Ameaças de morte, agressões e o medo que ficou depois daquele dia 15 de maio os jogadores terem sido atacados por um grupo que invadiu a academia de treinos do Sporting, em Alcochete. Assim se resume os depoimentos, esta terça-feira, dos jogadores argentinos Marcos Acuña e Rodrigo Battaglia, dois dos alvos principais do grupo. Além das agressões no interior do balneário da academia, a dupla sul-americana falou também , por videoconferência a partir do Tribunal do Montijo, sobre o que se passou antes do ataque na sequência da derrota na Madeira.

Acuña começou a falar pelas 15h30. O jogador recorda que no dia da invasão à academia de Alcochete estava nos balneários com os colegas, em frente à porta, quando os ouviu a dizer que os adeptos já estavam a aproximar-se. “Quando tentei ver pela janela, já lá estavam dentro”, recordou. Lembra-se que estavam todos ali, menos Bas Dost, e estavam também presentes alguns fisioterapeutas. No total seriam 25 pessoas naquele espaço.

“Entraram umas 30 ou 40 pessoas. Quando chegaram tentaram fechar a porta, mas não conseguiram”, descreveu, por videoconferência a partir do Montijo. Para depois recordar os passos seguintes: “Os primeiros que entraram traziam os rostos todos cobertos. Quando o William tentou fechar a porta, forçaram a porta e entraram a chamar por mim e pelo Battaglia. Vieram para nós e começaram a atacar-nos, estávamos um pouco distantes um do outro”, testemunhou.

Uma descrição semelhante e complementar à que Battaglia contaria duas horas depois: “Quando voltámos do trabalho do ginásio vimos ruídos e barulhos estranhos. Parecia que queriam forçar a porta para entrar. Vi os meus companheiros a olhar pela janela, fui ao pé da rouparia e vi o rouperio a tentar fechar a porta. O Ricardo [Gonçalves] e o Vasco [ Fernandes ]tentaram contê-los, mas eles forçaram as portas e conseguiram entrar”, disse.

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Em direção a Acuña foram quatro ou cinco elementos do grupo de invasores, que o atacaram. “Primeiro levei uma bofetada e depois seguiram-se murros e pontapés”, disse na sua língua, usando o termo “puñetazos”. Enquanto lhe batiam diziam-lhe que não merecia a camisola do Sporting e tentavam arrancá-la. Como não conseguiam, ameaçavam-no. “Que me iam matar que sabiam onde vivia e onde os meus filhos iam para a escola”, recordou.

Da boca de Battaglia, as palavras foram semelhantes. “Em nenhum momento tentaram falar connosco, chamaram-nos filhos da puta, que não merecíamos usar a camisola. Começou aí a pancadaria. Vi que bateram no William, no Marcos Acuña, no Patrício, que também foi agredido“, recordou o jogador perante o coletivo. O profissional reconhece que os insultos eram dirigidos a toda a equipa, mas que eles eram os alvos das agressões.

O jogador Acuña  lembra ainda que as pessoas que o agrediram não foram as mesmas que atacaram Battaglia, que também corroborou esta informação. Acuña disse só ter conseguido proteger a cara, por isso não sabe precisar o número de agressores. Ao mesmo tempo Battaglia era atingido com um garrafão de 25 litros de água. Acuña também guarda na imagem a memória de alguns suspeitos se manterem à porta para que ninguém abandonasse o local.

“Não me de lembro muitas mais ameaças que tenham feito a não ser que se não ganhássemos no domingo íamos ver o que nos ia acontecer”, testemunhou. Os suspeitos disseram-no já depois das agressões e quando se preparavam para sair. Nesse momento ainda lançaram uma tocha.

O argentino Rodrigo Battaglia

Battaglia lembra-se que lhe deram “socos na cara, no peito e nos braços”. Diziam que me iam matar, eram quatro ou cinco”. De volta de Marco seriam cinco ou seis, pelo que recorda.”Estava muita confusão por isso também não vi mais. O Rui e o William tentaram parar aquilo. Vi dois ou três de volta do Rui a acertarem na nuca, não sei de mão fechada ou aberta. O William foi agredido na parte de frente e de trás com socos”, explicou por videoconferência.

A procuradora do Ministério Público ainda quis saber se alguns destes invasores disseram, eventualmente, para os mais agressivos pararem — como já foi dito em tribunal por pelo menos uma testemunha — mas Acuña garantiu que nada ouviu nesse sentido. “Não houve ninguém a dizer para parar no balneário, só me lembro dos funcionários da segurança estarem a fazer isso”, assegura. O jogador argentino também referiu que lhe pareceu que William terá reconhecido um ou dois suspeitos do grupo.

“Saíram depois todos ao mesmo tempo. Houve um ou dois a dizer vamos embora, mas não me recordo de mais detalhes”, concluiu Acuña. Os jogadores e os técnicos que estavam no balneário acabaram por sair também, por não suportarem o fumo que entretanto adensara no balneário, e que levou mesmo a que o alarme de incêndio disparasse. “Não conseguia respirar. Recordo que o Dost tinha uma ferida na cabeça e o preparador físico (Mário Monteiro) tinha uma queimadura na zona da barriga por causa de uma tocha”, informou, segundo o que se lembra já no exterior do balneário, onde fora atacado.

Já depois, recordou por seu turno Battaglia, ouvido logo após Acuña, soube que outros jogadores foram também atacados, como foi o caso de Montero que levou uma chapada na cara, segundo o seu relato, ou o Misic que levou com um cinto, e o Bas Dost”, recordou.

O tribunal quis também saber se Acuña chegou a ver Bruno de Carvalho na academia. O jogador profissional admite tê-lo visto cerca de duas horas depois, assim como André Geraldes, suspeitando que tenham deslocado ao local juntos. Battaglia viria a responder exatamente assim à mesma pergunta.

A pré-invasão da Academia de Alcochete

De recordar que, ao longo das últimas sessões que contaram já com declarações de jogadores, técnicos e demais elementos do staff, várias testemunhas disseram que os invasores procuravam em específico os dois argentinos – além dos dois capitães de equipa, Rui Patrício e William Carvalho –, que foram sendo agredidos por três a quatro indivíduos cada. Em paralelo, têm sido também recordados três episódios que antecederam a invasão: a reação mais exaltada de Acuña perante os adeptos após o jogo frente ao Marítimo; o incidente entre a dupla e o antigo líder da claque Juventude Leonina, Fernando Mendes, no aeroporto da Madeira; e a conversa entre o ex-presidente, Bruno de Carvalho, com Acuña a propósito dos acontecimentos durante e depois desse último encontro do Campeonato.

[O resumo do dia 13 do julgamento do caso de Alcochete]

Palhinha gravou um vídeo, mas não foi aquele que passou nas televisões: “Não sei quem gravou”. Dia 13 do julgamento do caso de Alcochete

Acuña tem consciência disso e lembrou esta terça-feira em tribunal que no final da derrota com o Marítimo, ainda na Madeira, houve insultos quando foram “cumprimentar os adeptos”. Garante que na altura pediu apoio aos adeptos, mas continuou a ouvir só insultos. “Reagi porque é a minha natureza, a minha forma de ser. Não insultei os adeptos, só pedi apoio e ajuda”, justificou. O jogador contou que depois, já no aeroporto, houve alguém que foi atrás dele, mas que o segurança o levou para o avião e sanou a situação. No embarque ainda ouviu ao longe chamarem por ele, mas só depois os colegas lhe contaram o episódio que se passou de seguida, com, Fernando Mendes — o ex-líder da Juve Leo que acabou por esta altura a falar diretamente com William, com o Battaglia e, depois, com Jorge Jesus.

Já à advogada Sandra Martins, que representa nove dos arguidos, a testemunha garantiu que não chamou “hijo de puta” a ninguém, uma afirmação que o advogado de Bruno de Carvalho já tinha proferido na sala de tribunal para perguntar ao responsável pela segurança Ricardo Gonçalves, se a teria ouvido.

Nunca chamei hijo de puta a ninguém, no aeroporto segui para o avião, garantiu

E no final do jogo até ao autocarro?”, insistiu Sandra Martins

Não, em nenhum momento. Dirigi-me para o autocarro onde tínhamos comida, nunca me dirigi aos adeptos, respondeu Acuña.

Battaglia, por seu turno, lembrou que, de facto, no final do jogo na Madeira tinham muitos adeptos à espera e que falou com eles “para tranquilizá-los”, à saída já perto do autocarro. “Os adeptos tinham tarjas, mas já não me lembro o que diziam. Agradecemos, aplaudimos e seguimos para o balneário. Os adeptos estavam fora de si porque era um jogo importante e perdemos, pedi apoio porque havia uma Final da Taça e precisávamos de tranquilidade”, disse, garatindo que nunca os jogadores insultaram os adeptos.

O jogador recorda-se que já no aeroporto ouviu um grupo, entre eles estava o ex-líder Fernando Mendes”, a chamar o Acuña e foi ai que tentou acalmá-los, lembrando-os que todos “são humanos”. Ele, Jesus e William.

Quanto à reunião que se seguiu depois já em Alvalade, com todos os jogadores, Acuña recorda uma discussão entre William, Rui Patrício e o então presidente do Sporting, Bruno de Carvalho. Depois Bruno de Carvalho ter-lhe-á dito que os adeptos andavam à procura da morada dele. “Eu disse-lhe que queria falar com os adeptos para esclarecer tudo o que se tinha passado”, prosseguiu. Mas, como disse mais tarde ao advogado Miguel Coutinho, o ex-presidente disse que iria falar com eles, leia-se adeptos, primeiro. Battaglia confirma e lembra as palavras que o então presidente terá proferido — e que já foram referidas em tribunal, mas pelos técnicos do Sporting que também estiveram numa reunião semelhante: se estariam ou não com ele, acontecesse o que acontecesse.

Acuña confessa, perante as questões do Ministério Público, que nunca viu adeptos durante os treinos na academia do Sporting em Alcochete e, por isso, nunca pensou que fosse lá que o fossem procurar. Quando lhe perguntam sobre uma outra reunião, a 7 de abril, após o jogo com o Madrid, a memória atraiçoa-o. Não se lembra. Mas recorda bem as publicações com “insultos” que o ex-presidente, Bruno de Carvalho, fez depois disso na rede social Facebook.

Estas recordações, no entanto, ainda não escaparam da memória de Battaglia, que lembra que nessa reunião o então presidente estava muito “nervoso” e que manteve discussões com os capitães da equipa Rui Patrício e William.

Testemunhas ainda sentem medo quando perdem

Já ao advogado que representa o Sporting, Miguel Coutinho, Acuña, que também foi vítima, diz que sentiu dores, mas que essas passaram rápido. O problema foi o estado de “choque” em que ficou. Aliás, a testemunha revelou mesmo que quando os adeptos abandonaram a academia, telefonou à mulher e lhe disse para ficar e casa com os filhos e “ligar o alarme”. “Senti medo mais pela minha mulher e pelos meus filhos, a olhar de lado e para trás para saber se vinha alguém. Em cada jogo que não ganhamos penso que pode voltar a acontecer”.

O advogado Miguel Matias viria a perguntar ao jogador se foi por isso, por “medo, que rescindiu o contrato com o Sporting. Ele garante que ainda hoje sente medo, mas que não rescindiu. Acuña foi um dos nove jogadores que  não cessaram a relação contratutal com a SAD e em tribunal mostrou-se, até, um pouco exaltado quando lhe perguntaram se tinha tentado rescindir.

Battaglia, mais uma vez, também respondeu assim. “Fiqui com medo. Quando perdemos fico com medo. Liguei à minha namorada a pedir para ficar em casa porque se aconteceu isto no nosso local de trabalho, o que podia acontecer na rua?”, interrogou.

A advogada Sandra Martins perguntou a Acuña se tinha ideia de quem seria Gonçalo Álvaro, o alegado autor do vídeo filmado no interior da academia, que mostra os momentos após o ataque e que acabou por ir parar à comunicação social. Ele admitiu desconhecer. “Não percebo nada de futebol, mas é um excelente jogador”, rematou Sandra Martins, antes de terminar o conjunto de perguntas.

Já o advogado de Bruno Jacinto, o oficial de ligação aos adeptos que foi o único arguido a prestar declarações, perguntou ao jogador se no final desse mês de maio de 2018, cerca de duas semanas após o ataque, o filho dele tinha sido operado.

— Não percebo o que essa pergunta tem a ver com isto, respondeu ao advogado Paulo Camoesas.

–Não tem de perceber, tem de dizer se foi ou não, interveio a juíza Sílvia Pires

Acuña acabou por responder que sim, referindo que a mulher dele acabou por pedir ajuda à Carla Gomes, funcionária do Gabinete de Apoio ao Atleta que presta apoio em situações idênticas.

Miguel A. Fonseca, o advogado de Bruno de Carvalho, começou a inquirição logo com ironia, perguntando à juíza como se chamava. Sílvia Pires não gostou, mas respondeu-lhe. O advogado ainda rematou dizendo que era para ter a certeza que não se enganava, uma vez que a própria magistrada já teria trocado Alvalade por Luz. Recado dado, as perguntas: quando e como tinha visto o colega Bas Dost, que também ficou ferido.

Acuña respondeu-lhe que o viu quando estava a ser atendido pelos médicos, já tudo tinha terminado. Com ele estava Varandas, o atual presidente, e o médico Virgílio Abreu (apesar de a testemunha já não se recordar deste nome). Foi vê-lo com todos os jogadores.

O depoimento de Acuña terminou e antes de começar o de Battaglia a funcionária judicial do Montijo deixou o alerta para o coletivo de juízes: as testemunhas só têm segurança até às 18h30.

Vasco Santos, a reunião na Casinha e  “Façam o que quiserem”

Da parte da manhã marcou presença no Tribunal de Monsanto, para aquele que é o 14.º dia do julgamento do caso de Alcochete, Vasco Santos, que na altura diretor de operações e de segurança do Sporting e tinha entre as suas funções “garantir as condições de segurança em todos os eventos desportivos” (o que envolvia, por exemplo, encontros com o Oficial de Ligação de Adeptos, Bruno Jacinto, e elementos das claques para perceber as coreografias preparadas para apoiar as equipas leoninas), num arranque que necessitou de um compasso de espera devido a problemas com o sistema de gravação. De seguida, o antigo responsável verde e branco falou da reunião de Bruno de Carvalho na “Casinha” em abril.

“A intenção de Bruno de Carvalho era apaziguar os ânimos daquele Grupo Organizado de Adeptos e pedir desculpa”, começou por dizer num encontro após a derrota do Sporting em Madrid com o Atlético, a que se sucederam publicações nas redes sociais do antigo presidente. “Estavam mais de 40 pessoas na sala, acredito que fossem elementos da Juventude Leonina. O líder deu a palavra a membros, que interpelaram o presidente. Demonstraram descontentamento pelos constantes posts no Facebook, pela forma e palavras dirigidas aos jogadores. O presidente pediu desculpa. Por um lado não concordavam com a forma como o presidente se dirigia aos jogadores, mas também não gostavam do desempenho dos jogadores. Havia muita gente a dar palpites. Bruno de Carvalho ia ouvindo e disse: ‘Tudo bem, organizem-se, façam o que quiserem, depois informem’”, referiu.

Havia várias propostas, desde irem a Alcochete falar com os jogadores, fazer coreografias específicas, cânticos, tarjas. O presidente no fim da reunião não pareceu estar nas melhor condições, porque tinha um problema com a mulher, que estava hospitalizada. No fim, queria ir embora e disse: ‘Façam o que quiserem’”, acrescentou Vasco Santos.

Sobre a invasão à Academia, o então diretor de segurança destacou que não estava à espera por não ter sido informado para tal. “Não me chegou nenhum pedido, pensei que a ideia tinha sido abandonada. Percebi que houve ausência de comunicação. Da parte da UMID, não houve nenhum tipo de alerta, também desconheciam a situação”, frisou, citado pelo jornal Record, antes de recordar uma conversa com um spotter da PSP que lhe ligou para saber se estava prevista alguma ida à Academia. “Quando me perguntou, disse que não havia visita programada, que não estávamos à espera de nada. Perguntei-lhe se tinha mais alguma informação. Ele disse-me que não”, contou.

“Onde estava na altura da invasão, nesse dia 15 de maio? Numa reunião de trabalho na PSP que nada tinha a ver com o jogo ou com o que se passou no Funchal. Entrou alguém com um telemóvel a mostrar a notícia da CMTV”, prosseguiu, perante algumas considerações mais “acesas”. Seguiram-se as questões dos outros advogados após as perguntas da procuradora do Ministério Público, a começar por Miguel Coutinho, advogado do Sporting, que voltou à reunião de 7 de abril na “Casinha”.

“Como interpreto a frase do ‘Façam o que quiserem’? Era um aval ou um ‘vão-se lixar’? Acho que o Bruno de Carvalho estava farto de estar ali e queria era embora, estava cansado. Se foi falado entrar no balneário? Não, em nenhum momento se falou nisso”, assegurou. Admitindo que só foi à Academia alguns dias depois, Vasco Santos revelou uma conversa com o ex-presidente do Sporting (também ele arguido no caso) dois dias depois, onde perguntou o porquê de o portão não ter sido fechado e como funcionava o mecanismo do fecho da porta do balneário. O antigo responsável pela segurança terá então respondido que a porta não fechava “a pedido do departamento de futebol”.

Já na parte final da sessão da manhã, e em resposta ao advogado Rocha Quintal, Vasco Santos destacou também o papel de Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá, na redução do número de engenhos pirotécnicos deflagrados (e que depois resultam ainda em multas para o clube) desde 2013 enquanto líder da claque Juventude Leonina. Já a Miguel A. Fonseca, que é advogado de Bruno de Carvalho, explicou que o responsável pela segurança na SAD era o administrador Carlos Vieira.

Por fim, após interpelação de uma das juízas, Vasco Santos falou também da chuva de tochas no início do dérbi entre Sporting e Benfica em Alvalade, na 33.ª e penúltima jornada da Primeira Liga de 2017/18. “Não estava previsto, não tinha nenhuma informação sobre isso. No fim do jogo, provocou um desentendimento entre mim e a Juventude Leonina que foi público, à vista de toda a gente. Tentei repreender por essa situação, depois explicaram no dia a seguir, o Samico, que aquilo não tinha sido previsto e que não havia intenção de fazer. Foi algo que fugiu ao controlo da própria estrutura da Juventude Leonina. Nenhuma coreografia seria autorizada com utilização de engenhos pirotécnicos”, concluiu o antigo responsável que saiu por mútuo acordo dois dias depois da chegada de Frederico Varandas à presidência do clube verde e branco, em setembro de 2018.

As contradições de Jorge Correia, o Jojó da Casinha da Juve Leo

Aproveitando a “margem” de tempo que existia pelos depoimentos à tarde de Acuña e Battaglia, que regressaram dos Açores, foi ainda ouvida mais uma testemunha: Jorge Correia, mais conhecido como Jojó, elemento da Juventude Leonina que tinha as chaves da Casinha por fazer algumas obras de carpintaria (e que por exemplo estava sozinho nesse espaço quando as autoridades fizeram a primeira de duas buscas no âmbito deste processo).

Também pelo nervosismo, o testemunho pouco acrescentou tendo em conta algumas contradições que foi tendo perante perguntas da procuradora e das juízas, como no número de pessoas que passavam pelo espaço da claque em dias de jogo (como aconteceu na segunda busca, em novembro de 2018).

O julgamento prossegue esta tarde quinta-feira, ainda com Rodrigo Battaglia.