Katherine Cooper não é o nome de nenhuma modelo conhecida, mas sim da nova colunista da versão americana da Playboy. O nome pode não lhe dizer nada, mas já está a recolher fãs pelo “tema útil” que trata: o engate. Katherine é conhecida como “casamenteira” (matchmaker), mas prefere apresentar-se como “consultora de encontros”, explica na apresentação à Playboy enquanto bebe um copo de vinho rosé. “Faz-me sentir como se estivesse a fazer de deus”.

Há muito que a revista Playboy deixou de ser conhecida apenas pelas mulheres sem roupa. Hoje é entendida por muitos como uma revista de tendências para o público masculino. A “celebração do corpo feminino” ainda continua a ser o mote principal. Ao corpo feminino juntam-se agora as palavras femininas de Katherine.

 

Embora a Playboy continue a ser vista por parte da população como um meio de “objetificar a mulher”, a revista está a tentar demarcar-se dessa imagem, analisa o Washington Post. Katherine não é a primeira mulher colunista “a dar conselhos” na Playboy, mas a sua veia para o “amor, sexo e engates modernos” é “definitivamente um novo território para a revista”, avança a jornalista Julia Carpenter. Trata-se de dar “mais voz às mulheres”, explica.

Katherine tem uma empresa de encontros, a Tawkify. Cada cliente paga 599 dólares, ou seja, 467 euros para ter um atendimento de dating personalizado e um mês garantido (sim, garantido) de encontros. Preenche um perfil em que aponta as características fundamentais, bem como o salário que essa pessoa tem de receber para querer sair com ela. Os clientes de Katherine Cooper são pessoas “extremamente ocupadas com as suas carreiras, que procuram atingir parceiros com algum nível”.

Depois de ter conseguido criar 50 casais em 2013, Katherine diz estar cansada do dating online, mas assume que se tornou “acidentalmente experiente em encontros pela internet”. Na Playboy, a colunista promete ensinar tudo sobre a etiqueta do engate nos tempos modernos. “Just the tips: dating etiquette for the digital age” é o mote para crónicas de pergunta e resposta. Para comprovar a utilidade, ou não, a primeira já está disponível.

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