O realizador Edgar Pêra e o músico Paulo Furtado (The Legendary Tigerman) juntam-se esta quinta-feira num cine-concerto no Convento de São Pedro de Alcântara, numa sessão de ‘aquecimento’ do Motelx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa.

O cine-concerto a três dimensões, que junta Edgar Pêra e Randolph Carter (‘alter ego’ de Paulo Furtado) está integrado na sessão “Cinema ao vivo no Konvento”, a primeira de três de ‘aquecimento’ do Motelx, que este ano decorre entre 4 e 9 de setembro. No cine-concerto, com música ao vivo de Randolph Carter e ‘live camera’, filmes e manipulação a cargo de Edgar Pêra, são usados textos de H.P. Lovecraft, cujos “contos mais arrepiantes” foram reunidos num livro a ser apresentado durante o festival. A sessão, de entrada livre limitada à lotação do espaço, está marcada para as 21h30.

As outras duas sessões de ‘aquecimento’ estão marcadas para sexta-feira (exibição em formato ‘drive in’ de “Shaun of the Dead”, de Edgar Wright, em Santos) e sábado (exibição de “Ghostbusters”, de Ivan Reitman, ao ar livre, no largo Trindade Coelho). Ambas têm entrada livre, mas a primeira é sujeita a inscrição prévia.

Na 12.ª edição, de acordo com a organização, o Motelx vai assinalar o bicentenário do “livro mais importante da história do género terror”, “Frankenstein”, de Mary Shelley, que se celebra este ano. A efeméride será assinalada no festival com “dois ciclos de cinema na Cinemateca para adultos (esplanada) e mais jovens (Cinemateca Júnior), e um debate inédito acerca da escritora e da obra por um painel composto exclusivamente por mulheres a realizar no Cinema São Jorge”. Além disso, “o espírito de Mary Shelley irá manifestar-se também nas “principais secções” do festival.

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A organização destaca filmes como “The Ranger”, de Jen Wexler, “Tigers are not Afraid”, de Issa López, “Mandy”, de Nicolas Pesce, e “Morto não fala”, de Dennison Ramalho. Na competição de longas-metragens estão nove filmes: “Anna and the Apocalypse”, de John McPhail, “Errementari: The blacksmith and the devil”, de Paulo Urkijo Alijo, “Four hands”, de Oliver Kienle, “Ghost Stories”, de Jeremy Dyson e Andy Nyman, “Agazussa: A heathen’s curse”, de Lukas Feigelfeld, “Inner ghosts”, de Paulo Leite, “Knife + Heart”, de Yann Gonzalez, “Luz”, de Tilman Singer, e “Mutant blast”, de Fernando Alle. Ao prémio de melhor curta-metragem de terror portuguesa competem 12 filmes.

Nesta edição, a secção paralela Quarto Perdido será “inteiramente dedicada a uma cineasta que nunca teve medo de assumir o cinema de género na sua obra”: Solveig Nordlund.

Como “outro ponto alto desta edição”, a organização destaca a apresentação do livro “Os contos mais arrepiantes de Howard Phillips Lovecraft”, com ilustrações de 22 artistas portugueses. As ilustrações, de Miguel Ruivo, Joana Afonso, Ricardo Cabral, Luís Cavaco, Darsy Fernandes, Bárbara Lopes, Cláudia Guerreiro, Carlos Fernandes, Marta Teives, Raquel Costa, Miguel Jorge, Ricardo Venâncio, Mosi, Miguel Mendonça, Leonor Pacheco, Filipe Alves, Diana Andrade, Fábio Vera, Filipe Andrade, João Maio Pinto, Luís Morcela e Luís Corte Real, estarão em exposição no Cinema São Jorge durante o festival. O livro, editado pela Saída de Emergência, será apresentado no dia 6 de setembro, às 19h00 no Cinema São Jorge, por Edgar Pêra e Paulo Furtado, que irão mostrar excertos do projeto que apresentam esta quinta-feira no Convento de São Pedro de Alcântara.

O festival tem também uma secção infanto-juvenil, Lobo Mau, que irá continuar “a apostar numa vertente pedagógica que envolve atividades e sessões de cinema, espalhadas pelo São Jorge, Cinemateca Júnior e Museu Coleção Berardo”. Esta edição do festival inclui ainda “uma novidade absoluta”, a primeira Horror Game Jam, “um concurso de criação de jogos de terror durante 48 horas”.