O cantor e músico Pablo Alborán afirmou à Lusa que o seu novo álbum, Terral, que é editado na terça-feira, é “um disco que começa por ser uma balada e acaba como uma festa”. “O álbum reflete mais influências latinas, de géneros que não tinha tocado antes, como a bossa nova ou outros”, disse o músico, que sublinhou o facto de, “pela primeira vez”, ter-lhe sido possível “tocar outros instrumentos, nomeadamente guitarra e piano”.

Terral foi gravado nos estúdios Squawkbox, em Los Angeles, na Califórnia, com a produção partilhada por Alborán e o norte-americano Eric Rosse, que produziu, entre outros, Tori Amos, Chris Isaak e Birdy. “O Eric Rosse foi essencial para o resultado final, pois não tem qualquer protagonismo, deixa todos à vontade e pede ideias”, afirmou.

Para o músico andaluz, “o excelente ambiente da equipa” foi essencial para a concretização de Terral, que definiu como “um disco positivo”. “Este disco transmite muito do que penso, há que ver a vida com positividade e com outros olhos. É um disco livre, em que as pessoas me vão voltar a encontrar, mas com facetas novas; e que o disfrutem”, disse.

O álbum é constituído por 12 canções, todas de autoria, música e letra, de Alborán, em que as temáticas dominantes são “o amor, a esperança na vida e olhar tudo com positividade”. “Por fin” abre o álbum, editado pela Warner Music, e o alinhamento inclui “La Escalera”, “Pasos de Cero”, “Esta Permitido” e “Volveria”, entre outras canções.

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Pablo Alborán interpreta, com Ricky Martin, “Quimera”, canção que tinha composto para o cantor porto-riquenho, e para a qual convidou o guitarrista Cristian Nieves. “Compu-la para o Ricky e não fazia sentido ir interpretá-la, mesmo com novos arranjos, sem ele, e como queria uma marca étnica, convidei o Cristian Nieves, para nos acompanhar, pois é um guitarrista com muitas raízes tradicionais, e dá aquele balanço caribenho que pretendia”, afirmou.

Pablo Alborán, de 25 anos, natural de Málaga, afirmou que “graças a esta equipa que transmitiu tranquilidade”, sentiu “mais segurança”. “Este disco não diria que demonstre mais maturidade, mas sim tranquilidade e segurança”, reforçou. Do alinhamento fazem parte ainda “Un bueno aire”, “Ahogandome tu adiós”, “Vivela” e “Ecos”. O músico projeta apresentar o álbum em Portugal, onde se estreou, em junho de 2012, mas não adiantou as datas.

Terral é o terceiro álbum de estúdio de Pablo Alborán, o quarto da sua carreira. Alborán estudou música clássica, tendo começado a compor aos 13 anos. Mobilizou atenções quando colocou as suas interpretações “guitarra e voz” na rede social “YouTube”, em 2010. O disco de estreia “Pablo Alborán” foi editado em fevereiro de 2011 e esteve 15 semanas no 1.º lugar no top de vendas em Espanha, já ganhou nove discos de platina e recebeu três nomeações para os Grammy Latinos.

“En Acústico”, foi o segundo álbum, com o alinhamento do CD de estreia, numa versão mais intimista, e liderou a lista dos mais vendidos em Portugal durante 37 semanas. Recebeu sete discos de platina e detém o recorde de permanência no primeiro lugar da tabela do discos mais vendidos, desde o seu registo por parte da Associação Fonográfica Portuguesa, por via digital. Em Espanha, “En Acústico” tem já nove platinas. Pablo Alborán foi, em 2011, o artista que mais discos vendeu em Espanha e em Portugal.