Macedónia do Norte, Holanda, Albânia, Suécia, Rússia, Azerbaijão, Dinamarca, Noruega, Suíça e Malta foram os países apurados esta quinta-feira para a final da Eurovisão. Os dez países juntam-se assim aos já conhecidos finalistas, apurados na primeira semifinal de terça-feira.

Durante a cerimónia, os apresentadores confirmaram ainda que Madonna vai mesmo atuar na final de sábado.

Macedónia do Norte

Tamara Todevska, “Proud”

Há quem não acredite no destino, mas certas coisas parecem mesmo estar definidas à nascença. Tamara Todevska é filha de uma cantora da Ópera da Macedónia e de um professor da Academia de Música de Skopje e a sua irmã representou o país no festival da Eurovisão de 2014. Aos 33 anos, chegou a sua vez.

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Tamara já representou a Macedónia na Eurovisão em três ocasiões: duas como back-vocal, outra integrada num trio. Mas este ano decidiu fazê-lo a solo e foi escolhida como a representante do seu país.

A par da carreira “eurovisiva”, Tama tem dois álbuns de estúdio em nome próprio. A canção “Proud”, que vai concorrer à Eurovisão, ainda não foi apresentada.

Holanda

Duncan Laurence, “Arcade”

Duncan Laurence formou-se recentemente na Rock Academy em Tilburg, na Holanda, com 24 anos. Participou na quinta edição do “The Voice” da Holanda. A Eurovisão vai ser o primeiro grande desafio da carreira, a representar um país que venceu já por quatro vezes, embora não o faça desde 1975.

Albânia

Jonida Maliqi, “Ktheju Tokës”

A cantora de 35 anos começou a carreira aos 13 no Festival da Canção da Albânia — que só desde 2003 é que apura um concorrente para a Eurovisão. Jonida Maliqi chegou mesmo a ser a apresentadora, em 2010. Antes de conquistar a vitória, na edição deste ano, Maliqi tinha obtido um 3º lugar, em 2004.

A par da participações no festival, Jonida Maliqi interpretou Julieta numa versão albanesa do musical “Romeu e Julieta”, tendo ainda sido jurada no “The Voice” da Albânia e apresentadora do Dança com as Estrelas.

Suécia

John Lundvik, “Too Late For Love”

John Lundvik já não é novo nestas andanças. O compositor sueco tornou-se conhecido do público quando, em 2018, participou no “Melodifestivalen”, o concurso responsável por apurar o representante da Suécia na Eurovisão. O tema que compôs para o concurso musical, “My Turn”, passou diretamente à final, ficando em terceiro lugar. Este ano, Lundvik voltou a participar e conseguiu ser apurado para a Eurovisão, onde apresentará a canção “Too Late For Love”.

Rússia

Sergey Lazarev, “Scream”

Sergey Lazarev, de 35 anos, já conquistou um lugar no pódio da Eurovisão em 2016, em Estocolmo. Este ano regressa para tentar a vitória. Com 35 anos, Lazarev é também dançarino e ator, embora seja na música que dá os passos mais firmes.

Com o amigo Vlad Topalov criou em 2000 os Smash!!, uma banda pop que fez muito sucesso entre os jovens russos e que conquistou vários MTV Music Awards. Depois da separação, Sergey Lazarev seguiu uma carreira a solo.

Antes de ter sido o escolhido para representar a Rússia, em 2016, Lazarev tinha já concorrido ao Festival da Canção da Rússia em 2008, onde alcançou o 4º lugar. A música ainda não foi apresentada.

Azerbeijão

Chingiz, “Truth”

Chingiz nasceu em Moscovo, Rússia, mas mudou-se para Qazax, Azarbeijão, quando era pequeno. O cantor ficou conhecido depois de ganhar o “Ídolos”, tornando-se numa estrela no Azarbeijão. Depois de 2013, começou a representar o país no estrangeiro. Na Eurovisão, vai apresentar o tema “Truth”.

Dinamarca

Leonora, “Love Is Forever”

Leonora tem apenas 20 anos e destacou-se na… patinagem no gelo. Foi campeã de juniores na Dinamarca e participou nos campeonatos nórdicos e no Campeonato do Mundo de juniores. A patinagem ficou para segundo plano e a música parece estar a resultar.

“Love is Forever” é a canção com a qual ganhou um lugar na Eurovisão em representação da Dinamarca. É cantada em quatro línguas: inglês, dinamarquês, alemão e francês.

Noruega

KEiiNO, “Spirit In The Sky”

Os KEEiNO são um grupo norueguês composto por Fred Buljo, Alexandra Rotan e Tom Hugo, que foi criado no final de 2018 para participar no Melodi Grand Prix, o concurso que escolhe o representante da Noruega no festival da Eurovisão.

O grupo participou com a canção “Spirit in the Sky”, uma música sobre os problemas históricos relacionados com a igualdade sexual. A vitória no concurso nacional deu-lhes o bilhete de ida para Tel Aviv.

Suíça

Luca Hänni, “She Got Me”

Aos 24 anos, Luca Hänni é um dos cantores mais populares nos países de língua alemã. A sua carreira musical começou em 2012, quando, aos 17 anos, ganhou o “Deutschland sucht den Superstar”, a versão alemã do “Ídolos”. O seu primeiro single, “Don’t Think about Me”, chegou a número um nos tops da Alemanha, Áustria e Suíça. A este primeiro sucesso seguiram-se concertos esgotados, participações em festivais de música e programas de televisão e inúmeros prémios musicais. O tema que vai apresentar na Eurovisão, “She Got Me”, foi composto por si e por Laurell Barker, Mac Frazer, Jon Hällgren e Lukas Hällgren.

Malta

Michela, “Chameleon”

Apenas com 17 anos, Michela Pace vai ser a representante de Malta na Eurovisão. Estudante num colégio ligado à igreja católica, Michela participou no X Factor de Malta, que venceu.

Como prémio pela vitória, vai representar o país na Eurovisão e teve ainda direito a assinar um contrato com a Sony Music de Itália.

Grécia

Katerine Duska, “Better Love”

Katerine Duska, a representante da Grécia na Eurovisão, nasceu em Montreal, no Canadá, mas reside atualmente na capital grega, Atenas. Em 2016 lançou o primeiro álbum, Embodiment, e, em 2018, viu uma das suas músicas ser escolhida para um anúncio televisivo no Canadá. No seu currículo constam colaborações com artistas como Tom Baxter, Oddisee e Albin Lee Meldau, atuações em vários festivais do norte da Europa. A cantora é dada como uma das principais candidatas a vencer a Eurovisão, onde participou esta terça-feira com a canção “Better Love”.

Bielorrússia

ZENA, “Like It”

Com apenas 17 anos, ZENA é uma das concorrentes mais novas da edição deste ano da Eurovisão. A cantora nasceu a 17 de setembro de 2002, em Minsk, capital da Bielorrússia, e começou a atuar quando era pequena. Participou duas vezes na edição júnior do concurso de música, ficando em terceiro lugar em 2016. O seu reportório incluiu atualmente mais de 20 canções e dez videoclips.

Sérvia

Nevena Božović, “Kruna”

Nascida a 15 de junho de 1994, em Kosovska Mitrovica, no norte do Kosovo, Nevena Božović mostrou desde cedo interesse pela música. Estudou piano e, aos 16 anos, entrou para uma academia de música. Continuou os estudos na Faculdade de Música da Universidade de Belgrado, onde se licenciou este ano com uma especialização em solfejo. Depois de ter participado no Festival Eurovisão da Canção Júnior, em 2007, onde ficou em terceiro lugar, e no concurso principal com a banda Moje, em 2013, Božović regressou este ano para atuar sozinha, e com bons resultados, no grande palco do evento de música. O tema que apresentou, “Kruna”, valheu-lhe um lugar na final de sábado.

Chipre

Tamta, “Replay”

O Chipre foi, no ano passado, era um dos principais candidatos à Eurovisão. Quando a vitória parecia quase certa, o troféu escorregou das mãos de Eleni Foreira para as da israelita Netta, que acabou por reunir a pontuação mais alta. Passado um ano, o país volta a estar bem colocado nas semifinais com “Replay”, um tema interpretado por Tamta que em tudo faz lembrar o de Foreira, “Fuego”.

Tal como a concorrente de 2018, Tamta também não nasceu no Chipre (mas sim na Geórgia) e tem uma carreira construída sobretudo na vizinha Grécia, para onde se mudou quando tinha 21 anos. Uma das artistas mais famosas do país, alcançou o segundo lugar nos “Ídolos” gregos e chegou à final do Festival da Canção grego em 2007. Esteve para participar pelo Chipre por duas vezes, mas só este ano conseguiu conciliar a agenda com a participação na Eurovisão. Aos 38 anos, tem quatro álbuns de estúdio editados e os seus singles atingiram consecutivamente o top das rádios gregas. Foi jurada do “X Factor” na Geórgia e na Grécia, entre 2014 e 2018.

Estónia

Victor Crone, “Storm”

Victor Crone, o concorrente da Estónia, nasceu na Suécia mas tem uma longa ligação com os Estados Unidos da América, para onde se mudou aos 18 anos. Desde então, teve oportunidade de trabalhar com nomes como Diane Warren (compositora nomeado este ano para os Óscares), Desmond Child (produtor de temas de grande sucesso como “Living on a Prayer”, de Madonna, ou “Livin’la Vida Loca”, de Ricky Martin) e de lançar a música “Jimmy Dean”, sob o nome Vic Heart. Este ano, venceu o Festival da Canção da Estónia com a canção “Storm”, assegurando a presença em Tel Aviv. “Storm” entrou para o top 10 da tabela das músicas mais ouvidas do país que representa.

República Checa

Lake Malawi, “Friend of a Friend”

Lake Malawi é o terceiro maior lago de África (que atravessa os territórios de Moçambique e Tanzânia), mas é também o nome da banda de indie-pop que representa a República Checa na Eurovisão com o tema “Friend of a Friend”. A banda (que foi buscar o nome a uma música de Bon Iver e não ao mapa do continente africano) nasceu em 2013 e é composta por Albert Cerny (voz e guitarra), Jeronum Subrt (baixo e teclas), Antonín Hrabal e Pavel Palát (percussão). Os Lake Malawi já tocaram nos maiores festivais checos e também no Reino Unido, onde, em 2014, apresentaram um single na BBC. Em Praga, capital da República Chega, tiveram oportunidade de abrir para artistas como os The Kooks, Mika e Thirty Seconds to Mars.

Austrália

Kate Miller-Heidke, “Zero Gravity”

A representante da Austrália (um país que participa na Eurovisão por ser um grande fã do evento) é um nome consagrado. Com 37 anos, Kate Miller-Heidke conta com quatro álbuns de originais, e venceu e foi nomeada para vários prémios de música no seu pais. Com uma sonoridade que conta com fortes inspirações clássicas, mas onde não faltam influências pop, lançou em 2017 um disco, ao vivo, com a Orquestra Sinfónica de Sidney. Participou esta terça-feira em Tel Aviv com o tema “Zero Gravity”.

Islândia

Hatari, “Hatrið mun sigra”

A Eurovisão é sobretudo um concurso de música pop, mas isso não impede que, de vez em quando, surjam nomes mais inusitados. Este ano, a grande surpresa foram os islandeses Hatari, uma banda de industrial que apresentou o tema “Hatrið mun sigra”. Formados em 2017, os Hatari (compostos por três amigos de escola, Klemens Hannigan, Matthías Tryggvi Haraldson e Einar Stefansson) foram já considerados a melhor banda ao vivo pelos Iceland Airwaves, um festival islandês. Surpreendentemente, contam-se entre os favoritos para a final de sábado.

San Marino

Serhat, “Say Na Na Na”

Para comemorar os dez anos da presença na Eurovisão, San Marino convidou o músico Serhat, que representou o país na edição de 2016, a regressar ao evento. Há três anos, o cantor de 54 anos não foi capaz de se qualificar para a final, um lapso que conseguiu colmatar esta terça-feira. Nascido em 1964, na Turquia, Serhat é um conhecido cantor e apresentador de televisão. Tem uma empresa de produção de conteúdos televisivos e eventos e promove concursos musicais no seu país natal. A versão disco de “I Didn’t Know”, que apenas lhe valeu o 12.º lugar na semifinal de 2016 da Eurovisão, conseguiu um lugar na tabela de dance music dos Estados Unidos da América.

Eslovénia

Zala Kralj & Gašper Šantl, “Sebi”

Zala Kralj & Gasper Santl são um duo esloveno de música minimal e indie-pop formado em 2017, ano em que se conheceram por intermédio de um amigo em comum. Zala dá a voz aos temas, enquanto Gasper trata da guitarra e da produção. O tema que apresentaram esta terça-feira em Tel Aviv chama-se “Sebi”.