O primeiro-ministro, António Costa, lamentou nesta quinta-feira a morte do guitarrista dos Xutos & Pontapés Zé Pedro, de 61 anos, considerando que personificou como poucos, para várias gerações de portugueses, “o carisma e a elegância do rock”. “O Zé Pedro partiu. Para gerações e gerações de portugueses, ele personificou o carisma e a elegância do rock como poucos”, escreveu o líder do executivo português, numa mensagem divulgada pela rede social “Twitter”.

António Costa acrescenta que todos poderão “continuar a ouvir o som da guitarra que nos deixou”. “Mas nunca mais veremos o seu sorriso encantador. Os meus sentimentos aos familiares e amigos”, refere o primeiro-ministro na sua mensagem. As cerimónias fúnebres do guitarrista José Pedro, da banda Xutos & Pontapés, hoje falecido, realizam-se na sexta-feira, em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, disse fonte próxima da família.

O velório do guitarrista dos Xutos & Pontapés realiza-se a partir das 16h00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde, no sábado, é celebrada missa de corpo presente, pelas 14h00. O funeral e a cerimónia de cremação, que se realizam em seguida, são reservados à família, disse a mesma fonte.

Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares”, como recordou num dos capítulos da biografia “Não sou o único” (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.

No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.

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