é a história do Projecto Manhattan, que deu origem à bomba atómica, e do seu "pai", o físico J. Robert Oppenheimer. Eurico de Barros dá-lhe duas estrelas.
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