A Espírito Santo Viagens (ES Viagens), adquirida pela empresa suíça Springwater, vai alterar o nome para Springwater Travel Group mas manter as marcas comerciais, anunciaram hoje as duas empresas. O presidente executivo da ES Viagens, Francisco Calheiros, disse nesta quarta-feira, numa conferência de imprensa em Lisboa, que a alteração do nome da empresa vai realizar-se ainda em novembro, mas as marcas comerciais continuam com a sua identidade, como é o caso da Top Atlântico, da Carlson Wagonlit e da Solférias.

A decisão de venda da ES Viagens à Springwater, uma empresa de capital de risco, foi anunciada no passado dia 29 de setembro depois de aprovada pelo Tribunal do Luxemburgo, prevendo-se que ficasse concluída em outubro. Por seu turno, um dos fundadores e sócio gestor da Springwater, Martin Gruschka, indicou hoje aos jornalistas que tanto o presidente executivo como o administrador financeiro da ES Viagens se irão manter nos mesmos lugares de gestão. “Não temos intenção de mudar nada”, garantiu.

“Estabilidade neste momento é o mais importante”, uma vez que “nos últimos meses houve muita insegurança”, afirmou Francisco Calheiros.

Quanto ao futuro, de acordo com o mesmo responsável, a empresa “está numa posição forte para se desenvolver em África, especialmente em Angola e Moçambique”. No entanto, “estabilidade neste momento é o mais importante”, uma vez que “nos últimos meses houve muita insegurança”. Francisco Calheiros admitiu por sua vez que em 2014 a liderança da ES Viagens “esbateu-se”, mas para os próximos anos a empresa pretende “crescer tanto orgânica como por aquisições, a nível nacional e no estrangeiro”.

O continente africano, onde a empresa está presente em Angola e Moçambique, continua a ser um mercado para expansão, confirmou. O Brasil é também interessante para a ES Viagens, que há 10 anos apostou neste mercado sem que as coisas tivessem corrido bem, lembrou o presidente executivo. Quanto à decisão de venda da ES Viagens à Springwater, foi tomada em conjunto pelos gestores de insolvência da Rio Forte e pela própria empresa do GES, referiu por seu turno Martin Gruschka. Os dois responsáveis escusaram-se a revelar os valores envolvidos no negócio, adiantando apenas que tudo ficou resolvido em poucas semanas.

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