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  • Fim de jogo, depoimentos recolhidos, resta dizer-lhe que, como sempre o é, foi um prazer tê-lo desse lado, connosco, no LiveBlog. A crónica do jogo, cortesia do Diogo Pombo, já está prontinha a ler.

    E entretanto, lembro-lhe que há outro jogo a decorrer e que também estamos a acompanhar em LiveBlog aqui no Observador: o FC Porto-Sporting de Braga. É o João Pedro Pincha que por lá lhe conta tudo ao minuto.

    Estivemos por aqui a acompanhar o 3-0 com que o Sporting derrotou o Benfica no Estádio da Luz. Os leões mantêm-se na liderança do campeonato e têm agora oito pontos de vantagem sobre os encarnados — embora a equipa de Rui Vitória tenha um jogo a menos.

    Desejamos-lhe uma boa semana e obrigado por ter estado aí desse lado. Um abraço e até mais! 

  • E da sala de imprensa do Estádio da Luz é tudo. 

  • Há outro dérbi à porta, para a Taça de Portugal. Em dois jogos, Rui Vitória tem duas derrotas com o Sporting, uma para a Supertaça, outra para a Liga. “Passar por situações difíceis faz parte de quem quer vencer. Perdemos este jogo. Ponto final. Haveremos de ganhar mais.”

  • “Eu não disse que o Sporting não era uma equipa. O que disse é que o nosso lema é: nós somos uma equipa contra 11 jogadores. Não há nada de malicioso no que disse. É um lema interno. Ponto final.” Rui Vitória acaba com a polémica. 

  • “Nós queremos somar sempre os três pontos. Não acontecer. Mas as outras equipas ainda vão perder muitos pontos. Em maio fazem-se as contas definitivas. A esta altura do campeonato não se podem fazer grandes ilações. Se fosse fácil, não seria para mim. Isto é para campeões. E os campeões vão dar a devida resposta.” Rui Vitória, apesar dos oito pontos (ainda que provisórios) de desvantagem para o FC Porto, não dá a Liga por perdida.  

  • Duas derrotas em duas semanas, contra o Galatasaray e contra o Sporting. Como é que se explica? “São contextos diferentes. Este jogo tem uma história difícil de contar. Os golos surgiram de lances fortuitos. Em relação à Liga dos Campeões, perdemos, mas estamos dentro do objetivo. Temos seis pontos e queremos somar nove no próximo jogo em casa.”

  • Rui Vitória: “As coisas não correram bem para o nosso lado. Há jogos assim. A equipa entrou muito bem no jogo, mas o golo do Sporting condicionou-nos. Com o resultado negativo, a equipa foi digna, foi à procura, a tendência é não raciocinar, mas fomos à procura do golo.”

  • Chega Rui Vitória, com Luís Filipe Vieira e Rui Costa a sentarem-se, logo depois, nas cadeiras em frente.

  • E qual foi o segredo da vitória? “Não vou falar muito disso, para que não digam que sou um espertalhão: olha este, só porque venceu por 3-0, vem agora dizer que por isto ou por aquilo. Mas foi.”

  • “Eu gostava que a equipa continuasse a manter estes níveis até final. Mas estamos numa fase de crescimento. Há coisa que a equipa ainda não aprendeu. Mas só crescendo é que podemos disputar o título com o Porto e o Sporting.”, diz Jesus, quando questionado se, depois desta inequívoca vitória, os leões eram realmente candidatos ao título. 

  • Continua Jesus, a propósito das declarações de Rui Vitória, que “desconfiava” se o Sporting era uma equipa ou se seria só 11 jogadores: “Não utilizei as declarações do treinador do Benfica para incentivar os meus jogadores. O que lhes disse, aos jogadores, foi para estares tranquilos. Se estivessem, estaríamos mais próximos de ganhar. E ganhamos.” 

  • Jesus na sala de imprensa: “É vantajoso ter oito pontos — ou cinco, como queiram [Benfica referia-se à diferença de pontos, contabilizando o jogo que o Benfica ainda tem por disputar com o União da Madeira]. Dá-nos confiança. Não era normal ganhar aqui na Luz. Mas para o Benfica também não está nada perdido. Se me perguntassem, antes do jogo, se o Sporting ia ganhar 3-0? Não. Mas se sabia que ia ganhar? Sim.”

  • Daqui, da tribuna de imprensa, é tudo. Vamos trazer as declarações dos intervenientes na sala de imprensa daqui a nada. Entretanto, também daqui a nada, o Diogo Pombo conta-lhe, em crónica, o que se passou no relvado. O resultado já se sabe: 3-0. Mas a análise, os pormenores que se fizeram “por-maiores”, é mais detalhada que isso. 

  • No relvado, com as bancadas vazias de benfiquistas mas ainda repletas, no topo norte, de sportinguistas, Bruno de Carvalho veio agradecer a quem de direito: aos adeptos do Sporting, que, ainda que em casa alheia, ainda que menos, muito menos em número, fizeram-se ouvir sempre que conseguiram. Os leões no relvado também deram uma ajudinha. 

  • Agora, escuta-se Rui Vitória: “Eu acho que foi um jogo atípico: até começámos bem, a equipa estava a criar caudal ofensivo, e numa saída nossa, acaba por dar golo do Sporting. E mexeu com a cabeça dos jogadores. A equipa estava a reerguer-se e sofre o segundo. E o terceiro foi a mesma coisa. É complicado correr atrás do prejuízo. Mas a equipa teve a dignidade de lutar até ao fim. O Sporting foi feliz e nós não. Já passei por momentos muito maus. O que disse foi ao intervalo foi para não nos escondermos. Nós somos o Benfica e temos que lutar até ao fim pela vitória. Não conseguimos, mas trabalhámos. Coisas fáceis não são para mim. O Benfica tem um futuro risonho à sua frente.”

  • Jorge Jesus: “É um regresso. Foi uma vitória brilhante. Habituei esta casa a ver coisas bonitas, e o Sporting hoje fez coisas bonitas. A vitória vai inteiramente para os jogadores do Sporting, para os adeptos, que acreditaram. E uma palavra, se me permitirem, para o adeptos do Benfica: com a equipa a perder 3-0, não deixaram de apoiar.”

  • Fala Samaris, num português perfeito, à flash interview da BTV: “Todos os jogadores tentaram fazer o melhor, mas o primeiro golo foi decisivo e tirou-nos confiança. Não criámos oportunidades, nem conseguimos finalizar bem as que tivemos. Quem marca primeiro, a maioria das vezes ganha. É difícil perder assim contra o Sporting. Perdemos no campo, mas, nas bancadas, os nossos adeptos foram incríveis. Nunca senti nada assim.”

  • O resumo no final do jogo

    Fim do dérbi na Luz — para a história. O Sporting sai do dérbi com um resultado para encher os egos e a confiança de toda a gente. A equipa decidiu o clássico nos primeiros 36 minutos da primeira parte, quando Téo, Slimani e Bryan Ruiz marcaram os golos que castigaram erros e desatenções do Benfica. Um passe errado de André Almeida à entrada da área, um Luisão pregado à relva sem esperar a antecipação do argelino e um contra-ataque poucos encarnados tiveram pernas para acompanhar depois de um canto a favor.

    O intervalo chegou com uma desvantagem que o Benfica não tinha em casa há 56 anos. A segunda parte não teve o ritmo desenfreado da primeira. Os leões passaram a defender com mais cautela, William e Adrien mais chegados aos defesas, e a equipa passou a ter mais olho para os erros alheios. O Benfica partiu logo para cima do rival e quis fazer tudo rápido — só que quase nunca saía bem. O Sporting passou a dar prioridade ao contra-ataque e todas as bolas que recuperou eram para colocar em Slimani na frente, para que depois o avançado as desse a João Mário, que corria de frente para a baliza. Os encarnados demoraram a atinar com isto e só a entrada de Pizzi lhes deu alguma calma para fazerem algo no ataque. Mesmo assim, só um remate de longe de Samaris e uma bola que Jiménez roubou a Naldo, junto à linha de fundo, deram algo de perigoso ao ataque encarnado.

    O Sporting foi melhor em quase tudo e Jorge Jesus mostrou que passou uma semana a preparar a equipa para ser matreira e calma na Luz. A vitória passa a dar oito pontos de vantagem aos leões sobre os encarnados no campeonato — o Benfica, porém, tem um jogo a menos — e deu um sorriso a JJ no regresso à casa onde esteve nos últimos seis anos.

  • Fim de jogo. O semblante de quem sai de encarnado é pesado. Lá no topo, faz-se a festa na casa do rival. No relvado, alheios a rivalidades e clubismos, os jogadores de um e de outro lado cumprimentam-se, primeiro, e agradecem o apoio dos seus adeptos depois. Até ver, terminou tudo com o fair play que se exige.

  • Na bancada norte escutam-se olés. É a bancada onde, no topo, estão as claques do Sporting. E no relvado os leões ajudam à festa, trocando a bola a seu belo prazer. 

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