Um grupo de cientistas australianos descobriu uma proteína que desencadeia o nascimento nos humanos e que pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para induzir partos ou impedir nascimentos prematuros, anunciou hoje a revista Nature Communications.
Segundo a publicação, a descoberta dos cientistas australianos parece ter resolvido um dos grandes mistérios da biologia humana: o que exatamente desencadeia o trabalho de parto após cerca de 40 semanas de gravidez.
O estudo visa encontrar alternativas para as cesarianas perigosas em parturientes com peso a mais ou obesas, pelo que os resultados são considerados um importante passo para se perceber como a proteína, que é libertada para contrair o útero, pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para induzir o parto.
Citada pelo Daily Mail, a investigadora chefe da investigação, Helena Parkington, da Universidade de Monash, afirmou que as mães com excesso de peso não produzem o suficiente da molécula de proteína para iniciar a reação em cadeia.
Por isso, além de poder levar à produção de novos medicamentos para induzir o parto em mulheres com sobrepeso e/ou obesas, a proteína descoberta poderia funcionar como uma maneira de impedir os nascimentos prematuros, acrescentou o investigador da Universidade de Melbourne, na Austrália, Shaun Brennecke.
Embora os cientistas ainda não possam prever a data do nascimento da criança com maior precisão, a equipa apurou que, quando chega a hora do parto, o corpo produz uma proteína que liberta um dispositivo de segurança que permite a contração do útero à semelhança de um qualquer músculo alongado, que tem capacidade natural para se aumentar.