Todos os anos a história é a mesma: será que é desta que Leonardo DiCaprio irá arrecadar o Oscar de melhor ator? Não o conseguiu com “O Lobo de Wall Street” (2013), “Diamante de Sangue” (2006) ou “O Aviador” (2004). Mas pode consegui-lo com “The Revenant – O Renascido” (2015), realizado pelo mexicano Alejandro González Iñárritu, que em 2014 dirigiu “Birdman” (vencedor do Óscar de melhor filme do ano). A curiosidade é que o filme ainda nem estreou.

O jornal norte-americano New York Times deu o mote esta segunda-feira: não há nenhum candidato claro à vitória na categoria de melhor filme, nos prémios da Academia, segundo a publicação. Mas para o prémio de melhor ator a conversa não é a mesma: “Leonardo DiCaprio sofre como Cristo no ecrã durante mais de duas horas, provando a si mesmo que é tão masoquista que seria quase sádico se [a Academia] o ignorasse de novo“, diz a publicação.

O site Indie Wire é um pouco mais comedido. Na passada quarta-feira apontava os que considera serem os cinco atores que mais probabilidades têm de estar nas nomeações da Academia: Michael Fassbender (com “Steve Jobs”), Matt Damon (com “Perdido em Marte”), Eddie Redmayne (o vencedor do ano passado, pela interpretação no filme “A Teoria de Tudo”, e que este ano é um dos candidatos à nomeação pelo papel desempenhado em “A rapariga dinamarquesa”), Johnny Depp (com “Black Mass – Jogo sujo”) e, é claro, DiCaprio, que consideram favorito: “As condições parecem estar todas reunidas para que [DiCaprio] vença finalmente [o Óscar]”.

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Há quem sugira, nisto dos prémios, que aparecer demasiado cedo é prejudicial: vão aparecendo outros filmes, surgem outras novidades, e o que era uma obra-prima na primavera, lá para o inverno já passou do prazo. Iñárritu e DiCaprio parecem ter levado a ideia tão à letra que “The Revenant – O Renascido” só estreará nos Estados Unidos entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Durante a carreira, Leonardo DiCaprio já foi nomeado para o Oscar de melhor ator três vezes: Oscares é que nem vê-los. Este ano volta a ser candidato, e, para já, não há ninguém mais favorito que ele. Mas até ao lavar dos cestos é vindima. E nomes como Tom Hanks (com o filme “Bridge of Spies”) e Samuel L. Jackson (com “The Hateful Eight”, de Tarantino), mesmo correndo por fora, também não são de descartar. Se voltará a haver este ano quem lhe tire a vitória, como fez Matthew McConaughey em 2013, só a cerimónia desvendará. E até 28 de fevereiro de 2016 muita tinta vai ainda correr.

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