Já se atua no Liberty Inaugural Ball, o primeiro de três eventos em que o casal Trump participa esta sexta-feira à noite, em Washington.

Além da cantora Erin Boheme (em baixo, na imagem), atuam também Tony Orlando, Tim Rushlow e a sua Big Band, os Piano Guys e outros artistas.

Entretanto já foi divulgado o texto integral da ordem executiva assinada por Donald Trump sobre o Obamacare. O documento sublinha que é intenção da administração Trump “a revogação imediata” do Obamacare. No entanto, “enquanto a revogação está pendente, é imperativo para o ramo executivo garantir que a lei está a ser implementada de forma eficaz, e agir de forma consistente com a lei para minimizar o fardo económico e regulatório injustificado” daquele sistema.

Por isso, acrescenta o documento, “até aos limites permitidos pela lei, o Secretário da Saúde e Serviços Humanos e os líderes de outros departamentos executivos e agências, com autoridade e responsabilidades ao abrigo do Ato [Obamacare] deverão exercer toda a autoridade e discernimento para isentar, protelar, garantir exceções ou atrasar a implementação de qualquer exigência do Ato que imponha um fardo fiscal a qualquer estado”.

No documento lê-se ainda que as agências federais com responsabilidades em assuntos relacionados com a saúde devem promover um mercado aberto no que toca aos serviços de saúde e aos seguros, “com o objetivo de alcançar e preservar o máximo de opções para os pacientes e consumidores”.

Leia o texto completo aqui:

Trump EO on Obamacare now out pic.twitter.com/SIhPpQWwyW

— Ben Jacobs (@Bencjacobs) January 21, 2017

Entretanto, o baile inaugural de Donald Trump como presidente dos EUA já começou. Segundo foi avançado nos últimos dias pela imprensa internacional, Donald Trump irá dançar My Way, de Frank Sinatra, com Melania Trump. A escolha da música motivou, aliás, grande controvérsia, com a filha de Frank Sinatra, Nancy Sinatra, a responder a Trump: “Lembre-se da primeira frase da canção”. Que, já agora, é “And now the end is near”, ou “O fim está próximo”.

No final da parada inaugural, e ainda antes do baile desta noite, Donald Trump ainda teve tempo para assinar mais documentos, mostrando que, apesar do dia cheio de eventos, está a conseguir arranjar tempo para começar a implementar as suas primeiras opções políticas. Entre os documentos que já oficializou, encontra-se, segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, uma “ordem executiva relativa ao Obamacare”.

.@potus signs documents to allow Mattis and Kelly to be sworn in & exec order on #Obamacare pic.twitter.com/CdGcGlyfbI

— Kayleigh McEnany 45 Archived (@PressSec45) January 21, 2017

Segundo o Washington Post, trata-se de uma decisão dirigida às agências federais para que “aliviem o fardo” do Affordable Care Act, mais conhecido como Obamacare, a política de saúde implementada por Barack Obama e que tem sido um dos principais alvos da campanha de Trump, que já anunciou que a quer abolir. O mesmo jornal adianta que o responsável de comunicação da Casa Branca não quis avançar mais pormenores sobre este documento assinado hoje, e recorda que o tema da saúde nem sequer foi mencionado no discurso inaugural de Donald Trump.

As autoridades detiveram 217 pessoas durante as manifestações anti-Trump que decorreram em Washington durante esta sexta-feira. Seis polícias ficaram feridos, dois deles foram transportados para o hospital. As informações foram dadas pelo porta-voz dos bombeiros de Washington. Montras partidas, carros danificados (um foi incendiado) foram os danos materiais. Um outro manifestante foi também levado para o hospital depois de ter sofrido ferimentos.

Durante a parada inaugural, o Senado não parou de trabalhar, e já confirmou os generais John F. Kelly e James Mattis para os cargos de Secretário da Segurança Nacional e Secretário da Defesa, respetivamente. Além disso, escreve a FOX News, sabe-se que o Senado começa a debater a confirmação de Mike Pompeo como diretor da CIA na próxima segunda-feira.

O general James Mattis foi aprovado com 98 votos a favor e apenas 1 contra. Já o general Kelly recebeu 88 votos favoráveis e 11 contra.

Acabou. Quase três horas depois, a parada inaugural já terminou. Donald Trump dirige-se agora para o interior da Casa Branca, e o casal presidencial vai preparar-se para os três bailes inaugurais em que vai dançar esta noite.

E continua a parada inaugural…

O antigo fotógrafo da Casa Branca luso-descendente Pete Souza partilhou uma fotografia de Barack Obama a afastar-se da Casa Branca, logo após ter abandonado a tomada de posse depois do juramento de Trump:

https://www.instagram.com/p/BPf72csBN4f/

Depois do juramento, Donald Trump já assinou os seus primeiros atos executivos. O Observador explica neste artigo as primeiras decisões assinadas por Trump.

Os três primeiros documentos que Trump assinou

Começa agora. Trump é Presidente com uma maioria no Senado e no Congresso. O que vai avançar já? O que vai demorar a fazer? O que ficará pelo caminho? E como vai Trump gerir tudo com os republicanos?

Trump já está na Casa Branca. E agora?

Os EUA vão abandonar a sua política de redução de energias poluentes e retomar as perfurações do petróleo e gás de xisto, anunciou hoje a Casa Branca.

A nova presidência Trump justificou a medida com a criação de emprego e obtenção de receitas para pagar a renovação das infraestruturas públicas.

Em relação ao clima, Trump “compromete-se a eliminar as políticas desnecessárias e prejudiciais, como o plano para o clima e as águas”, seguido pelo seu antecessor, Barack Obama, indica um texto colocado no sítio da Casa Branca, mal o novo presidente tomou posse.

O plano de Obama, batizado “Plano de Ação para o Clima”, adotado durante o seu segundo mandato, permitiu elaborar padrões federais para eliminar as fontes mais poluidoras, como as centrais térmicas mais antigas, modernizar a produção elétrica, sob o controlo da agência de proteção do Ambiente, a quem tinham sido atribuídos extensos poderes.

Com a intenção de colocar os EUA na via da transição energética, o plano encorajava também os esforços em energias renováveis.

“Levantar todas as restrições vai ajudar enormemente os trabalhadores norte-americanos, aumentar os salários em mais de 30 mil milhões de dólares (28 mil milhões de euros) nos próximos sete anos”, argumentaram os serviços da Casa Branca, que, ao contrário, não adiantaram nada sobre o Acordo de Paris contra as alterações climáticas ou o controverso projeto do oleoduto Keystone XL.

Durante a campanha eleitoral, Trump classsificou as alterações climáticas, resultantes do aquecimento global, como “uma mistificação”.

A Casa Branca indicou também que a perfuração do petróleo e gás de xisto iam ser retomadas nos EUA, cujas reservas estão estimadas num valor de 50 mil milhões de dólares.

“A administração Trump vai abraçar a revolução do petróleo e gás de xisto para criar empregos e trazer a prosperidade a milhões de norte-americanos”, afirmou-se no texto.

Os rendimentos obtidos com a exploração destes hidrocarbonetos, extraídos com a polémica técnica da fraturação hidráulica, vão servir para financiar a reconstrução de infraestruturas públicas, como estradas, escolas e pontes, argumentou a Casa Branca.

Lusa

A parada militar continua, e deverá prolongar-se durante algum tempo. Continuam a passar militares dos vários ramos das forças armadas norte-americanas, incluindo das escolas militares, em frente à tribuna presidencial.

Michelle Obama diz que vai estar de volta em breve, “depois de 8 anos extraordinários”.

After an extraordinary 8 years, I'll be taking a little break. Will be back before you know it to work with you on the issues we care about. pic.twitter.com/o0ECJitXnw

— Michelle Obama (@MichelleObama) January 20, 2017

O Presidente dos EUA, Donald Trump, promoveu hoje uma ovação de pé à sua rival democrata Hillary Clinton, ao referir que se sentia “honrado” pela sua presença e do seu marido e antigo Presidente na cerimónia de tomada de posse.

“Senti-me honrado quando soube que o antigo presidente Bill Clinton e Hillary Clinton estariam hoje presentes e gostava que se levantassem”, disse, no decurso de um almoço no Congresso, ao exortar aos deputados, membros designados do seu gabinete e outros responsáveis que se erguessem das cadeiras.

JUST IN: President Trump says he has "a lot of respect for" the Clintons, leads Congressional luncheon in standing ovation for them. pic.twitter.com/WyCXz7wSBa

— CNBC Now (@CNBCnow) January 20, 2017

“Não posso dizer mais nada, porque tenho imenso respeito por estas duas pessoas”, acrescentou Trump, enquanto os participantes se levantavam e aplaudiam os Clinton.

Donald Trump tomou hoje posse como 45.º Presidente dos Estados Unidos, após ter prestado juramento às 12h00 locais (17h00 em Lisboa), sucedendo no cargo a Barack Obama.

Trump derrotou Hillary Clinton, antiga senadora e secretária de Estado, nas presidenciais de 8 de novembro.

Lusa

Já há novo tweet na conta oficial do Presidente Trump. “Em nome da minha família inteira, obrigado!”

On behalf of my entire family, THANK YOU! #InaugurationDay pic.twitter.com/v2nEMoanIX

— President Trump 45 Archived (@POTUS45) January 20, 2017

O presidente mexicano já felicitou Donald Trump pela tomada de posse enquanto Presidente dos EUA. Em três tweets, Enrique Peña Nieto, felicitou Trump e pediu para que o interesse nacional e a proteção dos mexicanos sejam respeitadas.

Felicito al Presidente @realDonaldTrump por su toma de posesión.Trabajaremos para fortalecer nuestra relación con responsabilidad compartida

— Enrique Peña Nieto (@EPN) January 20, 2017

Estableceremos un diálogo respetuoso con el gobierno del Presidente @realDonaldTrump, en beneficio de México.

— Enrique Peña Nieto (@EPN) January 20, 2017

Estableceremos un diálogo respetuoso con el gobierno del Presidente @realDonaldTrump, en beneficio de México.

— Enrique Peña Nieto (@EPN) January 20, 2017

Donald Trump, Mike Pence e os familiares de ambos estão a assistir à parada militar numa estrutura em frente à Casa Branca.

Nesta imagem, Trump e Pence a fazer continência.