O Estado vai ter de pagar mais de dois anos de salários ao antigo diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge da Silva Carvalho, segundo decisão do Supremo Tribunal Administrativo. A notícia está a ser avançada pela SIC.

O ex-espião saiu do SIED em dezembro de 2010, sendo que foi contratado pela consultora Ongoing um mês mais tarde. Em dezembro de 2012, Silva Carvalho pediu para ser reintegrado na Função Pública, mais precisamente para um lugar de técnico superior na Presidência do Conselho de Ministros (PCM) – cargo ao qual tinha direito, graças aos seus quase 20 anos de serviço no SIED. Em março de 2013 o Governo criou-lhe um posto na PCM (que não era de técnico superior) e o ex-espião não chegou a assumir funções.

A disputa entre o Estado e a defesa de Silva Carvalho recaía sobre salários aos quais este dizia ter direito desde dezembro de 2012, quando pediu a integração na PCM enquanto técnico superior. O Supremo Tribunal Administrativo deu razão ao ex-espião e determinou agora que este tem direito aos salários referentes a este período – mais de dois anos e meio – mesmo que não tenha desempenhado quaisquer funções nesse intervalo de tempo.

Segundo a SIC, o governo tem ainda 90 dias para reintegrar Silva Carvalho nas novas funções de técnico superior na PCM.

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