O chefe de Estado peruano convidou os ministros dos Negócios Estrangeiros da Colômbia e do Chile, respetivamente, María Angela Holguín e Heraldo Muñoz, o vice-ministro do Equador, Leonardo Arizaga, a ministra da Cultura argentina, Teresa Parodi, bem como o embaixador da Bolívia, Jorge Ledezma, para uma cerimónia cultural que teve lugar na fortaleza de Pachacámac, a 30 quilómetros da capital, Lima.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) anunciou, este sábado, numa conferência em Doha, a atribuição do estatuto de património mundial às estradas de Qhapaq Nan, considerando que demonstram “a mestria em engenharia tecnológica” só comparável ao vasto sistema de estradas do Império Romano, e classificando de “excecional e único o testemunho da civilização Inca”. “Estamos a celebrar a designação da principal estrada inca que agora pertence à Humanidade”, sublinhou o Presidente peruano.

A rede viária cobre cerca de 30.000 quilómetros, foi construída pelos Incas durante séculos e liga os povos da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, que se juntaram para submeter o pedido e se comprometeram a preservar e a restaurar o sistema viário. A atribuição da classificação de património mundial tem implicações económicas significativas, nomeadamente porque permite recorrer à assistência financeira para a preservação, além de atrair ainda mais os turistas.

O sistema de estradas, que atingiu o seu auge no século XV, ligava a antiga capital Inca Cusco (que fica no Peru) às várias regiões do império.

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