Há uns anos, não se viajava sem levar um (ou mais) mapa de papel. Abrir um mapa, conhecer a geometria da cidade, procurar cuidadosamente pelos destinos de interesse e criar itinerários, era uma rotina obrigatória dos viajantes. É, aliás, incomum encontrar alguém que nunca tenha folheado um popular mapa da Michelin. Muitos ainda consideram mesmo que aprender a ler um mapa constituiu um rito de passagem importante para a independência, cultura e sentido de orientação.
Mas depois veio o GPS. Os mapas digitais que nos guiam, a pé ou de carro, por qualquer lado do mundo, em auto-estrada ou em trilhos que pensamos perdidos. E tal como muitos deixaram de decorar números de telefone com a massificação dos telemóveis, deixaram de saber ler mapas em papel.
“Gerações estão a crescer totalmente dependentes de sinais e softwares para chegarem aos seus destinos”, desabafa a preocupada Royal Institute of Navigation, um instituto britânico dedicado à navegação.
Apesar de tudo, o GPS é muito prático e rápido. Mas um mapa de papel tem muito que se lhe diga. Durante séculos foram forjados, desenhados e lidos inúmeros mapas, que possibilitaram e potenciaram a descoberta de novas culturas, e a planificação de infraestruturas para cidades e para a literatura.
Há quanto tempo não abre um mapa de papel?
O Guardian escolheu 12 mapas que explicam a beleza da extensa história da cartografia, palavra inventada pelo historiador português Manuel Francisco Carvalhosa, que indica o estudo e pratica de fazer mapas, combinando ciência, estética e técnica.