Os 25 portugueses mais ricos, com o empresário da cortiça Américo Amorim no topo, concentram 8,5% da riqueza nacional e viram a sua fortuna crescer para 14,7 mil milhões de euros em 2015, revela a revista Exame.
A lista anual dos 25 mais ricos de Portugal é elaborada há 11 anos pela Exame e será publicada na edição de agosto da revista que chega às bancas na quinta-feira, dia 30 de julho.
Américo Amorim, que foi o homem mais rico do país em 2008, 2009, 2010 e 2011, regressando ao primeiro lugar em 2013, mantém-se na mesma posição, com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros.
O dono da Corticeira Amorim ficou, no entanto, mais pobre, pelo segundo ano consecutivo, contrariando a tendência do “top 25” dos milionários, que enriqueceram ainda mais em 2015 face ao ano anterior, quando somavam 14,3 mil milhões de euros.
Os patrões da grande distribuição, Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) e Belmiro de Azevedo (Sonae) e a família Guimarães de Melo estão igualmente entre os mais ricos dos ricos.
Soares dos Santos ocupa o segundo lugar, mas viu a sua fortuna aumentar 100 milhões de euros, para quase 1,8 mil milhões, graças à valorização das ações da dona do Pingo Doce.
Belmiro de Azevedo, que já foi o homem mais rico de Portugal, viu igualmente a sua fortuna bolsista subir 100 milhões para quase 1,4 mil milhões de euros, mantendo-se no terceiro lugar do ‘ranking’.
Os Guimarães de Mello são a família mais rica e mantiveram a fortuna de 1,2 mil milhões de euros, com os investimentos no Grupo José de Mello, Brisa, CUF, Efacec e EDP.
Na lista dos 10 mais ricos surge apenas uma mulher, Maria Isabel dos Santos, uma das principais acionistas da Jerónimo Martins.
Detentora de cerca de 10% da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, dona da Jerónimo Martins, ocupa o 9.º lugar do ranking, com uma fortuna de 448 milhões de euros, e enriqueceu face ao ano anterior.
António Mota e as irmãs saíram da lista dos 10 mais ricos devido à queda da cotação da Mota-Engil que os atirou do sexto lugar do ranking do ano passado para 17.º lugar em 2015.
O presidente da Simoldes, António da Silva Rodrigues, protagonizou a maior subida do ‘ranking’, de 9.º para 5.º lugar, com uma fortuna calculada em 967 milhões de euros, enquanto o “patrão” dos hotéis Pestana, Dionísio Pestana, entrou diretamente para o “top 10”.
A Exame faz o levantamento do património empresarial usando todas as fontes disponíveis, como relatórios e contas (de 2013 e 2014), entrevistas de gestores e sites das empresas, aplicando depois diferentes métodos, conforme as empresas em apreciação.
Segue-se a lista completa dos “top 10” do ranking
- Américo Amorim: 2484,2 milhões de euros (3298,3 milhões de euros no ranking anterior, que já liderava)
- Alexandre Soares dos Santos: 1763,2 milhões de euros (vs. 1634,6 milhões de euros no ranking anterior, quando já era segundo)
- Belmiro de Azevedo: 1382,5 milhões de euros (vs. 1225,8 milhões de euros no anterior, quando já estava em terceiro lugar no ranking)
- Família Guimarães de Mello: 1189,4 milhões de euros (vs. 1224,8 milhões de euros, quando já estava em quarto no ranking)
- António da Silva Rodrigues: 967 milhões de euros (vs. 762 milhões de euros, a maior subida do ranking, de 9.º para 5º)
- Família Alves Ribeiro: 663 milhões de euros (contra 1078,5 milhões de euros, caindo do quinto lugar)
- Fernando Campos Nunes: 539,2 milhões de euros (contra os 400,9 milhões de euros, quando estava em décimo lugar)
- Dionísio Pestana: 506,6 milhões de euros (entrada direta no top 10 de 2015)
- Maria Isabel dos Santos: 448 milhões de euros (vs. 429 milhões de euros anteriores)
- Fernando Figueiredo dos Santos: 448 milhões de euros (contra 429 milhões e 8.º lugar)