Momentos-chave
- Costa demarca-se de Sócrates e dramatiza apelo ao voto apontando culpas a quem ficar em casa
- O dia em que Passos pediu "maioria" para governar
- Fala-se em maioria e Portas polariza discurso: "Ou há maioria positiva ou maioria negativa"
- Sondagem da Católica dá coligação perto da maioria
- Jantar-comício da coligação em Santa Maria da Feira junta mais de 5 mil pessoas
- Passos diz que não está a ser "eleitoralista" na sobretaxa e acusa Costa de ter cometido "lapso" sobre despesa
- Agressões físicas em Espinho depois de insultos à coligação
- O fundador do CDS e o homem das contas, porque "eles têm as sondagens, mas nós a força"
- Costa para toda a gente: "A última coisa que o país precisa é de uma crise política"
- BE diz não ser possível levar a sério primeiro-ministro sobre consensos
- Jerónimo admite contactos com PS e não crê em quaisquer maiorias
- Pedro e Paulo embarcam na "Onda Colossal"
- Teixeira dos Santos: "Programa do PS é um exercício muito difícil"
- Governo vai reduzir sobretaxa
Histórico de atualizações
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Boa noite. O nosso Liveblog fica por aqui. Voltaremos amanhã com mais um intenso dia de campanha eleitoral. Obrigada por nos ter acompanhado!
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O fanatismo ideológico, Sérgio Godinho e "nem a sardinha escapa". O ataque à PàF por Vieira da Silva
“Pode alguém ser quem não é?” A pergunta saída de uma música de Sérgio Godinho foi o gancho para Vieira da Silva descredibilizar o Governo de Passos Coelho. Num discurso em Almeirim, por onde andou a caravana socialista, o cabeça-de-lista por Santarém ajudou no apelo ao voto útil, fez um ataque cerrado à maioria PSD/CDS criticando as medidas que o Governo agora anuncia nas vésperas de eleições.
Aos eleitores de Almeirim, Vieira da Silva falou da necessidade de voto no PS: “Não há nenhuma alternativa de esperança, de governo, para virar a página da austeridade e do fanatismo ideológico que não seja votar no PS e começarmos a mudar o país”.
Vieira da Silva aproveitou o anúncio desta sexta-feira de devolução da sobretaxa e de chegada de fundos comunitários para as empresas: “Quem fez isto não pode ser uma coisa diferente, pode prometer tudo a todos, pode anunciar com despudor que devolvem a sobretaxa, se os impostos correrem como não estão a correr”. E nesta onde de promessas, ironiza Vieira da Silva: Nesta onde de “fingir que tudo está bem, só porque se está em véspera de eleições, nem a sardinha escapa.”
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Costa demarca-se de Sócrates e dramatiza apelo ao voto apontando culpas a quem ficar em casa
A uma semana da eleições, António Costa joga uma carta: a separação da governação anterior. O líder socialista demarcou-se das propostas “de 2011” e dramatizou no apelo ao voto no PS, porque “não há muitas variantes” que possam tirar o Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas de São Bento. Está feito o tímido apelo ao voto útil e a dramatização do apelo ao voto: pede que acordem os indecisos e descrentes porque “quem ficar em casa está a ajudar” à vitória da coligação. Pelo meio pede uma “maioria clara, inequívoca e maioritária”.
Num discurso em Almeirim, Costa ensaiou a primeira descolagem às políticas do anterior Governo. Disse o secretário-geral do PS que:
as condições de hoje são diferentes das de 2011 e muitas das políticas que propusemos não podiam ser propostas e adotamos uma estratégia diferente – assente não em grandes obras públicas, mas na melhoria do rendimento das famílias e melhores condições para as empresas poderem investir”.
No Ribatejo, Costa defendeu as suas políticas dizendo que “baixar a sobretaxa do IRS, repor pensões e contribuir para o Serviço Nacional de Saúde, não é o mesmo que investir em grandes obras públicas. Não, é dar condições a cada família”, rematou.
Costa pede ao partido que se mobilize nesta última semana, que acorde os indecisos e ensaia o pedido de voto útil, mas ainda sem pedir diretamente o voto de toda a esquerda. Diz Costa que “todos já perceberam que não há muitas variantes para um novo governo com nova política. Só há uma solução para a direita perder, é preciso o PS ganhar e para o PS ganhar é preciso ter uma maioria clara”.
O candidato a primeiro-ministro tinha ouvido Passos Coelho pedir uma maioria absoluta num jantar na campanha da coligação. “Ouvi o dr Passos Coelho dizer que será terrivel se não ganharem com maioria absoluta. Imaginei o arrepio que os portugueses tiveram na espinha só de imaginar se eles ganhassem, quanto mais com maioria absoluta”. Com isto pôs a plateia a rir.
Mas a verdade é que Costa sabe que as sondagens não lhe estão a sorrir e foi por aí que até começou o discurso a dizer que o que vê nos estudos de opinião não é o mesmo que vê na rua, mas não vá o diabo tecê-las, o socialista dramatiza o apelo ao voto. “Temos muito pouco tempo. Esta semana é absolutamente decisiva, porque é a semana em que não basta mobilizarmos a nos próprios”.
E por isso pediu para que os socialistas mobilizem “os simpatizantes, todos aqueles que estão esmagados e que ao longo destes quatro anos de crise, estão tão desalentados e descrentes que temos de acordar, mobilizar e temos de dizer que não é ficando em casa, não é ficando no café dizer mal, à espera da próxima manifestação que se resolve o problema para o governo ir para a rua. O problema pode resolver-se já no próximo dia 4”. Porque, insistiu “cada um que fique em casa está a ajudar indiretamente a acontecer aquilo que menos deseja, que é manter o governo de Passos Coelho”.
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O dia em que Passos pediu "maioria" para governar
Foi desta. Passos pediu maioria absoluta no discurso no centro de congressos de Santa Maria da Feira.
Passos pede maioria no Parlamento para governar. Caso contrário 0E chumba e haverá novas eleições, diz pic.twitter.com/qGpCfQfV5p
— Rita Dinis (@DinisRita) September 25, 2015
Já era mais do que certo que, a partir do jantar desta sexta-feira, que reuniu segundo a organização quase 6 mil pessoas, o discurso da coligação ia mudar. Ou radicalizar. E assim foi. Depois de Portas, que já tinha passado a bola ao parceiro de coligação para explicar as razões porque era preciso maioria, Passos Coelho subiu ao palco para extremar posições e, através de um exercício de suposições, erguer a bandeira do medo de haver novas eleições dentro de seis meses: ou há maioria no Parlamento para governar ou não haverá Governo. Não haverá Governo porque não haverá Orçamento. E sem Orçamento, haverá novamente eleições. Um ciclo vicioso que mergulhará o país na instabilidade, segundo Passos, e que fará o país perder a credibilidade conquistada. Portanto, o apelo foi claro:
Só há uma forma de o país se livrar da crise política, e da instabilidade: conferir a esta coligação uma maioria no parlamento”, disse.
Depois de alguns rodeios, Passos disse-o “de forma cristalina”: “Depois de o dr. António Costa ter prometido chumbar o nosso Orçamento sem o conhecer nada o impedirá de dizer que chumbará o nosso programa porque não há peça mais importante de um programa de Governo que não seja o Orçamento do Estado. E se esta ameaça está feita e é credível, e eu acredito que é, então lamento dizer mas nestas condições só há uma forma de o país se livrar da crise política e da instabilidade, é conferir a esta coligação uma maioria no Parlamento”.
Com Paulo Portas, Luís Montenegro e João Almeida na plateia, Passos respondeu ao que as claques de apoio, bem ensinadas, andavam a pedir “desde Bragança e Vila Real” – maioria.
E fê-lo num exercício de “ses”, ou de “suponhamos”:
“Sabemos nestes quatro anos o quanto foi indispensável ter uma maioria no Parlamento a apoiar o Governo. Suponham agora que a seguir às eleições, mesmo ganhando, não existe essa maioria para suportar o Governo”, começou por dizer para uma plateia de milhares de pessoas que chegaram a Santa Maria da Feira em vários autocarros dos vários concelhos do distrito de Aveiro. O que aconteceria, então? Disse Passos que, primeiro, o Orçamento do Estado não poderia ser aprovado no Parlamento – porque Costa “já disse que se perder e nós não tivermos maioria então o PS votaria contra esse orçamento”. E, depois, se o orçamento chumbasse o que acontecia? “O governo parava porque não tinha um instrumento para governar”.
E se o governo não tivesse um instrumento para governar e parasse mesmo?
Então, nesse caso, “as agências de rating diriam que afinal este país que estava a recuperar afinal não tem condições para governar e para poder atingir as metas que estavam estabelecidas”.
E se isso acontecesse?
“Passaríamos de ser um país com credibilidade para ser um país que não cumpre as suas metas e que no seio da União Europeia não teria condições para respeitar as regras e sair do défice excessivo”. E se isso acontecesse, então “todos os sacrifícios seriam desperdiçados” e, logo que o Presidente pudesse dissolver a Assembleia dissolveria e seriam convocadas novas eleições.
São estes os argumentos da coligação. Mas como que a prever o que “os comentadores e analistas” dirão amanhã sobre este seu pedido, antecipou qual é a maioria qualificada que está a pedir. Nada mais nada menos do que os dois partidos que fizeram maioria no Parlamento e que suportaram o atual Governo durante os últimos quatro anos – e mais ninguém. “Quando ao longo dos últimos anos se falou nos partidos da maioria a que maioria se referiam eles? Alguém tem dúvidas sobre o que significa ter uma maioria no Parlamento?”, perguntou, sem esperar resposta.
Uma promessa para quem “sofreu mais”Está extremado o discurso e dado o mote para a próxima semana – a última – da campanha eleitoral da coligação. O argumento foi sendo explorado ao longo da primeira semana, com críticas sistemáticas ao facto de Costa ter afirmado que chumbaria o OE da direita caso o PS perdesse as eleições, mas tudo foi feito para que culminasse, com pompa e circunstância, no discurso desta noite em Aveiro.
Além do apelo ao voto, Passos, que já tinha anunciado esta sexta-feira que pretendia aumentar a devolução da sobretaxa de IRS em 2016 de 25% para 35%, usou mais um trunfo eleitoral para convencer os “indecisos”, aqueles (pensionistas, funcionários públicos, jovens, pessoas desempregada) que foram mais afetados pela crise e que, por isso, podem estar hoje mais chateados com o atual Governo. Para eles uma promessa: vão ser os primeiros a ser “beneficiados com os sinais da retoma”.
“Os que estiveram na primeira linha dos maiores sacríficios é justo que estejam agora na primeira linha da retoma. Por isso vão estar entre os primeiros beneficiados da ação de recuperação do país e da nossa economia. É uma questão de justiça e de equilíbrio que aqueles que mais sofreram sejam também aqueles que possam beneficiar mais do arranque da nossa economia e crescimento do nosso país”, prometeu.
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Um segurista a dar à Costa
Depois de no dia de ontem terem aparecido três seguristas a dar apoio a António Costa, esta noite foi a vez de mais um: António Gameiro, presidente da Federação Distrital de Santarém.
Gameiro lembrou que “nem em todos os momentos” estiveram juntos, mas que “honrou sempre a sua palavra, ao contrario do primeiro-ministro que veio ao Ribatejo mentir três vezes”, disse.
No cine-teatro de Almeirim, Gameiro defendeu ainda que Costa “assumiu a unidade do partido quando ela é necessária”.
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António Costa está em Almeirim para o comício de encerramento desta sexta-feira. Antes do líder socialista, fala Pedro Ribeiro, presidente da Câmara e Veira da Silva, cabeça-de-lista por Santarém.
Costa em Almeirim, onde o presidente da câmara diz que não quer voltar ao tempo dos "pobrezinhos, mas honrados" pic.twitter.com/0XHZ998b28
— Observador (Eleições) (@OBSEleicoes) September 25, 2015
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Fala-se em maioria e Portas polariza discurso: "Ou há maioria positiva ou maioria negativa"
No jantar-comício em Santa Maria da Feira, fala-se em maioria. Primeiro, Portas passa essa bola a Passos – “é a ele que compete dizer de forma simples e natural o que devemos fazer para garantir a estabilidade” – mas depois pega noutra: a polarização de dois cenários possíveis para as eleições: uma “maioria positiva”, da coligação, ou uma “maioria negativa”, da esquerda (PS, CDU e BE).
“Há dois tipos de maioria: a positiva, que dá garantias de que Portugal terá um governo estável, e isso quer dizer mais confiança, mais investimento e mais criação de emprego. E o risco de termos maioria negativa, porque o PS o PCP e o BE nunca serão capazes de formar um governo estável porque são contraditórios entre si desde logo sobre o euro e a pertença de Portugal à União Europeia”, disse.
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Luís Montenegro pede "mobilização da maioria"
Luís Montenegro, cabeça de lista pela coligação Portugal à Frente em Aveiro, foi dos primeiros a subir ao palco do centro de congressos de Santa Maria da Feira para acentuar o discurso de contraste entre a coligação e o Partido Socialista. De um lado, disse, estão a “a comissão de festas” que “chamou a troika” – a começar por José Sócrates, depois António Costa, Pedro Nuno Santos (seu concorrente direto em Aveiro) e João Galamba -, do outro, a atual coligação que “disse adeus à troika”.
Para Montenegro, se Costa ganhasse as eleições (ou se ganhar) “ou rasgava as promessas que anda a fazer e que sabe que não são para cumprir, ou seria o pai de mais um resgate em Portugal”.
Aveiro está a ser visto como um distrito decisivo na disputa entre a coligação e o PS e, disse Montenegro, é de Aveiro que Passos e Portas vão hoje sair com “a capacidade de ter maioria”. O objetivo, por isso, é “mobilizar a maioria” até ao dia 4 de outubro.
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Sondagem da Católica dá coligação perto da maioria
Pedir sondagens diferentes era difícil. O estudo da Universidade Católica para a RTP divulgado esta sexta-feira dá 42% à coligação Portugal à Frente e uma vantagem de 7 pontos percentuais face aos socialistas – que atingem os 35% nas intenções de voto. Esta sondagem mostra, no entanto, as duas principais forças políticas a crescerem 1 ponto percentual face a quinta-feira.
A tracking poll da Intercampus para a TVI/TSF e Público conta uma histórica em quase tudo diferente: a coligação continua à frente, mas a perder terreno para os socialistas. Os dois a descerem e o número de indecisos a atingir um valor recorde.
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Jantar-comício da coligação em Santa Maria da Feira junta mais de 5 mil pessoas
Passos e Portas estão esta noite no Europarque, centro de congressos de Santa Maria da Feira, para aquilo que anunciaram como sendo um evento inédito. Segundo números da organização deverão estar na sala mais de 5 mil pessoas.
Estão mais de 6 mil pessoas no Europarque, distrito de Aveiro, para o jantar comício da coligação pic.twitter.com/BJ5Trx4ial
— Rita Dinis (@DinisRita) September 25, 2015
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Passos diz que não está a ser "eleitoralista" na sobretaxa e acusa Costa de ter cometido "lapso" sobre despesa
Passos Coelho confirmou esta tarde em Espinho a intenção de devolver 35% da sobretaxa de IRS já em 2016, ao contrário dos 25% inicialmente previstos. Mas recusou que tratar-se de uma medida “eleitoralista”, por já estar previsto no Orçamento para 2015 que qualquer melhoria da economia reverteria a favor da devolução dos cortes.
“Não é um compromisso eleitoral, é o compromisso que está no Orçamento do Estado para 2015”, disse aos jornalistas a meio de uma arruada em Espinho. “Estava previsto que todo o dinheiro que fosse cobrado dentro do IVA e do IRS que estivesse acima do que estava orçamentado seria devolvido em 2016, por isso cumpriremos o OE2015 devolvendo aquilo que está a mais”, disse.
À medida que confirmava a intenção de aumentar a devolução da sobretaxa em 35%, em vez de 25%, Passos dizia esperar “não ser acusado de estar a executar o Orçamento por causa das eleições”. A ideia, disse, é que “se fosse por motivos eleitoralistas a despesa estaria a crescer, era o que dava jeito para as eleições, dizer que o Estado estava a gastar mais, estava a distribuir mais dinheiro, para que toda a gente ficasse mais contente”.
O ainda primeiro-ministro sublinhou no entanto que o valor da sobretaxa que será devolvida “não é um valor fechado”, porque só a 31 de dezembro é que se saberá ao certo qual o montante que pode ser devolvido. Só nessa altura, disse, se poderão “fazer as contas”, mas a sua expectativa é de que, dada a evolução dos impostos, no final do ano haja “um valor de devolução muito significativo”.
Costa cometeu “lapso” com a despesaConfrontado com os alertas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental relativamente aos riscos de não cumprimento da meta do défice abaixo dos 3%, Passos reiterou a confiança de que vai cumprir a meta “sem medidas adicionais” e respondeu que no ano passado por esta altura a mesma entidade também tinha uma previsão mais conservadora do que foi o cumprimento dos objetivos pelo executivo. E acusou o líder socialista de ter “cometido um lapso” ao dizer que a execução da despesa do Estado estava em 80% a meio do ano, afirmando que esse valor é de 50%.
“Não temos previsto, tenho dito repetidamente, recorrer a medidas adicionais para atingir os nossos objetivos. Ao contrário do que foi dito pelo líder do maior partido da oposição, eu creio que por lapso, que nos atribuía uma execução de 80% da despesa no ano só nos primeiros seis meses, na verdade nos primeiros seis meses nós temos um nível de despesa correspondente a praticamente 50% do ano”, disse.
Passos sublinhou ainda que, “ao contrário do que aconteceu noutros anos com outros governantes”, não manda “calar a UTAO nem a impedir que em tempo de campanha eleitoral a UTAO cumpra a sua missão”. “A UTAO, ao contrário do que eu estou a fazer, está a fazer uma previsão, eu não estou a fazer previsões. Normalmente a UTAO, que funciona muito bem e é uma instituição com muita credibilidade, faz umas previsões muito conservadoras, aponta falhar por defeito do que por excesso”, disse.
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PPM: Uber é "um assalto ao país"
O cabeça de lista por Lisboa do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira, mostrou-se hoje solidário com a luta dos taxistas contra a empresa de transportes que utiliza a aplicação Uber. “Viemos aqui demonstrar solidariedade com a vossa luta [contra a Uber]. Não se cumprem as leis. É mais um sintoma do estado de bandalheira em que está o país”, afirmou hoje Gonçalo da Câmara Pereira aos jornalistas, em Lisboa, à margem de uma reunião com o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida. Gonçalo da Câmara Pereira disse que esta é “uma causa que o PPM resolveu levar a peito”. “É um assalto a um país. Qualquer companhia chega aqui e atua de livre vontade, trata-se da invasão de uma empresa a funcionar contra todas as normas”, defendeu.
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Mário Soares: "Vamos convencer as pessoas a votar e a votar no PS"
Numa mensagem publicada no Ação Socialista, Soares apela a que todos se mobilizem para esclarecer as pessoas sobre a importância das eleições: Portugal precisa “urgentemente” de um novo governo.
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Costa saiu e começa o bailarico. "Pipipipipi e nunca mais desafina" pic.twitter.com/RSV9xaZmKb
— Liliana Valente (@LilianaValente) September 25, 2015
Costa para toda a gente: "A última coisa que o país precisa é de uma crise política" http://t.co/bllFNcWJCS
— Liliana Valente (@LilianaValente) September 25, 2015
P eles "a estabilidade é saberem quanto tempo vão ficar nos cargos. Estabilidade é na vida das famílias,das empresas" pic.twitter.com/maYA6m4873
— Liliana Valente (@LilianaValente) September 25, 2015
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Agressões físicas em Espinho depois de insultos à coligação
Confusão em Espinho enquanto se espera pela chegada de Passos e Portas para mais uma arruada. Dois homens envolveram-se numa cena de troca de insultos que acabou em agressões físicas. Os dois homens foram separados por pessoas da campanha instantes depois e afastados do local. O diretor de campanha da coligação, Matos Rosa, também se viu envolvido ao tentar separar os dois.
Tudo terá começado quando apoiantes da coligação tentavam pôr bandeiras nas árvores e um homem, fora da comitiva, tentava rasgá-las. Ao mesmo tempo gritava “corruptos” e outros insultos contra o PSD e CDS. Dos insultos, rapidamente a confusão passou para agressões físicas, que envolveram dirigentes distritais dos partidos e que levou inclusive o secretário-geral do PSD e diretor de campanha, José Matos Rosa, a separar os envolvidos e a afastar o desordeiro.
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Coligação muda estratégia para cumprir guião
Coligação dá esta sexta-feira o tiro de partida para uma nova fase estratégica da campanha. Bandeiras de Portugal em peso substituem as dos partidos e foco nos indecisos.
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Passos anuncia que serão pagos 1.200 milhões de fundos europeus até ao fim do mês
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que, segundo informação governamental, cerca de 1.200 milhões de euros de fundos europeus serão pagos às empresas até ao final deste mês. Num almoço com empresários inserido na campanha da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas de 04 de outubro, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, o também primeiro-ministro adiantou que o Governo está a preparar decisões para acelerar a execução dos fundos do Portugal 2020.
Passos Coelho considerou que “ninguém levantará problemas com isso” entre os partidos da oposição, e referiu ter recebido estas informações de membros do seu executivo, citando os secretários de Estado Manuel Castro Almeida, Pedro Gonçalves e José Diogo Albuquerque. O presidente do PSD introduziu o tema dos fundos europeus com uma comparação entre o que aconteceu agora e há sete anos, quando o PS estava no Governo. “A diferença é completa”, sustentou.
Depois, apresentou um conjunto de dados: “Nós abrimos já cerca de 450 concursos no âmbito do Portugal 2020. E o valor de fundos europeus que estão em concurso soma já mais de 3 mil milhões de euros. As candidaturas que foram apresentadas, insisto, no total dos fundos, foram mais de 24 mil. E aquelas que já estão aprovadas foram quase 3 mil, com rigor, 2.969. Era a informação que detínhamos até ao final do mês de agosto”.
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Marinho e Pinto: “Este país suspira pela mudança"
O líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho e Pinto, considerou hoje que o país “suspira pela mudança”, estando farto do “embuste” que são o PS e PSD, que usam a campanha para “passar culpas”. “Este país suspira pela mudança, este país está farto do PS e PSD, como no final do século XIX o povo português estava farto do Partido Regenerador e do Partido Progressista”, afirmou aos jornalistas, enquanto almoçava num centro comercial do Porto, distrito onde centrou hoje a sua ação de campanha.
Marinho e Pinto considerou serem precisas “coisas novas” na política e o PDR está a “firmar-se” como uma alternativa “credível”, porque a “alternância em Portugal não é entre o partido de Passos Coelho, Cavaco Silva, Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Duarte Lima, nem o partido de António Costa, Almeida Santos, Pina Moura, Jorge Coelho e Armando Vara”.
Questionado sobre as sondagens, o líder do PDR referiu que são “uma tentativa de fraude”, porque as reduzem ao “embuste” do PS e PSD, que estão no Governo há 40 anos alternando-se um ao outro, mas quando chegam as eleições usam-nas para um “passar culpas doentio, ridículo, mórbido e apalhaçado”. Na opinião do candidato às eleições legislativas do próximo dia 04 de outubro, o país precisa de fazer mudanças, de “libertar” o Estado e a Administração Pública das “redes de corrupção”, que os asfixia e de pôr em prática políticas de combate à pobreza e miséria.
O líder do PDR atribuiu a José Sócrates, antigo primeiro-ministro, uma “responsabilidade enorme” no “eclodir” da crise, frisando que outros partidos também não estão isentos de “culpa” na “terapêutica de matação” aplicada ao povo português pelo atual Governo PSD/CDS-PP. “Em 2011, a Europa tinha um programa de apoio igual ao de Espanha, que aceitou, livrando-se do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas em Portugal o PSD, CDS-PP, BE e CDU recusaram o programa e veio a `troika´ e, com ela, os funcionários públicos e os reformados perderam o subsídio de férias, o IRS aumentou, tal como o IVA na restauração e energia”, disse.
A `troika´ estava à espreita e a bancarrota à vista, mas o que o Governo de Sócrates queria era construir um novo aeroporto, o “despesismo no seu expoente máximo”, vincou. Por isso, Marinho e Pinto, deputado pelo círculo eleitoral de Coimbra, mostra-se convicto por bons resultados, porque concorre pela terra onde vive e trabalha há 45 anos.
“Não faço como a Catarina Martins, que foge da sua terra, onde é conhecida, para se vir candidatar pelo Porto onde não é conhecida, e não sou como o meu amigo Ricardo Sá Fernandes, que é de Lisboa e vem encabeçar lista no Porto”, sustentou. Marinho e Pinto frisou não precisar da política “para nada”, na qual só começou aos 64 anos, e quando se afastar “talvez” escreva o livro que ainda não conseguiu escrever por “andar nestas andanças”.
Lusa
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Nós, Cidadãos! ameaça impugnar eleição pelo círculo Fora da Europa
O líder do partido Nós, Cidadãos!, Mendo Castro Henriques, admitiu esta sexta-feira avançar com a impugnação da eleição pelo círculo Fora da Europa, caso venham a confirmar-se “irregularidades” nas votações dos emigrantes para as eleições legislativas.
“Queremos acreditar que haja falta de meios, não queremos dar uma interpretação pior, mas é inaceitável”, disse Mendo Castro Henriques, acrescentando que o partido admite a impugnação da eleição do deputado pelo círculo Fora da Europa, em caso de “irregularidades”.
Em conferência de imprensa à porta do Banco de Portugal, em Lisboa, o também cabeça de lista do partido por Lisboa adiantou que a impugnação da eleição por Fora da Europa será tomada depois das eleições legislativas de 4 de outubro, tendo em conta que, neste momento, quer “acreditar que [as dificuldades sentidas com a votação no exterior] é uma disfunção do sistema”.
Realçando ser possível a eleição do candidato do Nós, Cidadãos! Pelo círculo Fora da Europa, Pereira Coutinho, o dirigente do partido considerou “escandaloso” o que se está a passar com a votação dos emigrantes. “Esperemos que venha a ser revertida a situação que se está a passar, são vários os problemas. Em primeiro lugar, o atraso no envio dos boletins, depois as cartas de endereço não vêm sequer com a palavra Portugal e, em terceiro lugar, há moradas erradas, isto é, pessoas com cartas extraviadas”, afirmou.
Para o partido, “a situação compromete objetivamente, e de forma ilegal a participação dos eleitores recenseados nestes círculos”. Nesse sentido, o Nós, Cidadãos! apresentou uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) relativa às “irregularidades gravíssimas que têm marcado a votação nos círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa”.
Nas redes sociais, vários cidadãos eleitores portugueses residentes em Macau têm revelado que os boletins de voto ainda não chegaram, uma situação que pode também derivar de algum erro nas moradas. Na quarta-feira, os Serviços de Correios de Macau informaram que os eleitores portugueses residentes no território devem enviar ainda esta semana os boletins de voto das legislativas para Lisboa, devido aos feriados que serão celebrados na cidade na próxima semana.
Já esta sexta-feira, a agência Lusa noticiou que os boletins para os emigrantes recenseados em Timor-Leste já tinham sido enviados há mais de uma semana, mas ainda não tinham chegado a Díli, sendo difícil garantir que, depois de preenchidos, possam chegar a Portugal a tempo.
Lusa
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Bispos apelam ao voto
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Clemente, disse hoje, em Fátima, distrito de Santarém, que as eleições dizem respeito a todos e que votar é um dever dos cristãos. “Às vezes a nossa tendência para nos abstermos, não só na vida política como na vida social, na vida profissional, deixarmos que sejam os outros a resolver problemas, pormo-nos de fora é muito forte, até quando há alguma desilusão, desgaste, cansaço, desconfiança”, afirmou Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, à margem das Jornadas Nacionais de Comunicação Social.
Manuel Clemente considerou, contudo, que os cidadãos não se podem colocar de fora dos problemas. “Não nos podemos pôr de fora porque as coisas que dizem respeito a todos só se resolvem com todos, portanto connosco, temos que ir”, apelou o presidente da CEP, referindo que vai hoje votar antecipadamente no seu município por no dia das eleições legislativas, 04 de outubro, estar no Vaticano a participar no Sínodo dos Bispos.
Questionado sobre se a primeira semana da campanha eleitoral tem sido esclarecedora, o presidente da CEP realçou que “as campanhas têm a virtualidade e os problemas do concentrado”. “Em 15 dias e correndo o país todo de norte a sul e com presenças também na comunicação social, os vários políticos e candidatos têm que apresentar muito depressa e dizer muito rapidamente e num ambiente que é já muito contrastado, porque tudo se passa em termos de pergunta de outros e de resposta própria a questões que precisam de mais tempo para serem assimiladas e nós também para as podermos escutar precisamos de uma outra calma”, observou.
Assinalando ser positivo que “haja estes momentos” que “têm necessariamente que existir”, Manuel Clemente considerou, no entanto, que “também requerem uma atenção que não é da parte dos cidadãos concentrável e resumida em duas semanas de campanha”.
Lusa