A cerimónia está prevista para as 14:30, e conta com a presença, além do distinguido, dos presidentes da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que patrocina o prémio, Paulo Cunha, e da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que promove e organiza o certame, José Manuel Mendes, e ainda do escritor João Barrento, porta-voz do júri.

A obra “Cansaço, Tédio, Desassossego” debate a complexidade dos heterónimos de Fernando Pessoa e a obra do poeta d’”A Mensagem”. O livro de ensaio foi editado no ano passado, pela Relógio d’Água, editora para a qual José Gil dirige a coleção de Filosofia, desde 1986.

Segundo a editora, nesta obra o autor coloca várias interrogações: “Porque é que Fernando Pessoa faz morrer Caeiro e mais nenhum heterónimo? Ou: como caracterizar o corpo de Caeiro a que o poeta neopagão se refere constantemente? Mas inúmeras outras perguntas pedem resposta: porque é que Álvaro de Campos interfere na relação amorosa de Fernando Pessoa e de Ofélia (quando nenhuma relação desse tipo se vislumbra na obra do engenheiro naval)? Porque é que o patrão Vasques se destaca no deserto da paisagem humana do ‘Livro do Desassossego’?”.

Em comunicado, a Relógio d’Água afirma que este é “o contributo mais inovador da última década nessa área”.

A escolha do júri, constituído pelo catedrático António Pedro Pita e pelos escritores Helena Vasconcelos e João Barrento, foi “por unanimidade”, afirmou a APE em julho, quando foi divulgado o nome do vencedor.

José Gil, de 75 anos, tem cerca de 20 obras publicadas e, em 2005, foi considerado, pelo semanário francês Le Nouvel Observateur, “um dos 25 grandes pensadores do mundo”.

O Prémio, na quinta edição, tem o valor pecuniário de 7.500 euros e, anteriormente, distinguiu Rosa Maria Martelo, João Barrento, Manuel Gusmão e Vítor Manuel Aguiar e Silva.

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