Momentos-chave
- Quem levou Vara para o BCP? "Fui eu"
- A "reunião de egos" que levou Santos Ferreira para o BCP. Ex-gestor da Caixa não lembra quem sugeriu o seu nome
- Santos Ferreira aprovou delegação de competências a Vara em Vale do Lobo, mas não sabe porquê
- Créditos ruinosos? Santos Ferreira responde com lucros "fabulosos"
- Santos Ferreira fala sobre devedores (mas à porta fechada)
- "Todos sabemos que Vale do Lobo correu mal"
- Deputados com dificuldade em chamar alguns clientes da Caixa ao Parlamento
- "Não quero dizer nada que piore a situação em que ele se encontra. Sócrates nunca foi minha visita de casa"
- Um banqueiro deve atuar "como um bom pai de família"
- Santos Ferreira atribui perdas geradas no último ano do seu mandato à crise financeira
- Imparidades mais tardias na Caixa. Foi uma "espécie de adiantamento por dividendos" ao Estado
- Tenho a convicção de que não houve operações decidas fora dos órgãos competentes e tomadas sem ser em cumprimento das normas existentes".
- Auditoria da EY "é um relatório factual, mas é um relatório factualmente infeliz"
Histórico de atualizações
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Quem levou Vara para o BCP? "Fui eu"
Quem levou Armando Vara para o BCP? “Fui eu”, assumiu o ex-presidente da Caixa. Em resposta ao deputado do PSD, Duarte Marques, Santos Ferreira acrescenta que também levou outros gestores que estão na agora na liderança do setor financeiro, como Paulo Macedo e António Ramalho. Já a ida do ex-ministro socialista para a administração da Caixa foi iniciativa de Teixeira dos Santos, como já testemunhou no Parlamento, o antigo ministro das Finanças.
E foram as últimas respostas à porta aberta. Obrigada por nos ter acompanhado nesta longa audição que durou cerca de 6.30.
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As últimas respostas, à porta aberta.
Se faltassem 800 milhões de euros de provisões à Caixa — como segundo a deputada do PS, Constância Urbano de Sousa, a auditora Deloitte terá alertado — “teria havido reservas às contas da Caixa”, defende Carlos Santos Pereira.
O ex-presidente da Caixa falou com Joe Berardo e Manuel Fino enquanto esteve na Caixa. Tentei convencê-lo a instalar a coleção de arte no local onde hoje está outro museu. Nunca falei sobre créditos com eles e se fosse abordado teria-os dirigido para o administrador com o pelouro. Santos Ferreira volta a falar em pessoa, para não citar nomes, responde a Mariana Mortágua.
Em resposta a Cecília Meireles, Santos Ferreira confirma que a Caixa BI levantou dúvidas sobre o projeto da La Seda, mas adiantou que isso era normal. O ex-gestor tem remetido o tema para o banco de investimento então liderado por Jorge Tomé.
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Vamos para a terceira ronda com mais de seis horas de audição. Ainda está previsto que Santos Ferreira responda à porta fechada a uma pergunta da deputada Mariana Mortágua.
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Quem propôs crédito a Berardo? Santos Ferreira diz que não sabe, mas ex-diretor já nomeou Maldonado Gonelha
A deputada do CDS retoma o tema recorrente da maior operação de crédito concedida à Fundação Berardo, que teve um limite até 350 milhões de euros. Santos Ferreira já testemunhou que a proposta tinha o selo da direção comercial de grandes empresas, mas Cecília Meireles recorda as declarações proferidas pelo ex-diretor, Cabral dos Santos, segundo o qual a proposta foi apresentada pela sua direção — mas não defendida — por ordem de outro administrador: Maldonado Gonelha.
Santos Ferreira, que ao longo da audição refere-se sempre a Berardo como “aquela pessoa e aquela entidade”. O ex-presidente da CGD lamenta não ter tido essa informação, que não consta da ata da reunião de conselho de crédito alargado que aprovou o empréstimo, e que “me aflige”. E responde à deputada: “Achava que ia dizer o meu nome (…) escusava de estar a sofrer estes cinco minutos”.
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A "reunião de egos" que levou Santos Ferreira para o BCP. Ex-gestor da Caixa não lembra quem sugeriu o seu nome
As perguntas da deputada do Bloco voltam-se para ida de Santos Ferreira para a administração do BCP
Santos Ferreira descreve uma reunião conhecida, realizada na sede da EDP no final de dezembro, onde estiveram os maiores acionistas do BCP que estavam contra a gestão proposta por Jardim Gonçalves que estava a ser investigada pelo Banco de Portugal: Joe Berardo, António Mexia, Fernando Ulrich Manuel Fino e o filho, provavelmente estariam Ferro Ribeiro, por Stanley Ho, e Pedro Maria Teixeira Duarte. “Tenho medo de ser mal interpretado, mas é uma reunião de egos”. O ex-presidente Quando se começou a discutir quem poderia encabeçar lista ao BCP, apareceu o nome de Santos Ferreira. “Não me pergunte quem foi, mas avançou e quando isso aconteceu sai da sala para o gabinete de António Mexia. E quando foi convidado teve de falar primeiro com várias pessoas, entre os quais acionistas e famílie.
E não tinha de falar com o acionista da Caixa ? pergunta Cecília Meireles. Diz que só falou com Teixeira dos Santos para comunicar a renúncia à presidência da Caixa. Neste processo de “brainstorming”, a Caixa enquanto acionista do BCP desapareceu, questiona a deputada do CDS.
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Financiamento a Berardo não cumpriu nenhuma das condições da direção de risco
Mariana Mortágua volta ao tema da aprovação do crédito até 350 milhões de euros à Fundação Berardo, operação que diz não cumpriu nenhuma das condições impostas pela direção de risco para dar parecer favorável a este empréstimo, entre os quais a inexistência de potenciais conflitos de interesse face às ações dadas como garantia, e que neste caso eram do principal concorrente da Caixa, o BCP.
Santos Ferreira lembra que só foram usados 250 milhões de euros e volta a lembrar outros ativos do universo empresarial do comendador, como a Sogrape (participação minoritária) que foram vendidas, e a Bragatel, e que neste caso permitiu amortizar uma parte do crédito à Caixa, já em 2008.
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A segunda ronda começou já alguns minutos com perguntas cada vez mais específicas e concretas sobre as operações de financiamento dadas pela Caixa para a compra de ações do BCP, tendo como garantia apenas essas ações. A deputada socialista Constância Urbano de Sousa questionou Santos Ferreira sobre a atribuição de um crédito de 180 milhões de euros à Invetifino, holding de Manuel Fino que não tinha atividade operacional e cujos resultados positivos no ano anterior à operação tinham sido gerados por uma mais valia. O ex-presidente da Caixa responde com o valor dos ativos — as ações detidas por Manuel Fino — que chegaram a valor mais de mil milhões de euros. E voltou a admitir que ninguém, nem o risco, conseguiu prever o descalabro nas bolsas, lembrando que o PSI 20 caiu 50% em 2008.
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Está agora a ser feita uma pausa nesta audição que já dura há quatro horas.
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Santos Ferreira aprovou delegação de competências a Vara em Vale do Lobo, mas não sabe porquê
Estamos no final da primeira ronda com as perguntas do PSD, Duarte Pacheco. Carlos Santos Ferreira admite que houve divergências entre as suas declarações e as feitas pelo antigo diretor de grandes empresas, Cabral dos Santos, a propósito de quem propôs ou defendeu as operações de Vale do Lobo e de Joe Berardo. E admite que se essa proposta chegar por mail de um administrador — Armando Vara — como contou Alexandre Batista, outro ex-diretor — não foi correto.
Já a delegação de competências conferida s Armando Vara para tomar sozinho decisões sobre empréstimos e spreads no caso de Vale do Lobo “não é normal, mas não é extraordinário”. Depois de afirmar que não se encontra outra outra delegações de competências da mesma natureza, Santos Ferreira não responde porque aprovou então essa delegação na reunião do conselho de administração de dezembro de 2006. Santos Ferreira acrescenta mesmo que também gostaria de saber, mas se decidi e está lá a minha assinatura é porque achava aceitável.
Duarte Pacheco insiste: Não que dizer pela mesma razão que afirmou que não queria trazer mais problemas ao ex-primeiro-ministro, José Sócrates? Santos Ferreira diz que essa foi uma declaração “cavalheiresca”, que não teve em relação a Armando Vara, que já está detido no caso Face Oculta e também é acusado na Operação Marquês. E garante que não sabe nada sobre Vale do Lobo.
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Berardo teve créditos de favor? Não, porque seria uma "ilegalidade"
Santos Ferreira não vê razão para existir uma anátema em relação aos títulos (acções) dados como garantia de empréstimos. Na altura era normal, hoje nem tanto por causa da situação das bolsas.
O ex-presidente da Caixa volta a afirmar que tinha de ser o diretor da área comercial, ou alguém por ele. “Não se quem defendeu mas quem apresentou foi a direção comercial de empresas de onde vem o papel timbrado e a quem competia propor. Paulo Sá conclui que estas operações ficaram “órfãs”.
E Berardo tinha tratamento especial? Eram créditos de favor? “Nunca me vi nada que permita concluir que essa pessoa tivesse tratamento de fora das regras. “Não há créditos de favor porque é uma ilegalidade. ”
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Créditos ruinosos? Santos Ferreira responde com lucros "fabulosos"
Paulo Sá do PCP faz perguntas mais genéricas sobre a política de gestão de risco e a pressão da área comercial para aumentar a quota de mercado do banco nas grandes empresas. Carlos Santos Ferreira retoma uma ideia que deixou na sua intervenção inicial. Na altura em que esteve na Caixa houve alguns empréstimos que tiveram maus resultados — já durante a audição o ex-gestor apontou o caso de Vale do Lobo.
“Mas terá de me fazer o cumprimento de dizer que fui o primeiro a dizer isso na minha intervenção”. Santos Ferreira sublinha ainda que nos casos em que o parecer do risco foi favorável, tivemos mais perdas do que nos casos em que o parecer era desfavorável. Isto porque em grande parte das operações o risco não conseguiu prever o imprevisível. O que as pessoas não gostam de falar. Não soa dizer bem que o problema foi da crise. Se calhar não foi só da crise.”
E quando Paulo Sá faça em empréstimos ruinosos, a propósito das operações decididas no seu mandato, Santos Ferreira, responde com “lucros fabulosos”.
E deixou ainda a garantia de que a área de risco da Caixa “foi imune” à pressão para aumentar negócio na área comercial. -
A "Caixa fez n estudos sobre o La Seda". Santos Ferreira remete para Jorge Tomé da Caixa BI
Santos Ferreira diz que o projeto de financiar um aumento de capital do La Seda veio pelo grupo Imatos Gil. O dossiê chegou ao então vice-presidente da Caixa, Maldonado Gonelha. Santos Ferreira diz que contactou com o Governo sobre o PIN da fábrica de Sines. A Caixa nomeou Maldonado Gonelha para acompanhar este projeto pelas implicações que teria na economia.
“Faria pouco sentido entrar no capital de uma empresa da Catalunha se não estivesse presente a ideia de investir em Portugal”, reconheceu Santos Ferreira em resposta à deputada do CDS numa referência ao projeto PIN (projetos de potencial de interesse nacional). A Caixa, diz “fez n estudos sobre La Seda e Artlant e tudo foi feito na Caixa BI, na liderança de Jorge Tomé.
Santos Ferreira diz ainda que a Caixa desfez a parceria com o Grupo ImatosGil quando se apercebeu da existência de conflitos de interesses entre o grupo português e a La Seda em 2008.
Os deputados da comissão de inquérito podem não conseguir ouvir alguns dos responsáveis por esta operação complexa e que muitas perdas trouxe ao banco público. Maldonado Gonelha não consta da lista de personalidades a ser chamada, por razões de saúde. E o empresário do Grupo Imatos Gil estará a residir no México o que dificulta a sua audição neste inquérito parlamentar.
O Observador relembra um capítulo do livro de 2018 de Helena Garrido em que o tema do La Seda é explicado.
E o direito de resposta recebido da parte de Manuel Matos Gil, que será uma das personalidades que os deputados querem ouvir.
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Santos Ferreira volta a admitir: "Vale do Lobo é uma má operação com maus resultados"
Vale do Lobo foi uma operação de crédito iniciada a 21 de junho de 2006. Mas a Wolfpart, que iria desenvolver parceiras com privados no imobiliário, só é constituída após a compra de Vale do Lobo, em dezembro de 2006.
A deputada do CDS questiona Santos Ferreiro sobre o nome dessa SGPS: Chamar-se wolf (lobo em inglês) é uma coincidência? Parece excessivo ser coincidência, admite. Santos Ferreira repete com mais ênfase uma ideia que já disse aqui. Se no financiamento concedido para comprar ações do BCP, ninguém podia advinhar uma desvalorização das ações do banco em mais de 90%, Vale do Lobo assume: “É uma má operação com maus resultados. Não posso dizer mais”.
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“O financiamento para a compra de ações do BCP foi feita por quatro bancos: BCP, Caixa, BES e Santander”, sublinha Carlos Santos Ferreira. Ainda assim, no que diz respeito a financiamento de aquisição de títulos, os 350 milhões emprestados à Metalgest foram uma das maiores operações deste género do seu mandato. Outra foi para compra das ações da Cimpor.
Nenhum desses quatro bancos, diz Carlos Santos Ferreira, percebeu que o BCP ia ter uma desvalorização de noventa e tal por cento. Mas quando se lida com risco “há operações que correm bem e há operações que correm mal”.
Santos Ferreira diz que está disponível para apresentar uma série de operações que correram bem, porque “se todas corressem mal a Caixa Geral de Depósitos já não existia”.
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CDS-PP toma a palavra e continua na senda de Berardo. “Tanto quanto eu percebi, o diretor de grandes empresas é que elaborou a proposta mas não a defendia — fê-lo a pedido de Maldonado Gonelha”. Quem é que apresentou a proposta no conselho alargado de crédito? “Oh sra. deputada”, diz Santos Ferreira a Cecília Meireles, “os administradores não apresentavam propostas, ouviam as propostas da área comercial”.
Santos Ferreira diz que “não tem a subtileza de Cabral dos Santos para distinguir entre ‘apresentar’ e ‘defender’ uma proposta”. “Eu não sei quem é que defendeu a proposta, mas que foi apresentada com o timbre da direção de grandes empresas, isso foi”.
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Mariana Mortágua insiste: “nenhum dos avisos do risco foi ouvido” nos empréstimos milionários a Berardo para compra de ações do BCP. “O risco pode ter dito isso, mas o que está escrito pelo risco é aval — “que não existia”, interrompe Mortágua –, 120% — “que também não havia”, interrompe Mortágua… Mas a gestão do risco não bloqueou terminantemente a operação, diz Carlos Santos Ferreira.
E porque foi defendida esta operação no conselho de administração que mais ninguém defendeu?
Os papéis são todos da direção comercial das grandes empresas num documento que assinala a capacidade empresarial do cliente, responde Santos Ferreira. O ex-diretor de grandes empresas, Cabral dos Santos, garantiu que não foi ele a propor a operação.
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Holding de Berardo tinha ativos para pagar. "Realidade desmente essa lógica", diz deputada do Bloco
A Metalgest, holding de Berardo, tinha uma situação líquida positiva de 216 milhões. Consolidava empresas e tinha ativos disponíveis para a venda. E dá exemplos: Empresas de moagem, 85% da Quinta da Bacalhoa, Empresa Madeirense de Tabacos, Quinta do Carmo, Hotéis Savoy.
“Não dependia apenas dos dividendos para pagar os juros do empréstimo”.
Mas a Metalgest não pagou o empréstimo: “Toda a realidade desmente a lógica que apresentou”, conclui Mariana Mortágua. Santos Ferreira contraria: “Não desmente, não coincide com o que disse.” Porque quando em 2008 foi necessário obter credito para aumento de capital do BCP foi vendido um ativo e diminuída a dívida para com a CGD.
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Relatórios do risco não eram bloco "pegar ou largar"
Sobre os pareceres negativos da gestão de risco, Santos Ferreira diz que “as condições de gestão de risco não são blocos de pegar ou largar. Apenas havia condições que eram ou não acomodadas”.
A Metalgest tinha mais de 200 milhões de capitais, era uma holding que consolidava outras empresas (de moagem, em Castelo Branco, etc.), consolidava 85% da Bacalhoa, o Savoy (cinco hotéis), a Quinta do Carmo, tinha disponíveis para venda uma série de empresas. Santos Ferreira rejeita a ideia de que a Metalgest tivesse uma situação financeira precária em que precisava de dividendos para pagar juros.
Já sobre a cobertura inferior a 120% nos créditos, designadamente nos créditos para ações do BCP, Carlos Santos Ferreira diz que já havia créditos concedidos com mais e com menos de 120% de cobertura, quando lá chegou, e que continuou essa prática: “concedi créditos com menos de 120% e mais de 120%”, diz Carlos Santos Ferreira.
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Santos Ferreira fala sobre devedores (mas à porta fechada)
Mariana Mortãgua pergunta a Carlos Santos Ferreira se, agora, já sabe quem são os investidores que receberam créditos da Caixa para investir no BCP. “Há um ponto que me custou muito, na última comissão, que é quebra do sigilo bancário citar nomes de clientes”, diz Carlos Santos Ferreira. E desta vez volta a sentir muita dificuldade em quebrar o sigilo bancário, tanto que diz a Mariana Mortágua para pedir ao presidente da comissão para falar sobre a identidade dos devedores numa sessão à porta fechada no final. “Assim faremos”, diz Luís Leite Ramos.
Ainda assim, sobre a Metalgest, nome que não é referido diretamente, Carlos Santos Ferreira diz que houve um parecer desfavorável da gestão de risco, mas também se dizia que havia várias razões, desde o desempenho dos investimentos bolsistas de Berardo, até aos capitais próprios da Metalgest, abriam a porta a que o crédito fosse concedido, na opinião de Santos Ferreira.