A Radial da Pontinha, entre Benfica e Odivelas, abriu esta sexta-feira ao tráfego, concluindo o Itinerário Complementar (IC) 16, uma via que começou a ser construída há 23 anos.
De acordo com a empresa Estradas de Portugal (EP), trata-se de um troço de 700 metros entre a rotunda de Benfica, em Lisboa, e o nó da Pontinha, em Odivelas, atravessando o concelho da Amadora. Foi construído por duas empresas portuguesas e acabado um dia antes do prazo. A obra custou 500 mil euros a menos do que o previsto. A estes dados, o ministro da Economia, Pires de Lima, presente na cerimónia de abertura, juntou outra vantagem para os contribuintes: a obra foi totalmente financiada por fundos comunitários.
“Toda esta obra [os vários troços da CRIL] orça, no total, em 120 milhões de euros e foi 100% financiada por fundos de coesão. Foi também o que aconteceu neste troço final. Eu acho que isso é de registar. Esta obra está feita, está paga e custou zero aos contribuintes”, realçou Pires de Lima. O ministro destacou que esta obra é a primeira do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+) a ser concluída de entre as 59 empreitadas definidas “como prioritárias para o investimento público a realizar nos próximos seis anos”. “Muito proximamente, veremos também a inauguração do novo terminal de cruzeiros em Leixões e a eletrificação completa das linhas ferroviárias do Douro”, acrescentou.
A EP destacou que a construção do sublanço do IC16 entre o nó da Pontinha e a rotunda de Benfica é a última radial de acesso a Lisboa e liga diretamente à CRIL (IC17). Trata-se de 700 metros de construção em via dupla e mais 700 metros de restabelecimentos de via já existente, que facilitará o acesso direto ao centro de Lisboa, contribuindo para descongestionamento de vias locais e da 2.ª Circular, acrescentou.
A obra foi financiada a 100% com dinheiro de fundos comunitários e custou 4,2 milhões de euros, uma poupança de meio milhão em relação ao previsto. Consignada a 24 de junho, com um prazo de conclusão de 150 dias, foi concluída um dia antes do prazo previsto. Para a execução da empreitada foram expropriadas seis parcelas de terreno com habitações degradadas, levando ao realojamento de cerca de 100 famílias.