Qual é o espaço que a cultura deve ocupar no século XXI? Que modelo de desenvolvimento queremos? Estas são algumas das perguntas a que pretende responder em O Lugar da Cultura, uma série de conferências a ter lugar no Centro Cultural de Belém entre os dias 15 e 17 de abril.

O colóquio, uma iniciativa do Governo, pretende contribuir para uma reflexão mais profunda sobre a cultura e o seu lugar na Europa do século XXI. Para além disso, pretende ainda promover modelos de desenvolvimento que incluam uma componente cultural mais forte.

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Para Jorge Barreto Xavier, secretário de estado da Cultura, o “pluralismo” e o “crédito da existência de um direito de cidadania legítimo”, pilares da cultura europeia, “ameaçam ruína”, sendo por isso necessário promover uma presença mais forte da cultura no “modelo de desenvolvimento português e europeu”.

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“O exercício do pluralismo e o crédito da existência de um direito de cidadania legítimo estão na base da cultura europeia contemporânea. Ao mesmo tempo, os pilares desta perspetiva ameaçam ruína, pois interna e externamente exercem-se pressões diversas contrárias à centralidade de um conceito de contrato social sedimentado nas ideias da paz e do progresso tal como se definiram na Europa depois da Segunda Guerra Mundial”, referiu o Secretário de Estado da Cultura

O colóquio, à porta aberta, inclui dez conferências, onde serão abordados temas tão distintos como a economia, a religião ou a tecnologia. Entre os oradores convidados, encontram-se Tomáš Sedláček, economista e autor do livro Economics of Good and Evil, Daniel Innerarity, professor catedrático de Filosofia Política e Social da Universidade do País Basco e Kalaf Epalanga, cronista e um dos membros dos Buraka Som Sistema.

A iniciativa contará ainda com concertos de Pedro Carneiro e do Ensemble de saxofones da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Na manhã de dia 17 decorrerá ainda o programa A Educação do Olhar — Espectáculos do Fim do Século XIX, a cargo a Cinemateca Portuguesa