A Barbie já foi capaz de tudo nos seus 56 anos de vida acabados de completar. Agora é também capaz de manter uma plena conversa, realizando os sonhos das meninas que queriam uma boneca com quem falar. A Mattel colmata, assim, a monotonia das vozes gravadas que estavam no mercado até agora. Mas não tardaram a chegar críticas e desconfianças, segundo o ABC.

A nova boneca está equipada com conexão Wi-Fi e com um software de reconhecimento de voz para escutar o que lhe é dito e responder em conformidade. Quanto mais a criança comunicar com a boneca, mais desenvolvido se torna o seu algoritmo e mais sofisticada se torna a sua resposta.

Esta funcionalidade está a preocupar os defensores da privacidade. A voz da criança vai ser processada quando chegar até à Mattel, depois de atravessar a rede. Uma vez na empresa, a informação é armazenada durante dois anos. Todos os dados sobre os gostos e comportamentos da criança vão servir para apurar técnicas comerciais, num processo muito semelhante ao que acontece na Google ou no Facebook.

A Mattel garante que o direito à privacidade da criança está asegurado: “a Hello Barbie cumpre as regras de segurança exigidas pelo governo norteamericano, incluíndo a Lei de Proteção Cibernética de Menores”. Apesar destas declarações, Susan Linn, diretora da Campanha para uma Infância Livre de Anúncios, mantém o seu lugar: “as crianças não estão apenas a falar com uma boneca, estarão a falar com um conglomerado de empresas do ramo dos jogos com interesses financeiros”.

“Hello Barbie” chega ao mercado no outono e deverá custar 75 dólares.

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